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conflitos internos

O som estridente do alarme de Jungwon cobriu o quarto por completo.

─── Hum... ── murmurou Jungwon, remexendo-se na cama. ─── Hum... Caralho Jay tira esse sovaco da minha cara.

Empurrou-o para o lado, e como uma pessoa de bom sono pesado, Park mal se mexeu.

─── Esse celular que não para de tocar... Que horas são? ── dizia para si mesmo em um resmungo sonolento. Precisou bater algumas vezes na mesinha de canto para conseguir acertar o seu celular.

Os olhos de Jungwon arregalaram-se. Aquele barulho não era o seu alarme, mas sim o tocar do seu celular, e as palavras "Mãe" estavam bem grandes na tela principal. Mesmo que ela não pudesse vê-lo, ajeitou a postura na cama antes de atender.

─── Mãe! ── cumprimentou, nervoso.

Pelo jeito, isso mais do que o empurrão e o alarme alto foi o necessário para que Jay erguesse o rosto.

─── Já? ── murmurou, levantando-se da cama igual um zumbi para deixa-lo sozinho.

Entretanto, não teve tempo de sair antes de escutar algo que realmente não achava que iria.

─── Você o que? ── quase gritou Jungwon. ─── Como assim você tá na porta?

Jungwon encarou Jay com desespero e foi retribuído com a mesma energia. Park, principalmente, nem conseguia imaginar como a senhora Yang havia descoberto onde morava. Os dois começaram a se vestir atrapalhados e o mais rápido possível.

─── Mas mãe, como você descobriu onde eu estava?! ── indagou, com uma voz entre desespero e a tentativas de permanecer educado. Jungwon fez uma careta. ─── Ah, claro. Sunoo... ── repetiu e Jay também fez uma cara feia. ─── Esse tagarela... ── resmungou bem baixinho. ─── Já estamos... já estou indo.

A ligação foi finalizada, e os dois rapazes que só estavam se comunicando por meio de olhares e caretas finalmente puderam conversar.

─── Na minha casa? Meu deus do céu a gente mal ta namorando oficialmente e eu já vou conhecer minha sogra desse jeito?! ── Jay disse um tanto desesperado.

─── Como assim namorando? A gente ta namorando? ── retrucou, ajeitando o cinto da calça.

─── Você quer mesmo falar sobre isso quando a sua mãe tá na porta da minha casa nos esperando?! ── disse, tentando arrumar os cabelos do jeito que conseguia. ─── Vou ligar pra portaria para deixarem ela subir.

Jungwon o olhou com cara de poucos amigos, mas ele estava certo. Não era o momento de discutir a situação do relacionamento quando nem sabia como enfrentaria a sua mãe. Estava um pouco pego pelo choque de estar acontecendo aquilo tão cedo, mas o nervosismo já estava estava instalado na sua cabeça ao colocar a sua mão na maçaneta. A senhora Yang, irmã mais velha da mãe de Sunoo, era um pouco mais velha do que normalmente esperavam. Jungwon foi o seu último filho, o seu pequeno tesouro, mas também sempre foi muito dura quanto a sua educação. Era difícil agrada-la, e muito mais evita-la. Nem mesmo era fora do seu feitio subornar o sobrinho para poder encontrar o seu filho o mais rápido possível.

─── Mãe.

A expressão não era boa. Ela entrou com o rosto fechado, já dando uma olhada no pequeno apartamento. Jay acabara de sair da cozinha com um copo d'agua em mãos, pronto para oferecer.

─── É um prazer, eu sou o Jay o... ── travou um pouco na frase, olhando para Jungwon um pouco perdido. ─── Colega de trabalho dele.

─── Você mora aqui sozinho, Jay? ── foi a primeira coisa que disse.

─── Não, com um amigo, senhora.

Ela cruzou os braços.

─── Por acaso é o rapaz que meu filho beijou para fazer aquela cena toda na creche?

Não houve resposta imediata. A aura da mãe de Jungwon não era nada convidativa, de um jeito que qualquer resposta parecesse errada. A conversa de olhares entre o casal parecia cada vez mais intensa. Jungwon só queria se esconder em um buraco para sempre.

─── Mãe... Não tem necessidade de levar ele para a nossa discussão. Ele só me deu lugar para dormir hoje pois, você sabe... ── começou a explicar-se, mas a senhora Yang não parecia nem um pouco interessada.

─── Eu sei o que aconteceu, Jungwon não precisa ficar se explicando, já falei com a sua tia e você conhece ela, não fecha o bico ── respondeu, cortando-o. ─── Eu não estou brava por você gostar de homens, Jungwon. Eu já sabia, eu tinha a senha do seu instagram de 2015. Só homem sem camisa.

Jungwon piscou algumas vezes, processando o que havia acabado de ouvir, e Jay estava quase tendo uma convulsão tentando não rir.

─── Você não está brava...? ── disse, confuso.

─── Não foi isso que eu disse. Não estou por você ser gay, mas ── agressivamente puxou a orelha do filho, mesmo sendo consideravelmente menor que ele. ─── Estou por você ter gritado com a sua tia e por estar a um fio de reprovar em mais uma matéria seu malandro cu de encrenca!

─── Ai ai ai mãe! ── exclamou.

Jay estava se esforçando muito para não cair na gargalhada, mas seu tempo de gloria acabou bem mais rápido do que esperava.

─── Não ria, moleque. Também quero saber de você, se for um zé droguinha que não quer nada com a vida eu não vou aprovar esse relacionamento ── cada palavra parecia uma ameaça de morte. ─── Ele é seu namorado, Jungwon?

─── Não, não...

─── Anda dormindo com qualquer um desse jeito? Quer pegar IST seu cabeça oca?! ── além do puxão de orelha, deu um tapa no braço dele.

─── Mas nós nunca...

Ela puxou mais forte, nem um pouco convencida com aquele papo furado.

─── É meu namorado! É meu namorado mãe! Eu não faço essas coisas! ── sua orelha já estava queimando de tão forte que estava sendo puxada.

Meio desajeitado, Jay abriu o seu melhor sorriso. Então era daquele jeito que iria oficializar seu primeiro namoro de verdade. Bem, pelo menos era um jeito bem único.

─── Aceita uma água? ── quebrou o clima tenso, mas o olhar daquela mulher ainda lhe dava calafrios. ─── Senhora?

─── Pode me chamar de Yuna.

Pela próxima hora, Jay sentiu-se em um interrogatório policial. Yang Yuna perguntou tanta coisa sobre sua vida que agora ela o conhecia melhor do que Jungwon em si. Como seus pais eram um tanto liberais nesse quesito de monitoramento ─ um dos motivos por estar morando sozinho desde que saiu do ensino médio ─, achou uma experiência interessante ver uma mãe rígida pela primeira vez. Pelo estilo de Jungwon, nunca chutaria que sua mãe seria assim.

─── Hum... Bom. Suas notas na faculdade são bem melhores do que as desse preguiçoso ── dizia após invasivamente pedir detalhes sobre a vida acadêmica do genro. ─── Ajude o Jungwon a estudar, querido.

─── Mãe a sessão de humilhação pode ficar por aqui, não acha? ── sua expressão de bunda já não podia ficar pior do que estava. ─── Aprovado ou não?

─── É o bastante. Estou impressionada, achei que passaria dificuldade com os genros por sua parte. Jay é um bom garoto, siga de exemplo.

O sorriso de Park não podia estar maior. Ganhar do namorado era sempre revigorante.

─── Adota ele logo, ugh ── resmungou baixinho, desviando o rosto.

─── O que? ── questionou a senhora.

─── Te amo mãe. ── abriu um sorriso falso.

Yuna, finalmente satisfeita, levantou-se da mesa em que conversavam, e ajeitou a bolsa em seu braço. Seu jeito era tão elegante para uma senhora que chamava seu filho de cu de encrenca, chegava a ser uma quebra de expectativa. Mas Jay entendia o medo que Jungwon tinha, se ela fosse tão homofóbica quanto a irmã nem conseguia imaginar o que teria ocorrido. Pela primeira vez, não achou que o namorado estava exagerando sobre algo.

─── A senhora já vai indo? Não quer ficar para o almoço?

─── Obrigado, Jay, mas preciso ir. Irei almoçar com a minha irmã ── concluiu, ainda sem esboçar um sorriso sequer. Desde que chegou.

─── Ah, mãe ── Jungwon também levantou-se, indo em direção a ela. ─── O que você disse para a tia?

─── Ah, você conhece a sua tia. Insuportável. Só falei alguns "aham" e desliguei o celular. ── tirou o batom da bolsa e passou nos lábios, retocando a maquiagem já impecável. ─── Mas agora não sei o que vou fazer quanto a sua moradia. O que pensa em fazer?

Jay não parava de ficar surpreso com cada palavra da mãe de Jungwon. Ela não filtrava uma única palavra que saia de seus lábios.

─── Um dormitório na faculdade, provavelmente. Vou pagar com meu dinheiro ── disse, já sentindo a pontada no coração.

─── Certo, como quiser. Vou indo então ── respirou fundo, e cruzou os braços. ─── Jay, se puder abrir a porta?

Yuna deixou o apartamento, e agora, pela primeira vez, parecia que tudo estava dando certo.

Um sorriso inconsciente apareceu nos lábios de Jungwon, que incrivelmente viu-se feliz de receber uma bronca da sua mãe. Jay encarou-o de canto, apenas imaginando como deveria estar sendo. Era um tipo de privilégio que poucos podiam desfrutar.

─── A sua mãe é incrível.

─── É ── concordou, rindo baixinho. ─── Ela realmente é de deixar uma impressão.

─── Como assim você ganha essa felicidade toda enquanto minha mãe ainda faz careta toda vez que me liga?! ── exclamou Sunoo, indignado.

Sunghoon quase engasgou com o suco que estava tomando.

─── Careta por ligação? ── Jay perguntou.

─── Ela é tão expressiva que dá pra escutar pelo telefone ── continuou, convencido. ─── No dia que falou sobre a briga com o Jungwon quase fez um rap pra mim reclamando. Deixei no alto-falante enquanto cortava cebola.

─── Sua mãe é a única que nós coletivamente aceitamos não gostar ── Jay brincou.

─── Ela não é tão horrível. Esses dias cogitou deixar a Yeri vir passar um tempo com a gente ── sorriu aberto, animado. ─── Acho que isso é um progresso, não acham?

─── Mas depois da segunda pessoa da família saindo do armário como gay fica meio difícil. O humor dela ainda deve estar uma merda por minha causa ── Jungwon comentou, sem muita energia.

─── Você só nos defendeu, não fez nada de errado ── Sunghoon sorriu, dando um joinha para o amigo.

─── E além disso, já foi punido por gritar com a minha sogrinha com um puxão de orelha e uma hora de humilhação acadêmica.

Tirando Jungwon, todos na mesa começaram a rir. Já era pelo menos a terceira vez que faziam piada com a bronca que havia recebido. E não iria ser a última.

─── Seus filhos da...

─── Ei, boca suja ── Jay deu um tapinha na boca dele. ─── Já vai treinando para parar de xingar na frente das crianças.

─── Você xinga na frente das crianças, Won?! ── Niki exclamou, depois de ter passado os primeiros minutos da conversa lutando para não se sujar com a sua rosquinha recheada. ─── Se eu fosse seu chefe eu te demitiria.

─── As vezes é mais forte que eu ── respondeu, concordando baixinho. ─── Mas essa peste também xinga!

─── Merda e caramba não são xingamentos! ── Jay retrucou.

─── Para crianças de quatro anos são sim!

─── Não tanto quanto porra e puta que pariu!

─── Caralho, Jay não estava mentindo quando disse que vocês brigaram por absolutamente qualquer coisa ── Nishimura comentou, rindo. ─── Se eu brigo assim com a Ryu eu saindo chorando.

─── Se eu brigo assim com o Sunghoon eu saio chorando ── Sunoo disse ao mesmo tempo que Niki, fazendo os dois rirem juntos da coincidência.

─── Verdade. Já aconteceu ── confirmou Sunghoon, mas Sunoo fez cara feia. ─── Era pra ser segredo, é?!

─── Ah, não é pra tanto. Não brigamos tanto assim... Nós nos damos bem, não é? ── questionou Jungwon, encarando o rapaz ao seu lado.

─── Acho que não conseguimos conversar sem acabar discutindo sobre alguma coisa, na verdade ── respondeu, brincalhão.

Novamente, uma onda de pequenas risadas, mas Jungwon aparentava um tanto desconfortável. Seu olhar as vezes voltava-se para o colega de trabalho, um pouco perturbado. Aquilo daria mesmo certo? Brigando do jeito que brigavam?

─── Mas então, Won. Onde você pretende morar? ── perguntou Sunoo.

─── Ainda não sei, mas é a minha prioridade no momento. Já me coloquei na fila de espera para os dormitórios da faculdade ── disse, ainda mais desanimado. ─── Ficar no apartamento desses dois também é meio ruim, é pequeno para três.

─── É ruim só pra eu que vou ficar de vela, isso sim ── Niki brincou.

─── Ele tá certo, e o Jay tem cama de casal. Como vocês já estão namorando, não vai ser um problema passarem um tempo dormindo juntos ── simplificou Sunghoon. ─── Então nem se preocupe tanto.

Jungwon franziu as sobrancelhas. O que? Namorando?

─── Como assim? Não estamos namorando ── Jungwon soltou. Pela primeira vez naquela tarde, ficaram em completo silêncio.

Jungwon e Jay se entreolharam. Era verdade que disse para sua mãe que estavam namorando, mas achava que estava óbvio que era somente para não levar ainda mais bronca. Entretanto, pelo olhar que recebeu de Park, não parecia ser aquilo que ele pensava.

─── Mas... Jay me falou que... ── Sunoo tentou falar algo, mas antes que pudesse, Jay coçou a garganta mais alto.

─── Isso, isso. Não estamos namorando. Só ficamos algumas vezes, é ── disse rápido, desviando o olhar o máximo que pudesse para focar em seu americano. ─── É muito cedo pra concluir qualquer coisa.

Suas palavras não soavam nada genuínas, e o olhar baixo só confirmava para Jungwon que estavam em páginas completamente diferentes daquele relacionamento.

─── É. Muito cedo.

A história de Jungwon com relacionamentos não era exatamente a mais agradável. Na sua vida, o que não faltaram foram "quedinhas" temporárias, ou interesse em pessoas diferentes. O problema é que de todas essas pessoas, nunca houve alguém que o correspondesse ─ ou melhor, nunca houve alguém que o correspondesse como queria.

Eram sempre aquelas saídas rápidas, encontros casuais com segundas intenções, e nunca passava disso. Jungwon não gostava de dizer não, gostava de agradar quem gostava. Achava que se fizesse o que quisessem um dia poder ter um romance de verdade; ser digno dos encontros ainda à luz do dia.

Era frustrante. Quando se quebra a cara tantas vezes, é difícil se envolver novamente, assim como é difícil acreditar que alguém genuinamente quer te ter ao seu lado.

Jungwon gostava de Jay, isso já era de tempo, mas não admitia em voz alta ou até a si mesmo. Observa-o no trabalho e abria um sorriso só de vê-lo conversar com as crianças, sentia um arrepio no estômago sempre que escutava a voz dele perto e genuinamente gostava de tê-lo junto a si no trabalho, porém não conseguia mudar sua atitude quanto a ele.

Tentar ser simpático e agradável não dava certo, nunca havia dado certo. Não podia deixá-lo descobrir que a raiva já tinha desenvolvido para uma atração esquisita, precisava apenas mantê-lo longe como sempre que aquilo sairia da sua cabeça. Se permanecesse tratando-o mal, tudo iria manter-se do jeito que sempre foi. Porém, precisou apenas das palavras "eu gosto de você" para deixar a sua cabeça uma loucura. Repensou cada pedaço daquele relacionamento, como se sentia e porque não conseguia mais tirá-lo da sua cabeça. Foi como a chave que precisava para tudo ficar ainda mais claro, e por fim, pode finalmente falar em voz alta que estava apaixonado pelo seu colega de trabalho.

E em sua cabeça, a história se repetia mais uma vez. Não importava o quão diferentemente Jay o tratava, no fundo da sua cabeça, era muito difícil acreditar nas palavras agradáveis dele. Portanto, a ideia de namorar era assustadora. Se fosse tão fundo assim, não saberia como iria recuperar-se quando Jay apenas cansasse dele. Não conseguia viver com aquela ideia.

─── Ugh... Yang Jungwon ── murmurou baixinho, fundo nos cobertores no sofá de seu primo. A noite estava mais fria do que o normal. ─── Por que você sempre tem que estragar tudo?

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