Não tenho muita certeza de como me sentir quanto a isso
Algo no modo como você se mexe
Me faz sentir como se não pudesse viver sem você
Isso me leva do começo ao fim
Eu quero que você fique
Rihanna - Stay ft. Mikky Ekko

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– Olá garotas – Carlos chegou na área vip devagar – Onde está o Yan e a mulher dele?

– Ah, veio um rapaz para mostrar onde iríamos ficar até a hora de irmos. O Yan e a Yoko foram descansar em um dos quartos – Senka falou parecendo despreocupada – Para falar a verdade, eu estou com sono, acho que vou aproveitar esse tempinho. Capitã e Aylin, seria prudente vocês descansarem também.

Senka se levantou e puxou Aylin com ela. Lissa abaixou a cabeça ao notar que Senka só havia feito aquilo para deixá-la sozinha com Carlos. Mal sabia Senka que Lissa ainda ficava extremamente nervosa ao estar com ele, principalmente sozinha.

– E você? Não irá descansar? – ele perguntou sorrindo ternamente para ela.

– Eu... – ela respirou fundo, era frustrante se sentir assim perto dele – eu acho que seria bom.

– Posso te acompanhar até a porta? – ele perguntou pacientemente.

Ela olhou para ele em um misto de emoções e ele sentiu seu coração batendo de forma desregular e torceu para não dar nenhuma mostra disso para ela. Ela suspirou e olhou para baixo, na tentativa de não ter que olhar para ele.

– Você está com medo de mim? – ele perguntou se sentando próximo a ela.

– Sim – ela falou calmamente.

– Por quê? – ele estava se divertindo um pouco com o embaraço dela e ele sabia exatamente como iria alertá-la sem que ela suspeitasse de nada, ele só precisava ajudá-la chegar até esse ponto.

– Você sempre consegue o que quer de mim – ela sorriu de maneira melancólica – eu queria entender que tipo de imã você tem comigo. Por que me sinto tão vulnerável perto de você? Vivo falando coisas que uma líder não deveria falar, vivo esquecendo quem você de fato é.

– E quem eu sou? – Carlos fez Lissa levantar a cabeça – Quem eu sou para te dar tanto medo?

– Você é um capitão Malpha, e sei que está buscando algo para vocês e não para mim. Você é perigoso para mim, e parece que ninguém mais além de mim consegue ver isso.

– Você está errada – ele falou calmamente – o que eu estou fazendo agora é exatamente por você.

Ele tentou chegar sua boca perto da boca dela, mas ela parecia realmente assustada e se afastou um pouco, fazendo-o rir um pouco mais.

– Você realmente tem tanto medo assim de mim? – os olhos dele brilhavam de tal maneira que fez com que ela começasse a tremer. Ela odiava tremer perto dele, odiava sentir tudo aquilo quando ele estava ali com ela, e apesar de odiar, ela ao mesmo tempo amava cada sensação que aparecia, amava ter ele tão perto e sonhava com uma vida onde os dois apenas tinham se encontrado em situações normais, onde os dois seriam apenas duas simples pessoas vivendo a vida normalmente enquanto se encontravam e iam ver algum filme juntos.

– Tenho – ela admitiu olhando para o fundo de seus olhos tão claros quanto os dela e ela viu como o sorriso de Carlos se alargava mais após a confissão dela.

– Então, se eu deixasse você me ver, ficaria com menos medo? Se eu dissesse que pode ver a minha cabeça, você ficaria mais tranquila?

– O quê? – os olhos dela se abriram mais pela surpresa – Você não pode estar falando sério.

– Por que não? – ele deu de ombros – acho que seria justo depois de ter entrado na sua duas vezes.

Diferente da primeira vez, ela começou a tremer tão visivelmente que ele chegou a pensar que ela choraria, mas felizmente, isso não aconteceu.

– Eu realmente posso? – ela perguntou ainda parecendo incrédula.

– Se você me prometer não ver nada que esteja relacionado aos assuntos dos Malphas, sim. Entenda, não posso deixar outras pessoas verem nossas reuniões.

– Eu entendo, não iria fazer isso – ela falou ainda boba – você pode me avisar se eu estiver entrando nisso.

– E como eu faço isso? – ele perguntou curioso. Então era possível tentar esconder algo mesmo quando ela invadia a cabeça da pessoa?

– Tenta pensar em outra coisa, o que eu estiver vendo irá ficar borrado e eu posso me deixar levar para outro caminho.

Ele ficou olhando um tempo Lissa a sua frente tentando se decidir se seguiria, era uma jogada arriscada, mas ela não arriscaria a quebrar o contrato e ele estava contando com sua prudência para isso.

– Então – ele falou tranquilamente, tentando parecer seguro – se isso vai te deixar mais tranquila, você pode fazer isso. Deixaremos apenas a restrição dos Malphas, tudo bem?

Ela acenou levemente com a cabeça ainda parecendo surpresa.

– Acho melhor não fazermos isso aqui – Carlos falou tranquilamente – prefiro que ninguém saiba.

– Tudo bem – ela respondeu de maneira fraca e pela primeira vez desde que ele havia chegado, ela sorriu sinceramente.