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33 - CARLOS

Seu amor é como um segredo que foi passado adiante
Há um silêncio que chega a uma casa onde ninguém consegue dormir
Eu acho que esse é o preço do amor
Eu sei que não é barato
U2 – Ultra Violet (Light My Way)

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Carlos se sentia esgotado mentalmente. Ele se arrastou até o bar e evitou a todo o custo qualquer outro capitão.

Ao invés de buscar uma mesa, ele foi lentamente até o balcão. Ele achava incrível que não importava o horário que ele fosse até ali, sempre haveria alguém para servi-lo

– Uma dose de rum – ele pediu sem se dar o trabalho de agradecer. Rapidamente ele foi servido, rapidamente ele virou a bebida e rapidamente ele pediu a segunda dose.

"Eu preciso sair um pouco desse inferno de navio."

Para se distrair com algo ele puxou o revólver da sua cintura e ficou rodando o tambor, abria, rodava e fechava... fez essa sequência algumas vezes antes de ver Lissa passando pela porta do bar, assim que ela o viu, virou o próprio corpo e voltou.

Ele ainda com a arma na mão resolveu ir atrás dela, ele precisava de respostas e precisava delas logo, a ansiedade o estava deixando louco.

– Lissa – ele a chamou tentando alcançá-la.

– Fica longe de mim – ela falou sem se dignar a olhar para ele.

– Não fico.

– Ótimo... então eu fico longe de você.

Ela seguiu andando e ele continuou atrás dela, tentando fazer com que ela pelo menos virasse para ele.

– Qual é o seu problema Lissa? – Carlos por fim pareceu perder a paciência.

– O meu problema? – ela gritou ao virar para ele – Qual é o SEU problema? Está tão ansioso assim para morrer?

– Eu com certeza não estou, mas parece que isso não se aplica a você, não é?

Ela o fulminou com os olhos, mas ele não vacilou por nem um segundo ao manter o olhar dela.

– Então me responde, senhor sabe tudo – ela falou ainda irritada – o que você quer que eu faça? Que eu me declare para você e vivamos uma vida feliz juntos até que eu mate um monte de pessoas, incluindo os seus amigos? Que romântico, não é?

– Como você é infantil – ele suspirou e negou com a cabeça – acha que é sobre isso? Acha que se declarar ou não, ter alguma coisa comigo ou não, muda alguma coisa no futuro? Acha então que estou fazendo isso sendo um homem gentil e caridoso que trocaria facilmente a minha vida pela sua como em uma novela romântica? Como pode pensar algo tão idiota?

Ela pareceu vacilar um pouco com isso, cada palavra dele machucava fundo e mesmo com toda essa dor, ela ficou ali e seguiu escutando o que ele dizia.

– Eu quero respostas, só isso. Quer dormir com cada um desse navio e fingir que eu não sei de nada? Dane-se, faça o que quiser. Mas eu não vou ficar parado esperando que essa sua briga com o seu irmão acabe com a vida dos meus amigos e principalmente com a minha vida. Nós estaremos em primeiro lugar sempre. Eu não sou um de vocês e não vou dar a minha vida pela sua, mas seria bom evitar a sua morte, afinal temos um contrato na qual eu posso me beneficiar.

Ela o olhava praticamente sem piscar, ela nem sabia distinguir tudo o que sentia naquele momento. Ela tinha vontade de chorar, mas ao mesmo tempo tinha vontade de rir, rir de desespero por cada palavra dita por ele. Ela nunca havia sido rejeitada antes, ninguém ao redor dela nunca viu sua vida como estando em segundo lugar desde a fundação das Kitsunes e aquele sentimento era novo. E ele de quebra não a havia só rejeitado, havia deixado claro que não se importava se ela estava viva ou morta, que ele apenas a queria para benefício próprio.

– Eu queria muito poder saber se tudo o que você disse é verdade – ela resmungou levando os olhos para baixo e riu de nervoso – como eu queria entrar na sua cabeça e ter essa resposta.

Ela olhou para ele novamente e os olhos dele eram frios como gelo, não havia sinal do homem receptivo que a havia encantado, mas ainda assim, sua vontade era agarrá-lo.

– Bem-vinda ao mundo dos seres humanos – a frase de Carlos saiu cortante – Não é isso que você quer? Ser um humano comum. Seres humanos convivem com as dúvidas, mas se quiser ter certeza, eu posso repetir o que eu já disse. A única coisa que eu quero de você são respostas e nada mais que isso.

Ele teve que respirar fundo quando notou a primeira lágrima rolar pelos olhos da garota a sua frente. Ele no fundo não queria machucá-la, mas ela não daria aberturas para ele se aproximar dela se soubesse da mais remota possibilidade de ele estar apaixonado por ela também.

– Então é isso que se sente quando somos rejeitados – ela sorriu tristemente enquanto outra lágrima rolava por seu rosto perfeito – Tenho que admitir que é bastante doloroso, chega a doer até para respirar. Acho que eu deveria ficar feliz por ter tido a oportunidade de saber como é. Eu já fiz tanto isso... Não se preocupe Carlos, não sou uma pessoa que te mereça realmente...

A vontade que ele teve foi de puxá-la e abraçá-la, mas se tinha algo que Carlos era bom em fazer, era controlar seus impulsos.

Ela suspirou fundo duas vezes antes de olhá-lo com seu característico sorriso de novo. Carlos se perguntou quantas vezes ela não tinha vestido esse mesmo sorriso ao ocultar toda a dor que realmente sentia.

– Eu não sei se posso responder tudo o que você quer saber, acho que não vou nem saber te dar metade das respostas – ela falou como se nada tivesse mudado entre eles desde o dia em que se conheceram.

– Pelo menos tenta – ele falou ainda friamente.

– Não sei se acredito em você – ela falou olhando para baixo, mas ela não sabia dizer se não acreditava ou se não queria acreditar – isso é realmente tudo o que você quer de mim?

– É tão difícil assim para você entender que alguém na vida pode não te querer?

Ela sentiu mais uma dor aguda no peito e reprimiu as lágrimas que queriam cair novamente.

– Acho que sim – ela sussurrou mais para ela mesma que para ele.

– Então não precisa contar para mim, conte para o Kai, para o Luc, Sam, Roy, vai atrás do Yugo... você pode escolher tranquilamente, apenas fale o que queremos saber.

Ele virou as costas para ela e seguiu seu caminho, ele não aguentaria mais estar ali sem se denunciar. "Os Malphas primeiro Carlos, você sabe disso", ele repetiu inúmeras vezes para si mesmo enquanto forçava os pés até o cabaré do navio.

Ao chegar já no ambiente tão familiar para ele, ele simplesmente agarrou a primeira garota que apareceu na sua frente, ele precisava tirar Lissa da cabeça, precisava pensar em outras coisas e se forçaria ao máximo para conseguir.

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