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82 - DIVÓRCIO

Segredos que tenho mantido em meu coração
São mais difíceis de esconder do que pensei
Talvez eu só queira ser seu
Eu quero ser seu, eu quero ser seu
I Wanna Be Yours - Arctic Monkeys

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Assim que Lissa entrou com Layla, Senka e Aylin no cabaré, ela parou e viu Yoko em cima de uma mesa e Kai fazendo movimentos constantes praticamente em cima dela. Ela primeiro arqueou uma sobrancelha, depois deu de ombros e seguiu para a mesa onde estavam os outros rapazes.

Carlos fez uma careta ao  ver que ela levava diversos curativos no braço, um na testa, um pequeno corte na boca e algumas pequenas manchas vermelhas no topo da maçã do rosto e mesmo com tantos machucados ela seguia deslumbrante. Senka por sua vez parecia tão machucada quanto a sua capitã e apesar disso, as duas chegaram inclusive abraçadas.

– Olá rapazes – Senka parecia animada – O que estão jogando?

– Poker, sabe jogar? – Luc perguntou parecendo feliz ao ver sua loira ainda viva – Espero que já tenham resolvido suas diferenças.

– Ah – Lissa riu – não se preocupe, acho que ela descontou tudo o que queria. Ou isso eu espero. Quase tivemos uma pequena Lissa correndo por aí de novo. Podemos jogar?

Senka riu com o comentário.

– Claro – Yugo abriu espaço para elas e cada uma se acomodou em um canto esperando a partida atual acabar para jogarem também.

– Alguém chegou a falar para eles que existe muitos quartos espalhados pelo navio? Inclusive aqui no fundo tem vários quartos vazios – Lissa perguntou sem se importar realmente com aquilo.

– Ah – Layla sorriu – deixa eles. Essas mesas já viram coisas muito piores que isso eu suponho.

– Eu realmente não me importo, mas espero que seu ouvido esteja preparado capitã. Tem um loiro parado na porta com os olhos cravados nos dois agora mesmo – Aylin fez uma leve careta.

Lissa olhou para trás e suspirou.

– Que droga. Será que eu nunca vou conseguir ter um minuto de paz? – ela falou e se levantou esperando que Yan chegasse até ela.

– Isso foi ideia sua, não foi? – ele chegou extremamente irritado.

– Não – Lissa falou dando de ombros – mas e se tivesse sido?

– Você não tem o direito de se intrometer na minha vida, Lissa – ele berrou fazendo com que Yoko se assustasse e olhasse receosa na direção onde seu marido estava. Ele parecia retorcido pela raiva.

– Primeiro, eu realmente não fiz nada, se ela está ali é porque ela quer. Acha que eu fiz o que? Droguei a garota e ofereci literalmente em uma mesa para o Kai?

– Você sabe que eu não estou falando disso – Yan forçou o maxilar.

– Então me explica, Yan. Do que você está falando? – Lissa respirou fundo.

– Lucy veio me pedir divorcio e agora eu chego e vejo a Yoko sendo fodida pelo líder dos Malphas. Acho que tenho motivos de estar assim – Yan grudou Lissa pela gola do vestido ao gritar isso – Me explica isso então, capitã!

– Ei, amigo. Solte ela – Kai falou se aproximando – quem estava com a Yoko era eu e não ela.

– Tudo bem, Kai – Lissa falou sem tirar os olhos de Yan – vai consolar a Yoko, ela está assustada.

– É sério isso, Lissa? – Yan parecia possesso de raiva e Lissa podia ver o rosto do rapaz ficando cada vez mais vermelho.

– Desculpa aí, Yan. A Senka já acabou com a minha raça hoje, então eu preferia não brigar agora. Ela ganhou e eu fui proibida de me curar, sabe? Foi uma boa aposta. Então que tal conversarmos civilizadamente.

– Que droga, Lissa. Não existe divórcio na minha cultura e você sabe. Outra coisa, como eu vou encarar meu irmão agora?

– Seu irmão está morto, Yan – Lissa perdeu a paciência e gritou – Ta na hora de você aceitar a merda da realidade. Ele está morto e você está vivo!

– Então você está falando que eu tenho que me divorciar, é isso? – Yan soltou a gola de Lissa e respirou para se controlar – Já disse que isso não existe de onde eu venho.

– Mas existe no meu navio e enquanto eu for a líder aqui eu não quero saber dessas merdas de novo. Você é o primeiro maldito machista gay que eu conheço. Quer dizer que está tudo bem para você dar o rabo na dispensa, contanto que elas sigam sendo recatadas e obedientes a você?

Yan por um momento levou os olhos até onde Roy estava. Roy parecia extremamente tranquilo, nem parecia que ele fazia parte daquela história toda.

– Não olha para ele Yan – Lissa o ameaçou – Eu sou a sua líder aqui, olha para mim enquanto eu estou falando, ou eu vou ter que te ensinar seu lugar pedaço de lixo. Se queria viver nas mesmas tradições não deveria ter colocado o maldito pé no meu navio. Não somos cidadãos exemplares, mas que fique claro, se eu souber de qualquer ameaça contra elas, eu mesma enveneno seu copo, estamos entendidos?

– Sim, capitã – Yan forçou os dentes.

– Perfeito. Agora vai lavar a maldita cara e tirar as suas coisas do quarto das duas. Layla – Lissa a chamou, mas sem tirar os olhos de Yan – procure o senhor Kendra e mande-o providenciar uma boa suíte para o nosso cozinheiro.

– Como quiser, Lissa – Layla saiu puxando o Yan junto com ela.

– Acho que você exagerou um pouco – Kai falou baixo.

– Cala a boca – Lissa falou de maneira afiada – E da próxima vez vai para um maldito quarto. Quer comer todas as mulheres desse maldito navio, fica à vontade, mas eu não preciso ver.

– Ah – Kai sorriu – Acho que tem alguém precisando de uma massagem.

Kai praticamente sentou Lissa a força em uma cadeira e começou a massagear seus ombros.

– Vamos, relaxa Lissa – ele falou docilmente – Vem Yoko, não precisa ficar tímida. Se senta ali também com todos – Yoko parecia terrivelmente constrangida quando se sentou da maneira mais comportada possível ao lado de Aylin – Melhor, Lissa?

– Vai para o inferno, Kai – Lissa respondeu, mas acabou sorrindo – os Malphas são realmente um pé no saco.

– Acho que levamos a bronca também – Sam falou rindo – somos todos um pé no saco só porque o Kai é o maior predador das boas moças do país.

Kai seguiu fazendo massagem em Lissa enquanto todos conversavam. O assunto mudou rapidamente para tipos de jogos e cassinos que já foram. Para que Kai pudesse seguir a massagem, ele tirou o cabelo ondulado de Lissa que caía por suas costas e o colocou para frente pelo lado esquerdo do corpo da moça deixando descoberto o novo desenho de um corvo em forma de morte. Ele por um momento ficou ausente, olhando cada detalhe do desenho das suas costas e depois passou seus dedos no pescoço dela. Seu coração estava acelerado, se ele pudesse tê-la só mais uma vez já seria o suficiente, ele lembrava bem de como era tê-la, lembrava de cada momento daquele dia, lembrava de cada sensação e ansiava por mais daquilo, mas ele não poderia fazer isso com o Carlos. Carlos era seu amigo de longa data e Kai sabia o quanto Carlos a amava. Ele se sentia hipnotizado por ela e o pescoço exposto da moça só piorava a situação. Lissa sentindo que algo não ia bem, levou a própria mão até a mão de Kai e o segurou de maneira delicada.

– Tudo bem, Kai. Eu estou bem – ela falou em um suspiro e se levantou – Acho que você está precisando de uma bebida.

Kai pareceu despertar de repente e olhou para Carlos, que tinha os olhos voltados para baixo, notou como o maxilar do amigo estava encaixado com força e como o nó dos dedos dele estavam brancos pela força que ele fazia para se controlar.

– Peço desculpas – Kai falou se afastando rapidamente de Lissa.

– Acho que irei embora – Lissa falou e sorriu, mas seu sorriso foi terrivelmente solitário – tenho algumas coisas para resolver. Espero que se divirtam com o jogo.

Não era mentira, Lissa realmente queria resolver algumas coisas antes de ter uma reunião com todos para discutir a invasão do castelo, mas não era esse o verdadeiro motivo de ela sair dali. Lissa conhecia esse efeito que ela causava nas pessoas e ela costumava passar por cima disso. Ninguém falava disso para ela e ela fingia não saber de nada. Havia sido um acordo mudo entre ela e todos, mas causar isso neles doía muito. Desde que os Malphas chegaram na vida dela, tudo doía muito mais do que ela gostaria de admitir.

Todos a olharam se afastar sem dizer nada.

– Droga – Kai murmurou – Eu sinto muito.

– Tudo bem, Kai – para a surpresa de todos foi a Yoko que falou ainda com os olhos grudados na porta também – acho que todos aqui entendem.

– Não – Kai levou sua cabeça para cima e fechou os olhos por alguns segundos – Não está tudo bem. Eu sinto muito, Carlos.

– Esquece isso – Carlos murmurou.

– Esqueço – Kai falou – vou tomar um banho gelado e você vai atrás dela. Vai logo antes que chegue outro como eu até ela. Sinto muito, Yoko.

– Não esquenta com isso, senhor Kai – ela falou parecendo resignada.

– Se quiser me visitar, sabe onde fica o meu quarto – Kai tentou brincar e viu que Yoko sorria timidamente também.

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