21 - DÚVIDAS
Primeiro, eu vou dar um mergulho na água,
Fundo até eu saber que satisfiz aquele corpo
Ou garota sem vassoura eu poderia simplesmente
varrer seus pés
E fazer você querer dizer a alguém... como eu faço
Ou talvez nós podemos flutuar no meu colchão d'água
Você fecha os olhos enquanto estou preso entre as suas pernas
Jeremih - Birthday Sex
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Apesar de todo o luxo que o navio oferecia aos rapazes, eles não aproveitaram isso. Foram até o bar do navio, dispensaram seus novos "servos" e se mantiveram juntos. Eles conversavam baixo e com cuidado.
– Acho que não tínhamos o controle da situação desde o início – Luc falou irritado – Esse mundo não nos pertence. Temos negócios grandes, temos muitos seguidores fiéis, mas os mistérios que envolvem as Kitsunes são demais para tragar.
– Talvez se você falasse um pouco mais sobre o que viu na cabeça dela, nos ajude a compreender melhor isso tudo – Carlos estreitou os olhos ao falar isso.
– Eu preferia não ter visto tal coisa – Luc falou sentindo a cor do rosto sumir – E preferia não lembrar disso também. O peso que Lissa carrega é demais para qualquer um levar.
Luc forçou os punhos. Kai notou a agitação do amigo e mudou de assunto.
– O que vocês acham que tem naquela área proibida?
– Parece ser só uma área médica – Carlos falou tentando tirar importância do sentimento ruim que se apoderou dele desde que soube que as pessoas ali estavam morrendo – Talvez seja proibida exatamente porque as pessoas lá estão morrendo.
– Talvez sejam vítimas inocentes que as Kitsunes fizeram? – Roy palpitou.
– Talvez – Kai concordou – Na verdade é uma ótima hipótese.
– Olá rapazes – todos deram um pulo de susto ao ouvirem a voz de Lissa próximo a eles, ninguém havia notado a presença dela.
Se ela ouviu algo, não demonstrou. Ela estava com um vestido soltinho e curto. Carlos teve que prender a respiração para não se delatar e notou como todos os rapazes desviavam o olhar para que não a vissem.
– Kai – ela sorriu ainda mais e ele virou para ela. Ela o olhou de cima abaixo – Alguém já te falou o quanto você é lindo?
– O que? – ele falou sentindo o coração saltar. Ela se aproximou perigosamente dele e levou seus lábios até seu ouvido direito.
A boca de Kai abriu lentamente e ele se sentia como se estivesse em uma montanha russa. Por que ela tinha aquele poder sobre eles? Por que eles a desejavam tanto? Por que ele tinha que se sentir como uma presa fácil sempre que ela estava perto?
Quando ela acabou de falar, sentou-se em seu colo e o olhou nos olhos. Para Kai já não existia ninguém além dele e dela. Ela se levantou somente o suficiente para poder abrir as pernas entre as pernas dele, levantou um pouco o vestido e chegou sua boca muito próxima a boca dele.
– E então? Vamos jogar? – ela falou com um sorriso malicioso e o beijou.
Não é preciso dizer que ele se deixou conduzir por ela sem sequer olhar para seus amigos. Ele estava completamente capturado por ela.
O clima entre os rapazes havia ficado tenso, todos se seguravam de alguma maneira. Carlos sentiu o coração apertado e dolorido e uma raiva tão grande contra Kai que teve que usar todas as suas forças para se lembrar de que aquilo não era real, aquele sentimento não era real. Enquanto ele olhava fixamente o desenrolar da cena, ele levou a mão direita até seu braço esquerdo e o apertou, e agora, ao soltar, notou suas unhas sujas de sangue e vários pequenos cortes no braço.
Ele ficou olhando seu braço avermelhado e dolorido e soltou um suspiro alto o suficiente para fazer com que os outros saíssem de suas divagações.
– Isso não vai ser fácil – Carlos murmurou tentando controlar o tremor na voz – Como conseguem viver em paz com ela por perto?
– Teremos que descobrir como lidar com isso – Luc falou olhando para baixo – Me pergunto como alguém consegue brigar com ela sentindo isso também. Se todos que estão perto dela sentem o mesmo, então aquela capitã Niely também sente, certo? Mas no fim, não importa o que os outros sentem... nunca imaginei que estaria com raiva do Kai por alguma mulher. De qualquer jeito, acho que qualquer um de nós teríamos caído como peixe na rede igual ele.
– Acho que o que nos resta é beber então, afinal, esse foi o exemplo de Senka e Aylin quando soubemos como isso funcionava – Roy levantou o braço chamando o garçom do bar e todos o imitaram.
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