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Você tinha razão, essa ideia foi um sucesso! Obrigada por ter insistido. — Sarah sorriu, enquanto imprimiam mais cem cópias.

A escola toda estava comentando sobre a entrevista e sobre o quão corajosa Anne havia sido. Até mesmo as críticas, estavam fazendo com que a popularidade da matéria aumentasse cada vez mais.

— Isso é baboseira River, um assassino jamais vai deixar de ser um! — Uma garota ruiva invadiu a sala, enquanto estava com um exemplar em mãos. — O que eu fiz com a Sylvie e as outras garotas foi na hora da raiva, todos esses anos fizeram com que eu me arrependesse amargamente. Sério? Quem em sã consciência acreditaria nisso?

— Se não te agrada, é só não ler. — Sarah saiu em defesa da melhor amiga mas a garota ainda não parecia convencida.

— Você está tentando fazer com que a gente se esqueça de quem ele realmente é, um assassino filho da puta!

— Eu apenas escrevi o que ele disse, nada mais.

— Então me diga que você não concorda, me diga que você o acha um mentiroso!

— Eu acredito que as pessoas mudam.

— Não acredito no que eu estou ouvindo! — A garota parecia revoltada, até mesmo Sarah estava chocada com as palavras da amiga.

— Eu estive com ele durante muito tempo, sei quando ele mente e quando fala a verdade. Sei que o que ele fez foi uma merda mas todo mundo merece recomeçar.

— Você é tão louca quanto ele. Quando voltar ao hospício, se interne também!

A garota ruiva jogou o jornal no rosto de Anne e então saiu batendo o pé. Sarah rapidamente pegou o papel do chão e então continuou encarando a amiga com os braços cruzados.

— Acredito que duas visitas não seja muito tempo, a não ser que você tenha voltado lá mais vezes.

— Você deveria conhecê-lo, você iria ver que ele também pode ser bom.

— Não acredito que você está mesmo dizendo isso! Eu sabia que não deveria ter permitido, ele enganou você e agora você está atraída por ele.

— Para de falar merda, Sarah. Temos a porra da popularidade que queríamos e isso é tudo graças à ele, preciso achar um jeito de compensar.

— Está dizendo como se devesse um favor mas você sabe que não, você não deve nada a ele!

— Sou eu quem decido isso.

Anne então colocou as mãos no bolso da jaqueta e saiu apressada da sala. Ela não queria mais escutar comentários, aquele um mês havia criado certa intimidade entre eles, Anne sabia que ainda havia bondade nele. O homem nasce bom, é a sociedade quem o corrompe. E talvez ter ficado isolado da sociedade, havia feito com que a sua sanidade voltasse, com certeza sim.

Anne tirou o metal do bolso, encarando fixamente as chaves que havia roubado. Ela iria ajudá-lo e então, mostraria para o mundo que sempre estivera certa.

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