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2. Falso inverno

A brisa congelante batia sobre meus cabelos vermelhos, atrapalhando minha visão, mas eu não me lembrava de ser ruiva. A repetição das coisas se tornava enjoativa e cansativa, como a vontade de viver, que eu não sentia há tempos. Vir a este milharal e ficar sentada nesta caminhonete, olhando para a lua, já não me interessava, mesmo depois de menos de um mês de visitas.

Um gato preto passou sobre meus pés, esfregando-se em busca de atenção, mas o toque do meu celular me trouxe de volta à realidade. Era minha mãe, e foi quando percebi que já estava tarde da noite.

— Alô? — respondi, tentando esconder a inquietação na voz.

— Brenda, já são meia-noite! Aonde você está?

— Mamãe? Não se preocupe, eu estou bem...

Eu não consigo ficar muito tempo em uma ligação. Talvez seja trauma.

Dizem que o inferno é frio, mas aqui, no meio dessa nevasca, eu me sentia quente. Meninas inocentes vão para o inferno? Não tenho culpa de ter nascido assim. Fumar deve ser um pecado; apreciar o próprio corpo também. Eu deveria ser a única capaz de me tocar. Por que isso estava acontecendo?

A borboleta apareceu novamente, pousando sobre meus dedos, um lembrete cruel de que estava presa ali para sempre. A lua, antes clara, começou a ficar vermelha, e a neve nunca existiu. Eu continuava queimando por dentro, sufocada pela presença daquela maldita bituca.

A borboleta então voou embora, e eu percebi que o gato ainda estava ali, fazendo-me companhia. Pensava que estava sozinha, mas seu dono chegou. No entanto, ele não parecia ter vindo para buscar o gato. Meu celular tocou de novo; era minha mãe outra vez.

— Eu queria poder te atender, mãe, mas você não me escutaria.

— É impossível alguém te escutar aqui.

— Foi por isso que eu vim. Para que ninguém me escutasse.

— Mas você não pensou que mais alguém poderia estar aqui?

A borboleta poderia continuar me mostrando o que eu não queria ver, mas, do lado de fora, o pequeno gato só estava tentando me avisar que já era hora de ir embora.

Eu olhei para a lua, agora completamente vermelha, e a sensação de calor se intensificou. Como se eu estivesse em um inferno particular, cercada por sombras e mistérios. E, apesar do frio lá fora, a chama dentro de mim queimava cada vez mais forte, me consumindo lentamente. A única coisa que restava era a solidão, e eu me perguntei se algum dia encontraria a saída desse labirinto escuro, mas a resposta se perdeu na brisa gélida que me cercava.

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