Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

54 - COLOCANDO ALGUMAS CARTAS NA MESA

Arrependimento, eu tenho alguns,
mas poucos para serem mencionados
Eu fiz o que tive que fazer e fui até o fim,
arquei com tudo
Tracei cada trecho,
cada passo ao longo do caminho e mais,
muito mais que isso,
fiz tudo do meu jeito.
Frank Sinatra – My way

꧁⸻⸻⸻𝓚𝓜⸻⸻⸻꧂

– E então, Kai? – ela seguia sorrindo abertamente, eles estavam próximos ao ponto de Lissa sentir a respiração desregular do líder – Será que podemos conversar tranquilamente agora.

– Eu adoraria – Kai falou se aproximando um pouco mais – mas temo que você terá que falar com o Carlos, já que foi ele que supostamente viu tudo. O que é uma pena, mas tenho certeza de que ele me explicará tudo depois.

– É, vai ser muito mais difícil encarar ele do que você – o sorriso de Lissa vacilou um pouco.

– Parece que estou perdendo meu posto aqui – Kai sorriu sem humor e Lissa virou novamente o corpo para ficar de frente para Carlos.

– Parece que a conversa será com você – Lissa tentou manter o sorriso intacto, mas seu coração batia como louco. Felizmente ela já sabia mais ou menos sobre o que seria o assunto, já que ela aproveitou a confusão para invadir a mente de Layla, que sem dúvidas havia sentido, mas não tentou repelir sua capitã.

– E você sabe do que se trata? Pensei que não se lembrava de nada depois de um ciclo – Carlos falou também tentando se manter controlado, mas claramente falhando.

– Já dei meus pulos para saber sobre o que se trata essa briga ou pelo menos o início dela, e aproveitando, muito obrigada Layla.

– Disponha capitã – Layla sorriu para ela.

– Como é possível que vocês não se incomodem com isso? – Roy murmurou ainda de pé.

– Nós confiamos na nossa capitã, é simples – Maia deu de ombros se sentando em uma outra cadeira qualquer.

– Já que é assim, deixe-me primeiro dizer que sinto muito pelo que aconteceu com você no "The Red Act".

– Ah, por quê? Era um dos seus homens?

– Não.

– Então não se preocupe, minha virgindade já foi muito bem vingada – Lissa sorriu e pôde ouvir o suspirar desanimado de alguns Malphas ao notar o rumo que aquilo tomaria – Mas me fala, Carlos. Sempre tive curiosidade para saber como foi a minha primeira vez.

Carlos olhou para ela e juntou um pouco as sobrancelhas claramente incomodado com aquilo e não respondeu.

– Me fala – Lissa deixou de sorrir um pouco – Essa merda acontece todos os dias com mulheres. Nesse exato momento tem uma mulher lá fora passando exatamente pelo mesmo que eu passei. Tem mulheres sendo carregadas por porcos iguais aquele que me levou da sua boate. Então me fala, como foi? Ou melhor, quantos foram?

– Que droga, por que você quer saber isso?

– Porque talvez eu possa usar isso para justificar alguma das minhas respostas. Vamos lá, tem noção do difícil que está manter essa conversa com você? – Lissa falou suspirando um pouco.

– Você não parece estar com tanta dificuldade assim – Carlos apertou os olhos.

– Foram anos de treino – Lissa sorriu ainda mais – Fica mais fácil com o tempo. Então vamos lá, me responde essa e eu te respondo todas as outras.

– Haviam 7 – Carlos falou entredentes.

Lissa assobiou baixo, pareceu se abalar um pouco inicialmente, mas recompôs seu sorriso inicial.

– É, deve ter sido bem intenso para uma primeira vez, bem que eu senti pelo tamanho da dor. Agora, como prometido, pode perguntar o que quiser. Aproveite, estou dando o direito dos Malphas me fazerem uma pequena entrevista.

Carlos bufou pelo simples fato de que Lissa parecia levar até aquilo na brincadeira, mas se segurou.

– Ótimo, vamos começar com uma pergunta bem básica: Vocês cresceram na cidade de Miasto?

– Não. Como você deve saber, eu cresci no castelo durante uma boa parte da infância, depois fui andando de cidade em cidade até encontrar a Senka naquele beco. A Layla foi vendida para um bordel dali ela tinha uns 7 anos e a Senka foi vendida aos 11 anos por dívidas familiares. A Aylin nem do continente é, mas o templo que vocês queimaram era dela, se quiser saber só das fundadoras das Kitsunes, então já sabe, agora se quiser saber de todos os capitães, será mais complicado.

– Não, está bom assim – Carlos pareceu relaxar um pouco ao notar que ela responderia suas perguntas.

– Por que logo você tinha medo dos Malphas? – Carlos tentou estudar sua reação e notou que ela abriu um pouco mais os olhos, ela claramente não esperava aquela pergunta.

– Eu não tinha medo dos Malphas – Lissa pareceu irritada de repente e teve dificuldades em manter a postura.

– Que seja – Carlos deu de ombros – Por que você tinha "respeito" por nós, então?

– Há, eu lembro bem disso – Senka riu alto, mas não parecia estar se divertindo – acho que começamos a entrar em terreno perigoso.

– Até ele reparou que era medo, capitã – Layla caiu na gargalhada atrás de Carlos e Lissa olhou feio para ela – desculpa, parei.

Apesar do comentário de Senka e do riso da Layla, Carlos não se imutou e esperou pacientemente uma resposta. Lissa suspirou se dando novamente por vencida.

– Vocês sempre vingam um companheiro. Vocês não poderiam me matar, mas poderiam matar quem eu amo.

– E quem é esse companheiro que deveríamos vingar?

Lissa olhou para baixo e sentiu o resto de seu sorriso desaparecer ao lembrar de Lohan, o único homem que ela havia se apaixonado na vida e que havia pagado com a sua vida por tal coisa. Ela começou a tremer visivelmente e Carlos teve pena da moça a sua frente, mas ele não vacilaria, não com ela.

– E então? – Lissa estremeceu com a voz cortante de Carlos e ao invés de responder tirou um anel do bolso e o olhou por um tempo antes de entregar para Carlos e abaixar de vez a cabaça, ocultando seu rosto com as mãos.

Carlos olhou o anel atentamente e sentiu o suor escorrer pelo canto do rosto antes de sussurrar.

– Lohan – todos pareceram se sobressaltar, mas Kai, apesar de estar tão surpreso quanto eles, pediu com a mão para todos se sentarem de novo – Você o matou?

Lissa estremeceu e Carlos notou que ele mesmo havia começado a tremer.

Lohan havia sido o capitão de Sam quando eles eram ainda muito novos. Ninguém nunca entendeu a morte de Lohan, mas como havia tropas imperiais na cidade na época e nunca encontraram nenhuma pista sobre o assassinato dele, eles se convenceram de que ele havia sido morto pelos soldados imperiais, apesar do corte gigante que ultrapassava do abdômen para as costas do rapaz. Todos os Malphas sabiam que ele ia se encontrar com uma moça que na definição dele era "a mais bonita mulher que ele já havia visto na vida", mas nenhum deles chegou de fato a conhecer tal mulher.

– Eu não queria matá-lo – Lissa suspirou por fim – Eu tentei com todas as forças segurar a linha que me mantinha viva. Eu implorei de todas as maneiras possíveis para ele sair de perto de mim, mas ele se recusou. Ele não teve culpa, ele nunca soube o que eu era de verdade.

– E quem te matou? – Carlos forçava o pulso ao redor do anel e também o maxilar, fazendo com que parte de seu rosto ficasse dormente.

– Meu irmão. Eu tentei tirar o Lohan de lá, mas ele disse que não deixaria uma mulher na mão de selvagens imperiais – Lissa soltou um riso triste – Eu estava preocupada com ele e ele comigo, e tentando proteger ele, eu deixei a abertura que o meu irmão precisava... que irônico, não é? Eu matei quem eu estava tentando proteger...

– Isso era bem típico dele. Então ele foi o único garoto que você disse ter se apaixonado – Carlos não perguntou, ele afirmou isso e entendia a Lissa, Lohan tinha uma lista imensa de moças apaixonadas por ele, mas ele nunca tinha dado uma abertura real para a maioria delas. Carlos se perguntou se ele havia cedido a Lissa pelo magnetismo dela ou por realmente ter se apaixonado, mas essa era uma pergunta inútil no fim das contas.

Ele ficou olhando um tempo para Lissa, para saber se ela falaria alguma coisa, mas ela apenas acenou, confirmando de que sim, ele era o rapaz.

– Então sua história com os Malphas é anterior ao "The Red Act" – Carlos voltou a suspirar parecendo mais derrotado que a própria Lissa – Tudo bem, próxima pergunta. Vocês realmente precisavam ter matado todas aquelas pessoas? De acordo com as entradas, em média de 400 pessoas foram mortas naquela noite. Realmente precisava disso?

E então o sorriso brincou no rosto de Lissa novamente. Carlos sentiu um arrepio e se perguntou novamente como ela conseguia fazer aquilo.

– Não – ela admitiu – claro que não precisava, mas eu queria. Estava irritada e precisava de vingança. Aylin já havia elaborado um contrato que fazia com que todos vissem o que eu via, apenas o usamos. Selecionei um por um de acordo com o que eu via na cabeça de cada um. E só para constar foram 341 mortes e não 400.

– Então foi através dessa seleção que você tecnicamente poupou o Otto? Você nos fez perder um ótimo funcionário.

– Eu salvei um ótimo funcionário – Lissa fez questão de aumentar o tom na palavra "salvei" – Otto era um bom homem e tinha uma família linda e incrível, ele não tinha que estar no meio de uma gangue.

– Ele ainda é um bom homem – Carlos corrigiu – Não fale dele no passado que isso incomoda. Você conseguiu o assustar e ainda fez questão de mandá-lo nunca falar sobre você. Acho que deu certo, nunca soubemos de nenhuma mulher matando naquela noite.

– Não era para ele ter visto aquilo. Infelizmente ele viu e infelizmente para ele, eu precisava me garantir, no fim ele foi bem vigiado até que os Romans fossem eliminados, que bom que só o medo o ajudou a manter a boca fechada.

– Espera, então não foram os Romans? – Luc pareceu despertar de repente com a conversa e Lissa riu um pouco.

– Foi uma ótima jogada – Carlos admitiu – mas se vocês queriam acabar com eles, por que simplesmente não fizeram isso?

– Veja bem, nós iríamos fazer o trabalho. Os Romans nos deviam e para não pagar a dívida fizeram um de nós de refém. Éramos um grupo pequeno. Tecnicamente ainda somos se formos nos comparar a vocês. O suposto refém fugiu, não é mesmo Layla? – Carlos virou e viu como um sorriso luminoso aparecia no rosto de Layla – e para a nossa sorte, o refém trouxe muitas informações úteis, mas então, bom... então aconteceu aquilo, a situação era perfeita, não precisaríamos encontrar ninguém para atribuir o extermínio dos Romans caso vocês o fizessem.

– E por que vocês mesmas não reconheceriam um crime que queriam cometer?

– O preço pela minha cabeça no reino é exorbitante, até eu levaria a minha cabeça em uma bandeja pelo prêmio que estão oferecendo se eu pudesse usufruir daquela quantidade de dinheiro depois. Eu não podia arriscar me expor.

– Quantas vezes vocês fizeram isso? Quantas vezes cometeram algum crime e atribuíram para outros?

– Muitas, não sei dizer – Lissa deu de ombros.

– E quantas gangues foram exterminadas desse mesmo jeito – Carlos estreitou um pouco mais os olhos ao perguntar isso e Lissa sorriu ainda mais.

Lissa primeiro olhou para Senka e depois para Layla atrás dele, Senka levantou um pouco os olhos tentando lembrar também enquanto falava alguns nomes de gangues bem conhecidas que haviam acabado de uma hora para outra, até que ela deu de ombros e desistiu.

– Acho que não sei também, umas 9 talvez.

– Era isso que você queria fazer com a gente?

– Sei que você não vai acreditar, mas não, não era isso – Lissa deu de ombros – eu não menti em momento nenhum sobre a minha intenção em relação a vocês.

– Você tem razão, eu não acredito. Se vocês não atribuíam essas coisas a vocês mesmas, como a fama de vocês surgiu?

– Quando invadimos o forte do Lorde Stewart perdemos o controle da situação. Muitos dali me reconheceram, infelizmente muitos inocentes morreram naquele dia e as poucas pessoas que sobreviveram espalharam a nossa fama. Já que a fama havia se espalhado mesmo, deixamos de nos ocultar e passamos a saquear no nosso próprio nome.

– Já usou o nosso nome?

– Já falei que nunca quis uma briga com vocês, terei que repetir isso quantas vezes?

– Talvez até me convencer de que está falando a verdade – Carlos falou com a voz irritada pela primeira vez durante toda a conversa – E por que pediu para Layla nos investigar na última cidade se não queria briga?

– Porque eu ia invadir o território de vocês. Só precisava ter uma vantagem caso vocês passassem a ser uma ameaça.

– E conseguiu a vantagem que queriam? – Carlos perguntou forçando os dentes ao lembrar o como todos eles haviam caído nos encantos de Layla até que ela soubesse cada detalhe do que eles faziam.

– Não – Lissa deu de ombros – eu havia conseguido algo muito melhor do que uma vantagem... eu havia conseguido uma boa linha, que infelizmente foi rompida pelo meu irmão na noite em que encontramos Kai e Luc no bar. E foi aí, que finalmente, nos encontramos diretamente pela primeira vez. Vamos Carlos, rompa o contrato e vamos cada um para um lado. Vamos esquecer isso tudo.

– E deixar vocês livres para nos enganar de novo? Isso não vai rolar.

– Pelo menos pensa nisso – Lissa pediu ainda esperançosa – não tenho intenção nenhuma de enganar vocês.

– Peça isso para o Kai – ele deu de ombros e ela estremeceu ao sentir os olhos de Kai cravados nela.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro