41- AYA
Traz todo mundo, tá convidado, é só chegar
Traz toda a gente, tá liberado, é pra dançar
Toda tristeza deixa lá fora, chega pra cá!
Não é proibido – Marisa Monte
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Senka cuidadosamente colocou Lissa em um canto da sala e cobriu sua capitã com o quimono das Kitsunes.
– Onde está o papai? – Aya perguntou parecendo sonolenta.
– Oi, Aya – Aylin falou sorridente – Dormiu bem?
Aya olhou confusa para a albina a sua frente.
– Eu não sei – Aya ficou estudando o rosto da moça a sua frente com uma expressão curiosa – Eu acho que sim.
– Você lembra como você veio para cá, Aya?
A criança negou com a cabeça e Aylin resolveu arriscar mais uma pergunta.
– Onde você estava antes de acordar aqui?
– Na escola. Tia, quem é você?
– Eu sou amiga deles – Aylin apontou para os Malphas que estavam tentando manter uma postura firme, mas falhavam miseravelmente uma e outra vez.
– Tios – Aya gritou feliz e fez menção de correr até eles, mas Aylin sabia que eles não seriam capazes de se portar normalmente com ela.
– Não, Aya – Aylin falou de maneira carinhosa – Os tios agora estão tendo uma conversa de adultos.
– Por quê? – ela olhou curiosa para Aylin.
– Porque eles são adultos, ué – Aylin riu – e fazem coisas de adultos.
– Ah, já sei – Aya falou rindo – eles estão falando de mulheres, então?
Aylin não aguentou e caiu na risada.
– Tia, você é namorada deles?
– Deles? No plural? – Aylin riu ainda mais – não... como eu disse, sou só amiga.
– E cadê o tio Roy?
– Ele... – Aylin vacilou por poucos segundos e preferiu aproveitar o assunto estranho que a menina havia entrado – Ele foi encontrar uma pessoa.
– Não – Aya riu um pouco – o tio Roy não faz isso. Ele disse que nunca vai existir nenhuma menina na vida dele além de mim.
– Ah, então acho que você está certa. Ele só deve ter ido pegar alguma coisa para beber e comer.
– Isso – Aya pareceu satisfeita com a resposta de Aylin – Tia, por que ela está no chão? – ela apontou com seus dedos minúsculos para onde Lissa estava – Tem sangue na roupa dela.
– Você é muito curiosa, sabia? Ela só está no mês chato das mulheres...
– Eu não quero isso – Aya arregalou os olhos – Posso ser homem quando eu crescer?
– Sabia que estamos em um navio? – Aylin sorriu ternamente enquanto mudava de assunto.
Os olhos da menina brilharam.
– Sério?
– Sério, sim. Quer ir conhecer o navio com a tia?
– Eu posso, tios? – ela olhou com os olhos brilhantes em direção dos Malphas – Eu prometo que vou me comportar.
– Pode sim, gatinha – Carlos tentou responder o mais naturalmente possível, mas sem muito sucesso.
Para a sorte deles, Aya estava tão animada por saber que estava em um navio que não notou a cara de enterro de cada um.
Antes da Aylin sair porta afora sendo praticamente arrastada pela criança, ela parou perto do Luc, que era o mais próximo da porta e sussurrou.
– Tragam o Roy de volta, não vai ser bom para ela encontrar com ele agora.
Luc apenas acenou e elas saíram felizes da vida porta afora.
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