60 - VAMOS APOSTAR 9 MIL
Arrume uma grana
Vamos detonar a cidade
Katy Perry - Waking Up In Vegas
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Quando eles saíram do navio, estava completamente escuro. Lissa sentia a perna completamente bamba. Carlos saiu antes dela do quarto pois ela disse que precisava de um tempo para se recompor, fazendo-o rir.
Lissa foi a última a chegar e as Kitsunes notaram o quanto ela parecia diferente, mas apenas sorriram sem perguntar nada.
Star os conduziu com um outro barco para a margem de maneira magistral apesar do breu que seguia a frente.
Os Malphas sentiram um certo alívio por pisarem finalmente em terra firme. Até a sensação de darem passos em terra firme era estranha, mas tão familiar que se perguntaram como conseguiram ficar tanto tempo em alto-mar.
Apesar da felicidade transparente de Lissa, Carlos não parecia nada diferente e Lissa novamente invejou o rapaz por conseguir ser tão centrado, por outro lado, a dúvida pairou em sua cabeça, será que ele era centrado ou só não se importava realmente?
– E então, capitã? – Aylin perguntou se aproximando dela enquanto eles caminhavam por uma rua escura – Tem algo para nos dizer?
– Aylin, que tal uma aposta de 9 mil? – Lissa falou e Aylin arregalou os olhos momentaneamente.
– Uma aposta de 9 mil. Acho que a Senka vai gostar de participar – Aylin apertou os olhos, depois sorriu e saiu de perto.
– E o que você acha, Yan? – Lissa perguntou sorridente para Yan que mantinha alguma linha de conversa com Kai.
– O que você disse, capitã? – Yan perguntou parecendo confuso.
– Uma aposta de 9 mil, Yan. O que você acha? – Lissa perguntou pacientemente.
Yan abriu um sorriso imenso.
– Acho que estou dentro, irei avisar a Yoko para ver se ela quer participar.
Yan se apressou para encontrar Yoko, que caminhava sozinha e pensativa em um canto.
– Então, quer dizer que a pergunta não chega até mim, capitã? – Green fez voz de ofendida.
– Ah, Green – Lissa parecia se divertir – é que eu nem preciso te perguntar para saber se você aceita ou não.
– Eu sou capaz de dobrar as apostas – Green riu, puxou uma moeda do bolso e jogou com o polegar para a sua capitã
– Mas afinal, o que vocês estão apostando? – Kai apertou os olhos.
– Nosso tempo, óbvio – Lissa deu de ombros.
– E por que exatamente 9 mil?
– Ah, isso – Lissa olhou para o céu um tempo – Acho que você não vai gostar, comandante.
– Que tal você tentar?
– 9 mil é o que apostamos quando a aposta é para saber quem mata mais em menos tempo – Lissa deu de ombros e saiu de perto de Kai ainda sorridente.
– Eu não gosto disso, Carlos – Kai falou para o amigo que estava logo atrás – Elas estão tramando alguma coisa.
– Com certeza estão – Carlos falou tranquilamente se posicionando ao lado de Kai.
– Roy – Kai chamou – Fica de olho nelas. Tenta ser discreto.
– Sem problemas – Roy falou e se afastou um pouco.
– Luc e Sam. Temos um estabelecimento nessa cidade, tente juntar todos os nossos homens que estão por perto e nos encontre lá em 4 horas.
Luc e Sam desapareceram da vista deles sem dizer nada.
– O que você sabe, Carlos? – Kai voltou sua conversa para ele.
– Não muito – ele deu de ombros – elas são cautelosas, não posso negar.
– Mas fingem que não – Kai falou olhando Lissa que estava praticamente saltitante igual uma criança um pouco mais a frente.
– Sim, elas são realmente boas no teatro. Não consegui saber o que elas estão tramando agora, mas escutei uma história interessante no caminho para o quarto dela.
Carlos narrou tranquilamente toda a conversa que havia escutado, depois o que Lissa havia contado para ele.
– Você é assustador as vezes Carlos. Fazia tempo que não te via fazer algo do tipo – Kai falou ainda sem tirar os olhos das Kitsunes à frente.
– Eu simplesmente não gosto dessas coisas – Carlos deu de ombros.
– Pode ser, mas dessa vez existe uma diferença – Kai olhou de relance para o amigo que seguia sorrindo sem se imutar com o rumo da conversa – Dessa vez você realmente se apaixonou.
– Nada fica acima dos Malphas, Kai – Carlos falou tranquilamente.
– Eu imaginava que fosse falar isso.
Kai sabia que Carlos estava falando a verdade, mas novamente, como amigo, ele sabia que mais um de seus amigos sofreriam e isso não o agradava.
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As Kitsunes estavam conversando tranquilamente na área vip um andar acima de um bar extremamente luxuoso. A área dava total visão para todo o bar abaixo deles e Lissa, Senka e Aylin viam com brilho nos olhos como pouco a pouco mais homens chegavam e se reverenciavam para os líderes Malphas.
– Quantas pessoas você acha que já tem aqui? – Green perguntou baixo enquanto se esgueirava pela borda para ver melhor também – Tem homem pra caramba lá embaixo.
– Acho que tem pelo menos uns 50 – Lissa deu de ombros e pouco depois Carlos apareceu repentinamente.
– Na verdade tem 57 – ele falou dando de ombros ao se aproximar – mas foi um ótimo palpite. Kai já irá começar, mas preferimos que a Lissa fique aqui em cima. Não sabemos como os outros... bem...
– Tudo bem – Lissa deu de ombros – A Senka sabe bem como lidar com essas situações.
– Muito bem – Kai se colocou em cima de um pequeno palco para ter visão melhor de todos que estavam no bar e os outros capitães fizeram o mesmo – Primeiro quero informar que estou decepcionado por saber que nenhum de vocês se moveu para fazer alguma coisa quando o Davi não apareceu de novo, mas vamos esquecer isso por um momento e vamos direto ao grão. Nós iremos invadir a mansão de veraneio do lorde Hasegawa.
– Comandante, peço desculpas – algum dos homens falou de maneira formal – como iremos fazer isso? Aquilo tem uma segurança muito reforçada.
– Qual é o seu nome? – Kai perguntou tranquilamente.
– Miguel, senhor – o jovem se apresentou com uma nova reverência.
– Então, Miguel – Kai falou tranquilamente – acontece que o Davi está lá dentro e nunca abandonamos um companheiro. Além disso, temos que nos vingar de algo que fizeram com um dos nossos também.
Lissa olhava fascinada para Kai, ele demonstrava uma calma e uma segurança impossível de descrever. Ela também notou que ele não havia dito o que eles tinham que vingar, mas soube também que não fazia diferença, os homens a sua frente só iriam seguir as ordens sem questionar.
– Outra coisa – Kai seguiu – Para essa invasão, nos aliamos as Kitsunes.
– O que? As Kitsunes? A tão falada gangue de mulheres? – um dos homens perguntou parecendo incrédulo.
– Essa mesma – Kai falou colocando as duas mãos no bolso – Senka, será que pode vir até aqui por favor.
Senka saiu tranquilamente de uma sombra, onde se manteve oculta por todo o tempo e sorriu ao constatar que ninguém acreditava que ela era uma Kitsune. Uma mulher baixa, magra e indefesa... ela adorava esses pré-julgamentos.
– Essa é Senka – Kai falou sem se preocupar com os murmúrios de quem estava abaixo – ela é vice capitã das Kitsunes. Quero deixar claro que vocês não são superiores a ela, ela é superior a vocês.
– E onde está a capitã? – algum outro homem perguntou com a voz divertida. Ele claramente não acreditava que aquela mulher a sua frente era tão perigosa quanto contavam os boatos e Luc riu ao constatar o quão errado esse homem podia estar.
– A capitã está logo acima, na área vip. Ela não irá aparecer por enquanto por questões de segurança – Kai falou sentindo uma pontada de diversão com a situação.
– Comandante – o mesmo homem seguiu falando – por favor, não leve isso como uma afronta, mas não acho que os Malphas precisem de mulheres para nos ajudar. Peço desculpas se isso ofender a senhorita, mas ela não parece ser nem capaz de sujeitar uma arma.
Mas antes que Kai pudesse responder a isso, Senka agarrou uma bolsa de pano cheio de moedas no ar que foi jogada desde a área vip. Abriu o papel, leu e sorriu.
– Kai – ela chamou baixo – a capitã quer fazer uma aposta.
– E lá vem vocês de novo com essas apostas – Kai suspirou – o que ela quer?
– Eu contra ele em uma luta limpa. Sem armas.
Kai apertou os olhos e não respondeu.
– Qual é, Kai – Senka sorriu – Vocês são muito chatos. Ela está oferecendo 370 mil por 4 minutos.
– Entendo, então novamente estão apostando tempo. Isso significa que vocês já sabem quem vai ganhar.
– Mas isso é óbvio – Senka parecia se divertir, se virou para a área vip e falou mais alto – Mas poxa vida, capitã. Está me subestimando? Posso acabar com isso em menos tempo.
– Como é o seu nome? – Kai perguntou para o homem que ria e cochichava para alguém do lado.
– Pedro, senhor.
– As Kitsunes estão apostando que você não aguenta 4 minutos em uma luta limpa com a vice delas, o que você acha?
– Eu preferia não bater em uma mulher, senhor. Ela estaria mais bem servida na minha cama.
– Entendo, mas é exatamente por ser uma mulher que você não deveria subestimá-la – Kai falou e sorriu – nesse caso... Luc, a mulher é sua. Vamos dobrar a aposta.
Pedro sentiu o suor escorrer pelo canto do rosto ao ouvir que a mulher a sua frente era a mulher de Luc e teve medo.
– Muito bem, se as Kitsunes aceitarem, eu aposto 740 mil em dois minutos – Luc falou tranquilamente sem tirar as mãos do bolso e Senka olhou para ele com um brilho nos olhos impossível de descrever, fazendo o rapaz sorrir largamente para ela – Mas nada de se segurar para as Kitsunes ganharem. Eu vou saber se você fizer isso. E só para que fique claro, ela não é minha mulher.
O sorriso de Senka pareceu se alargar ainda mais após isso e ela olhou com expectativa para Kai, esperando que ele falasse alguma coisa.
– Senhor – Pedro falou em uma reverência – peço desculpas se ofendi a moça e os senhores. Não quero bater em uma mulher, por favor, repensem nisso.
– Abram espaço – Kai falou ainda olhando para Pedro – Nesse caso, não bata, mas se você não fizer isso, acredite em mim, ela irá te matar.
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