Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

7 - KAI E LUC

"E se você tivesse apenas uma tentativa, uma oportunidade para conseguir tudo o que você sempre sonhou em um momento. Você a aproveitaria ou deixaria escapar?"
Eminem – Lose Yourself

꧁⸻⸻⸻𝓚𝓜⸻⸻⸻꧂

Durante o caminho para a mansão que usavam de sede, Kai e Luc passaram a maior parte do tempo em silêncio, algo que era incomum quando eles estavam juntos.

Havia muitas pessoas no pátio da mansão, todos paravam o que estavam fazendo para reverenciar o chefe, mas Kai mal prestava atenção, ele tinha a cabeça em outro lugar.

– Senhor, todos os capitães já estão aguardando – o jovem que havia sido encarregado de chamá-los com urgência falou prontamente – Estão aguardando no escritório principal.

Kai assentiu e o dispensou com a mão. O que ele iria falar exatamente? Como explicaria o que ele e Luc haviam visto? Era algo que ele não acabara de decidir.

A sala não era grande, era um lugar pequeno se fosse comparado com o resto da mansão e a mobília beirava ao ordinário, mas Kai gostava de manter assim, os Malphas surgiram através de meninos de rua, todos os capitães haviam vivido do furto e da esmola desde muito cedo. Viver no lixão tinha suas vantagens, eles eram livres para fazer o que queriam, em contrapartida, eles nunca saberiam quando chegariam vivos ao dia seguinte.

Eles entraram e fecharam lentamente a porta, Yugo estava fumando encostado na mesa enquanto embaralhava um baralho. Era um homem forte que parecia estar sempre bravo, tinha os cabelos longos e escuros. Ele não tolerava brigas dentro da gangue. Sempre estava disposto a tudo para ajudar um amigo e preferia não usar armas de fogo, apesar de ser violento quando brigava, ele não era adepto a tirar vidas e estava responsável por encontrar traidores no meio deles.

Roy era pequeno, magro e muito ágil, apesar do tamanho era um rapaz bastante forte e sempre que o trabalho envolvia furtos, roubos e fugas, ele era o mais indicado. Era moreno, levava o cabelo curto e sempre bem arrumado. Tinha tatuagens pelo pescoço e usava um brinco em forma de sino de gato em uma das orelhas para saber se estava andando em silêncio o suficiente para seus trabalhos. Se ele ouvisse o barulho, ele redobrava o cuidado.

Carlos era o membro mais pacifista do grupo, mas não pensava duas vezes ao entrar em uma briga se fosse preciso defender um de seus amigos. Em muitas ocasiões ele resolvia problemas internos e chegava a trabalhar com frequência com Yugo. Carlos era um homem alegre e positivo, tinha o cabelo curto e bagunçado, muitas vezes deixava raspado nos lados. Tinha um alargador pequeno em cada orelha e era sempre assediado pelas mulheres por ser um homem extremamente bonito e receptivo.

Sam, que competia em simpatia com Carlos, era sem dúvidas o homem mais sorridente que existia naquele meio, um sorriso que era difícil sumir até mesmo no meio de uma briga. Ele era o topa tudo da gangue, estava sempre disposto a fazer qualquer trabalho e era imensamente leal a seus amigos. Era o único capitão que não havia crescido com Kai e os outros líderes, mas era respeitado por Kai igualmente. Sam havia conquistado o respeito de Kai ao se jogar na frente de uma bala por seu líder, desde esse dia haviam se tornado bons amigos. Kai sabia que a infância de Sam havia sido pior que a deles, pois aprendeu a viver sozinho desde muito novo, ele tinha diversas cicatrizes pelo corpo, que haviam sido cobertas por tatuagens, cicatrizes de um tempo em que ele havia sido tratado como escravo. Ele tinha o cabelo cacheado e tecnicamente grande, não chegava aos ombros, mas seus cachos muitas vezes caíam pelos olhos, ele tinha a pele morena e uma das coisas que ele nunca havia descuidado, eram seus dentes alinhados, brancos e perfeitos.

Kai confiava a vida a seus amigos e sabia que o que estava prestes a pedir podia mudar o destino de cada um deles.

– E aí, Kai, Luc – Yugo apagou seu cigarro em um cinzeiro próximo – Não é típico de vocês nos chamarem com tanta urgência. Solta aí, o que aconteceu?

Kai olhou primeiro para Luc, que foi até o bar se servir de algo para beber.

– Agradeço que todos tenham vindo apesar do pedido repentino – Kai falou tranquilamente.

– Vai logo ao ponto, Kai – Luc falou virando a primeira dose – Vai ser mais fácil soltar de uma vez. Apesar que eu ainda estou tentando acordar desse sonho estranho que parece que estou tendo.

Todos olharam com certa expectativa para Luc e depois para Kai.

– Muito bem – Kai falou puxando uma cadeira próxima – Conhecemos as Kitsunes.

– As Kitsunes? A famosa gangue sanguinária de mulheres que contam os rumores? – Carlos perguntou arqueando uma de suas sobrancelhas.

– Sim – Kai respondeu e esperou para ver a reação de incredulidade de todos os presentes.

Algum deles assobiou baixinho e o silêncio caiu sobre a sala.

– E então? – Roy perguntou um pouco impaciente – Elas estão na cidade? São tão terríveis quanto falam?

– Estão na cidade e sim elas são terríveis, mas acho que os rumores não fazem jus ao que contam delas – Kai aceitou a bebida que Luc o havia servido – Elas apareceram no bar em que Kael é responsável, levaram uma criança de 12 anos que matou um homem a sangue frio com uma barra de ferro. Depois disso, a capitã matou mais 8 guardas imperiais e suas duas companheiras mataram o rei. Talvez os rumores estejam amenizando o quão violentas elas realmente são, pois enquanto uma matava, as outras eram capazes de sorrir e fazer apostas como se tudo fosse apenas um espetáculo.

Todos arregalaram os olhos pela surpresa.

– E vocês não fizeram nada? – Roy não perguntou em tom de acusação e sim de surpresa – Isso não é típico de vocês dois.

Luc estalou a língua incomodado com a situação antes de responder.

– Não podíamos fazer nada – ele respondeu entre dentes.

Luc entendeu que Kai não iria revelar a parte misteriosa da história, logicamente iriam taxá-los de loucos. Ele estava com certa dificuldade de manter a compostura quando a vontade dele era simplesmente gritar tudo o que havia visto naquele dia com a esperança de tirar o sentimento ruim que apertava seu peito.

– Fizemos uma aposta com elas – Kai seguiu tentando manter a voz controlada o máximo possível – Nós ganhamos.

– E o que vocês apostaram? – Sam perguntou.

– Vamos discutir uma possível aliança com elas e elas prometeram contar um segredo.

– Vocês pretendem fazer aliança com a capitã de uma quadrilha que conseguiu eliminar 8 guardas imperiais? – Sam parecia incrédulo com aquilo – Isso é loucura, Kai!

– Sei disso, mas algo me incomoda em tudo o que eu vi hoje e não poderei contar tudo, o ideal é que vocês vejam por conta própria. Não vou assegurar nossa segurança, mas sinto que se as tivermos do nosso lado, chegaremos muito mais longe do que já chegamos. Não irei obrigar nenhum de vocês a vir comigo, por tanto, estou deixando a eleição para vocês. Se vocês aceitarem vir, pedirei que deixem o comando da cidade com os seus imediatos locais, assim como fizemos na última cidade. Se decidirem ficar, tentaremos voltar para que sigamos para a próxima cidade após terminarmos nossos assuntos com as Kitsunes.

Todos se entreolharam com a mudança repentina de Kai. Kai não era de deixar essas coisas para a própria eleição deles, eles sabiam que no fundo sempre podiam escolher, Kai não era implacável com seus amigos, mas não era algo que ele deixava tão explícito assim. Luc pigarreou, tomou o último gole de sua bebida antes de decidir finalizar o assunto.

– Layla é uma das Kitsunes – ele falou sem olhar para ninguém em particular – Foi uma das que matou o rei.

– Isso não é possível – Yugo falou acendendo outro cigarro – Ela pode ser uma meretriz, mas todos nós sabemos que é apenas uma mulher frágil que não teve outra escolha na vida. Nós a conhecemos. Ela não seria capaz de matar a sangue frio nem um inseto.

– Vocês realmente a conhecem? – Kai falou com a voz implacável pela primeira vez na reunião – Entendo a incredulidade de vocês, eu mesmo estou lutando para acreditar no que vi. Se duvidam tanto, venham comigo. Você vem Luc? – Kai se virou para seu amigo.

– Depois do que vi, seria impossível ficar para trás – Luc deu de ombros, mas não tinha certeza de estava fazendo a escolha certa.

– E vocês?

– Nós iremos – eles responderam quase em uníssono.

– Você nunca errou com as suas intuições, não deve estar errado dessa vez – Roy falou dando de ombros  – Vamos ver até onde ela nos leva dessa vez.

– Nos encontre aqui dentro de uma hora no máximo, elas esperarão no bar do Kael por volta das 19 e já são 17 – Kai concluiu e se levantou.

– Não é todos os dias que podemos conhecer mulheres tão perigosas assim afinal de contas – Yugo sorriu ao falar isso.

– Não gosto do que ouvi, mas ele está certo, melhor tê-las por perto do que contra nós – Carlos falou se levantando – Irei resolver tudo com o meu esquadrão agora, tenho algumas coisas pendentes e preciso deixar o imediato a cargo de tudo. Mais vale que essa merda valha a pena.

Carlos saiu e pouco a pouco cada um foi resolver seus assuntos com suas respectivas divisões.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro