Único: Florença
Eu amo livrinhos de romance. E amor e gelato me influenciou tanto a ler mais que tive que fazer isso aqui!
❤️✨ Deixem comentarios ao longo dos caps e uma estrelinha, a autora agradece imensamente.
Esse e o primeiro, depois, seguindo a ordem dos livros originais nos teremos:
•kiribaku, amor e sorte
• kiribaku, amor e azeitonas.
Se quiserem spoilers é so me seguir no twitter: AgresteDKL ou DKL_Agreste e instagram dkl_drawing. 🙃❤️
"She ain't got no money
Her clothes are kinda funny
Her hair is kinda wild and free"
Love Grows tocava na van que passava por uma linda estrada da Itália, mostrando as paisagens verdes e as cidadezinhas ao longe.
Bakugou dirigia enquanto eijirou estava no banco do passageiro com a cabeça pra fora cantando a música e sentindo o vendo Italiano daquela manhã em seu rosto. Tinham desembarcado do avião as 5 da manhã, e depois de todos os processos estavam com a van que tinham alugado indo em direção a Florença
— OH BUT LOVE GROWS WHERE MY BAKUGOU GOOOOO — O ruivo cantou, levantando os braços para fora do carro, com um sorriso na cara. — AND NOBODY KNOWS LIKE MEEEEEE — continuou, mandando um beijinho no ar pro loiro que riu e revirou os olhos.
A alegria daquele filho da mãe era contagiante.
— She talks kinda lazy… — Continuou cantando, decidindo acompanhar o ruivo.
— And peoples say she's crazy. — Eijirou se enfiou completamente dentro do carro novamente. Balançando a cabeça no ritmo da música, todo feliz. Bakugou até mesmo entrou no clima, balançando a cabeça também.
— And her life's a mystery.
— OH BUT LOVE GROWS WHERE MY ROSEMARY GOES. — Eles cantaram em unisom dentro do carro. — AND NOBODY KNOWS LIKE MEEEEEE.
Os olhos de Eijirou então contemplaram algo que ele tanto imaginou.
— ALI SUKIIII, É ALI! — Ele gritou, assustando o loiro que até mesmo pisou no freio, quase parando o carro. Sorte que não tinha nenhum carro atrás.
— Eijirou! — Ele exclamou bravo, voltando a fazer o carro andar normalmente.
— O cemitério! Onde a Lina fica, é ali suki! — Ele exclamou apontando para uma construção. — Primeira parada da viagem! — Ele exclamou feliz, e Bakugou ligou a seta para virar. Eijirou então abriu sua mochila e pegou o livro onde estava escrito. " amor e gelato" abriu rapidamente no post it amarelo. Lendo a descrição do cemitério.
•Memorial. Primeira parada do livro.•
— Primeira parada na nossa viagem na europa é um cemiterio. — Ele resmungou.
— Memorial de guerra na verdade. — Eijirou corrigiu ele, enquanto entravam no local que estava aberto às dez da manhã. — Não reclama, ninguém mandou namorar bookstan. — Ele deu ombros, lendo a parte do livro e olhando o local. — Ai meu deus! Eu tô visitando o lugar que eu li! Tem noção disso? —
— Tenho. Vai ser assim em todo lugar que a gente parar em Florença né? — Ele estacionou a van.
— Principalmente quando a gente achar a padaria secreta! — Ele sorriu, pegando a mochila e saindo da van.
Ela era azul pastel. As malas deles estavam no banco de trás, amotoadas, junto de alguns travesseiros.
Ele desceram, olhando o lugar, limpo e arrumado. A casa lá atrás exatamente como Eijirou imaginava.
— Ta, la atras tem o mar, vou tirar a foto lá depois. — Ele disse, pegando a polaroid laranja deles e entregando a Bakugou
— A gente pode tirar foto aqui? Tem gente morta aqui. Aliás, por que caralhos a protagonista desse livro mora em um cemitério?
— O pai dela, que não é pai dela, toma conta do Memorial. — Ele disse, se sentando em um murinho baixo que de um certo ângulo dava pra pegar o memorial e a casa.
Bakugou pegou a polaroid e tirou duas fotos em posições diferentes e depois pegou o celular e tirou uma foto do ruivo.
Eijirou desceu de cima do murinho e pegou as fotos que eram imprimidas pela camera.
— Porque 3 fotos diferentes? Eu não fui contratado como fotógrafo profissional não.
— Uma pro álbum, outra para a geladeira e a do celular é pra colocar no instagram. E você não foi contratado como fotógrafo, e sim como o meu namorado gado que faz tudo por mim. — Sorriu de modo zombeteiro.
— Vai se fude cabelo de merda. Só to fazendo isso porque você é como uma criança, e ficaria de beiço a viagem toda. — Justificou-se.
— GA-DO! — soletrou batendo seu ombro no do loiro. Que levantou a mão ameaçando soltar explosões.
Eles então chegaram na parte de trás da casa, vendo o mar e a pista.
— A vista é linda. Que parte é essa do livro? — Bakugou questionou.
— É quando ela sai pra correr e conhece o Ren. — Eijirou respondeu.
— Nossa, que clichê de romance hetero. Ela conhece ele correndo e fica apaixonada na hora?
— Na verdade, eu acho que ela fica depois, quando vai pra casa dele e fica conversando com ele.
— Eca.
— Tá, tá, agora a foto. — Eijirou abriu o pinterest, olhando a pose das pessoas e decidiu imitar. Fechou os olhos, abriu um sorriso, o vento bateu no cabelo balançando ele pra esquerda, e o sol iluminou ele.
Bakugou poderia ter babado naquele momento se não tivesse se controlado. "Desgraça linda da porra!"
Tirou mais uma e pegou o celular para a terceira.
— Hey! TU, COSA CI FAI QUI? — Um italiano apareceu gritando e ambos olharam. A foto saiu tremida e com os dois olhando para o homem — NON PUO' ENTRARE SENZA AUTORIZZAZIONE! — Ele gritou indo em direcao aos dois.
— SORRY MEN! — Eijirou achou uma boa ideia dizer. — Vamos vazar, sair, we go! Let 's go!
— Que inglês péssimo! — Bakugou disse.
— LET'S GO OUT. — Bakugou gritou e segurou a mão de eijirou, andando rápido e quase correndo. Entraram rapidamente na van e deram partida rumo a Florença.
[......]
Eles chegaram no hotel e se jogaram na cama cansados.
— Eu vou dormir. — Bakugou disse, fechando os olhos, cansado.
Ele se sentou na cama, organizou as polaroides e tirou uma foto, pra elas também irem para o Instagram.
Ele leu mais partes amarelas do livro dos lugares. Tinha o restaurante na perto da catedral, o da conversa, tinha a ponte e a padaria secreta.
Ele e Bakugou já tinham 21, fazia três anos que terminaram a Yueei e viraram Heróis, juntaram dinheiro e decidiram dar um passeio pela Europa. Primeiro Itália, depois Irlanda e por fim Grécia.
Eijirou mal podia esperar para conhecer a biblioteca perdida de Atlântida.
Ele organizou então as coisas da mala de só depois se deitou com Bakugou e dormiu.
[....]
Durante o resto do dia, eles andaram pelos bairros menores, vendo as casinhas e as vidas das pessoas que moravam ali. As casas juntinhas, geralmente com dois andares, os telhados quase todos no mesmo tom de laranja amarronzado. Algumas possuíam varandinhas, outras bandeiras do país.
As motos passavam cortando agilmente as pequenas ruas. Caminham nos bairros sendo guiados pelo Google maps até chegarem ao ponto turístico que queriam.
•Palácio Pizzi.•
Tinham estátuas de lobos ali, e a arquitetura era linda, lindamente diferente da do Japão. O sol de 4 horas da tarde iluminava os dois
— Que lindo. — Eijirou disse, olhando o local, tampando um pouco os olhos do sol de verão.
— O anfiteatro tá aqui perto, né? — Bakugou perguntou, bebendo uma garrafinha de água. Ele já suava bastante, com aquele sol de verão Europeu as coisas pioravam.— Merda, tínhamos que vir no verão? — Questionou.
— Quando estivermos na Grécia em águas geladas vai me agradecer por ter escolhido o verão. — Eijirou respondeu. Bakugou resmungou irritado e os dois então caminharam por uma rua ao lado do palácio e passearam para trás dele, vendo o anfiteatro.
Todo verde e bem cuidado, muita mata em volta dele e o palácio na frente, com uma enorme fonte cheia de estátuas de anjinhos. De certo ângulo, dava até mesmo para ver o domo todo redondo. O vento balançava as árvores que tinham em volta e isso refrescou um pouco os dois.
Eijirou sentiu o aroma de natureza, do calor e do eucalipto, era gostoso.
Bakugou abriu a mochila e entregou ao namorado uns Tic tacs docinhos e eles comeram enquanto caminhavam na sombra das árvores, olhando o anfiteatro, as estátuas em volta e aproveitando a companhia um do outro. Bakugou lavou as mãos para ter certeza que não estavam suadas antes de dar as mãos com o ruivo.
Em algum momento, Bakugou falou do tamanho dos membros das estátuas e Eijirou deu uma verdadeira aula de história falando sobre como aquilo era de influência grega e afins.
Atrás do anfiteatro, seguindo por uma rua cheia de árvores, eles foram então a nova parada rápida.
•Fonte de Netuno•
Tinha um casarão bem em frente ao mini lago. Ele era verde e tinha uma estátua no meio. As árvores grandes de folhagem verde escura faziam-se presentes e de repente toda aquela paisagem de telhados alaranjados sumiu, dando espaço à natureza.
A estátua, no meio do lago, era de Netuno com seu tridente, bem esculpido, olhando para baixo. Bakugou e Eijirou se aproximaram, subindo um leve morro. Admirando os detalhes da obra, ao mesmo tempo que parecia rústica por sua cor, ela era delicada por seus detalhes, e se encaixava perfeitamente bem naquele ambiente de verde.
Eijirou olhou para frente e dali ele viu a vista dos telhados laranjas um pouco ao longe.
— É lindo. — Ele disse, e Bakugou o abraçou por trás.
— Fotos?
— Claro que sim, meu fotógrafo. — Ele sorriu, pegando a polaroid, depois das fotos eles se sentaram na sombra, aproveitando a briza e comeram os lanches que haviam comprado em um mercado. Sanduíches naturais, refrigerante e doces de padaria.
[...]
Antes de saírem daquela região, eles passaram rapidamente por mais um ponto que tinha ali no meio das árvores.
•Ghiacciaia•
Era um lugar pequeno com uma enorme estátua de um rosto cheio de rachaduras e sem a parte de cima da cabeça e também oferecia uma vista mais alta e incrível da cidade, claro que Eijirou fez Bakugou tirar fotos dele e de ambos ali.
[....]
Voltaram a caminhar pelas ruas do bairro, descendo uma delas já vendo o rio abaixo. Seguindo a rua do palácio, eles sairiam direto para a incrível:
•Ponte Vecchio, segunda parada do livro. •
Essa ponte, bom, não era uma ponte tradicional que atravessa o rio que corta a cidade, ela é uma rua cheia de lojas. Ao longe, se vê aquele monte de construções em cima do rio.
Eijirou sorriu ao entrar nela, as motos passando, principalmente as vespas. A ponte parecia velha, não por ser mal cuidada, mas pela… estética. Casas em amarelo que parece ser antigo, algumas casas de pedras, várias portas de madeira, um prédio grudado no outro, e os arcos que permitiam ver o rio em formato redondo. Era tudo bem cuidado e limpo, mas com um ar velho e medieval que encantava Eijirou.
— Gelato! A gente precisa comer gelato aqui. — Ele escalou e Bakugou riu, vendo os olhos vermelhos brilhando. De fato, como uma criança que ganha um brinquedo muito esperado no natal.
— Onde os protagonistas pararam aqui? A gente pode parar lá. — Sugeriu, e Eijirou puxou o ar.
— Sim! Sim! Mas… eu não sei direito. A Lina diz que ela se sentou, meio que… na verdade vendo o rio de baixo, mas tem só lojas aqui em volta.
— Deve ser ali na frente. — Bakugou apontou. — Onde tem uma estátua, não deve ser proibido cabelo de merda, sentar na beirada de uma ponte em um rio fundo?
— Ela não sentou na beirada… eu acho.
— Como assim você acha?
— É que é difícil imaginar essa ponte no livro, só sabia que era uma ponte iluminada com várias lojas, só aqui presente que dá pra entender de fato. E eu não faço a mínima ideia da onde ela sentou aqui.
— Vamos achar um lugar bom então, agora vamos comprar esse sorvete.
— Gelato, suki. Ge-la-to, respeite a cultura italiana.
— Minha rola pra cultura italiana, em japonês é sorvete.
— Dió Santo! — Disse de propósito para irritar o loiro. — Mas a gente não tá no Japão
— Mas a gente é do Japão.
Eles iniciaram mini provocações falsas para passar o tempo enquanto andavam. Viram um carrinho vendendo gelato e então pegaram um potinho. Um de morango com calda de chocolate para Kirishima e Limão siciliano com calda de caramelo para Bakugou. Eles então chegaram até onde tinha uma estátua e se sentaram em um banco, na direção de onde o sol se punha as 17:50, refletindo nos telhados laranjas e na água do rio.
Eijirou encostou a cabeça no ombro de Bakugou e sorriu, após ter terminado seu sorvete. Os tons laranjas, amarelos e vermelhos do pôr do sol fizeram Eijirou sentir algo sublime no peito.
— Parece você. — Soltou, e Katsuki o olhou.
— Eu?
— Humrum, o sol batendo nos telhado, faz eles ficarem vermelho, o laranja refletindo no rio, não tem nenhuma nuvem no céu e deixa… o sol mais intenso, parece você, amor. — Bakugou sorriu, entendendo o que Eijirou queria dizer. — Se você fosse uma paisagem, seria exatamente essa.
Katsuki puxou o rosto do namorado e o beijou, era seu modo de agradecer o elogio. Eles se beijaram e o sol se pôs, com todos os seus tons quente e sua temperatura, deixando o início da noite tomar a ponte que acendeu suas diversas luzes e ficou ainda mais linda.
[....]
Eles andaram pela ponte e continuaram caminhando. Tinham um plano de locomoção. De um país ao outro iriam de Van e para se locomoverem dentro da cidade, pegaram uma vespa. Uma vespa verde com desenhos. Eijirou disse que se olhasse de longe parecia a pintura da van do Scooby Doo.
Bakugou revirou os olhos com a escolha mas aceitou.
Seguiram para as ruas apertadinhas com a moto, os capacetes na cabeça e o sorriso pontudo de Eijirou estampado na cara dele. Já era noite e eles pararam em um barzinho e por incrível que pareça pegaram bebidas sem álcool, eles tinham planejado passar a primeira noite na Europa com um sexo em grande estilo, não queriam que isso acontece com um dos dois bêbados, já que um não iria beber pra dirigir a moto.
Comeram comidas locais e acabaram nem jantando de tantos aperitivos que comeram. Andaram pelas ruas e Eijirou entrou em uma roda de dança que ocorria em uma delas. Voltaram para casa quase meia noite e aproveitaram ao máximo a banheira do hotel e a cama macia.
[....]
Eijirou colocou sua camiseta regata branca e seu short azul, junto ao tênis preto.
Fazia dois dias que estavam em Florença, depois de conhecerem a ponte, eles conheceram os seguintes lugares no outro dia:
•Galleria degli Uffizi•
Que ficava de frente para o rio. Ficava bem ao lado da ponte.
•Museo Galileo•
Ficava na mesma rua, e tinha lindas coisas dentro. O museu de ciências e tecnologia, cheio de coisas do renascimento. Eijirou não era lá muito fã de história, e estava lá mais para ver as coisas antigas, mas Bakugou compreendia aquelas coisas, já que por mais que tentasse esconder ele era um nerd.
•Museo Novecento•
Um museu de arte moderna, em tons de branco lindo
•Piazza Santa Maria Novella•
Uma praça com uma basílica linda, cheia de restaurantes e hotéis em volta.
•Villa Vittoria Firenze •
Onde almoçaram às 14:00 aproveitando o ambiente cheio de plantas e natureza, a gastronomia com frutos do mar, pães, pratos coloridos e drinks gelados e refrescantes de frutas.
•Garden of Valfonda•
Um parque que ficava ao lado do restaurante onde eles fizeram uma pausa e descansaram.
•Parco delle Cascine•
Um lindo parque onde eles passaram até dar a hora do programa especial deles.
•Visarno Arena•
Um local aberto onde estava tendo um show de uma cantora francesa, e onde ela cantava alguns clássicos dos Beatles. Aproveitaram o entardecer e noite lá, e dessa vez eles beberam e voltaram de Uber pro hotel.
Agora, estavam se arrumando para visitar mais 3 locais, ainda tinham que achar a bendita padaria secreta que Eijirou jurava que existia fora do livro.
O telefone de Eijirou tocou, e ele atendeu, vendo que era sua mãe.
Bakugou tinha acabado de sair do banho, cheirando a limpeza e ao seu sabonete que enlouquecia o ruivo.
Ele foi se arrumar, vestindo uma blusa de malha fina preta e um short jeans, junto de um cinto.
— Não mãe…. — O ruivo disse. — Não, não vi ninguém da máfia italiana seguindo a gente. — Bakugou riu de leve. — Porque eles iriam querer um herói japonês?.... Mãe, não faz sentido… Muda o assunto…. Sim, mãe, eu juro que usei protetor também. Não, não dirigir bêbado.
Bakugou riu, a sogra era um amor, mas sabia que tinha um filho meio tapado.
— Só lembrou de passar protetor porque eu lembrei!— Falou alto o suficiente para a mulher do outro lado da linha ouvir e Eijirou fechou a cara escutando sermão.
Já eram 10 da manhã quando eles saíram do hotel.
— Você me paga. — Eijirou disse, colocando o capacete e subindo na vespa.
— Minha sogra precisa saber a verdade. — Deu ombros. — Você não disse isso quando me dedurou para minha mãe no último ano da Yueei. — Ele subiu na garupa, colocando seu capacete, segurando a cintura do ruivo. — Deu sorte que eu não disse que você tá dirigindo uma moto, sendo que você não dirige motos faz tempo.
— Você é mal, suki. — Ele disse, saindo com a moto.
E lá se foram eles, pelas ruas apertadas e cheias de gente, moto, gatos nos telhados, pessoas rindo e falando em italiano uma com as outras, o cheiro de molho de tomate em massas, as pessoas comendo pizza. O dia lindo, com nuvens no céu, sol brilhando e vento agradável.
Bakugou olhou o ambiente, a confusão e a falação harmoniosa. A alegria das pessoas, a luz do dia, o clima agradável, e como tudo se encaixava em meio a ruas estreitas, apertadas de um modo familiar.
— Para a moto. — Bakugou disse.
— Que?
— Para a moto, quero falar uma coisa. — Ele disse e Eijirou parou perto de um restaurante. Eles tiraram o capacete e Eijirou o olhou.
— Parece você — Ele disse, e Eijirou olhou a rua.
— Como assim suki?
— Parece você, a falação alegre, o dia bonito com vento, as ruas apertadas… Não é uma paisagem de conto de fadas, é uma paisagem real, cotidiana, alegre e… não sei, parece você. — Disse por fim, corando. Ele queria ter falado algo bonito e explicar, mas não encontrava palavras.
Era uma rua de um bairro residencial, nada mágico, normal, mas ainda sim, um normal não normal por causa da alegria, cheiro, vento, da vibe do lugar. Assim como Eijirou, que parecia normal, mas não era por seus detalhes e coisas subliminares.
Eijirou sorriu bobo e deu um selinho no ruivo.
— Meu pinscher sabe ser romântico. — Provocou.
— Ah, vai se fuder.
E seguiram para o Giardino Bardini, um jardim lindo onde eles passaram o dia.
[....]
•Cupola del Brunelleschi. Terceira parada do livro.•
A cúpula era redonda, e as casas e estabelecimentos em volta acompanhavam esse movimento. Era noite, e eles estavam no restaurante que o livro indicava, comendo sua entrada que era um nhoque de abóbora com queijo especial da casa. Estava gostoso.
— Achou a padaria? — Bakugou perguntou, bebendo vinho branco.
— Não, nem ideia. Vou ter que aprender a falar italeano — Forçou o sotaque na palavra. — Para sair perguntando por aí.
— Não dá tempo, a gente vai pra outra cidade às 3. — Bakugou mordeu seu último nhoque.
— Vai dá tempo sim, só você sair perguntando pros moradores igual o Ren fez pra Lina.
— Ata. — Ele riu
— Eu saio perguntando então, vai passar vergonha comigo de qualquer jeito.
— Isso que dá você ficar mantendo contato com aqueles idiotas, eles fazem você achar que passar vergonha é normal.
— Respeita o bakusquad suki, somos unidos pela zoeira e vergonha alheia, e você tá incluso, leva o seu nome.
— Meu cu, nunca concordei com isso.
— Você nunca concorda com nada divertido.
— Nunca concordo com nada bobo e idiota.
— Por isso não concorda com o Kaminari? — Ele perguntou brincando e Bakugou riu do mini bullying.
— É. — Disse rindo em seguida e Eijirou engasgou com o vinho, rindo daquele pequeno momento de descontração. Era ótimo ter um relacionamento com alguém no qual vocês dão risada da menor bobagem de modo leve.
— Mas concorda comigo. —
— Às vezes, você só é idiota, não bobo.
Eles continuaram falando dos amigos e bolinando eles de leve, rindo e comendo a massa do prato principal. E depois comendo a sobremesa de chocolate.
Voltaram pra casa de metrô rindo e ouvindo músicas nos fones, até mesmo dançaram nas ruas, já que estavam bêbados.
[....]
Bakugou andava sozinho no momento, a moto estacionada perto do restaurante onde Eijirou comprava doces para levar na viagem de van. Eles iriam passar por mais cidades da Itália até saírem do país e irem rumo à Irlanda. Iriam para o norte da Itália, passariam pela suíça e frança. Deixariam a van na França em uma empresa filial e pegariam um barco até Inglaterra e depois um barco para a Irlanda. De lá, pegariam um avião até a Áustria onde alugaram mais uma van e iriam rumo à Grécia.
Bakugou olhava na internet sobre uma padaria secreta em Florença, e seguiu caminhando seguindo o Google maps.
Eijirou iria comprar umas coisas de lembrança e coisas pra enfeitar o álbum da viagem, então ele tinha tempo para procurar a bendita padaria.
Depois de entrar em dois lugares errados e se esforçar para falar com os moradores, ele foi instruído a descer uma rua que tinha uma vista para o rio. Desceu e virou à esquerda, numa rua sem saída. A princípio, não viu nada no final da rua, mas só depois ele viu uma pequena porta que parecia um tronco de uma árvore, e finalmente achou.
[....]
— Vira nessa rua aqui. — Ele disse pra Eijirou que pilotava a moto
— Onde tá me levando?— Ele perguntou, virando a rua que era uma descida.
— Puteiro. Agora cala boca e vira naquela terceira rua ali, a que tá com a placa de sem saída.
Eijirou virou a rua vendo casinhas iguais a todas as outras e árvores.
— O que tem aqui? — Perguntou, parando a moto e colocando os pés no chão.
— Desce da moto e pega a polaroid. — Instruiu, amarrando o capacete na garupa.
Eijirou desceu e pegou a polaroid que estava na mochila nas costas de Bakugou.
O loiro segurou a mão dele e caminhou com ele e bateu na porta, que Eijirou foi perceber só depois que era uma porta.
•Padaria secreta de Florença, Quarta parada do livro. •
A padaria era linda, e eles tiraram várias fotos conceito com o livro amor e gelato e os doces.
Ela tinha janelas altas, que imuniavam o ambiente de um modo… meio sobrenatural, lindo, parecia uma taverna fofa de contos de fadas. Tinham vários quadros da cidade, bancos brancos e várias plantinhas verdes enfeitando o local.
Os atendentes foram maravilhosos e eles saborearam os doces. Não tinham muito tempo então pegaram para a viagem e voltaram para o hotel e arrumaram as malas e voltaram para a van, dirigindo rumo norte.
"Here comes The Sun" tocava na van enquanto eles comiam os doces e deixavam Florença para trás.
"Here comes the sun do, do, do
Here comes the sun
And I say it's all right"
Eijirou cantava do banco do passageiro, mexendo a cabeça, postando no Instagram as fotos que faltavam.
— Da o de chocolate aí. — Bakugou pediu e Eijirou pegou o doce e colocou na boca do loiro que dirigia.
"Little darling, it's been a long cold lonely winter
Little darling, it seems like years since it's been here"
Eles trocaram olhares apaixonados e eijirou olhou uma última vez pra Florença, e logo eles começaram a cantar juntos
"Here comes the sun do, do, do
Here comes the sun
And I say it's all right"
••••••••••
Sim, o Katsuki achou a padaria pro Eijirou assim como o Ren achou pra lina- 🛐🛐
Comentem aí e me digam o que acharam, eu ame escrever particularmente, nunca fiquei tanto tempo no Google maps "andando" em uma cidade.
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