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06 | Vamos encontrar um caminho, Dorian.

Depois de alguns minutos, Percy saiu apressado da cozinha em direção à sala, onde seus três amigos estavam.

Ordenou rapidamente que Grover pegasse os sapatos que Luke havia lhe dado de presente, colocasse nos próprios pés e, sem questionar, o sátiro obedeceu.

Sair da casa estava fora de questão. Qualquer escolha levaria à morte, então era hora de usar a inteligência e bolar uma estratégia. Dorian apontou para uma porta e sugeriu que seguissem por ali. Não tinham muitas opções, e o tempo estava contra eles.

Os quatro correram para o cômodo e desceram por uma escada. A escuridão, somada à tensão do momento, tornava difícil pensar com clareza. Para piorar, Percy havia deixado a porta aberta, e agora os passos de Medusa ecoavam próximos dali.

Por instinto, Dorian segurou a mão da pessoa mais próxima — Percy. A porta se fechou lentamente, e o fogo ao redor das escadas iluminou o cômodo por completo.

— Rápido! — exclamou Annabeth, dando o sinal para correrem. Não era hora de admirar o tamanho do salão, porque a dona daquele museu de estátuas queria apenas uma coisa: transformá-los em parte de sua coleção.

Dorian se perguntou se havia, de fato, alguma diferença entre ser incapaz de falar e ser transformado em pedra.

— Somos quatro, e ela é apenas uma. Se nos separarmos, não poderá nos ver ao mesmo tempo — sugeriu Grover.

— Não acho que seja tão simples assim — rebateu Annabeth.

— Talvez seja. Aqui está o plano — os três semideuses pararam para encarar o sátiro. — Vou me elevar no ar e chamar a atenção dela...

Dorian imediatamente balançou a cabeça em negação. Era um péssimo plano. Para começar, Grover nem sabia como usar aqueles sapatos.

— Quando ouvirem eu dizer "Maia", vocês começam a...

Mas, antes que pudesse terminar a frase, as asas do calçado se ativaram, e Grover foi lançado para cima.

— Ah, não! Bom... Corram, rápido!

Até que desapareceu na escuridão do teto, precisavam urgentemente de um novo plano.

"Será que ele está bem?"

— É... é o Grover, ele tem que estar bem — respondeu Percy, tentando parecer calmo, mas sua mente estava uma completa bagunça.

— Precisamos de um novo plano — afirmou a filha de Atena. Dorian tinha certeza de que, se pudesse falar, deixaria claro que Annabeth definitivamente não era a mais inteligente do grupo.

— Nós não somos nossos pais... até que escolhemos ser — uma voz arrepiante os fez se sobressaltar. Medusa. Eles se entreolharam rapidamente e seguiram o plano A: correr.

— Vocês dois já fizeram suas escolhas, forçando seu amigo a seguir pelo mesmo caminho... A filha de uma mãe com pretensões de superioridade moral, que escolheu a arrogância para si mesma — disse a criatura, referindo-se a Annabeth.

Os garotos se esconderam em pontos diferentes do salão, mas ainda relativamente próximos uns dos outros. Ao fundo, ouvia-se o som das serpentes sibilando. Péssimo momento para Medusa decidir revelar seu verdadeiro penteado.

— O filho de Hera, enganado pelos próprios deuses... Não se preocupe, querido. A verdade sempre vem à tona quando menos esperamos — continuou ela, desta vez dirigindo-se a Dorian. — E você... poderia ter mostrado ao seu pai o que significa proteger alguém que ama. Poderia escolher salvar sua mãe... e escolher quem você sabe, em vez de apenas seguir as ordens dele.

Percy conteve a respiração. O recado era claramente para ele. Mas o que Medusa queria dizer com escolher quem você sabe?

— Se nenhum de vocês deseja me ajudar a ensinar essas lições aos deuses... talvez seja porque vocês são as lições. Quando enviar suas estátuas ao Olimpo, talvez finalmente entendam meu ponto de vista. Agora, levante-se e deixe-me ver você.

Percy obedeceu. Segurava firmemente sua espada, Contracorrente, e mantinha os olhos fechados, resistindo ao poder de persuasão de Medusa.

É claro que estava tremendo. Não conseguia ver nada, confiando apenas em sua intuição — que nem sempre era das melhores. Mas não havia muitas opções. Precisavam enfrentar Medusa.

— Acho que não pensei muito bem nisso! — a voz de Grover veio do alto, enquanto ele ainda voava sem controle pelo teto. Até que, de repente, colidiu com uma pilha de caixas e algumas estátuas pequenas, fazendo um enorme estrondo.

Uma distração perfeita.

Foi então que Annabeth surgiu de repente atrás de Medusa. Ela havia se escondido usando seu boné de invisibilidade e, num movimento rápido, colocou-o na cabeça da própria criatura, tornando-a invisível.

— Agora!

E, em um único golpe, Percy executou Medusa.

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Você já se sentiu como se o mundo inteiro estivesse contra você, mesmo quando não era verdade? Como se uma peça essencial do quebra-cabeça estivesse faltando...

Dorian se sentia exatamente assim. Um completo inútil. Enquanto Annabeth e Percy faziam todo o trabalho pesado, ele se via apenas como um peso morto. Uma sombra.

Até Grover contribuía mais do que ele, com suas palavras de encorajamento. E, convenhamos, não era justo! Afinal, Dorian sequer podia falar.

"Você está bem?"

Ele tocou suavemente o ombro de Grover, chamando sua atenção. O sátiro olhava para uma estátua... de outro sátiro.

"Você me entende, não é?"

— Ah, sim, sim! Desculpa, eu estava distraído — disse Grover, balançando a cabeça para afastar os pensamentos. — É que... é o tio Ferdinand.

Ele apontou para a estátua de pedra.

Dorian arregalou os olhos, surpreso. Conhecia aquele nome pelas histórias incríveis que Grover costumava contar sobre o tio, mesmo sem saber o quanto eram verdadeiras. Mas isso não importava. O homem soava como alguém incrível.

Os olhos de Grover transbordavam tristeza e pesar. Dorian não conseguiu resistir ao impulso de abraçá-lo.

— O que está acontecendo? — perguntou Annabeth, aproximando-se com Percy e vendo os dois abraçados.

Eles se afastaram rapidamente com a interrupção.

— O tio Ferdinand...

— Grover, eu sinto muito...

— Esta foi a distância máxima que ele conseguiu chegar em sua missão. Nem sequer chegou a Trenton, mas olhem para ele... Não é como as outras estátuas. Ele... não parece ter sentido medo — respondeu, nostálgico. Então, mudou rapidamente de assunto: — Vocês usaram a cabeça para se livrar de Alecto?

— Sim — confirmou Percy, olhando com pena para o amigo. Mas havia algo mais em seu olhar... Não por acaso, também lançava olhares discretos para Dorian.

— Bom, foi a escolha certa. Precisamos seguir viagem, logo vai escurecer.

"E o que fazemos com a cabeça?"

— Vamos cobri-la com o boné e enterrá-la no porão. Assim, ficará segura — sugeriu Percy.

Os três se viraram para Annabeth.

— Certo. Agora podemos falar do assunto mais importante?

— Qual?

— "Você poderia ter salvo sua mãe... e escolhido quem você sabe." Foi o que Medusa disse. Como se isso já tivesse sido conversado antes. O que ela quis dizer com isso, Percy?

— Minha mãe está com Hades, mas agradeço sua preocupação — respondeu o loiro.

— Parem com isso, por favor — Grover interveio, percebendo que outra discussão se aproximava.

— Estou preocupada, Percy. O que você realmente está fazendo nessa missão? E por que tivemos que descobrir isso por Medusa? — Annabeth se tornou mais cínica, e Dorian percebeu que aquilo só pioraria. Então, decidiu intervir, colocando-se entre os dois. Um plano não tão bom assim.

— Certo, já que estamos todos aqui... O que Medusa quis dizer com aquilo sobre você, Dorian? Está nos escondendo algo? Além, é claro, de não ter nos contado sobre a relação da sua mãe com os monstros que nos perseguem? — O ambiente ficou ainda mais tenso. — "Uma cruel vítima da ira dos deuses." O que isso deveria significar?

— Ei! Não o envolva nisso! Você nos escolheu para vir nessa missão com você, quer que eu te lembre? — Annabeth retrucou, defendendo Dorian. — Não o culpe pelos seus problemas de comunicação, cérebro de alga.

— Chega! — Grover interveio com mais firmeza.

Dorian manteve os olhos fixos no chão. Ele parecia mais interessante do que ouvir seus dois companheiros cínicos discutindo. De alguma forma, aquilo o ajudava a se sentir menos inútil.

— O boné foi um presente da mãe dele, a única conexão que tem com ela. Isso deveria importar para você. Além disso, não jogue seus problemas nos outros. Como Dorian poderia saber alguma coisa sobre o que Medusa disse? Ela provavelmente estava mentindo! — Grover continuou, indignado.

Tudo o que haviam dito era verdade, e não tinham nenhuma prova de que, de fato, a mulher que minutos atrás tentou transformá-los em estátuas estivesse falando sério. No entanto, Dorian ainda se sentia um pouco culpado.

Ele entendia Percy e, de alguma forma, sentia uma conexão com ele. Não sabia se era apenas coisa da sua cabeça ou algo além disso. Havia mais por trás de tudo aquilo, e aquele definitivamente não era o momento para brigas.

— Mas como podemos garantir que estará segura? — perguntou Percy, referindo-se à cabeça de Medusa.

— Ainda não sei... — Grover suspirou e então se virou para Annabeth. — E você, sério mesmo? A mãe dele está viva. Sabe o quão confuso deve ser para ele sentir que talvez precise escolher entre o destino do mundo e a única pessoa que realmente o amou? — O sátiro então olhou para Dorian. — Amigo, eu sei que tudo isso é difícil e que você nunca passou por algo assim antes. Mas não pode começar a duvidar e acreditar nas palavras de um monstro. Acredite, ainda encontraremos muitas criaturas lá fora, e precisamos estar unidos.

— Por que está falando assim?

— Porque o dia todo estive tentando manter essa missão em pé sem que nenhum de vocês enlouquecesse! Mas talvez seja necessário colocar tudo às claras antes de seguirmos... Annabeth te fez uma pergunta na floresta e você não respondeu. Do que você tem tanto medo, Percy?

— Não sei do que está falando — Percy fingiu desentendimento.

— Sabe, sim.

— Claro que não.

— Eu acho que sabe. Você brigou com ela, com Dorian e comigo...!

— Porque o Oráculo disse que um de vocês iria me trair! Certo? — Percy explodiu.

Dorian ergueu a cabeça no mesmo instante, absorvendo aquelas palavras.

— "Alguém que te chama de amigo irá te trair, e no final, você não conseguirá salvar aquilo que mais importa." — Percy completou, confessando. — Escolhi ela porque sabia que nunca seríamos amigos. Escolhi você porque pensei que, se precisasse de alguém ao meu lado, aconteça o que acontecer, esse alguém seria você e... ah! Nem sei por que o escolhi. Sou tão inútil que nem consigo me comunicar direito com ele! — Ele apontou para Dorian, mas, no fundo, sabia a resposta. — Mas agora... agora me sinto muito sozinho. Já não sei mais o que pensar nem em quem confiar.

A enorme sala mergulhou em um silêncio absoluto. Era muita informação para poucos minutos.

— Eu não queria dizer isso... — sussurrou Percy.

"Não te falei sobre os monstros porque pensei que já soubesse, e talvez as palavras de Medusa tenham me hipnotizado, mas eu nunca acreditaria nela mais do que em vocês..."

Grover ajudou Dorian a traduzir, e Percy lhe ofereceu um sorriso caloroso.

— Alecto ofereceu ajuda na nossa missão se eu entregasse você para ela. Matei a irmã dela.

— Medusa prometeu salvar minha mãe se eu me voltasse contra vocês. Cortei a cabeça dela.

— Vocês não escolheram ser semideuses, muito menos essa missão — disse Grover. — Mas podemos escolher enquanto estivermos juntos. Porque ninguém aqui estará sozinho.

— E... Dorian. — Annabeth chamou a atenção do garoto. — Você vai ver que será útil para alguma coisa.

— Totalmente! — concordou Percy. — E vamos encontrar uma forma de nos comunicarmos, prometo!

Dorian sorriu pela primeira vez naquela conversa.

— E acho que já sei o que fazer com a cabeça...

Revisado.

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