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04 | Problemas de Comunicação.

* As falas entre aspas são as de Dorian em Libras. *

O cheiro dentro do ônibus era insuportável, uma mistura de suor, comida velha e algo que Percy preferia não identificar. Ele se perguntou como Annabeth e Grover conseguiam parecer tão tranquilos ali. Dorian, por outro lado, mantinha-se calado, observando a estrada pela janela como se procurasse algo.

— Sério, que nojo! Esse ônibus cheira a meia suja esquecida no fundo de um armário — resmungou Percy, tapando o nariz. — Vocês não estão sentindo isso?

— Somos soldados em uma missão. Isso não são férias — repreendeu Annabeth, sentada ao lado de Grover.

— Obrigado por esclarecer, mas se isso é tão importante, por que Quíron não comprou passagens de avião? Não parece uma missão de alta prioridade, certo? — Percy perguntou, voltando-se para Dorian.

"Não percebeu?"

— O quê? — O loiro inclinou a cabeça, confuso.

— Percy, não são apenas os monstros que vão tentar nos impedir — explicou Grover. — Você e Dorian são filhos proibidos.

"Ele acha que você roubou o raio e que eu sou seu cúmplice."

— Se viajarmos pelo céu, seria como nos entregarmos de bandeja — concluiu Grover.

— Ótimo, ninguém mencionou isso — murmurou Percy, considerando a possibilidade de Zeus querer matar Dorian... afinal, ele era filho da esposa dele. "Os deuses têm conflitos familiares absurdos", pensou, e no fim das contas, são sempre os semideuses que pagam o preço.

Depois disso, o grupo permaneceu em silêncio. No entanto, Percy sentia necessidade de conversar com Dorian. Ainda não entendia por que havia sonhado com ele, mas algo no garoto o atraía de um jeito que não conseguia explicar.

— Ei... Você morava em Nova York? — perguntou, lembrando-se de como Dorian havia olhado para a cidade com tanto entusiasmo antes. Aquela cena ficou gravada em sua mente como algo doce, que ele jamais admitiria querer guardar.

Dorian apenas assentiu, esboçando um sorriso que logo se desfez quando um pensamento sobre seu pai atravessou sua mente.

— Tudo bem? — Percy perguntou, um pouco distraído. Sem perceber, ficou observando o sorriso de Dorian, sentindo um calor estranho no peito. Era reconfortante, como estar ao lado de sua mãe.

— Vou comprar alguns lanches — anunciou Annabeth, levantando-se. Só então o grupo notou que o ônibus havia parado em um posto de gasolina.

— Vou com você — Percy disse, tentando se levantar, mas Dorian segurou seu braço, fazendo-o cair novamente no assento.

— Não, vocês três ficam aqui.

— Por quê? Aqui atrás cheira horrível.

"Esse é o ponto."

— O cheiro forte impede que os monstros nos detectem — explicou Annabeth, apontando para o banheiro do ônibus. — Aqui é o lugar mais seguro para ficarmos.

— Quero votar. Quem acha que todos devíamos sair para tomar um ar e comprar nossos próprios lanches? — Percy levantou a mão, desafiador.

Dorian apenas o encarou divertido. Percy realmente achava que mandava?

A resposta era sim. E não era só para contrariar Annabeth — ele precisava cumprir a missão, mas, no fundo, sua maior motivação era salvar sua mãe. Além disso, queria entender por que Dorian apareceu em seus sonhos. Os deuses deveriam ter todas as respostas... certo?

— Não vamos votar. Batatas fritas e refrigerante?

— Acho que você não pode decidir que não vamos votar.

— Lamento ouvir isso.

— Ok, então quero votar se você pode decidir que não votamos.

O debate virou um verdadeiro trava-língua.

— Grover, pode ajudar seu... — Annabeth foi interrompida ao ver o sátiro começando a bater palmas.

— Amigo? — completou Grover, ainda aplaudindo. — Acho que tenho uma ideia melhor...

Bem, já ouviram um sátiro cantar? Porque Dorian ouviu. E estava confuso.

— Batatas fritas e um refrigerante para você, Dorian? — perguntou Annabeth depois do momento constrangedor.

Ele apenas assentiu, um pouco desconfortável.

— Nosso sistema de votação falhou — murmurou Percy para si mesmo.

Dorian ficou pensativo, abraçando sua mochila como se sua vida dependesse disso. Não confiava em deixá-la jogada em nenhum lugar. Além disso, ainda tinha um assunto pendente com Percy.

Com cautela, tocou o ombro do loiro, que se virou rapidamente.

"Precisamos conversar."

— O quê...? Desculpa, pode repetir? — Percy perguntou, confuso. Não tinha prestado atenção suficiente para entender Dorian.

O moreno suspirou. Já estava acostumado. Sabia que não era culpa de Percy, mas aquilo sempre o frustrava.

Sem outra alternativa, pegou sua velha aliada: uma caderneta vermelha e um lápis preto.

"Precisamos conversar."

— Oh... Sim, claro! Sobre o quê?

"Annabeth."

— O que tem ela? — Percy perguntou, sem conseguir esconder a irritação. Não bastava a garota passar o tempo todo grudada em Dorian, agora precisava ser tema da conversa também?

"Por que vocês não se dão bem?"

— Sério, não sei o que está acontecendo comigo hoje, mas não consigo entender você — reclamou Percy. — Grover!

O sátiro virou-se para os dois.

— Pode ajudar? Dorian está tentando me dizer algo e eu não estou conseguindo entender.

"Esquece."

— Ele disse para esquecer — traduziu Grover.

Dorian não estava irritado, mas não conseguia evitar a frustração. Sempre teve dificuldade para se comunicar, e as pessoas raramente tinham paciência. Muitos o chamavam de "mudo", ignorando suas qualidades.

Até mesmo Dionísio havia dito que ele nunca desenvolveria poderes como outros semideuses, pois a voz era essencial. Se um semideus não podia se fazer ouvir, como poderia deixar sua marca na história? Essas perguntas apenas aumentava suas inseguranças.

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— Abram essa janela! Agora! — gritou Annabeth.

— Acho que essas janelas não... Ah, não — Grover empalideceu ao ver uma Fúria dentro do ônibus. — Vamos, rápido!

Percy e Grover derrubaram a janela.

Dorian se levantou de imediato, puxando sua mochila para os ombros.

— Deixem seus pertences e saiam pela frente do ônibus — anunciou o motorista pelo microfone, enquanto os passageiros se apressavam para pegar suas coisas, atrapalhando o caminho de Alecto.

Mas outra Fúria surgiu pela janela aberta. Dorian se moveu a tempo de evitar o ataque, enquanto Annabeth lhe lançava sua adaga.

Ele a pegou no ar e, sem hesitar, cravou a lâmina no peito do monstro, que se desfez em uma chuva de poeira dourada.

— Acabamos aqui. Vamos! — ordenou Annabeth, puxando Grover do chão.

Dorian pulou do ônibus sem hesitar, pronto para continuar a missão.

Revisado.

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