Morgana acordou tarde naquele dia. Não por falta do que fazer, mas pela equipe inteira ter saído cedo ao ser convocada e ninguém ter batido na porta de seu quarto para acordá-la, como normalmente acontecia.

Quando ela abriu os olhos, eram quase quatro horas da tarde e Morgana estava estourando de dor de cabeça e com um embrulho no estômago. Portanto, ela enrolou o corpo no lençol, o protegendo do frio da Torre, e voltou a deitar, apenas vendo o Sol começar a baixar no horizonte. 

-Sua existência é desprezível. 

Morgana revirou os olhos, os fechando, enquanto ignorava o gato. 

- Morgana, eu estou falando com você! 

Nada. Morgana fingiu que já tinha dormido. Bart bufou. 

-Eu só achei que você ia gostar de saber que chegou alguém na Torre. Eu dei uma olhada no homem e… O macarrão está de dar pena, Nana! 

Morgana ignorou, novamente. 

-Está bem. O rapaz perguntou se você poderia ajudar ele a fazer o macarrão para a equipe e eu disse que ia v…! 

-Você o que?! 

Morgana sentou de uma vez, encarando o gato preto que se encontrava sentado na cadeira do quarto, a observando com os imensos olhos amarelos, entendiado. 

-O cara é um Deus de mais de mil anos, mulher! Jura que achou que ele não reconheceria um gato de bruxa?! Se bem… - Bart balançou o rabo, descontente. - Ele me chamou de lebre várias vezes! Mas o que importa é que ele sabe quem eu sou e agora, não tenho que passar o dia calado, olhando apenas para a sua cara desprezível! Eu também tenho um amigo para conversar! 

Morgana revirou os olhos, jogando as pernas para fora da cama e encaixando as pantufas macias nos pés. 

-Fico feliz que encontrou alguém mais estranho que você mesmo para iniciar uma amizade! Onde o cara está? 

-Cozinha. Está surda? 

Morgana fechou a porta do quarto e caminhou entre os corredores, bocejando e limpando os resquícios da noite de sono de seus olhos. Ou melhor, da manhã de sono. 

Em apenas alguns minutos, chegou à enorme cozinha com peças de aço inox e mármore preto. A janela era panorâmica, dando vista para o fim de tarde no meio dos prédios altos e modernos. 

Morgana parou na porta de vidro, olhando para dentro do ambiente. Um homem enorme e alto, com longos cabelos loiros, cheio de trancinhas aleatórias, estava travando uma batalha contra uma panela. E claramente, estava perdendo. 

Morgana começou a rir sozinha quando o homem escorreu em um pedaço de tomate que ele mesmo jogou no chão quando tentou acertar a lata de lixo. Com pena dele, Morgana abriu a porta. 

-Hey… Thor? Que bagunça é essa? 

-Ah, Morgana! Oi! - Thor ergueu o corpo do chão, desligando o fogo da panela, cuja fumaça estava saindo quase preta. - Está tudo sob controle! Não se preocup… Ai! Está quente! Está quente! 

Morgana reprimiu o riso, vendo Thor balançar as duas mãos depois de tentar segurar a panela pelas bordas. Ele correu para a pia, acionando a água gelada, enquanto suspirava de alívio. 

-Aliás… Eu conheci sua lebre de estimação.  

-É um gato. - Morgana corrigiu. - E não é de estimação! 

Morgana olhou dentro da panela, vendo que o conteúdo da mesma estava preto, no fundo. Ela franziu a testa, olhando a bagunça na bancada e na pia, tentando entender como uma única pessoa poderia ter feito isso tudo sozinha. 

-Mas… - Thor enxugou as mãos, que estavam avermelhadas, em um pano de prato. - Você não é uma Bruxa?

Morgana o encarou, erguendo as sombrancelhas. Negando, ela depositou a panela queimada na pia com detergente, enquanto começava a ajeitar a bagunça. 

-Eu sou uma humana comum. 

-Mas ele é uma lebre de bruxa! 

Morgana sorriu de leve, concordando. 

-Ele pertencia a uma Bruxa chamada Cameron há uns 200 anos. Mas quando se mata uma Bruxa, o gato dela é obrigado a transferir a lealdade dele a você e foi isso que aconteceu. Eu não escolhi ter aquela bola de pelos enjoada, que me irrita o dia todo! 

Thor assentiu, observando a forma como Morgana organizou as coisas rapidamente, quase em silêncio. 

-A Senhorita tem quantos anos? 

-Perdi as contas, mas algo em torno de seiscentos e trinta. E você? - Morgana perguntou, o encarando. 

-Mil e quinhentos. 

-Nunca achei que acharia alguém mais velho que eu! - Morgana sorriu de leve e indicou o balcão com os ingredientes. - Você estava tentando fazer o quê? 

-Comida. 

Morgana revirou os olhos verdes, respirando fundo. Já havia reparado que Thor era mestre em responder e indagar coisas óbvias, então, tentou manter a paciência, forçando um pequeno sorriso. 

-Isso eu percebi, Thor. Qual? 

-Ah… - Thor coçou a barba e deu de ombros, apontando para um livro num canto da cozinha. - Disseram para fazer muita porquê o pessoal todo ia estar aqui hoje. Então, pensei em macarrão! 

Morgana foi até o livro, dando uma olhada na receita, de testa franzida. Era complicada, ainda mais para quem não cozinhava e, claramente, Thor não fazia isso. 

-Não era mais fácil comprar comida pronta? Nunca tinha visto vocês cozinharem! 

Thor concordou, seguindo Morgana pela cozinha enquanto ela separava alguns ingredientes e botava na bancada. 

-Bem, é aniversário da Natasha. Vamos fazer uma reunião, sabe? Achamos que seria mais… Como vocês dizem?... Íntimo!... O pessoal achou que seria mais íntimo cozinhar do que comprar pronto. 

Morgana encarou o homem, depois, encarou a panelinha que Thor tinha pego. Então, ela pediu um minuto e gritou por Sexta-Feira, pedindo para conectar uma chamada com Tony Stark. 

O telefone pessoal dele chamou cerca de quatro vezes antes do herói atender. 

-Quem me tirou do meu repouso da beleza, hein? 

-É a Morgana. - Morgana suspirou, esfregando o rosto. - Tony, vai ter uma festa aqui daqui a pouco? 

-Vai. 

-Por que eu não fui informada disso?! - Morgana reclamou, mas sem dar chances de Tony responder, continuou falando. - Quer saber? Deixa! Isso não importa! Escuta… O Thor ficou responsável por cozinhar? É sério isso?! Ele quase botou fogo na cozinha! 

-Isso é um exagero, Senhorita! 

Morgana revirou os olhos, ouvindo Tony suspirar. 

-O Clint tinha ficado responsável pelo jantar! 

-Não, o Clint ficou responsável pelo bolo! - Thor informou. 

-Porra… - Tony suspirou. - Bem, se for o caso, pede algo pronto! 

-Eu tenho uma receita simples, mas é gostosa. - Morgana informou. - Se quiser, posso fazer, não me importo… Estou entediada mesmo! Só preciso saber quantas pessoas vem! 

Tony concordou, informando todos que foram chamados para o jantar, que seria antes da festa de aniversário. Morgana respirou fundo, vendo Bart entrar pela cozinha e subir na bancada, com os bigodes amassados, o que indicava que ele estava dormindo.  

-Bom dia, Humanos! 

-Oi, Lebre! 

-É boa tarde, Gato Burro! 

Thor franziu a testa, confuso, alternando o olhar entre os dois.

-Desculpe, Senhor Deus do Trovão… Você ouviu algo significante? Porque eu só ouvi a voz irritante da Morgana! 

-Vai caçar alguns ratos e me deixa em paz, Bart! 

-Primeiro que aqui não tem ratos. - Bart fez uma careta de nojo, subindo em uma cadeira. -  Segundo, que isso é anti-higiênico e muitos deles têm doenças! 

-Mas você não deveria gostar de ratos? 

Bart fez uma careta felina e encarou o deus, negando. 

-Meus gostos são refinados. Eu não sou um gato qualquer! 

-Thor, você pode me ajudar? 

Morgana atraiu a atenção do homem, que assentiu, erguendo o corpo do banquinho, batendo as mãos uma na outra e esfregando elas. 

-É claro que sim! No que eu posso ser útil, Senhorita? 

-Está bem… Eu preciso que você pegue: Alho, cebola, tomate, ervilha, milho, margarina, presunto, pimenta em pó e molho de tomate para a gente fazer o molho inicial. Eu vou cuidar do macarrão. 

Thor arregalou os olhos, confuso claramente. Morgana suspirou. 

-Deixa… Toma conta da panela! 

Thor assentiu, indo olhar para a  panela de água que Morgana pôs para ferver. Primeiro, ela jogou o alho picadinho na margarina junto com a cebola em rodelas finas, deixando murchar e dourar, para jogar o tomate picado até murchar também. 

Então, ela jogou o presunto picado, o milho, a ervilha, pôs sal e pimenta, mexendo, até jogar os molhos de tomate. Ao mesmo tempo, Thor falava animado sobre quando ele era pequeno e ia escondido na cozinha, com o irmão, roubar alguns bolos que as criadas faziam. 

Depois que o macarrão ficou pronto, em outra panela, Morgana jogou mais margarina, mussarela bem macia e requeijão. O molho, que a essa altura já estava incorporado e cozido, foi parar dentro da mistura, sendo jogado, a seguir, por cima do macarrão, no refratário. Ela jogou queijo suficiente para gratinar e deixou no forno por dez minutos. 

-Isso está com um cheiro maravilhoso! - Thor lambeu os lábios grossos, analisando o forno. - Onde aprendeu isso? 

-Há alguns anos, em uma Península. - Morgana tirou o avental, sorrindo amplamente para Thor. - Até que você é legal, sabia? 

-Bem, eu sei disso! - Thor sorriu, dando de ombros. - Todo mundo gosta de mim, Senhorita! 

-Ah, eu imagino… - Morgana foi lavar a mão na pia e olhou por cima dos ombros, como se não tivesse importância a pergunta. - Hm… Thor? 

-Sim, Senhorita? 

Morgana virou de frente para o homem, cruzando os braços, ignorando o olhar de Bart. Ela não o encarou quando criou coragem e perguntou: 

-Eu posso fazer uma pergunta? Tudo bem se você não souber a resposta ou não quiser falar. 

-Se eu puder responder… 

Os dois se encararam. Morgana ergueu os olhos para o homem e soltou o ar. 

-É que já tem uns dez dias que eu estou aqui. Sabe? E… Bem, não sei. É só que eu fiquei pensando…Qual a opinião do pessoal daqui sobre mim? 

Thor chegou a abrir a boca, após analisar a pergunta, mas Sexta-Feira anunciou a chegada de Steve Rogers e Clint Barton. Então, Thor foi ajudar eles com um bolo enorme e Morgana achou melhor ir para o quarto, para não atrapalhar a organização. 

Quando ela deitou na cama, Morgana tinha um pequeno sorriso no rosto. Há muitos anos vivia sozinha, tendo o mínimo de contato humano possível por medo do que sua fome por almas poderia causar. 

Mas agora que estava controlada e não precisava ficar tensa perto das pessoas, com medo de perder o controle e matar todo mundo ao seu redor, ela tinha curtido mesmo aqueles minutos na cozinha, ouvindo Thor falar sobre sua infância, enquanto ela fazia o macarrão. 

Esse momento havia dado a Morgana uma pequena sensação (que ela sabia ser falsa) de estabilidade e normalidade. Um sentimento de nostalgia se instalou em seu peito e ela se lembrou da última família que a acolheu, antes dela enlouquecer de fome. Tinha sido com eles que aprendeu aquela receita e doía até o presente saber que perderam a vida por culpa dela. 

Morgana não sabia quanto tempo ficou deitada, no escuro do quarto. Mas se deu conta que, em algum lugar, um violão tocava uma melodia suave e acolhedora. Depois, ela acabou cochilando. 

Quando acordou, seu rosto estava grudado pelas lágrimas e alguém chamava pelo seu nome, enquanto batia contra a madeira da porta. Com a cabeça estourando, Morgana gritou: 

-Está aberta! 

A porta abriu, devagar. A claridade do corredor incomodou os olhos sensíveis de Morgana, que os tampou com as mãos. 

-Você está bem?  

Natasha perguntou, entrando no quarto e acendendo a luz. Morgana tampou o corpo com o lençol, murmurando um "Estou!". Bart miou alto, o que significava que ele estava com a língua coçando para falar algo. 

-Tem certeza? Porque está todo mundo na festa, menos você… Aliás, o Thor contou do macarrão. Obrigada! Estava uma delícia… 

Morgana tirou o lençol da frente do rosto e encarou Natasha, atrás de algum tipo de olhar reprovador ou irônico. Mas a mulher, que estava vestida com um tubinho vermelho elegante, não parecia estar sendo irônica ou debochada. 

-Hmm… De nada. Mas é que eu não curto festas. 

-Por quê? - Natasha cruzou os braços, analisando o quarto da mulher.

Tirando algumas roupas jogadas em uma cadeira, ninguém poderia dizer que morava alguém no lugar. 

-Eu fico um pouco nervosa. Se é que você me entende… 

Natasha assentiu, entendendo. 

-Olha, eu sei que não é legal te obrigar a ir, mas… Se quiser beber um pouco, daqui a pouco o Tony vai liberar as bebidas mais caras. Se eu fosse você, eu aproveitava. 

Morgana assentiu, vendo Natasha sair do quarto, sendo seguida por Bart. O gato caminhou entre os corredores, seguindo a ruiva, até chegar na enorme sala de reunião. A música alta fazia as orelhas do gato vibrarem, enquanto ele vasculhava o ambiente com os olhos felinos. 

Ele achou quem procurava segundos depois, pulando no colo de Steve Rogers, que estava lutando para não morrer engasgado  com um amendoim após uma piada que Sam Wilson contou. 

Automaticamente, o homem acariciou o gato, enquanto jogava mais um amendoim na boca, ouvindo Rhodes e Sam discutirem por causa da história. 

-É impossível você ter se jogado de duzentos metros e não ter se arrebentado! 

-Claro que não é, Rhodes! É questão de ângulo e jeito! 

-Mas a gravidade teria te puxado para baixo! - Tony apontou. - O que teria feito o impacto te quebrar em dois! 

-Eu tô falando que não! 

-Deixa ele, gente! - Steve riu, bebendo um gole de uma cerveja bem gelada. - A gente finge que acredita e ele cala a boca! 

-Ah, é assim, é?! - Sam apontou para Steve, indignado. 

-É assim! 

Bart miou alto, abanando o rabo próximo ao rosto de Steve, o que fez o homem rir ao sentir as unhas do gato em sua perna. 

-Hey, menino… Vai com calma! Isso dói! 

-Desculpa! 

Steve franziu a testa, olhando ao redor. Ele encarou Tony, que estava mais próximo, chegando à conclusão que tinha sido o homem que falou. 

-Desculpa pelo que? 

-Ham? 

Tony, que tinha um leve sorriso no rosto, encarou Steve, confuso. 

-Você pediu desculpa pelo que? 

-Quando? 

-Agora! 

Tony alternou o olhar entre o homem e a cerveja na mão dele, franzindo a testa. 

-Acho que você andou bebendo demais, Rogers. Eu não abri a boca! 

Steve olhou para a própria bebida e a abandonou na mesa, dando de ombros e voltando a acariciar o gato em seu colo. Talvez, não devesse ter começado a beber, mas tinha que confessar que ter o soro em seu sangue era uma vantagem, já que ele não ficava bêbado. 

Steve olhou ao redor, percebendo que Sharon e Natasha conversavam aos cochichos, encarando ele, de uma forma que era para ser discreta, mas não era. Se remexendo desconfortavelmente, Steve percebeu que Rhodes e Tony levantaram do sofá, deixando apenas Sam, que encarava o gato em seu colo, curioso. 

-Nunca me disse que gostava de gatos. 

-Não gosto. - Steve deu de ombros. - Mas esse é fofinho e gostou de mim. 

Bart estreitou os olhos para Steve, mas controlou a vontade de reclamar por ter sido chamado de fofinho. 

-Hm… - Sam olhou na direção que Steve estava virado e soltou um pequeno sorrisinho. - Sabe? Você devia dar uns beijos nela. 

Steve ergueu as sombrancelhas, sentindo o pescoço esquentar alguns graus, enquanto negava. 

-Ela é sobrinha neta da Peggy, Sam. 

-E daí? - Sam deu de ombros, usando um copo com um líquido alcoólico colorido para esconder a boca. - A Peggy se foi, Stee. E eu sei que ela sempre vai ter um lugar especial aí, mas… Você devia seguir em frente. E a Sharon seria uma boa opção! 

Steve rolou os olhos, acompanhando o gato miar alto e pular de seu colo. Os dois homens seguiram o bicho com os olhos, parando perto das escadas de acesso ao segundo andar. 

Uma mulher baixa e com cabelos amarrados em um coque solto estava parada no pé das escadas, meio sem jeito, enquanto segurava o gato no colo. Steve correu os olhos pelo vestido preto, levemente rendado e de mangas compridas, com boca de sino, parando no rosto de Morgana. 

-Ela é linda, né? - Sam comentou, assobiando. - Se eu um dia quiser me matar, acho que morrer beijando ela seria uma ótima opção, não acha? 

Steve deu de ombros, virando para o outro lado e encarando Sharon. Entre as duas, com certeza, preferia continuar vivo. 

-Eu já volto! 

Steve ergueu o corpo do sofá, ajeitando a blusa social branca no corpo. Sam ergueu o copo na direção dele, sorrindo. 

-Usem camisinha! 

Steve ignorou, trocando um longo olhar com Sharon. Ele sorriu de lado e caminhou na direção das escadas, passando por Morgana e dando um pequeno aceno de cabeça para ela. Morgana retribuiu, segurando Bart no colo, enquanto observava ele subir as escadas, com pressa. 

Uma mulher loira passou por ela, seguindo na mesma direção de Steve. Suspirando, Morgana soltou o gato no chão. 

-Morg…! 

-Shhh! Eu só quero beber um pouco, Bart? Você pode me deixar? - Ela encarou o gato, suspirando. - Não é você que diz que preciso curtir mais a vida? Deixa eu curtir! 

Bart suspirou, cansado. Thor apareceu atrás de Morgana, claramente bêbado, a abraçando. 

-Morgan! Que saudadeeee! - Thor envolveu a mulher em um abraço sufocante. - Gente, essa é a minha amiga, Morgana! E essa é a lebre falante dela! 

Bart encarou os dois, enquanto Morgana soltava uma risada sem graça ao olhar ao redor. De supetão, Tony apareceu na frente de Thor, o fazendo soltar Morgana e se abraçar nele. 

-Aaaah, Homem de Lata! Que saudade também! Quer beber ambrosia? É uma bebida diretamente da fonte dos deuses! 

-Não, eu não quero e nem você! - Tony suspirou e encarou Morgana. - Me ajuda aqui, garota! 

Morgana ajudou a levar Thor para o sofá, onde começaram a dar bastante água e um café forte que a moça chamada Wanda foi fazer. 

Quando o ânimo se acalmou, Morgana escapuliu para a varanda, onde ficou olhando as luzes, bebendo Uísque direto de uma garrafa. Um cigarro aceso estava preso entre seus lábios enquanto ela soltava a fumaça pelo nariz. 

Morgana não tinha interagido muito, mas acabou rindo de algumas piadas e aceitando uns doces que estavam na mesa, enquanto o resto do pessoal conversava entre si, relembrando momentos icônicos de Natasha Romanoff na equipe. Ela parecia ser bem querida por todos que estavam por lá, o que fez Morgana se perguntar, mesmo que não quisesse, se um dia seria tão amada quanto Natasha era pelos amigos. 

Chegando à conclusão de que não, Morgana encarou a hora em seu relógio e percebeu que já eram quatro da manhã novamente. 

Ela saiu da festa sem se despedir de ninguém, muito embora tenha passado por Tony, que estava praticamente desmaiado no sofá, e o cobriu com o próprio casaco dele. 

Morgana chegou à porta do próprio quarto e, enquanto o abria, ouviu uma porta abrindo atrás de si, bem próxima a ela. Morgana levou um pequeno susto e encarou o casal, que se despediram com beijos quentes. 

O coração de Morgana acelerou quando ela percebeu que Steve Rogers a viu. Ela arregalou os olhos e deu um sorriso sem graça para ele e para a loira, que terminou de vestir o casaco e ajeitar o cabelo, murmurando um "Tchau". 

-Eu não vi nada! - Morgana deu de ombros, entrando no próprio quarto, com pressa. 

O clique indicou que ela trancou a porta, o que não deu tempo para Steve se recuperar de ser pego apenas de cueca, enquanto beijava Sharon. Ele pensou em bater na porta e falar qualquer coisa, mas… 

Não devia satisfação a ninguém. Muito menos à Morgana. Apenas soltou o ar e entrou no quarto, se preparando para as possíveis piadinhas que escutaria no dia seguinte. 

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Oooie, Gente! 💫🦋

Cheguei com um capítulo que eu amo demais, embora tenha me dado um pouco de trabalho porque a receita existe de verdade e eu tive que lembrar a ordem de cada coisa porque se alguém decidir testar, da certo KKkkkk

Aliás, gente... Muito obrigada pelas 400+ visualizações e pelos últimos comentários! Eu tô amando tanto que vocês estão gostando, que eu me empolguei e fiz um capítulo de 5k palavras KKKKKKK (espero que gostem de capítulos grandes!) 👉🏻👈🏻👀❤

Bem, até a próxima quinta feira, viu?

Beijos 💋💋