Ao final, irão saber quem está certo
Para se posicionar, você precisa vencer a luta
Não suporto o calor, então fico fora da luz
Para você nunca conseguir sair vivo
Você tem que viver sem as columbinas
Deixe todo mundo ouvir as lágrimas da sua batalha
Sim, nós vamos ser lendas
Vamos obter a sua atenção
O que estamos fazendo aqui não é apenas assustador
Está prestes a ser lendário
Legendary - Welshly Arms

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⚠️ESTE CAPÍTULO CONTÉM OS SEGUINTES GATILHOS⚠️

⚠️Violência

⚠️ Morte

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– Droga, o que faremos? – Kai estava ofegante ao perguntar, por mais que fosse incrível a falta de capacidade dos soldados de acertar um tiro ou de vencê-los em uma luta corpo a corpo, eles seguiam sendo humanos com limitações físicas e o cansaço estava começando a cobrar seu preço. Beatrice havia os preparado bem, mas nem mesmo ela era capaz de fazer milagres em tão pouco tempo.

– Parece que não acabam nunca. Ei, Kai... cuidado! – Luc viu como um homem armado com uma faca chegaria até Kai... ele não teria tempo de salvar seu amigo e ele sabia que Kai não teria tempo de revidar.

Quando o homem estava próximo o suficiente de Kai, um corvo o atacou e uma bomba explodiu no outro canto do salão.

– Ei, ei – Yugo sorriu com malícia ao rodar o pino da bomba que havia estourado – parece que começaram a diversão sem mim. Eu trouxe a cavalaria.

Senka, Kai e Luc abriram um pouco mais os olhos admirados por Yugo estar ali, de pé e bem após o que tinham visto.

– Só você já serviria para a cavalaria inteira – Kai sorriu claramente aliviado por ver seu amigo vivo.

– Estou sentido – Zyon colocou uma mão no coração de maneira teatral e sorriu com uma maldade incapaz de descrever.

Senka, que havia trabalhado tantos anos com Zyon, não reconhecia mais nada do rapaz que havia se divertido tantas vezes com eles. Ali na frente dela não havia um ser humano.

– É incrível como sempre te encontro no meio de confusões, Senka – ele falou ainda com os olhos apertados e o sorriso maldoso.

– Chega a ser desconcertante o quanto você e Lissa estão parecidos – ela riu de maneira nervosa – agora sim não dá para negar que são família.

– O papo parece bom, mas vocês não esqueceram que tem mais gente lutando aqui, não é? – Luc falou nocauteando mais um dos soldados.

– Ah – Zyon riu de maneira predatória – Isso não é nostálgico Emma? Foi bem nesse salão que eu te vi chorar pela primeira vez. Gostaria de ver suas lágrimas cristalinas novamente.

– Quanta sensibilidade – Emma apareceu em sua forma de mulher, deixando bem visíveis as noves caudas da mais pura energia atrás de si – A última vez que eu chorei, foi por Lohan... não pretendo chorar por ninguém hoje.

– Não é possível – Kai forçou o maxilar ao precisar reprimir todos os sentimentos confusos dentro dele. Emma obviamente estava diferente, mas seguia tendo os mesmos olhos, a mesma expressão serena e a mesma voz melodiosa que ele lembrava.

– Preparada para se tornar oficialmente uma criminosa, Tenko? – Zyon sorriu e deixou bem visíveis todas as suas garras.

– Espero que não, não pretendo ferir um ser humano aqui e você também não deveria, mas por outro lado, seus corvos estão famintos. Queria ter tempo de matar a saudade dos meus meninos, mas suponho que terei de esperar – ela deu de ombros – às suas ordens, meu príncipe.

– É o demônio – um soldado gritou claramente apavorado – O príncipe do inferno subiu para nos levar.

O que antes parecia uma luta justa, se transformou em um caos. Zyon sorriu novamente, passou a língua pelos lábios e assobiou, em seguida centenas de corvos com olhos de chamas azuis surgiu pelas janelas e portas.

– Ah, sim – Zyon baixou sem fazer um único ruído – avisem que eu enfim estou de volta. Voltei para governar o mundo que me pertence. Bom banquete meninos.

Assim que ele deu o comando, todos os corvos atacaram de uma única vez os soldados. Senka, Luc e Kai correram em direção a Yugo, tentando a todo custo não serem atacados também.

– Onde está a Lissa? – Senka perguntou preocupada, pois todos ali já sabiam que nada estava indo como planejado.

– Na sala do trono lutando contra a rainha. Carlos, Roy e Aylin estão juntos.

– A Aylin está bem? – Senka sentiu um alívio tão grande que sentiu as pernas fraquejarem – Droga... temos que chegar até Niely.

Senka não esperou respostas, se enfiou no meio da nuvem negra de corvos novamente e foi em direção de onde Niely estava, mas ela não foi a primeira a chegar.

Emma estava estática, vendo o corpo da jovem caído ao chão e o tremor em seu corpo era visível. Quando ela levantou seus olhos, Senka deu dois passos para trás ao reconhecer os mesmos olhos de Lissa quando ela perdia a calma. Zyon apareceu em seguida se transformando de corvo para uma forma mais humana também e assim como Emma, ficou estático olhando a jovem que havia passado a noite com ele.

– Ela está viva – Zyon falou para Senka, para tranquilizar a vice capitã – Está apenas desacordada pela perda de sangue. Consegue levá-la? Meus meninos não vão parar enquanto não sobrar só ossos aqui.

Senka acenou com a cabeça e pegou com certo esforço Niely no colo, mas não viu sinal da Nerissa.