5 - A BRIGA
Bem, eu sou forte, bruto, pronto e hábil
Para me retirar debaixo dessa mesa
Não coloque nenhuma placa em mim, não tenho selo
Sou um pouco doente, inseguro, sem som e instável
Fighting My Way Back - Thin Lizzy
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⚠️ESTE CAPÍTULO CONTÉM OS SEGUINTES GATILHOS⚠️
⚠️Violência
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E então a briga começou, Rafael se jogou em cima de Lissa fazendo-a cair e bater a cabeça com força no chão, ele a segurou pelo pescoço e levou o punho direito diversas vezes ao rosto de Lissa que já estava todo ensanguentado. Kai olhou horrorizado para as companheiras de Lissa que pareciam não se alterar com nada.
– Fica calmo – Layla falou ao notar a tensão de Kai – Ela sempre começa assim. Não é como se a briga já estivesse definida. As vezes tenho a sensação de que Lissa é um pouco masoquista, mas segundo ela é apenas para avaliar a força do adversário.
– Eu não me importo – ele falou dando de ombros, tentando fingir que aquelas palavras eram verdadeiras.
Por que ele se importava? Elas haviam chegado há apenas uma hora, haviam matado um homem a sangue frio. Haviam desafiado a autoridade deles ali, e agora ele sabia que além disso tudo, ela ainda era a princesa. Ele não sabia dizer o que chamava tanto a atenção dele, mas ver aquela cena o estava deixando nervoso. Ele queria acabar com a vida do Rafael, ele queria que ele parasse de bater em uma mulher, ele queria que aquele dia fosse apenas um sonho... Quando Kai pensou que ela não se levantaria mais, ela encaixou a perna entre as pernas de Rafael e o jogou para o lado. Rafael se contorceu de dor e até mesmo Luc e Kai fizeram careta. Para a surpresa de Kai, Lissa ainda sorria, apesar de estar com o rosto deformado e ensanguentado. Quando ela foi para o contragolpe, ela acertou o primeiro murro, em seguida acertou um chute no rosto do Rafael, mostrando o quão flexível ela era. Nesse último golpe todos puderam ouvir uma parte do vestido de Lissa rasgando e o som de algum osso quebrando.
Quando Lissa ia acertar outro chute no rosto de Rafael, ele segurou sua perna e a jogou longe. A força que os dois estavam demonstrando era sobre humana e Kai e Luc abriram e fecharam os olhos várias vezes para terem certeza de que aquilo era real. Puderam ouvir o baque surdo do corpo de Lissa caindo e a quantidade exagerada de sangue que ela cuspiu quando suas costas bateram no chão. Lissa se levantou cambaleando. Como ela podia estar de pé? O sangue dela e do irmão já haviam se espalhado com o do homem que Nerissa havia matado, fazendo uma mescla de cheiro ocre e suor bastante forte e enjoativo.
– Andou treinando Rafael? – Lissa cuspiu uma bola de sangue ao falar.
Rafael estava em um estado muito melhor do que Lissa, mas deu dois passos para trás, de repente, assustado com algo. Ela passou a língua nos lábios ainda sujos. Virou o pescoço como se o estivesse estalando.
– Lembra desses olhos? – ela o provocou – Deixa eu te mostrar todo o ódio que eu ainda tenho guardado aqui dentro.
– O que aconteceu? – Luc perguntou vidrado na briga.
– Mais um minuto, Layla – Senka falou olhando o relógio e ignorando a pergunta de Luc – Acho que perdemos.
– Quanto tempo? – Layla perguntou sem tirar os olhos de Lissa.
– Você não vai querer saber – Senka deu de ombros e depois disso fez uma careta – Maldito sortudo, vencer uma aposta de primeira.
– Eu não tenho medo de você, Lissandra! – Rafael gritou claramente mentindo – Eu treinei para isso. Você até pode ser o demônio, mas eu não vou perder.
– Tem certeza de que não quer se esconder, maninho? Posso te dar alguns segundos de vantagem – ela falou em tom provocativo – Pensando bem... já mudei de ideia.
Kai observou com certo receio o como o semblante de Lissa se modificava. O sorriso resplandecente havia sumido, deixando um sorriso predador e um olhar oculto pelo sangue, mas que era capaz de mostrar a sede infinita de violência e morte, uma expressão que beirava a loucura.
Rápida demais para acompanhar, Lissa se atirou em cima de Rafael, o primeiro golpe acertou ambas as orelhas, fazendo-as sangrar. Antes que ele caísse, ela o segurou pela gola da camisa e acertou uma sequência incrível de socos até que o corpo de seu irmão ficasse mole.
Ela o largou e ficou olhando. Sua expressão anterior foi substituída por uma máscara fria, que não demonstrava nenhum sentimento.
– Sua vida me pertence, Rafael – ela falou ao se agachar – Minha ordem é essa: suma da minha vida. Viva sua vida medíocre como você quiser. Quer continuar sendo o rei ridículo que é? Então que seja, mas se eu colocar o olho novamente em você, irei te matar.
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