116 - EMBOSCADA
Sangue, suor, eu vou quebrar meus ossos
Até que todas minhas cicatrizes sangrem dourado
Meu nome para sempre conhecido
Legend - The Score
꧁⸻⸻⸻𝓚𝓜⸻⸻⸻꧂
⚠️ESTE CAPÍTULO CONTÉM OS SEGUINTES GATILHOS⚠️
⚠️Violência
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O pequeno grupo de Kai seguiu em silêncio por caminhos vazios no palácio. Sons de lutas se ouviam do lado de fora. Tiros podiam ser ouvidos a distância. A briga na entrada da cidade provavelmente estava complicada e Kai queria saber se ainda tinham a vantagem com o tempo que já tinham perdido.
– Por que não há ninguém nos corredores, Nerissa? – Senka perguntou quebrando o silêncio, mesmo assim mantendo a voz baixa.
– Estão todos mortos – Nerissa respondeu com o olhar distante – a rainha deixou apenas alguns vivos. Disse que precisava de forças para lutar contra a Lissandra.
– Ela sabia que viríamos? – Niely parou em seco – Nerissa... por que você é um dos sobreviventes?
Todos pararam em seco com a urgência na voz de Niely.
– Nerissa... – Niely perguntou de novo sentindo um nó na garganta – como... como que você ficou entre os que ela queria que vivesse?
Nerissa tremeu e seus olhos encheram de lágrimas, eles estavam em um salão oval e grande, o lugar exato onde Nerissa deveria levá-los.
– Me desculpa, Niely. Eu estava com medo – Nerissa enfim desatou a chorar e nesse instante, Lissa que estava do outro lado do castelo, sentiu a linha se romper.
– Não... não... por favor Nerissa, me fala que você não fez isso – Niely parecia tão desesperada e desconcertada que acabou não sendo rápida o suficiente para desviar de uma bala de um dos soldados que entrou rapidamente pela porta e sentiu o ombro ser perfurado. Nerissa gritou de medo.
– Fujam, idiotas. E nem pense em voltar Senka... eu mesma vou meter uma bala na sua cara ridícula se você fizer isso – Niely conseguiu murmurar antes de deixar o corpo cair para frente.
Luc e Kai agarraram Senka pelo braço, que tentou a todo custo voltar para onde Niely estava caída e correram com ela ainda gritando. Nerissa ficou para trás chorando enquanto sacudia o corpo da irmã, dizendo que sentia muito e que eles tinham falado que ninguém ia se machucar.
Apesar de tentarem alcançar a porta a sua frente, mais soldados saíram dela.
– É, acho que é o fim da linha para a gente, parceiro – Luc sorriu com nervosismo enquanto puxava a arma rapidamente e começava a atirar.
– Acho que não é tão ruim morrer em ação no fim das contas – Kai respondeu também com um sorriso nervoso no rosto e, assim como Luc, começou a atirar e jogou seu corpo para baixo de uma das bancadas do salão.
– Calem a boca, idiotas – Senka se atirou com toda força e coragem em um dos seus agressores cortando com velocidade a garganta dele – se vocês morrerem aqui eu faço questão de reviver vocês só para matá-los de novo.
Luc viu como o corpo de Senka tremia em uma raiva explosiva e sorriu com a violência reprimida dela, em poucos segundos ela já havia matado mais de 3.
– Ela é mesmo perfeita – ele sussurrou com um sorriso bobo.
– Hora errada, Luc – Kai falou atirando em outro soldado que se aproximava do amigo.
– Vamos lá, Kai – Luc sorriu – vamos derrubar o máximo possível aqui.
– Eu acho que eu mato mais – Senka falou ao derrubar outro.
– Acho que isso significa uma aposta? – Luc sorriu ao imaginar a cena novamente e Senka alargou o sorriso em resposta.
– É impressão minha ou eles estão parecendo mais lentos que o normal? – Kai atirava e acertava o alvo com tanta facilidade que parecia uma cena improvável até para ele.
– Acho que nós que estamos mais rápido – Luc deu de ombros – depois de fugir de estacas feitas por aquela louca, isso aqui está até que parecendo fácil.
– Vou matar por mim e pela Niely, e é bom que aquela desgraçada sobreviva – Senka resmungou e se jogou no meio de diversos soldados. Aposto 20 mil que eu mato mais.
– Feito – Luc e Kai responderam em uníssono.
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