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O resgate - Parte 2

- Como vamos chegar lá? - Laís.
- É, deve ser muito longe. - Emma.
- E como vamos entrar? - Damon.
- Mais importante, como vamos sair. - Johan.
- Vamos chegar explodindo tudo. - Frick.
- Tá maluco. Ele nunca vai poder fazer nosso planos. - Melanie.
- Até que não é má ideia. - Hiro.
- A gente vai morrer. - Phoebe.
- E como vamos salvá-lo? - Tyler.
- Isso é uma armadilha, não podemos confiar no cara de azul. - Emma.
- Você é tão bonita Emma. - Johan.
- O que? - Emma
- O que? - Johan. - Quem será que disse isso?
- A gente já era. - Phoebe.
- CHEGA. - falei. - Uma parte de cada vez. Um: Chegar lá; Dois: Entrar; Três: Salvar Killiam; Quatro: Sair. Objetivo: não morrer. Simples.
- Simples? - Phoebe.
- E como vamos fazer essas coisas? - Melanie.
- A gente improvisa. Os planos sempre dão errado mesmo. - Alice.
- Mas precisamos de um plano, para ele poder dar errado. - Hiro.
- Gente, vamos focar em partes. - Laís- Como vamos chegar lá?
- Eu sei voar. Mas, só consigo levar umas três pessoas no máximo. - Melanie.
- Consigo teletransportar, mas levo só uma pessoa comigo. - Falou Damon. - Mas tipo, da muito cansaço. E eu também não sei onde é, aí é mais difícil.
- Eu... - Hiro começou. - Não queria me separar dela. - Ele tirou a mochila das costas e a segurou forte.
- Do que você está falando? - Phoebe.
Ele tirou a Lindysei de dentro da mochila. Qual delas? O carro. Sim. Ele tirou um carro da mochila. Você não está maluco, ele tirou um CARRO da MOCHILA. E sim, isso é tão estranho e impossível quanto você pensa.

E não foi só um carro. Foi uma caminhonete. (Killiam)

Já tá salvo. Suspender resgate! (Alice)

Não! (Killiam)

- Mandou bem Hiro. Somos onze. - conclui.
- Na verdade somos dez. - Frick falou.
- Mas tem o Killiam. - continuei. - Três vão com a Melanie, faltam 8. Damon, tem como você se teletransportar sozinho para lá, sem ficar muito exausto?
- Tem sim. - Damon. - Mas o problema é que eu não conheço o local.
- Ae. Tem isso.
- Uns 5 podem ir na Lindsey - completou Hiro.
- Eu, Emma e Lais vamos na Melanie, pode ser? - perguntou Phoebe. Todos fizeram sim com a cabeça, menos Johan que pareceu meio decepcionado.
- O que foi? - Laís sussurrou em seu ouvido. Ele sussurrou de volta. - Gente, vou com Alice, tenho que falar umas coisas com ela. E como o menino mais leve é o Johan, para não pesar muito para Melanie, ele pode ficar no meu lugar.
- Pode sim. - Melanie falou.
- Então, eu, Alice, Frick, Damon, Laís e Tyler vamos de Lindsay. - falou Hiro.
- Isso tudo? Vai caber? - perguntou Johan.
- Ela é forte, não é menina? - Hiro esfregou o focinho na caminhonete e fez voz de falar com bebe.
- Mas tem o Killiam também, quando formos sair. - Damon.
- Eu dou um jeito. - Tyler.
Todos olharam para ele espantados.
- Como assim. Você falou todo confiante aí. - falei. - O que você vai fazer?
- Se precisar, eu ajudo.
- Todo misterioso ele. - Laís brincou.
- Façam logo o resto do plano. - Tyler revirou os olhos.
- Ok. Eu tive uma ideia. Eles vão acabar vendo um dragão se aproximando, então, Melanie, você tem que descer bem antes. Depois venham andando. O mesmo com a Lindsey, a gente esconde ela em algum lugar, ou coloca de volta na mochila. - comecei a contar minha ideia.
- Levando em conta que é o Hiro, acho melhor escondermos, ele vai perder a mochila. - Laís falou rindo.
- É verdade. - Johan e todos rimos.
- Poxa, magoei. - Hiro falou sério e sarcasticamente. - Continua Alice. Para de rir, controle-se. - vendo meu ataque de riso ele começou a rir também. - Para. - kakakakakak - Que risada é essa? - estava todo mundo rindo. - Ei... - ele segurou meus ombros. - Controle-se!!!
- Calma. - eu sei que não teve muita graça, mas eu não conseguia parar de rir. - É bem mais fácil uma pessoa passar despercebida, do que todo mundo fazer isso. Eu vou sozinha. Sabemos que estamos em uma armadilha...
- É, acho que pode funcionar. - falou Phoebe.
- Até que é um bom plano. - Tyler. - Todos de acordo?
- Sim. - todos falaram em uníssono.
- Não. - a voz de Damon soou sozinha. - É muito perigoso. Melhor chegar quebrando tudo e invadindo.
- Concordo!! - Johan.
- Não concorda não. - Laís.
- Não concordo não. Achei uma ideia horrível. - Johan.
- Se fizermos isso, corremos o risco de não conseguir salvar Killiam vivo, além de não sabermos como são as defesas do castelo e o que podemos encontrar lá. - Emma explicou.
- Mesmo assim. - Damon continuou. - É perigoso.
- E o que que a gente faz que não é perigoso? - sorri (de nervoso).
- Resolvido então? - Tyler. - Vamos lá.
O sol já estava descendo no céu, andamos por algumas horas. Foi um trajeto difícil, tem muitas árvores e buracos que nos fizeram andar devagar. Eu e Hiro ficamos na caçamba acordados em um momento de vigia. Ele estava estranho, calado.
- Ei, tudo bem? - perguntei a ele, colocando minha mão em seu ombro.
Ele apenas concordou com a cabeça.
- Não tem ninguém escutando. Pode falar. Juro que não vai sair daqui.
- Não é nada.
- Ok, mas qualquer coisa que você precisar, é SÉRIO, QUALQUER coisa, pode contar comigo.
Ele sorriu sem levantar a cabeça.
- Quer ficar sozinho? Ou quer conversar sobre outras coisas.
- Na verdade... - ele tirou um papel do bolso e me entregou. - É uma carta. Minha matilha, me viu, entrando no carro com vocês, eu estava fugindo naquele dia, não queria mas viver lá, eu sou diferente deles. Tentei sair o mais despercebido possível, mas lobos tem olfato e audição incrivelmente boa sabe. Eles me seguiram e por isso vocês os encontraram, foi culpa minha. E agora eu fui expulso, não sou digno de continuar na matilha.
- Olha para mim. Nada disso é culpa de ninguém. Uma pessoa muito incrível me disse uma vez que nós o demos um propósito para lutar, só que essa pessoa é o maior dos nossos propósitos. Eu agradeço muito por você ter nos encontrado na floresta, se pudesse voltar no tempo faria tudo exatamente igual, não me arrependo de nada. E você sempre terá uma família com a gente, se sua matilha acha que você não é digno, então eles não te conhecem, e não fazem ideia da burrada que fizeram. E se voce quiser voltar para eles, eu te ajudo.
- Obrigado. Eu não quero voltar lá, vocês são minha matilha agora.
- Auuuu. - brinquei.
Ele riu e uivou também.
As horas passam. Quando avistamos o castelo, o sol já clareava o céu, mesmo sem aparecer. Desmontamos dos veículos (foi mal Melanie) a alguns quilômetros de distância. As meninas que voavam foram teletransportadas por Tyler (também não sabia que ele fazia isso) para mais perto e nós continuamos na Lindsey por mais um tempo. Depois a escondemos e fomos andando. Na parte de trás da construção procuramos por horas a tal entrada secreta, até finalmente encontrar uma fenda entre duas pedras por onde passava uma corrente de ar. Remexemos um pouco o local e o revestimento entre as pedras nesse local era diferente, uma diferença quase imperceptível. Estava pintado e era feito de argila. Joguei bastante água apara amolecê-la e abrimos a passagem.
- Tem alguma coisa errada. Está fácil de mais. - falei pensativa.
- Fácil, chama isso de fácil? Estamos procurando a horas. - Frick.
- Ela tem razão. - Melanie. - Se vários guardas procuraram isso por anos e nós a encontramos relativamente rápido, tem duas possibilidades, ou é uma armadilha...
- Ou os guardas são muito burros. - completei.
- Prefiro a segunda opção. - Laís.
Nos armamos e preparamos tudo.
- Todos prontos? - perguntei. - Ok, vou entrar.

O túnel era úmido e escuro (eu odeio o escuro), além de não ser muito alto.

Isso não foi muito um problema para você né. Ai, não me bate! (Killiam)

Em algumas partes tive que engatinhar, mas não posso dizer que estava apertado, e ir tateando as paredes, pois não conseguia ver nada. Ainda bem que não tinha bifurcações, eu não ia fazer ideia de qual caminho seguir. Alguns minutos depois comecei a pensar que aquele caminho não teria fim, mas um pouco à frente tinha uma parede. Johan havia me dado uma mini bomba para esse tipo de situação, mas tem muitos riscos. Primeiro - chamar a atenção do castelo inteiro, Segundo - o túnel desmoronar e eu virar um fóssil. Mas tem uma boa consequência, se for uma armadilha, o que provavelmente é, quem estiver perto desse local, vai estar encrencado. Resolvi parar de pensar e explodir logo. Coloquei a bomba e voltei correndo ate uma distancia segura. Ativei e ela explodiu. Graças aos Deuses, o túnel aguentou. Sai do local, torcendo para não ter chamado a atenção de ninguém. Estava dentro de uma cela. Também já era de se esperar, por isso tinha uma chave magica que abre qualquer fechadura não mágica. Só que não precisei usar. A cela estava aberta, mas tinha umas 40 pessoas todo tipo de arma apontada para mim.
"É sério?"
Larguei a espada e ajoelhei. Dois deles vieram com algemas, esperei que chegassem perto.
"Isso vai doer"
Bati nas algemas e girei com a perna esticada, os dois caíram por causa da rasteira. Levantei, desviei do soco que um outro deu, segurei seu braço e o joguei contra alguns outros que caíram. Eles eram muitos, vieram mais uns seis e me imobilizaram. Dois tinham bastões de choque que encostaram um de cada lado de minhas costelas. Quase perdi a consciência.
"Eu disse que ia doer."
Eles me algemaram. Um deles se aproximou e percebi ser nosso informante. Ele sacou uma adaga e levantou meu queixo.
- Tinha expectativa de vocês serem menos burros que isso. É incrível o que o desespero faz com as pessoas. Levem-a para o calabouço.
- Não, espera! - gritei. - Me leve ate o rei.
- Você acha mesmo que está em posição de exigir alguma coisa? - ele fez um corte na minha bochecha.

Filho... (Alice)

Não pode falar palavrão. (Killiam)

Cala boca Killiam. (Alice)

- Okay então. Prenda-me e depois explique para o seu chefe que você foi o responsável pela ruína dele. - tentei imprimir na voz o máximo de confiança que eu tinha.
- Do que está falando.
- Eu tenho informações.
Ele apertou minha garganta.
- Informações é? Como as que eu dei a vocês? Acha que eu vou cair na minha própria armadilha? - disse soltando meu pescoço. Tossi algumas vezes tentando puxar o ar.
- Você que escolhe. - sorri maliciosamente. - Só que vai ser você que terá que contar para ele que sabia o que ia acontecer, e não fez nada. Imagina os castigos que você vai ter? Nossa, acho que tenho até pena.
- E o que você ganha com isso?
- Eu, bom, minha vinha vida. Não sei se você sabe mas acabei de voltar dos mortos e não pretendo voltar tão cedo. Se eu der a informação, vocês param de mandar caçadores atrás de mim. E vocês nunca mais vão me ver.
- E aquele seu amigo aqui? Acha mesmo que eu vou cair nessa?
- O Killiam? Bom, ele é legal, mas eu não quero morrer de novo. Por que acha que vim sozinha? Os outros estão parados fazendo um plano, arranjando reforços, não somos burros. E outra, só quero ver seu rei, ele escolhe em seguir ou não as informações, e se elas se concretizarem aí vocês me soltam. Ou algum dos meus amigos me soltam, depois de destruirem vocês, é só falar que fui capturada.
Ele se aproximou e olhou nos meus olhos. Eu o encarei.
- Está blefando. - ele concluiu devagar.
- Você não tem nada a perder, quer mesmo arriscar?
Ele ajeitou a postura e se afastou. Fez um movimento com a mão, e... olha o choque de novo.
Abri os olhos e estava na frente do rei. Minhas mãos algemadas para trás e um guarda de cada lado segurando meus braços. Ao redor havia mais guardas que eu poderia contar. Atras de mim tinha uma porta grande de madeira maciça, as paredes e pilastras eram de grandes blocos de pedra cinza escuro com bandeiras, tochas e poucas janelas, bem poucas. Todos os guardas estavam virados para mim, nenhum parecia prestar atenção em outra coisa.
- Nossa... - comecei. - Você tem muitos guardas em?
- Você não viu nem a metade. Lá fora tem vários esquadrões, é impossível entrar ou sair daqui sem que eu permita. - o rei falava alto e imponente. - Ajoelhe-se?
- É sério isso? - ele levantou e bateu o cajado no chão.
Espera, esqueci de descrever o rei. Ele tem uma coroa, e um cetro. Parecia que não tomava sol a uns 3 anos, tinha cara de mal, era mais velho e parecia galã de novela. Um coroa bonitinho.
- Que brega. - ajoelhei. - Ó grande e poderoso rei... - falei debochando. - Qual seu nome mesmo?
Ele rosnou e os guardas me levantaram bruscamente.
- O que você quer?
- Você já pensou em reunir todos os seus guardas em um lugar só, para ver quantos tem? Aposto que são muitos.
- Para de enrolar. - os guardas levantaram o bastão de choque.
- A não, outro não, assim eu não vou falar. - fiz voz de criança mimada.
O rei acenou com a cabeça e eles abaixaram os bastões.
- O resto da minha equipe voltou para a Terra. Eles foram pedir ajuda a uns aliados nossos, montar um exército. E acredite, vocês provocaram a ira de muitas pessoas, mexeram com a gente errada. Temos muitos amigos e contatos, se é que me entende. Acho que até podem ganhar, mas vão ter muitas perdas. E... assim... você tem herdeiro? Ou pode arrumar um rápido?
- E porque está nos contando isso?
- Essa porta é bem bonita. Deve ser difícil de derrubar.
- É. Sim. Responda a pergunta. - ele gritou.
- Como eu já disse antes. Busco proteção, acabei de voltar a vida e não quero morrer de novo. - suspirei. - Você não faz ideia de como é o outro lado.
- Não estou nem ai para os seus sentimentos. Se arriscou muito vindo aqui assim, significa que ou você é burra, ou está tramando alguma coisa.
- Eu acho que sou burra então. - ele levantou e o nosso "amigo" colocou a faca na minha garganta de novo.
- Chega de gracinhas.
- Olha só. - estava começando a ficar com raiva. - Vocês nos atacaram, nos perseguiram por semanas, até capturaram um de nós. Fiquei preocupada? É claro. Ele é meu amigo, me salvou, mas pelo poder que vocês demonstraram até agora, dá para saber que não estão de brincadeira. Como diz o ditado, "se não pode vencê-los, junte-se a eles". Sem contar que Killiam já pode nem estar vivo. Entrei dessa forma, mesmo sabendo que seria uma armadilha, porque era minha opção menos perigosa.
- Como assim?
- O que aconteceria se entrasse pela porta da frente?
- Bom, seria bombardeada com os milhares de canhões que temos aqui. Sem contar nos sentinelas que estariam atirando várias flechas. Eles ficam todo o tempo observando qualquer movimentação suspeita, em um patamar logo aqui em cima. - ele apontou para um ponto acima da porta. - Ficam protegidos por uma muralha, você morreria antes mesmo de ver de onde veio as flechas.
- Então parece que fiz a escolha certa. - depois que ele falou foi que resolvi olhar para o lugar onde ele tinha apontado. Por uma abertura dava para ver várias "bundas" de canhões.

Bela descrição. (Killiam)

Obrigada. (Alice)

Foi sarcasmo. (Killiam)

Eu sei. Faz melhor então. (Alice)

Ah... (Killiam)

Continuando. (Alice)

- Só por curiosidade. Killiam está vivo?
- Pode ser.
- Onde ele está?
- Acha mesmo que vou te dar essa informação?
- Sinceramente? Não, mas não custa tentar.
- Você acha que sou burro?
- De novo. Sinceramente? Acho.
- O que? - ele ficou vermelho de raiva, parecia que ia explodir, o que não era uma má ideia. O nosso traidor apertou mais a faca.
- Retira o que disse. - falou o cara de azul.
- Ok, retiro. Só porque tenho que continuar falando.
- Como assim?
- Você ainda não entendeu?
Ele franziu a testa tentando entender, mas já era tarde demais.
- Como eu disse, você mexeu com as pessoas erradas.
Foi quando ouvi uma movimentação lá fora. Tudo aconteceu muito rápido e ao mesmo tempo. Guardas gritavam que os canhões não funcionavam, ouvi alguns caindo da amurada, a porta estilhaçou em milhões de pedaços, os vidros das janelas quebraram, um vento soprou balançando as bandeiras e apagando algumas tochas. Então eu vi aquele bicho gigante entrando como uma bala. Melanie em forma de dragão carregando Laís, Phoebe, Johan e Emma. Damon se materializou com Frick a alguns metros e Tyler... eu não sei o que ele fez, mas apareceu lá também.

Algumas horas antes

- É bem mais fácil uma pessoa passar despercebida, do que todo mundo fazer isso. Eu vou sozinha. Sabemos que estamos em uma armadilha. Vou ser capturada e assim tentar enrolar o rei, enquanto isso alguém vai pelo mesmo caminho que eu fui, só que dessa vez a armadilha vai estar "desarmada".
- Eu vou. - Hiro falou sério. - Ele é meu melhor amigo. - todos concordaram.
- De alguma forma vou tentar dar um sinal. - Continuei.
- Ah... eu... tenho uma habilidade que pode ser útil. - Laís interrompeu. Olhamos para ela. - Posso ler mentes.
- Você pode o que? - Johan falou quase em desespero. Laís ignorou e continuou.
- Posso ler a sua e avisar ao Hiro e ao pessoal o que está se passando lá dentro.
- Otimo. - sorri impressionada. - Obrigada.
- Desde quando você faz essa parada? - Johan estava agora mais inquieto.
- Como você vai sair de lá Alice? - Damon disse sério.
- O que importa é Hiro sair com Killiam e ir para uma distância segura.
- Sabe que ele nunca vai te deixar para trás né? - Hiro falou. E eu senti minha face queimar, tomara que não esteja tão vermelha quanto eu acho que estou.
- Da seu jeito. - falei. - Depois, e só depois que vocês estiverem seguros podemos fazer um ataque surpresa. Ninguém espera que alguém invada diretamente, chutando a porta da frente. E eu posso tentar fazer o rei falar de suas defesas, vocês saberão tudo que irão enfrentar. Se vocês toparem, é claro.
- É sério mana, desde quando você faz isso? - agora Johan estava meio triste, mas ainda parecia preocupado.
- É, acho que pode funcionar. - falou Phoebe.
- Até que é um bom plano. - Tyler. - Todos de acordo?
- Sim. - todos falaram em uníssono.
[...]

Alguns minutos atrás.

- O que aconteceria se entrasse pela porta da frente?
- Bom, seria bombardeada com os milhares de canhões que temos aqui. [...]
- Então parece que fiz a escolha certa. - depois que ele falou foi que resolvi olhar para o lugar onde ele tinha apontado. Por uma abertura dava para ver várias "bundas" de canhões.
Concentrei-me e senti o ar ao redor se condensando e a água pesando em meus dedos. Não era como se visse onde estava indo, mas sabia exatamente onde o filete de água estava, tinha noção de tudo ao redor, todos os obstáculos. Fiz o montinho entrar em cada canhão, preenchendo os espaços vazios. Notei umas poças de água do lado de fora, fiz com que subisse pelas paredes, invadindo a amurada. Uma corrente de energia percorreu minha espinha, a sensação de ter uma expansão do meu corpo, de ter forças para fazer o que quiser.
- Só por curiosidade. Killiam está vivo?
- Pode ser.
[...]

Voltando ao momento atual

Os guardas que seguravam meus braços distraíram-se por alguns segundos. Eu pulei passando as pernas por entre os braços, agora minhas mãos estão na frente do corpo. Abaixei dando uma rasteira neles, que caíram. O caos estava instaurado. Quem estava em cima de Melanie pulou e começou a lutar. Um dos guardas veio com uma lança na minha direção e por pouco não consegui desviar. Coloquei as algemas na direção da lâmina e elas partiram-se. Desviei de outro golpe, que acabou acertando outro guarda e eles começaram a brigar um com o outro. Um terceiro ser me imobiliza pelas costas com um bastão, ficando com os ombros entre o ferro e o homem. Pus minhas mãos no mesmo e dei uma estrelinha apoiando uma das pontas no chão. A virada fez com que ele soltasse. Agora eu tenho um bastão. O resto do pessoal tinha altos e baixos. Nós ate que estávamos nos saindo bem, mas a diferença numérica estava começando a fazer efeito e os guardas já tinham se recuperado do susto.
Consegui me aproximar de Laís.
- Cadê os meninos?
- Depois que você foi levada para a sala do trono mandei Hiro. Mas por algum motivo perdi contato com ele.
Nos reunimos na porta. Prontos para fugir, quando os guardas abriram caminho para o nosso traidor.
- Chega! - ele gritou. - Se vocês se importam com seu amiguinho. - Ele segurava Hiro com uma adaga em sua garganta.
- Desculpa. - ele sussurrou.
- Você está bem? - sussurrei de volta. Ele afirmou.
Olhei ao redor tentando pensar em alguma coisa. Vi uma passagem escura do outro lado do salão, ninguém prestava atenção nela, todos estavam focados na trama. Olhei para Laís, ela assentiu. Virei-me para Hiro, ele também entendeu o que eu queria fazer.
- Ei! - Laís gritou. - Solta ele. Deixe-nos ir. Vocês sabem que não tem chances. Se não voltarmos, todos, até o anoitecer para nossa base haverá uma invasão. A guerra vai começar e adivinha, vocês vão perder. Temos incontáveis aliados. Mas acho que ja sabem disso...
Ela continuou falando, mantendo a atenção de todos. Sai devagar pela lateral e passei pela posta. Estava em um corredor escuro, de novo. Senti um calafrio a medida que afundava no breu. As vozes foram sumindo. Diversos caminhos se abriram em um emaranhado de corredores e passagens como um labirinto. Concentrei algumas gotículas de água e as fiz escorrer no chão de mármore. Até onde eu sei, as masmorras ficam no subsolo e a água sempre escorre para baixo. Peguei uma tocha na parede e segui o filete, roçando o carvão na pedra, até que algo me fez parar. Era um gemido. Killiam!
Corri atrás do barulho. Quando finalmente o encontrei senti um aperto no coração e meus olhos encheram de lagrimas involuntariamente. Ele estava péssimo. Entrei em choque, minhas mãos tremiam de nervoso, como alguém é capaz de fazer algo assim com outra pessoa? Meti a lança roubada pela fechadura e fiz uma alavanca. Nossos olhos se cruzaram, por um momento pareceu que não estávamos mais ali.
- Oi. - ele sorriu fracamente.
Soltei-o o mais rápido que pude. Ele caiu quase desmaiado e eu tentei segura-lo. Sentados no chão eu o abracei o mais forte possível.
- Desculpa. - sussurrei. - Eu nunca mais vou me separar de você. Ninguém vai conseguir me tirar de você.
Não sei se me escutou. Queria voltar no tempo e fazer tudo diferente. Queria poder cura-lo. Queria poder ficar ali para sempre até ele se recuperar. Mas não podia, daqui a pouco iriam nos descobrir, temos que sair daqui rápido. Ele estava deitado em meu colo e eu passava a mão em sua cabeça sem nem perceber. Olhei ao redor, preciso pensar em alguma coisa.
Ele apertou minha mão, me tirando dos pensamentos.
- Vamos. - ele disse com dificuldade. - Nada disso é culpa sua.
Apenas assenti. Sabia que não era verdade. Coloquei meu braço envolta de sua cintura e levantamos. Ele mal conseguia ficar em pé. Andamos devagar seguindo o risco do carvão. Por ele ser mais alto, conseguia ouvir seu coração bater. Fraco, mas batia. Graças aos deuses.
Perto da saída acontecia uma guerra. Pelo visto a conversa de distração não acabou muito bem.
- Killiam, vamos procurar outra saída. Quando você estiver seguro eu volto para ajuda-los.
- Não. Não vai dar tempo.
- Então fica aqui. Ninguém deve vir para cá. Depois eu volto para te buscar.
- Alice. - ele voltou seus olhos penetrantes nos meus. - Eu vou ficar bem. Temos que ajuda-los.
- Não, não posso te perder de novo. Vamos... vou chamar Melanie para ela te tirar daqui.
- Não. Ei. Eu estou bem, vou ajudar.
- Não está bem nada.
Ele forçou para frente.
- Para, não consigo te carregar assim. Você é pesado sabia?
- Vamos logo.
Não consegui fazê-lo voltar para o túnel. Sabe aquela sensação de força e esperança que eu falei ali atrás. Então... ela ja passou a um tempo. Eu não tinha mais forças para mais nada.
Cambaleei com ele para dentro do salão. Na mesma hora um soldado tentou acerta-lo com um bastão de choque. Foi aí que lembrei do meu bastão roubado que larguei la na cela. Afastei Killam do guarda e dei um golpe baixo. Desculpa soldado, foi no desespero.
Um outro cara veio com uma lança na direção de Killam. Troquei de lugar com ele, mas a lança rocou nas minhas costelas. Senti a ardência subir pelo tronco. Cambaleamos para o lado. Um soldado nos atacou pelas costas - sacanagem - com seus poderes telecinéticos. Fazendo com que eu e Killam voássemos para lados diferentes. Ele não levantou.
- Killam! - gritei e tentei ir até ele.
Três soldados me cercaram e fiquei lutando contra eles. Um quarto se preparou para atacar o garoto. Um dos bastões de choque me atingiu e minhas pernas cederam. Os três colocaram os bastões nas minhas costas, minha visão ficou embaçada.
Não!! Killam!!
Tentei levantar, em vão.
O quarto soldado ia matar-lo. Ele levantou os braços, uma bola roxa cintilante em suas mãos. A cena saiu de foco.
Alguma coisa me fez rolar. Era Melanie em forma de dragão que comeu os três soldados.
Obrigada.
Reuni as ultimas forças, levantei e corri ate Killiam. Era como se tudo tivesse parado no tempo, nada mais importava. Pulei pouco antes do soldado jogar a bola roxa. Abracei o garoto que estava de pé, fiz um campo de força de água em volta de nós dois (que provavelmente seria inútil). Ele fez alguma coisa com a luva e um clarão surgiu ao nosso redor. Era uma mistura de roxo, branco e azul, a temperatura pareceu subir uns cem graus e o mais assustador de tudo: o sol que entrava pelas janelas quebradas desapareceu e literalmente ficou noite dentro do castelo.

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