⇢ 018
Ruel estava sorridente, comemorando por ter feito mais uma vítima. Décima terceira, Anne River seria a próxima.
O Van Dijk não se sentia melancólico e nem sequer pensava em mudar de ideia. Por mais que achasse a companhia de Anne agradável, ele não conseguia ter qualquer sentimento por ela e a vontade de matá-la, gritava dentro do seu peito.
E por falar em Anne, Ruel se assustou ao vê-la sentada em uma poltrona. Ela estava estática, ele conseguia sentir a raiva através dos olhos dela. Aquela Anne era muito diferente da garota ingênua, que ele havia conhecido no manicômio.
— Como se soltou?
— Você não é tão esperto quanto acredita ser, Ruel.
— Fico feliz que esteja aqui, é mais fácil para mim. — Ruel deu de ombros, enquanto tirava o casaco e o jogava em cima de um dos sofás. — Foi um sucesso Anne, agora estou pronto para você.
— Vai se foder.
— Não seja tão raivosa. Vou te dar dez minutos, para que você peça perdão ao seu Deus e possa morrer em paz.
— Eu não acredito em Deus.
— Oh, boa garota. — Ruel sorriu. — Então prefere que a gente passe esses dez minutos conversando? Ou quem sabe realizando os seus fetiches, você vai morrer, acho que merece.
— Se der um passo, eu mato você.
— E como? Me conte todos os detalhes, quem sabe eu não me masturbo enquanto escuto.
Anne sentia a raiva a invadir cada vez mais, a cada palavra debochada que saía pelos lábios dele.
— Os dez minutos serão os últimos para você e não para mim, idiota.
— Você fala com tanta certeza que... — Ruel encarou a mesinha e então sentiu o desespero o invadir, onde estava a arma? — Não ouse, Anne.
Anne sorriu, colocando-se em pé e encarando o mais alto, que pela primeira vez, parecia estar preocupado.
— Você não parece tão valente agora, Ruel. — Anne continuou com o sorriso no rosto, ela estava enlouquecendo. Segurou a arma na direção do garoto mais uma vez, se lembrando de um momento como aquele, que já haviam vivido. — Últimas palavras?
— Não me mate amor, eu prometo que iremos ficar bem, você pode ser a minha cúmplice. — Ruel sorriu, tentando fazer o seu charme funcionar mais uma vez.
— Quer saber? Cansei, seu tempo acabou!
— Anne...
— Queime no inferno, filho da puta.
Ruel riu, desacreditando de que realmente morreria. Mas Anne não hesitou, puxando o gatilho e observando Ruel Van Dijk cair aos poucos, enquanto sangue jorrava pelo buraco em seu peito.
Anne soltou a arma e sorriu aliviada, ela havia vencido.
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