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25 - REJEIÇÃO

Dê um pouco de tempo para mim
Ou acabe com isso
Vamos brincar de esconde-esconde
Para virar esse jogo
Tudo o que quero é o gosto
Que seus lábios permitem
Ed Sheeran - Give Me Love

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Os Malphas já estavam no navio há quase um mês. Mês em que saquearam e invadiram cidades próximas a costa do país enquanto iam em direção a capital. Em cada cidade os Malphas tinham encarregados e muitos homens à sua disposição e assim como Kai havia dito a Lissa logo no começo, eles não precisaram da ajuda delas em nada. Em contrapartida, eles não precisavam se preocupar com dinheiro e com o que iam precisar para as invasões ou até mesmo para outras coisas, as Kitsunes estavam dispostas a conseguir tudo o que eles precisavam, elas patrocinavam com maestria o grupo criminoso mais temido do lugar. Pouco a pouco eles notaram que a vida ali não era muito diferente do que na mansão e não precisou de muito para que eles tivessem total liberdade em qualquer lugar sem se preocuparem. As Kitsunes de cargos mais baixo os reverenciavam como qualquer outra pessoa a pedido de Lissa, algumas de cargos mais altos batiam continência como se eles fossem realmente parte delas. Eles começaram a ser inclusos em todas as reuniões, elas sabiam quais cidades eles conquistariam e eles sabiam qual cidade elas saqueariam.

Nerissa foi enviada ao castelo para trabalhar de servente e passar informações. Niely levou uma boa parte da sua divisão e foi silenciando muitos guardas pelo caminho até chegarem ao castelo.

Layla estava quase sempre a trabalho e quando voltava, sempre trazia a localidade exata de cada inimigo, tanto para os Malphas como para as Kitsunes e isso facilitava imensamente o trabalho de cada um.

Os Malphas passaram a ser clientes frequentes no cabaré ao fundo do navio, era onde serviam a melhor bebida e muitas vezes podiam se desfazer de qualquer estresse. Lissa estava sempre com eles, assim como Senka. Luc sempre acabava com Senka em seu quarto. Lissa por sua vez não havia deitado com mais ninguém desde a noite com Kai, mas todos eles já haviam aprendido a lidar com o sentimento que tinham por ela, todos haviam entendido como lidar com aquilo e todos haviam superado de certa forma a necessidade de dar atenção a isso. Luc pouco a pouco esquecia o desejo por Lissa e apenas guardava um imenso respeito pela líder das Kitsunes e cada vez mais queria estar com a loira que o deixava louco quase todas as noites. Yugo passou a ter uma amizade gostosa com Aylin, o fato dos dois serem os únicos a fumarem ajudou muito com isso. Sam, Roy e Carlos muitas vezes ficavam até tarde jogando cartas e descobriram que o casal Kendra era muito bom no poker e no truco. Maia se jogava em cima do Carlos de maneira visível e ele sempre se desvencilhava de alguma maneira de suas insinuações, a garota era bonita, mas algo nela o incomodava, ele preferia conseguir alguma outra companhia ao azar, e mesmo assim ele não se importava de ficar sozinho. A vida estava voltando a ter um certo ritmo. Pelo menos momentaneamente as coisas iam bem para todos.

Lissa olhava para o céu e admirava as estrelas, ela ultimamente passava muito tempo com os Malphas e estava se apegando a eles e esse sentimento a amedrontava, pois em algum momento eles iriam embora.

– Bonita noite – Carlos falou se aproximando com um copo de suco de morango para Lissa.

– Sim – ela aceitou e sorriu – Nem parece que logo estaremos em uma guerra. A lua cheia é tão bonita, você não acha?

– Realmente é muito bonita – Carlos olhou para o céu estrelado.

– Como andam as coisas com a Maia? – ela perguntou rindo um pouco e ele fez uma pequena careta – Ela pode ser bem insistente quando quer alguma coisa.

– Ela é bonita, mas os esforços dela não darão os resultados que ela quer.

Lissa olhou para Carlos e novamente reparou em seus traços perfeitamente sincronizados, o cavanhaque cheio dava a ele um ar ainda mais sexy. Seus olhos cor de avelã olhavam para ela com certa curiosidade, ela sentiu o coração palpitar rapidamente e nem notou que sua boca se abria levemente. A vontade de invadir a mente do rapaz tomou conta dela e ela teve que segurar a respiração para se controlar, ela não entendia o que estava sentindo. Desde a primeira vez que ela o havia visto ela notou o como ele chamava a atenção, desde que ela invadiu a sua mente ela se sentia bem ao lado dele, mas nunca havia notado o quanto ela ficava aliviada por ele não ceder aos pedidos de Maia, não havia percebido até aquele momento. Em geral ele era um homem tranquilo, jogava, fazia brincadeiras com os amigos, não era dado a prazeres sempre e apesar de reservado com a sua própria história, era um ótimo ouvinte. Sorria na medida certa e era muito receptivo. Ela constatou como seus alargadores apenas contribuíam para sua beleza. Depois olhou para seus lábios, também bem desenhados e levemente rosados. O cabelo bagunçado, raspado dos lados em um tom loiro escuro caíam a perfeição em seu rosto jovem.

– Lissa? – ele a chamou tirando-a de seus pensamentos – Tudo bem?

– Eu..., desculpa, o que você disse? – ela tentou suprimir a vontade que teve de abraçá-lo. Não era só desejo como havia sido sempre, o que ela queria era senti-lo, nem que fosse só para experimentar o calor do seu corpo.

– Quando você acha que chegaremos à capital? – ele perguntou novamente com uma expressão preocupada.

Ela começou a tremer um pouco, o frio na barriga se intensificou com o som da sua voz. Ela o olhou assustada, ela andava sentindo isso com frequência quando estava próxima a ele e por isso ela sempre evitava estar a sós com Carlos, mas naquele dia, ela não havia tomado essa precaução.

Saber que ele estava ali próximo a ela fez com que seu corpo não a obedecesse. Ela se aproximou, viu como o corpo dele ficava tenso com a aproximação dela, sentiu seu hálito quente próximo ao rosto e o beijou. Ele não retribuiu.

Carlos a queria, claro que a queria, mas não daquele jeito. Ele não queria ser mais um na lista de jogos dela. Com o coração apertado e com uma grande força de vontade, ele a afastou com delicadeza segurando-a pelos ombros. Sentiu um aperto no peito terrível ao ver os olhos de Lissa cravados nele, confusos e tristes. Ele sabia que ela nunca havia sido rejeitada e não sabia como ela reagiria.

– Não, Lissa. Não posso fazer isso – ele lutou para que as palavras saíssem.

Ela fechou o olho, sentindo o vazio dentro dela crescer. Não era uma dor física, mas era tão próximo a isso que a fez encolher um pouco. Sentia o coração se partir em mil pedaços e sua respiração ficou pesada e difícil. Ela lutou com o temporal que se formou dentro dela e tentou sorrir em vão.

– Entendo – ela se afastou sentindo a dor aumentar – A pessoa que tem seu coração tem muita sorte.

– Lissa, espera – ele tentou impedi-la ao vê-la se afastar – Não é isso...

– Tudo bem – ela evitou que ele a tocasse, ela sabia que doeria ainda mais se ele o fizesse – Eu preciso ficar um pouco sozinha.

– Lissa – ela o ouviu chamar de longe.

Ela sentia sua perna fraca e sua mente estava em branco. O que era aquilo? Por que ela se sentia daquele jeito? Isso não estava certo, ela sabia que não era seu destino estar com ele, por que ela havia tentado algo? O que ela esperava? Ela havia escolhido uma das linhas e nessa linha ela não terminava feliz com alguém ao lado dela.

A respiração ficou ainda mais difícil. Ela estava no corredor do seu quarto, mas o caminho parecia interminável. Sua visão ficou turva e tudo começou a rodar. Ela tentou puxar o ar em vão e se segurou na parede mais próxima. Um tremor forte tomou conta do seu corpo e ela sentiu o suor escorrendo pelo canto do rosto. Seu maxilar ficou tenso e tudo começou a ficar distante. As vozes no salão abaixo não eram mais que sons abafados.

– Lissa... – ela ouviu alguém chamando-a de longe, mas estava muito distante e então ela sentiu a linha se rompendo.

Seu corpo parecia cair devagar apesar de tudo a sua volta parecer se mover rapido demais. Ela sentiu como os braços de alguém a envolviam para que ela não caísse. Era um corpo cálido e agradável, ela quis se aconchegar, mas mover qualquer parte do corpo era impossível. Ela havia perdido a linha que havia escolhido.

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