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Skincare.

Ps: Errata, a autora errou o capítulo e esse aqui é o anterior ao da missão dela. 🤡🤦🏻‍♀️ Perdoem a autora e a cabeça de peixe da Dory que ela tem.

Fora isso, façam uma boa leitura!





-Eu tenho que ficar com isso na cara por mais tempo? 

Morgana observou Thor pegar um dos pepinos e morder, a olhando, curioso. Seu rosto estava coberto por uma grossa camada de argila preta, o cabelo estava preso em uma touca de cetim e ele vestia um roupão rosa, deitado em uma espreguiçadeira no banheiro da suíte principal do QG. 

-Mais uns vinte minutinhos... Para de comer os pepinos, Thor! Isso é para botar na cara, não fazer salada! 

-Mas é que tá bom! Passa a vasilha de pepinos para cá, vai? 

Morgana separou os pepinos dela e entregou a vasilha a Thor, voltando a aplicar a máscara sobre seu próprio rosto, na frente do espelho. Não que Morgana precisasse, mas... 

Gostava de se cuidar de vez em quando. Fazia mais bem para sua alma do que para sua pele, de fato. Afinal, seiscentos anos com cara de vinte e cinco era uma vantagem que a semi-imortalidade a concedeu. 

Convencer Thor a fazer uma seção de skincare não tinha sido difícil. O homem era bastante vaidoso e tinha um ego enorme. Foi só dizer que seus poros estavam entupidos e a pele oleosa e ele correu para o banheiro com ela, topando colocar até um roupão para entrar na onda. 

Quando Morgana deitou o corpo na espreguiçadeira, ela conseguiu ficar completamente em Silêncio, a não ser pelos sons irritantes que Thor fazia, mastigando. Morgana apreciava o silêncio e estava tão acostumada, que qualquer mínimo barulhinho a incomodava, mas por ora, ela apenas ignorou. 

A sensação da máscara em sua cara era extremamente relaxante e ela já chegava a estar quase dormindo na cadeira quando ouviu Thor soltando um suspiro. Os olhos de Morgana abriram automaticamente, afinal, ele suspirou no mesmo tom usado por Bart para arrancar alguma informação dela. 

Aguardando, Morgana chegou a achar que tinha sido apenas impressão, mas assim que estava prestes a desistir de esperar, Thor perguntou: 

-Você e o Steve…? 

Morgana tirou os pepinos da frente dos olhos e encarou o homem ao seu lado. 

-O que tem? 

-Estão mais… Amigos? Quer dizer… 

-Foi o Bart que mandou você perguntar, não foi? 

Morgana não precisava ver debaixo da máscara de lama preta para saber que Thor havia ficado da cor de seu roupão. Ele tentou negar, engrossando a voz e franzindo a testa. 

-Que? O Bart?! Humpft! Claro que não… 

-Thor… 

-Está bem, está bem! Foi mesmo a lebre falante. Mas… - Thor apontou um dedo na direção de Morgana, estreitando os olhos para ela. - Ele tem um ponto interessante! 

Morgana enfiou os pepinos de volta, na frente dos olhos, respirando bem lentamente. Talvez, se fingisse que Thor não estava por lá, ela esquecesse de verdade que o homem estava ao seu lado. 

Ou talvez, não. 

-Nana, você não acha que é possível que sua maldição tenha um contraponto? 

-Não. 

-Por que?! 

-Porque a bruxa não recitou nenhum contra ponto, porque o Steve não é uma cobaia de testes, porque eu não me apaixono há mais de sessenta anos, porquê…. 

-Eu acho que você deveria dar mais credibilidade à lebre. - Thor afirmou, seguro. - É cosmicamente impossível que exista uma maldição sem um contra ponto! Mesmo que ele não seja recitado, ele existe. 

Morgana tirou os pepinos dos olhos, bem devagar. Ela encarou Thor, que sorria, convencido, como se soubesse que tinha atraído a atenção da mulher. E realmente, tinha. 

-Como assim "cosmicamente impossível"? 

-Bem, você sabe… Tudo na vida tem um equilíbrio, certo? - Thor gesticulou com as mãos, enquanto falava despreocupadamente. - Bem e mal. Vida e morte. Ying e Young… Ou seja, para uma maldição existir, ela tem que ter um contraponto existindo em qualquer lugar desse planeta. É uma regra elementar e fundamental do universo. 

Estreitei meus olhos na direção de Thor, pensando. 

-Mas qual poderia ser o contraponto da minha? Eu não consigo enxergar nada… 

-Bem, aí que eu não sei. Mas o Bart acha que poderia ser alguém te amar intensamente. 

Morgana revirou os olhos verdes, sorrindo ironicamente, enquanto recostava na espreguiçadeira. 

-Ah, então vou continuar vivendo para sempre! Obrigada por me informar! 

Thor franziu a testa, pendendo a cabeça de lado. Daquele ângulo, o homem parecia um cachorrinho confuso e foi inevitável que Morgana não tivesse vontade de apertar as bochechas dele. 

-Por que você se acha tão indigna de ser amada e admirada, Morgana? 

-Olha para mim, Thor. - Morgana encarou o homem, friamente, usando os dedos para apontar para si própria. - Olha bem para mim… Para tudo que fiz e que ainda faço… Você acha mesmo que alguém vai conseguir me amar intensamente a ponto de quebrar uma maldição?! Vai conseguir ignorar tudo o que sou e viver um conto de fadas?! Desculpa, mas eu perdi a fé há muitos anos e não é você quem vai fazer eu recuperar. 

Thor deu de ombros. 

-Não discutirei contigo! Mas discordo do seu posicionamento. Eu acho, sim, que você é tão digna do amor quanto qualquer um aqui. Você só precisa se deixar ser amada… 

-Ah, é?! Por quem?! 

Nesse exato segundo, a porta do banheiro abriu, fazendo Morgana e Thor levarem um susto tão grande que os dois caíram das cadeiras, direto no chão. 

-Minha Nossa… Vocês estão bem?! 

Morgana levantou do chão primeiro, encarando Steve, Tony e Clint, que pareciam estar prestes a cair na risada, ao ver a situação de Thor: Roupão rosa, pantufas de raposa, touca de cetim e máscara na cara. 

Um tanto quanto inusitado e surpreendente, na opinião de Steve. 

-O que está…? 

-Skincare. - Thor esclareceu, fechando o roupão de volta. - Deviam experimentar! Essa máscara retira os cravos, limpa os poros e… 

-Controla a oleosidade. 

Morgana completou quando Thor a encarou, claramente, em dúvida. Ele bateu as duas mãos e apontou para os amigos. 

-Isso! Controla a oleosidade! 

-Hmm… - Clint, que se encontrava quase roxo de tanto segurar a risada, pigarreou. - Obrigado pela sugestão, mas… Hm-hm… Bem… 

-Dispensamos. - Steve manteve o controle e esfregou o rosto, mordendo os lábios. - Viemos usar a hidromassagem, então… Quando liberarem o banheiro, é só avisar… 

Morgana e Thor assentiram, vendo Steve empurrar os amigos para fora do banheiro. Mesmo assim, Tony se livrou do braço de Steve e, dando a volta no homem, se voltou aos dois. 

-Aliás, Thor… Esse tom de rosa não combina com você! Acho melhor um rosa pink ou um… Ai, Doritos!

Steve puxou Tony pela gola da blusa, tirando Tony de dentro do banheiro ao mesmo tempo que Clint caiu na risada. Mesmo assim, Steve continuou arrastando os dois para longe do banheiro e só pararam em um lugar seguro. 

-Mas que merda foi aquela?! - Tony exclamou, rindo. - Meu Deus… Vocês viram as pantufas dele?! 

-Eu tava mais ocupado em reparar no roupão. 

Steve deixou uma pequena risada escapar, antes de suspirar e apoiar o quadril na mesa, atrás de si. 

-Olha… Foi realmente engraçado, está bem? Mas… Não vamos ficar rindo, gente. 

-E por quê não?! - Tony reclamou, indignado. - Foi engraçado! Além disso, o Thor… 

-Não é pelo Thor. 

Um instante de silêncio se fez presente, enquanto Clint suspirava, encostando as costas na parede. 

-Ela não tem nenhum amigo? 

-O Thor. - Steve deu de ombros. 

Ainda doía seu coração lembrar da expressão desesperada no rosto de Morgana quando ela levantou do gramado e saiu correndo, chorando. Steve mal a conhecia, mas sabia identificar um olhar sofrido. 

E definitivamente, Morgana Tudor sofria em silêncio. 

Depois daquela noite, Steve passou a reparar um pouco mais em Morgana, se perguntando como ela podia esconder tão bem os sentimentos. Quer dizer, ela não era animada como Sam ou cheia de risadas como Tony. Mas se ele passasse por ela na rua, não imaginaria a dor e o sofrimento que ela carregava dentro de si. 

-Está bem. Tudo bem! Vocês venceram! Eu não vou zoar o Thor na frente da Morgan, mas podem ter certeza que vou tirar sarro da cara dele depois! 

Disso, Steve não tinha a menor dúvida. 

Já era bem tarde quando Tony parou de irritar Thor e Steve se permitiu ir para a hidromassagem. Tinha ficado na dúvida se ia com eles ou se fazia algum lanche, mas como Sharon apareceu de surpresa, Steve preferiu passar o tempo com ela. 

Seguindo o conselho de Morgana, Steve deixou bem claro que o que eles estavam tendo não era sério e, embora ele tenha sentido que Sharon ficou levemente decepcionada, ela concordou. Isso aliviou um pouco do peso que Steve sentia nos ombros. 

Como o ambiente estava completamente silencioso quando Steve acompanhou Sharon até o elevador, ele supôs que não havia mais ninguém do complexo no lugar. Estava morto de sono, mas sentia que não ia conseguir dormir. Sua cabeça estava agitada, pensando na primeira missão de Morgana. Era simples, mas assim como ficou nervoso com a de Wanda, também estava nervoso por ela. 

Então, decidiu ir até a porta do quarto de Morgana, batendo na porta. Sabia que ela quase não dormia de noite, então, muito provavelmente, estava assistindo um filme ou ouvindo música. Steve bateu cerca de três vezes, até perceber que a porta estava aberta. 

Enfiando apenas a cabeça, Steve forçou as vistas para enxergar no escuro. 

-Morgana? Você está dormindo? 

O único som reproduzido dentro do quarto foi o das molas do colchão quando Bart se espreguiçou e miou. Obviamente, Morgana não estava por lá. 

Ele estava prestes a fechar a porta quando ouviu chamarem seu nome. O corpo do homem gelou, enquanto ele olhava ao redor. Não havia ninguém na Torre. No entanto, tinha escutado alguém o chamar e isso se confirmou quando ouviu pela segunda vez. 

A voz era levemente estranha e esganiçada e se Steve não estivesse ficando louco, ele podia dizer que tinha sido o gato. Céus… Ele tinha certeza que foi o gato de Morgana que o chamou. 

-Steve?! Já se foi? Abre a porta, por favor… 

Steve arregalou os olhos, esfregando o rosto. O gato estava falando… Ele não estava, exatamente, surpreso. 

-Eu tô sentindo seu cheiro. Quer fazer o favor de abrir a porta?! 

Steve abriu, encarando o gato. Ele ultrapassou o portal e sentou no chão, na frente de Steve, o encarando, sério. 

-Você fala. 

Não havia sido uma pergunta. Mesmo assim, Bart abanou o rabo. 

-É claro que eu falo! 

-Meu Deus… 

-Você está procurando a Morgana, certo? - Bart perguntou, esfregando a cabeça entre as pernas de Steve. 

O homem se abaixou e pegou o gato no colo, virando o bicho de ponta cabeça e sacudindo. Bart se agarrou nos braços do homem, reclamando, indignado: 

-Mas que porra foi essa, homem?! 

-Isso só pode ser pegadinha do Stark… 

Steve continuou apalpando o gato, atrás de qualquer dispositivo que justificasse, mas… Não havia nada e Bart parecia muito irritado. 

-Já terminou de me apalpar, Senhor Capitão América?! 

-Ah… Desculpa… 

Steve pôs o gato no chão, de novo. Os dois se encararam e o gato foi o primeiro a se recuperar da situação estranha que eles estavam enfiados. Fazendo um barulhinho com a garganta, ele atraiu a atenção de Steve para si, começando a falar. 

-Em primeiro lugar… Sinto muito te assustar, Rogers. Mas é que a Morgana acha que vão achar ela ainda mais estranha se descobrirem que o gato dela é um gato de bruxa. 

-Gato de que?! 

-Gato mágico. - Bart explicou, ao ver a careta confusa do homem. - Bruxas tem uma forte ligação com gatos, sapos e corujas. Esses bichos podem ter sangue mágico, o que nos torna diferentes dos outros. Alguns tem poderes, outros falam, alguns podem se metamorfosear e se transformarem em humanos… 

-Como a Morgana conseguiu isso?! Quer dizer… Você. Como a Morgana conseguiu você. Quer dizer, o Senhor. Ou…? 

Bart soltou uma risada felina, balançando a cabeça. 

-Pode me chamar de você, Capitão. - Bart suspirou, esticando o corpo em um bocejo. - Bem, primeiro de tudo: A Lealdade dos gatos de Bruxa é algo primitivo. Porém, é fato que se alguém é maior que seu superior, ou seja… Se alguém mata seu tutelado de forma justa, sua lealdade é transferida, automaticamente, para o vencedor. Foi assim que conheci a ret… A Morgana. 

Claramente, Steve tinha mais um milhão de perguntas, porém, o gato interrompeu seus pensamentos, perguntando: 

-Você está procurando a imbecil da Morgana, né? Ela está no terraço! Aquela teimosa… 

Steve franziu a testa e abaixou na frente do gato. 

-Vocês brigaram? 

-A gente briga o tempo todo… Isso, pode coçar bem aí! 

Steve riu, acariciando as orelhas do gato e sentindo ele ronronar. Bart estava relaxado quando Steve resolveu soltar ele, que o gato preto foi de encontro ao chão. Steve deixou uma risada escapar, enquanto ele erguia o corpo do chão e sentava, ereto. 

-Muito engraçadinho… 

-Desculpa! - Steve pediu, dando de ombros. - Enfim… Eu acho que vou dar um pulo no terraço, então. Que tal? 

-Acho uma ótima idéia! Aliás, Rogers… - Bart acrescentou, ao ver o homem se afastando. - É melhor a Morgana não saber da nossa pequena conversa ou vamos ter gato frito no jantar. E eu juro que não tenho o gosto bom! 

Steve assentiu, rindo, enquanto o gato entrava no quarto novamente. Já ele, foi direto até o lado de fora, parando só nos primeiros degraus de acesso ao terraço, se perguntando se teve mesmo uma conversa com um gato preto ou se estava ficando completamente maluco. 

Subindo degrau por degrau, Steve se perguntou porque, exatamente, estava procurando por Morgana. Se lembrou que, querendo ou não, se importava com ela e que sua primeira missão era em dois dias. Precisava verificar se ela estava bem e, se fosse o caso, dar alguns conselhos. 

Assim que a porta do terraço abriu, Morgana virou para trás, alarmada. Mas soltou o ar, o que fez uma baforada de fumaça cheia de nicotina sair de seus lábios. 

-Meu Deus, Rogers… Que susto! Eu achei que você já tinha ido embora. 

Steve se aproximou, extremamente sem jeito, depois de fechar a porta atrás de si. O vento gelado açoitou seus cabelos e ele inspirou o ar puro noturno, dando de ombros. 

-Eu ia embora, mas perdi a hora. E como ficou tarde, não quis dirigir agora. Perdeu o sono? 

-Eu nunca durmo de noite. - Morgana também deu de ombros. 

Steve parou ao lado de Morgana, sentindo o cheiro que vinha dos cabelos soltos e compridos dela. Ele também observou o cigarro preso entre os lábios. Talvez, tenha feito alguma careta, porque Morgana suspirou, apagando a ponta no ferro do parapeito. 

-Não me olha assim! Eu não morro, lembra? Isso não faz a menor diferença para o meu corpo. 

-Ah, é… - Steve coçou a nuca, dando de ombros. - Conheci o seu gato, aliás. Ele fala, né? 

Morgana engasgou com o ar, arregalando os olhos verdes na direção de Steve. Seu coração estava disparado de raiva, afinal, Morgana tinha pedido para Bart não falar com mais ninguém. Bobeira ou não, ela esperava isso dele. 

No entanto, como sempre, o gato só fazia o que queria. 

Como Steve percebeu que Morgana ficou sem fala e, claramente, chateada, ele logo defendeu o gato. 

-Hey, não fica irritada com ele. Eu ouvi vocês conversando outro dia, mas achei que estava ficando maluco… Na verdade, achei legal. 

-A gente brigando? 

-O Bart falar. - Steve explicou, sorrindo de leve. - Imagina que legal seria se todo bichinho falasse? Eu até me animaria em ter um… 

Morgana abraçou o próprio corpo, franzindo a testa e analisando Steve. Ele não parecia estar debochando ou sendo irônico. Ela resolveu mudar de assunto, se lembrando da conversa que tiveram no Central Park. 

Imitando a posição dele, Morgana tirou os cabelos da frente dos olhos. 

-Eu vi a Sharon mais cedo… Contou para ela que você só tá interessado em sexo? 

-Hey, também não é assim, Morgana! - Steve reclamou, sentindo o pescoço esquentar violentamente. 

Morgana o encarou, seriamente. Algo no olhar dela fez todos os pelos dos braços de Steve se arrepiarem em resposta. Ele suspirou, ouvindo ela questionar: 

-Então, vai começar a namorar ela? 

-Claro que não! 

-É só sexo, então… 

-Eu gosto dela, Morgana. 

-Mas gosta mais de comer e cair fora. - Morgana deu de ombros. - Não estou dizendo que você está errado, ou que ela está errada. Relaxa, não precisa ficar vermelho assim! 

Steve conseguiu deixar uma pequena risada escapar entre seus lábios apesar do constrangimento que sentia. Morgana levava as coisas à ponta de faca, mas considerando o que ela havia passado, Steve nem mesmo ousaria reclamar. 

Desviando do assunto, ele perguntou: 

-Escuta, você já vestiu seu uniforme? A missão é daqui há dois dias e se estiver precisando de reparos… 

-Já vesti e ficou ótimo. - Morgana sorriu, bem de leve. - Você está nervoso por mim?! 

-Bem… 

-Isso é fofo. - Morgana deu de ombros ao ver o homem ficando vermelho de novo, enquanto coçava a nuca. - Na verdade, eu agradeço. Me sinto menos idiota por estar nervosa. O que, exatamente, eu vou fazer, Capitão? 

Steve adotou uma postura mais séria e ereta, olhando para baixo. 

-Vamos até a Groelândia e vamos invadir uma base de tráfico de armas tecnológicas. Precisamos recuperar um projeto que Tony "perdeu", mas precisamos esperar até sábado porque o líder da equipe vai estar por lá. Basicamente, você vai nos dar cobertura, assim como o Sam, a Wanda, o Rhodes… 

Assentindo, Morgana soltou o ar. Parecia simples. O que poderia dar errado? Afastando o pensamento intruso que sussurrou na sua mente um sonoro "Tudo", Morgana se segurou na grade e respirou muito fundo. 

-É normal eu estar tão nervosa que poderia me jogar daqui de cima? 

Steve riu, chegando mais perto de Morgana. Sabia que ela era imortal, mas não fazia idéia se a imortalidade resistiria a uma queda de mais de 50 andares. 

-Bem, considerando que eu sempre, em qualquer tipo de missão, fico tão nervoso que me dá vontade de vomitar… Acredito que seja, sim, Minha Fada.  

Silêncio. Apenas o som foi ouvido por ambos naquele segundo em que se encararam. Steve quem queria se jogar do alto do prédio naquele minuto. Fada… 

Ele tinha chamado Morgana de Fada. Pior ainda, ele havia chamado ela de "Minha Fada". Não podia ter guardado o pensamento de que ela lembrava uma fada só para ele?! 

Por sorte, Morgana levou na brincadeira, rindo. 

-Então, Meu Anjinho… - Ela deu de ombros. - Temos que reconsiderar isso aí. Eu não sou uma fada. 

-E eu não sou um Anjinho. 

Morgana piscou, concordando, o que fez Steve rir, se pendurando no parapeito. Ele calculava mentalmente o tempo da queda e o tamanho do impacto caso se jogasse naquele segundo. 

-Eu gosto de você. Sabia? 

O coração de Steve acompanhou o pulo que o corpo dele deu. Morgana o encarou, acendendo outro cigarro. 

-Que? 

-Eu gosto de você. - Morgana voltou a repetir, soltando uma baforada de fumaça para o outro lado. - Também gosto do Tony, mas por favor, por tudo que há de mais sagrado, não deixa ele saber disso! 

Soltando o ar e rindo, Steve concordou, observando Morgana chegar mais perto dele. Seus olhos verdes tinham pequenas pintinhas acinzentadas nas íris e sua pele era marcada por leves sardas bem claras. 

-Achei que só gostasse do Thor. - Steve deu de ombros. 

-Não. Eu gosto de um monte de gente aqui, mas… Não quero me apegar a vocês. Quer dizer, uma hora ou outra, vocês não vão mais estar aqui e… Enfim, vão ser uma lembrança dolorida. 

Steve assentiu, entendendo o ponto de vista dela. Ele sabia bem como era viver em um tempo onde todos que conheceu já haviam falecido. Era solitário, triste e nostálgico. 

-Eu acho que eu vou dormir agora, Anjinho. 

Steve riu, se graça, se virando para Morgana. 

-Você não vai me deixar esquecer isso, vai? 

-Pode ter certeza que não. - Morgana riu. 

Em um impulso, Steve se abaixou e abraçou Morgana pela cintura, sentindo ela ficar na pontinha dos pés, envolvendo seu pescoço em um abraço rápido, mas forte e quente. 

-Boa Noite, Morgana. 

-Bom dia, né? - Morgana indicou com a cabeça o relógio em seu pulso. - Já são três da manhã… 

-Jura?! Bem… Nesse caso, eu te acompanho até seu quarto. - Steve indicou para que ela fosse em sua frente. - Vou dormir aqui mesmo e o meu e em frente. 

Morgana concordou, indo em direção à porta do terraço. Os dois desceram as escadas, conversando sobre o fato de que Morgana queria fritar Bartolomeu e servir em pedacinhos no café da manhã. Foi o tempo de chegarem à porta de seus quartos e Morgana mudou de idéia. 

Infelizmente, ainda precisava do gato.

-Bem, está entregue. - Steve se inclinou e passou novamente os braços pela cintura de Morgana, em um outro abraço rápido. - Até amanhã. 

-Até, Rogers. 

Steve entrou no quarto e trancou a porta, enquanto Morgana fechava a dela atrás de si, com um pequeno sorriso bobo no rosto. Ela caminhou até a cama, tirou o casaco e se jogou na cama, abraçando o travesseiro. 

Não deveria se sentir assim. Não deveria alimentar um sentimento de amizade se não fosse ficar por perto. Mais do que para proteger os outros, para se proteger. 

Mas já havia se apegado a Thor. Já gostava de Tony, Wanda e Sam. Natasha já tinha conquistado a simpatia dela. E por fim, Steve. 

A forma como havia chamado ela de "Minha Fada" fez com que Morgana gelasse, mas… Percebeu que ele não tinha feito de maldade. Realmente, ela tinha um rosto diferente e não era a primeira vez que ouvia aquilo. Além disso, aceitou o apelido de "Gatinha, vindo de Sam, e "Milady", vindo de Thor. 

Antes que ficasse cometendo o pior erro que poderia cometer -Ficar se perguntando o que isso queria dizer, quando as coisas queriam dizer apenas o que disseram -, Morgana se embrulhou nos vários lençóis que usava e fechou os olhos. 

Não dormiu correndo, na verdade. Ao invés disso, desistiu e ficou acariciando os pelos macios do gato, que se aconchego próximo à ela assim que pensou que Morgana estivesse dormindo. 

Era um gato safado e tagarela. 

Mas era o único amigo que Morgana sabia que teria por, pelo menos, mais trezentos anos, tendo em vista o tempo médio de vida de gatos mágicos. 

Em algum momento daquela noite, Morgana caiu em um sono profundo e calmo, muito diferente de Steve, que às quatro e meia da manhã, desistiu, oficialmente, de dormir e se sentou no parapeito da janela, desenhando traços aleatórios em um papel com lápis de carvão. 

No final, quando percebeu que havia desenhado as sobrancelhas e o contorno dos olhos de Morgana, Steve chegou a arrancar a página do bloco, pronto para jogar no lixo, mas… 

Encarou o desenho em sua mão e o relógio na mesa de cabeceira. Ninguém precisava saber sobre o desenho. E não faria mal algum, tendo em vista que já tinha desenhado até mesmo Sam. A única diferença, é que dessa vez, não entregaria o desenho. 



Ai, gente... 🤦🏻‍♀️🤡

Errei o capítulo e, por um pouquinho, eu não postava capítulo errado... Sou uma besta, podem falar KKKKK

Maaas, voltando ao capítulo: TCHARAM! SIM, SENHORAS E SENHORES, A MALDIÇÃO DA MORGANA TEM UM CONTRAPONTO! 🤭😁👀

E gente... O Bart falando com o Steve 😂😂😂😂🤦🏻‍♀️ Tadinho, primeiro achou que tava doido, depois, que o Stark tava zuando ele e por fim, até aceitou bem hehehehe

E essa ceninha no Terraço?? Nossa, eu tô tão boiolinha por esse casal 🥺👉🏻👈🏻💕🤧

Agora sim... Quinta temos a primeira missão da Morgana (e dessa vez, fui conferir antes de falar KKKKKK) e eu amei TANTO escrever ela hehehehe

Até lá!

Bjs 💋💋

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