119 - NÃO TEMOS CHANCES
Entrando no tiroteio da formação de bombardeios
Soltar um rajada certeira e então dar a volta
Arremeter, girar e vir por detrás deles
Entrar em seus pontos cegos e atirar novamente
Iron Maiden - Aces High
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⚠️ESTE CAPÍTULO CONTÉM OS SEGUINTES GATILHOS⚠️
⚠️Violência
⚠️ Esquartejamento
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– Temos que levá-la para outro lugar – Senka falou ao se aproximar, mas já não tinha forças para seguir.
– Vem, deixa que eu levo – Luc se prontificou, pegou a garota e saíram do salão deixando toda a loucura para trás de gritos e sons de corpos sendo triturados.
– Vamos para a entrada – Senka correu na frente – vamos ver como estão as coisas por lá e depois podemos seguir para a sala do trono.
As coisas não pareciam mais fáceis do lado de fora. Layla e Maia já haviam se juntado a Sam, Yoko e Lucy. Já não havia dardos envenenados que segurasse a quantidade de gente que tentava invadir o castelo. Muitos simplesmente invadiam pela parte de trás, lugar que Layla e Maia tiveram que deixar as pressas para não serem mortas.
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Quando Zyon deixou a sala do trono com Tenko e Yugo, Lissa pareceu sair de seu estado catatônico e sem nenhuma provocação, ela atacou a rainha, mas antes que pudesse chegar até ela, seu irmão apareceu a atacando por trás.
– Acho que chegou a nossa vez, Roy – Carlos falou apertando os punhos – vamos atrás da rainha. Não temos chances contra o Rafael.
Nenhum dos dois esperou confirmação, eles se jogaram ao mesmo tempo para cima da rainha que se defendia com facilidade de cada golpe dos dois. A luta que envolvia diversos estilos de artes marciais e rapidez, era acompanhado da luta de Lissa e seu irmão.
Tanto Roy como Carlos conseguiam prever os movimentos da rainha como se estivessem vendo Beatrice logo a frente, mesmo assim era impossível chegar até ela.
– Vocês não conseguem ver que isso é inútil? – a rainha gritou para Carlos e Roy – mesmo que vocês me vençam aqui, Lissa nunca será capaz de vencer seu irmão. Não com ele se alimentando de tanto sofrimento ao redor.
Carlos sabia, ele tinha sido alertado sobre isso por Beatrice, mas ele também tinha recebido a informação de que uma nogitsune não era invencível, tudo o que ele precisava fazer era não dar tempo dela se recuperar até que estivesse morta e o método mais fácil era a incineração. Eles tinham os meios, só precisavam da brecha perfeita.
Enquanto Lissa lutava de um lado contra o irmão, Carlos e Roy seguiam lutando com a rainha de maneira incansável.
Aylin por sua vez, vendo que a rainha focava quase toda a sua atenção nos dois, a acertou algumas vezes com uma adaga, mas não era o suficiente. Eles precisavam de Zyon e Emma ali como haviam planejado. Quando foi que o plano inteiro havia saído do controle? Ela não sabia dizer, mas vendo que não teriam chances, ela correu porta afora na esperança de encontrá-los e avisar que o Rafael também estava ali.
A rainha tentava a todo custo se aproximar de Lissa para atacá-la também, mas era sempre interceptada por Roy e Carlos.
– Saiam do meu caminho, pequenos vermes – ela gritou irritada.
Carlos e Roy eram bons lutando, ninguém podia dizer o contrário, mas era difícil ser páreo para um receptáculo de uma nogitsune. Carlos não encontrava brechas na defesa da rainha e mesmo quando encontravam a mais remota possibilidade, ela se recuperava rapidamente do ataque.
– Me solta pirralho – a rainha gritou quando Roy finalmente chegou ao seu pescoço abrindo rapidamente um corte, mas não foi fundo o suficiente e a rainha tinha uma carta na manga e antes que Roy pudesse se desviar, garras cresceram no lugar das suas unhas atravessando o corpo dele.
Carlos, ao ver seu amigo sendo ferido puxou sua arma e atirou diversas vezes. Todos os tiros foram certeiros, mas a rainha apenas se curava, era impossível saber quantas pessoas já haviam morrido nas trocas pela cura da rainha.
– Está mesmo tentando me matar com isso? – ela riu e com força puxou o braço de Roy para trás – Mas tenho que admitir, achei que os Malphas não maltratavam mulheres. Estou impressionada e um pouco decepcionada. Cadê a piedade?
Apesar do som absurdo de tiros e coisas se quebrando, Carlos ouviu como os ossos do braço do amigo era quebrado em diversas partes.
– Vai para o inferno – Roy resmungou com os dentes apertados pela dor e a chutou para dar uma pequena distância entre eles.
– Muito lento – Kawany riu. Suas garras cresceram novamente, como uma espada afiada, e em pouco tempo transpassou novamente o corpo de Roy.
Roy curiosamente não sentiu dor, a adrenalina o manteve de pé.
– Roy! – Carlos gritou e tentou chegar até ele, mas as mesmas garras que ultrapassaram o corpo de Roy, também ultrapassou seu ombro.
Lissa tinha desvantagem. Carlos podia ver isso de relance e ele não queria que ela se distraísse por conta da luta deles, então apertou a mandíbula para não fazer o menor ruído de dor, um trabalho frustrante e infrutífero. Lissa os viu e tudo nela pareceu se desestruturar, ela se defendia da maneira que podia com o seu corpo tomado pela dor e pelo medo de perdê-los. Ela sabia que os contratos haviam sido rompidos e isso a apavorava, e mesmo forçando seu corpo ao máximo para chegar até eles, nada do que ela fazia era o suficiente para alcançar e salvar os dois. Quando Kawany finalmente empalou Carlos e Roy de uma maneira que não os matasse apenas para não acabar com a diversão, Rafael parou de atacar Lissa.
– E então, irmãzinha – Rafael conseguiu segurá-la com um de seus vetores – olha só para os seus amigos, eles vão morrer, você sabe disso.
– Não – Lissa deixou os olhos cravaram em Carlos ainda de pé, e em Roy já caído e sentiu as forças começarem a abandonar seu corpo.
– Eu disse que isso aconteceria – Rafael seguiu – É uma delícia ver esse sofrimento no seu rosto, sabia? Mas sou generoso, podemos fazer um acordo aqui.
Carlos, vendo uma cena extremamente parecida a uma das linhas que ele viu, se desesperou e levantou a arma novamente, mesmo sentindo o corpo extremamente dolorido, mas Rafael simplesmente amputou o braço do jovem, fazendo Carlos ajoelhar de dor.
– Não! – Lissa tentou chegar até ele, mas seu irmão foi mais rápido.
– Quer salvá-lo? – Rafael sorriu de maneira sádica – então tome a dor dele. Se você me deixar te ver se desmontar parte por parte do corpo, assim como fez com os nossos pais, eu posso pensar em deixá-los viver.
– Lissa – Carlos tentou falar por cima da terrível dor – não... você lembra como isso acaba... não faz isso.
Lissa deixou uma lágrima escorrer e como sempre havia feito, forçou o sorriso.
– Está tudo bem – ela falou tentando soar convincente – vai ficar tudo bem.
A mesma frase da visão, a mesma dor lancinante fazendo com que o coração de Carlos se despedaçasse. Ele sabia, ele a tinha perdido naquela frase.
Assim que ela terminou de falar, ela puxou para o próprio corpo a ferida de Roy e de Carlos. Carlos assustado viu como seu braço ressurgia como se nada tivesse acontecido e o dela simplesmente desaparecia.
Apesar de curados, Kawany manteve os dois sob ameaça, impossibilitando-os de fazer qualquer coisa.
– Eu não poderia te matar, essa é a verdade. Não sou rápido o suficiente para isso – Rafael deu de ombros – me dói ter que admitir, mas você é muito mais forte do que eu. Então nosso acordo é o seguinte: Você vai me deixar te matar lentamente, da maneira como eu quero. Nós sabemos como matar um ao outro e não estou disposto a morrer desse jeito, mas você... você eu sei que está disposta a fazer isso para salvá-los.
Lissa tremia enquanto segurava o local de onde o braço havia sido arrancado e deixava as lágrimas escorrerem, mas por algum motivo que ela não chegava a entender, a dor física não a incomodava em nada.
– Agora, para que você não tente nenhuma gracinha – Rafael continuou – tire as pernas e o outro braço.
– Lissa... por favor – Carlos deixou a primeira lágrima rolar sem conseguir contê-la – não faz isso...
Lissa não deu atenção. Fechou os olhos com força e deixou que seus vetores tirassem seus membros.
– Ótimo – Rafael deixou que um de seus vetores passasse através do peito de Lissa e a jogou pela janela – Vem Kawany, deixa os vermes para morrerem sozinhos. Vamos atrás da Lissa, vamos matá-la agora.
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