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11 - O ÚLTIMO CICLO

A noite selvagem e ventosa
Que a chuva lavou
Deixou uma poça de lágrimas
Clamando pelo dia
Por que me deixar aqui sozinho?
Me mostre o caminho
The Beatles – "The Long and Winding Road"

꧁⸻⸻⸻𝓚𝓜⸻⸻⸻꧂

⚠️ESTE CAPÍTULO CONTÉM OS SEGUINTES GATILHOS⚠️

⚠️Sofrimento físico

꧁⸻⸻⸻𝓚𝓜⸻⸻⸻꧂

Kai estava inquieto, não conseguia ficar parado. Ele não conseguia pensar em nenhum negócio próprio, tudo o que preenchia a cabeça dele eram as Kitsunes.

– Senhor Kai, sua bebida – o garçom encheu seu copo e deixou a garrafa ao seu lado.

– No que você está pensando? – Luc não estava olhando direto para ele, seu olhar parecia vazio – Por que nos envolvemos nisso?

– Eu não sei bem, mas você conseguiria esquecer e seguir sua vida normalmente?

– Não, acho que não – Luc se levantou e se espreguiçou – Isso é frustrante. Preciso tirar um pouco a tensão do corpo.

Luc mal havia se levantado e notou Senka no balcão do bar, ela bebia sozinha, parecia perdida em seus próprios pensamentos, com seus segredos grandes demais para serem carregados por alguém tão jovem. Ele ficou olhando-a por um tempo antes de se decidir se iria ou não falar com ela.

– Pare de pensar e vai logo – Kai o incentivou – desde quando você é tão inseguro com as mulheres?

– Como se pudéssemos chamar isso de mulher normal – Luc suspirou – Acho que vou para o meu quarto.

Kai ficou sozinho, bebendo, perdido em seus pensamentos. Ele olhou para a escada que levava para os quartos, Lissa provavelmente estaria dormindo ainda. Segundo as moças, Lissa sempre dormia quando curava alguém dessa maneira... "dessa maneira", que outras maneiras haviam? Ele inicialmente acreditou que aquele era um bom dom, mas o clima havia ficado tão pesado depois da briga que ele não tinha certeza se poderia pensar isso realmente.

Seus olhos estavam fixos na escada, mas seus pensamentos estavam longe a ponto de não enxergar que Lissa baixava os degraus de maneira cautelosa e tímida, quando ele se deu conta, ela já havia descido praticamente tudo e tentava escapar sem que Senka a notasse pela porta.

Ele se levantou sem fazer alarde e a seguiu cautelosamente, mas ela não havia ido longe, havia apenas sentado no chão da calçada. Tinha o olhar perdido em algum lugar da paisagem escura.

– Posso te fazer companhia? – ele perguntou tentando se anunciar para não a assustar, mas foi em vão. Ela pulou em estado defensivo e quando se deu conta de quem era seu rosto ficou extremamente vermelho.

– Sinto muito – ela falou olhando para baixo – você me assustou.

Ela era linda e ele ficou hipnotizado com a vergonha repentina que ela demonstrou. Parecia apenas uma garota inocente como qualquer uma das outras que ele havia encontrado naquela cidade e naquele reino, e mesmo com uma atitude tão comum, algo nela se destacava, algo nela ainda era um mistério.

– Posso? – ele voltou a perguntar.

Ela assentiu sem olhar para ele e voltou a se sentar.

– Tenho milhares de perguntas – ele falou baixo – acho que não seria educado da minha parte fazer alguma agora. Parece que você está em um momento delicado.

Ele olhou fixamente para ela e ela o olhou também. Quando seus olhos se cruzaram, ela desviou rapidamente o foco e sentiu como seu rosto esquentava.

– Você não me parecia tão tímida quando te encontrei pela primeira vez.

– Eu não sei como eu sou na idade que eu te conheci – a resposta dela não era mais que um sussurro – Eu não tenho lembranças de nada do que aconteceu.

– Entendo – ele colocou a mão no queixo pensativo – Te incomoda que eu esteja aqui?

– Bom... – o rosto dela voltou a ficar vermelho – eu não acho apropriado um homem e uma mulher estarem juntos sozinhos, principalmente durante a noite.

– Como foi que você mudou tanto? – Kai perguntou mais a si mesmo que a ela.

– Aí está você! – Senka apareceu atrás deles e riu – A Layla está arrancando os cabelos de preocupação. Layla! – ela gritou o nome da amiga e Kai se sentiu um pouco frustrado pela interrupção.

Pouco depois Layla apareceu, seguida de Aylin e para a surpresa de Lissa, de todos os outros rapazes.

– Você chamou todos para me procurar? – Lissa parecia desconcertada – Eu saí não tem 10 minutos. Eu só precisava de um pouco de ar.

– E se você passasse pelo último ciclo sozinha? – Layla perguntou cruzando os braços – Você sabe que a último é o pior de todos.

– Eu sei, mas... – ela começou a falar – eu estava sufocando lá dentro e...

Ela não terminou de falar, Kai a notou pálida e viu o suor escorrendo pelo canto do rosto apesar de ser uma noite bastante fresca.

– Você está bem? – Kai perguntou se segurando para não a segurar. Ele tinha a sensação de que ela cairia a qualquer momento.

– Bem na hora, se fosse combinado não teria dado certo – Layla falou apertando os dentes – Lissa, você precisa respirar com mais calma.

A respiração dela estava alterada, ela buscava ajuda com os olhos, mas ninguém foi em seu socorro.

– Não tem nada que dê para fazer? – Kai perguntou para Senka, que era a mais próxima deles.

– Não, e para piorar esse último ciclo é pior.

Ele olhou angustiado para ela e ela continuava tentando manter a respiração controlada e de repente, como em um espasmo, ela segurou a cabeça com força, forçou os dentes e jogou o corpo para frente enquanto emitia sons terríveis de dor. Passaram-se segundos antes que ela de fato caísse de lado se contorcendo, linhas azuis e vermelhas tomaram seu corpo e os gemidos passaram a ser sons de afogamento, ela parecia morrer com a própria saliva. Seus olhos se desorbitaram, deixando-os inteiros brancos. Ela por horas segurava a cabeça, por horas fazia imensos cortes com as unhas em seu pescoço e tórax fazendo com que pequenas gotas de sangue surgissem por sua pele.

– Droga, isso é demais para mim – Roy falou virando o rosto – Como é possível que não possamos fazer nada?

Senka se agachou perto de sua amiga, mas não encostou nela. Ela apenas estava ali, olhando... seus olhos mostravam uma angústia incapaz de ocultar. Layla e Aylin agacharam também. Aylin passava as unhas pelos braços, fazendo com que aparecessem vários vergões. Aquilo já estava durando muito mais do que da vez anterior. As Kitsunes sabiam como seria, mas para os Malphas, aquilo estava sendo uma prova gigantesca. Lissa se debatia, passava a ponta dos dedos pela calçada arrancando sangue das unhas..., e da mesma maneira como tudo começou, tudo acabou... ela foi parando de se debater, foi parando de se machucar..., mas não havia luz a rodeando, havia apenas um corpo imóvel de uma menina de 17 anos caído. Passaram-se quase 1 minuto até que um símbolo começasse a aparecer em sua testa. Um símbolo redondo com uma kitsune ao meio se fez bem visível, o símbolo passou do laranja ao preto gradualmente, formando outros pequenos símbolos na qual Kai não era capaz de identificar. Os olhos de Lissa seguiam brancos e sua boca estava aberta, Kai pode notar com um arrepio a baba escorrendo pelo canto dos lábios como se ela tivesse possuída.

– Nada mal garota, vamos para a última etapa juntas, como prometido – Layla sorriu tristemente e suspirou deixando enfim o peso do corpo vencê-la, fazendo-a se sentar.

Senka cobriu o rosto com as mãos e Kai notou o quanto ela tremia, ele mesmo não estava em seus melhores dias. Para ele já haviam se passado horas desde que Lissa havia deixado de se debater, porém ela não dava mostras de acordar.

– Ela está bem? – Roy perguntou voltando seu rosto novamente para o corpo de Lissa.

– Ainda não acabou – Aylin falou com a voz afogada – Misericórdia, ninguém nesse fim de mundo fuma, não? Preciso muito de um cigarro.

Yugo, sem esperar um segundo pedido, tirou um cigarro de sua cartela e o acendeu, passando-o em seguida para Aylin. Ela agradeceu com a cabeça ao pegar o cigarro. Assim como Senka, Aylin tremia e Kai não precisava nem olhar para saber que Layla estaria da mesma maneira.

Quando Lissa deu o primeiro sinal de vida, uma luz fraca a envolveu e seu corpo se desenvolveu como se fosse em uma câmera agilizada, os símbolos começaram a desaparecer, seus olhos se fecharam e se abriram e ela puxou muito ar, como se tivesse ficado horas sem respirar. O olhar dela passeava frenético e confuso por todos os lugares até que Senka pegou no rosto da amiga, forçando-a a olhar para ela.

- Lissa, aqui... Olha para mim, ok? – Senka falou ainda segurando com as duas mãos ao rosto da amiga – Respira e expira com calma... – Lissa obedeceu e Senka continou – Você é Lissa, capitã das Kitsunes, está atualmente com 21 anos, hoje nós vingamos a irmã de Nerissa, e conhecemos os Malphas, você aceitou Nerissa no bando e depois disso você enfrentou o Rafael, também perdemos uma aposta contra os Malphas, por isso eles estão nos acompanhando. Estamos no dia 1, lua 11, anel solar 34.

Lissa sorriu e relaxou o corpo, mas não disse nada.

– Quantas linhas você viu capitã? – Aylin perguntou sem conter a curiosidade.

– Eu não sei bem – Lissa falou baixo – umas 18 talvez, uma mais, uma menos... não tenho certeza. Que horas são?

– 22:40.

– Muito em cima – Lissa falou se levantando em um pulo, mas se sentiu tonta e foi obrigada a se segurar na primeira pessoa mais próxima.

Luc a segurou, mas não falou nada.

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