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Anne caminhou ao lado do garoto e logo entraram em um caminho escuro, em meio a um matagal extenso. Ela não sabia ao certo o que estava fazendo, todas as situações estavam a deixando completamente maluca.
— Você vai me matar?
— Não dessa forma. — Ruel sorriu fofo, abrindo a porta da casa de madeira.
O chalé ficava literalmente no meio do nada e mais uma vez fazia Anne se questionar sobre como ele conseguia arranjar lugares, com certeza ele tinha algum cúmplice.
— Pode tomar um banho e pegar algumas roupas minhas, se precisar.
— Como conseguiu esse lugar?
— Estava abandonado, eu só invadi. Tem lugares incríveis nessa cidade que estão vagos Anne, você iria ficar surpresa.
— Como conseguiu água? E luz?
— A água vem de um poço, a luz é de velas.
Só então Anne reparou nas diversas velas, a casa era de madeira, seria fácil para colocar fogo naquele lugar. Sua mente tinha mil ideias naquele momento.
— Poderia ser a nossa casa, se você quisesse ser a minha parceira.
— Não consigo te entender. Você me quer morta, estamos no meio do nada, por que não acaba com tudo logo?
Ruel sorriu, se aproximou lentamente enquanto Anne sentia o seu coração acelerar. Ele segurou o rosto da garota delicadamente, ela conseguiu ver de perto os olhos vazios e profundos, aquilo a deixava apavorada.
— Porque você é corajosa e louca, eu tenho esperanças que você vai mudar e ficar comigo dessa vez. Você já me apoiou uma vez Anne, por que não fazer de novo?
Anne revirou os olhos, ela odiava que ele tentasse a manipular com palavras bonitas. Ele era um babaca mas ela não se importava, iria fazer aquela noite valer a pena.
Pegando Ruel de surpresa, Anne atacou seus lábios. Ela o beijava de um modo mais selvagem, como se precisasse dele muito mais do que deveria. Ruel se aproveitou da situação, passeando suas mãos enormes por todo o corpo da River.
Até que a Anne sensata voltou para o corpo da jovem e então ela o empurrou longe. Jamais iria para a cama com um assassino, com um cara que poderia acabar com sua vida a qualquer momento.
— Você poderia simplesmente ter me dito para parar. — Ruel se levantou meio tonto, após ter acertado a parede em cheio com o empurrão da River.
— Eu vou embora amanhã cedo.
— Isso se eu deixar você sair.
— Se quisesse mesmo me matar, já teria feito isso. — Anne deu de ombros, totalmente destemida. — Até amanhã, Ruel Van Dijk.
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