9 - MALPHAS E KITSUNES
Porque sou TNT, sou dinamite
(TNT) e vou vencer a briga
(TNT) sou poderoso
(TNT) me veja explodir
AC/DC - T.N.T.
꧁⸻⸻⸻𝓚𝓜⸻⸻⸻꧂
⚠️ESTE CAPÍTULO CONTÉM OS SEGUINTES GATILHOS⚠️
⚠️Violência
⚠️Violência contra menores
꧁⸻⸻⸻𝓚𝓜⸻⸻⸻꧂
– Então, como é isso? – Roy perguntou baixo para Kai e Luc que seguiam atrás das moças por uma rua escura e vazia – A criança manda e quando não a obedecem, ela destrói tudo?
– Não – Kai falou olhando intrigado para Lissa – acho que é algo muito mais complexo que isso. Você acreditaria se eu falasse que ela não é exatamente criança?
– Acho que não – Roy falou olhando de canto de olho para seu amigo.
Kai suspirou e não falou mais nada.
Lissa ia pulando e havia grudado de tal maneira em Carlos que chegava a dar pena do rapaz. Ela falava sobre muitas coisas e não dava tempo de ele respirar. Carlos era paciente, gostava de crianças, mas era nítido o incômodo que ele estava sentindo.
Kai olhou para frente e ficou observando um pequeno grupo de rapazes alcoolizados se aproximando, apesar de os ver, Kai seguia perdido em seus próprios pensamentos. Quando o pequeno grupo notou a presença dos líderes, eles deram espaço e reverenciaram. Lissa que olhou curiosa para os rapazes, de repente ficou furiosa e avançou em cima de um deles, batendo e mordendo o rapaz incansavelmente.
– Lissa, para com isso! – Layla gritou ao puxar a garota que trouxe um pouco de sangue na boca pela forte mordida que havia dado no braço de um deles – O que você está fazendo?
Carlos, que estava próximo, ajudou Layla a segurar Lissa enquanto ela gritava.
– Pede desculpas! Pede desculpas agora! Me solta, Layla! Ele estava pensando em matar o Kai! Me solta! Pede desculpas. Quem é você para pensar em matar o seu líder, maldito!
– Lissa, pare com isso! – Senka falou segurando com firmeza o braço da garota – Sabe por que os pensamentos ficam apenas na nossa cabeça? Porque eles são particulares, essa é a única liberdade que temos e você não tem o direito de tirar isso das pessoas. Se você fizer isso sem nenhum motivo novamente, eu vou desfigurar a sua cara de pirralha mimada. Não pense que só por você ser a minha capitã, eu vou aguentar suas crises calada.
Quando Senka a soltou, todos puderam notar as marcas dos dedos de Senka no braço da garota.
– Você não acha que exagerou com ela? É apenas uma criança – Sam falou surpreendido com aquilo.
– Você não tem ideia do que a criança que você está vendo é capaz de fazer ainda – Senka falou friamente – Quer saber como ela é? Pergunte para seu líder.
Os rapazes que haviam sido atacados pediram desculpas fazendo inúmeras reverências e fugiram rapidamente.
– Quer brigar, Senka? – Lissa falou olhando para baixo. A voz infantil dela soou ameaçadora e sombria. Um pequeno vento rodeou a garota – Quer desfigurar o meu rosto? Ou prefere que eu veja os seus pensamentos antes?
– Calma, Lissa – Aylin falou soltando também a pequena Lissa.
– Não se intromete Aylin – Senka falou – Se ela quer brigar, então iremos brigar.
– Senka, vamos... só pede desculpas e vamos seguir – Layla falou olhando fixamente para Senka.
– Não – Senka respondeu friamente – Lissa, você é minha melhor amiga..., mas como você é chata quando tem essa idade.
Senka olhou ao redor, olhou para todos os olhares fixos nelas.
– Saiam de perto – Lissa falou olhando para frente fazendo com que a luz batesse diretamente em seus olhos, e nesse momento Luc e Kai puderam ver aquilo que Rafael havia visto durante a briga deles, aquilo que havia feito Rafael sentir medo.
Os olhos de Lissa estavam estreitos, pareciam os olhos de uma raposa. Lissa sorria, mostrando dois pequenos caninos afiados, um sorriso distorcido e insano para uma criança. Ela olhou para cima, direto para Senka e a expressão dela era tão assustadora que não foi preciso que ela pedisse novamente que se afastassem.
Aylin suspirou ao notar que aquilo seria inevitável e entregou sua barra de ferro nas mãos de Senka.
– Tenta não a matar. Seria problemático conseguir outras pessoas além dos que estão aqui agora para ajudá-la.
– Não deixa eles se intrometerem, acho que eles não vão entender.
– Pode deixar – Aylin trocou um olhar com Layla que jogou os braços ao lado do corpo.
– Não vai ser fácil. Pensei que a ideia era não arrumar briga com os Malphas nunca e olha só onde estamos nos metendo – Layla falou olhando para todos – Sei que vocês não entenderiam, mas o primeiro que tentar se intrometer, será homem morto.
– Você está querendo dizer que temos que ver uma mulher adulta bater em uma criança com uma barra de ferro sem fazer nada?
– É exatamente isso que estou falando – Layla falou friamente – Mas acho que você consegue ver que não é uma simples criança, certo?
– Eu não posso deixar isso acontecer, por mais assustadora que essa criança esteja parecendo – Yugo falou apertando o maxilar.
– Deixa elas – Kai e Luc falaram quase ao mesmo tempo.
– Eu não estou te reconhecendo Kai – Carlos falou com certo desapontamento na voz.
– Não pense que eu estou de acordo, mas essa garota é imparável. Talvez se vocês tivessem visto o que eu vi, não estariam tentando pará-las.
– O que diabos você viu afinal de contas? – Carlos gritou perdendo totalmente a paciência.
– Se quiser interromper isso, vai ter que lutar comigo primeiro – Layla falou prendendo seu cabelo em um coque – Detesto ter que brigar com um de vocês, vocês sempre foram muito bons para mim, mas infelizmente a capitã detesta ser interrompida e não estou a fim de arriscar o meu pescoço.
– Você realmente enganou todos muito bem durante esse tempo todo, Layla – Yugo falou soltando uma risada nervosa – Sabe que não batemos em mulheres, mas não podemos ficar olhando alguém bater em uma criança.
Layla suspirou.
– Só faço o meu trabalho.
– Ei, Senka – Aylin gritou, sua voz era de um nervosismo puro, mas ela tentou soar com algo de humor – 2 minutos, 300 mil... pela raiva que Lissa está é bem capaz de eu ganhar.
– 300 mil, 4 minutos – Senka fez uma careta ao admitir a verdade – É bem capaz que eu perca em dois minutos mesmo, mas vou tentar segurar por mais tempo.
– Vocês irão fazer isso de novo? – Kai olhou contraindo o rosto com certa indignação na voz.
– Sempre fazemos isso – Layla deu de ombros – Já tem anos. 300 mil e vou no meio termo entre as duas, 3 minutos. Querem participar?
– Não – Luc falou categoricamente e se afastou – Não quero nem ver essa barbaridade.
– Você não vai fazer nada Luc? – Carlos tentou chamar Luc de volta.
– Se você tivesse visto o mesmo que eu, também não faria nada.
– Aposta! – Lissa sorriu, seus lábios estavam vermelhos pelo sangue do braço do rapaz que ela havia mordido – Que divertido. O sorvete de todas por 6 minutos.
– Por que 6, capitã? – Senka perguntou sentindo um calafrio.
– Porque foi o número que o líder me deu.
– E você lembra disso? – Layla pareceu surpresa.
– Não – Lissa riu ao responder – Mas eu vi. E vou fazer vocês pagarem por terem matado o meu irmão.
Senka sentiu um calafrio percorrer a espinha e por um momento suas pernas fraquejaram.
– E se não ganhar, capitã? – Senka falou entre dentes, tentando não demonstrar todo o pânico que estava começando a sentir.
– Então eu vou obedecer até os ciclos acabarem.
– Gostei – Senka sorriu nervosamente e viu que Lissa avançava para cima dela.
Senka segurou com as duas mãos a barra de ferro e rebateu o corpo de Lissa como se estivesse jogando basebol. Lissa voou vários metros ralando o corpo no chão.
– Não! – Carlos avançou para ajudar Lissa, mas foi interceptado por Layla que o acertou com o punho direito.
Carlos sentiu o gosto de sangue na boca, mas antes que fizesse qualquer coisa, Kai o segurou.
– Eu mandei ficarem de fora – a voz implacável de Kai fez com que Carlos praguejasse baixo, mas ao notar que seu amigo e líder segurava a arma ele abaixou a cabeça e foi para o lado de Luc.
Os outros líderes resolveram seguir Carlos, eles se sentiam impotentes diante daquela cena e tentaram fazer com que a culpa não os corroesse.
Lissa parecia um felino, se movia rápido e se esquivava da maioria dos golpes. Ela acertou Senka diversas vezes com o pé fazendo com que Senka tivesse dificuldades de se manter de pé.
A cena mais improvável para todos aconteceu pouco mais de 2 minutos depois do início da briga, Lissa estava em cima de Senka e com o semblante frio socava diversas vezes sua amiga.
Lissa saiu de cima e chutou seu estomago fazendo com que Senka cuspisse ainda mais sangue. Senka não se deixou vencer e usou o bastão de ferro para se apoiar e se sentindo um pouco tonta, acertou a barra de ferro na cabeça de Lissa e foi possível ouvir o baque surdo da pancada. Lissa caiu segurando o ouvido que estava ensanguentado. Quando ela se levantou, Senka estava preparada para desistir da luta, como ela sempre fazia e então, Lissa caiu, segurando o pescoço.
– Fui salva – Senka falou caindo de joelhos, se sentindo fraca, mas sorriu – 4 minutos se não me engano. Ganhei a aposta.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro