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85 - A HISTÓRIA DE AYLIN

Me pergunto por que estou preso aqui reagindo violentamente
Eles me odeiam silenciosamente, minha pele é meu pecado
Sad News - Swizz Beatz

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– Acho que já está na hora de parar de beber, Layla – Roy pegou o copo da moça solitária que bebia na barra do bar do navio.

Quando ela virou, apertou os olhos já quase fechados vendo que ele havia chegado com a tropa em peso e revirou os olhos.

– Saiam daqui – ela falou afiada.

– Layla, ele está certo – Senka se sentou ao lado da amiga pegando a garrafa que Layla levaria para a boca.

– Lissa está no quarto com o Carlos – Layla sorriu de maneira triste – estou feliz por ela. Acho que ela encontrou alguém bom no fim das contas.

– Acho que você precisa romper com isso, Layla – Aylin suspirou – Você não é o que pensa que é, apenas te jogaram nessa vida quando mal tinha idade para se trocar sozinha.

– Saiam daqui – Layla voltou a repetir – Eu sou o que sou, só um idiota não enxerga isso. Não estou arrependida de nada do que eu fiz. Agora, saiam.

– Você uma hora ou outra, vai precisar tomar um rumo diferente – Aylin se levantou e puxou a Senka que parecia triste ao ver a amiga naquele estado.

Todos sabiam que a Layla amava Lissa muito além de qualquer magnetismo. Layla havia se sujeitado a coisas terríveis para que elas tivessem tudo e vendo-a tão detonada daquele jeito, desprovida da segurança que sempre havia tido, Senka resolveu contar o como viveram, assim como a Lissa havia contado para Carlos. Senka não sabia qual a necessidade de ela contar tudo, mas essa necessidade a dominou, e parte por parte ela soltou, sem esconder nada. Todos ouviam atentamente sobre todas as vezes que Layla passava horas chorando debaixo de um chuveiro só para vestir um sorriso deslumbrante para não preocupar Lissa. Todos pareceram igualmente surpresos ao saberem que as Kitsunes surgiram por conta do Lohan. Senka contou como Lissa havia conhecido o rapaz e o como Lissa resolveu que queria ter pessoas por ela também, que seria mais fácil conseguir o que elas queriam.

– Lissa tentou convencê-la várias vezes de que podíamos conseguir informações de outro jeito, ela falou uma e outra vez que preferia invadir a cabeça dos outros do que ver Layla assim. Layla negava, falava que era perigoso, mas não era só isso, Layla tinha medo, tinha medo do que sentia por Lissa – Senka admitiu – ela confessou isso uma vez para mim. Lissa insistiu por diversas vezes, até que finalmente deixou de insistir e passou a dar trabalhos para a divisão que a Layla criou. Ela não vai admitir que está arrasada por dentro, porque ela sempre foi assim. Segundo ela mesma, ela é só um objeto, e já que ela sempre foi assim, o mínimo que ela pode fazer é aproveitar e arrancar tudo o que precisa usando isso.

– No fim, acho que cada um sobreviveu da maneira que pôde – Luc falou pensativo – Mas se ela quer desse jeito, acho que não há nada que vocês possam fazer.

– As Kitsunes são complicadas – Yugo suspirou e levou a cabeça para cima.

– Há – Aylin riu um pouco – somos só um bando de pessoas quebradas por dentro tentando sobreviver sem destruir tudo pela frente.

– E você Aylin? – ele perguntou com um pequeno sorriso – soube que sempre teve dinheiro e que veio de uma família importante. O que te trouxe até aqui? Já que estamos descobrindo a história de cada uma, eu realmente não me importaria de saber a sua.

Aylin riu e olhou ao redor vários pares de olhos curiosos.

– Tudo bem – ela falou parecendo se divertir com a curiosidade deles.

– Se vocês me permitem, eu prefiro não escutar isso de novo. Vou ter vontade de vomitar e em seguida vou ter vontade de cometer um assassinato e prefiro não fazer nenhuma das duas coisas enquanto estou no navio – Senka se levantou – vou na cozinha ver alguma coisa para comermos e pedir alguma coisa para beber.

– Minha história não é tão trágica assim – Aylin deu de ombros e Senka soltou uma risada sem humor.

– Claro, fugir por ser um sacrifício é algo bem divertido... – Senka fez um sinal qualquer com a mão e saiu em busca de algo para comer.

– Isso é sério? – Kai abriu um pouco mais os olhos – você fugiu por que seria um sacrifício?

– Não foi bem assim – Aylin deu de ombros – De onde eu venho, acreditam que albinos dão sorte e trazem dinheiro, algo que chegava a ser convincente, já que minha família tinha muito dinheiro. Eu era conhecida como a garota que valia milhares de dinares ou florins, como preferirem. Tentaram me sequestrar inúmeras vezes e por conta disso meus pais resolveram levantar um templo para a deusa Inari e a partir desse dia pediram a proteção da deusa. Vivi um tempo bem dentro do templo e aprendi os ofícios dos sacerdotes, mas saquearam o templo e me levaram. Acho que não preciso dizer que quem me sequestrou foram pessoas importantes... acho que essas pessoas são lixos em qualquer lugar, com raras exceções. O filho do duque me encontrou em uma das masmorras após ver muitos cartazes de "procura-se", acho que o maior problema é que quando me acharam, já haviam feito alguns rituais para conseguirem dinheiro e fama. Acho que um deles era para conquistar novas terras, eu nem sei. Servi de alimento para os nossos lordes.

Aylin levantou a camisa mostrando diversas cicatrizes que atravessavam seu abdômen extremamente branco.

– Comeram o meu baço para boa saúde – Aylin apontava para cada uma das cicatrizes em seu abdômen enquanto explicava – uma parte do meu estômago para que nunca passassem fome. As mulheres comeram meu útero para uma boa fertilidade. Minha vesícula e uma parte do meu intestino grosso para a prosperidade financeira e um dos meus rins para que uma invasão fosse bem-sucedida.

– Espera – Sam falou com a mão na boca tentando em vão não imaginar o que a moça a sua frente estava falando – eles comeram, de comer mesmo? De ingerir?

– Isso mesmo – Aylin falou dando de ombros – deve ter sido um churrasco bem elegante. Muitos albinos têm suas mãos arrancadas para usarem de amuletos. Pelo menos as minhas seguem aqui.

– Como você consegue estar rindo disso? – Roy parecia tão horrorizado quanto qualquer um dali.

– Ah – Aylin soltou um riso nervoso – Sabe... não é que eu ache divertido, mas o que mais eu poderia fazer? Minha família me achou, eu fui salva pelo filho do duque que pagou sem que ninguém soubesse os meus tratamentos e fugimos para cá, mas parece que quem me sequestrou não iria desistir com tanta facilidade e quando descobriram que meus pais haviam fugido comigo, mataram o garoto que me ajudou e meus pais passaram a ser caçados e para me proteger eles deixaram todo o dinheiro que tinham comigo e voltaram para lá.

Nesse momento Aylin deixou de sorrir e por um momento pareceu ficar perdida em pensamentos.

– Eu sei que eles estão vivos – Aylin sussurrou – eu nunca mais soube deles, mas sei que estão vivos.

– E nós vamos achá-los – Senka chegou com uma bandeja e quatro pratos cheios de petiscos – Lissa enviou metade das Kitsunes para isso. Lissa sempre cumpre o que promete.

– Tem razão – Aylin sorriu de novo e se recompôs – sinto muito. Então... essa é a minha história.

– Acho que eu perdi a fome – Luc fez uma careta ao olhar para o tanto de coisas que tinham ali – Agora entendo o porquê a Senka fugiu.

– Eu já tinha ouvido e sinceramente foi o suficiente ouvir só uma vez – Senka pegou um pedaço de carne e viu Luc colocando a mão na boca e fazendo careta – Mas acho que foi pior para Lissa que viu dentro da cabeça dela. Não vão comer?

– Eu realmente prefiro não comer agora – Luc se retorceu um pouco na cadeira.

– Então não coma Luc – Aylin riu – eu e metade do meu estômago iremos aproveitar com certeza.

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