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𝚂𝚒𝚡𝚝𝚎𝚎𝚗♦️


A escola está um inferno. Sei que sempre foi mas não vamos falar sobre. Sarang morreu ontem e eu sabia, sabia tudo. Mas não podia falar, não podia. Isso está me consumindo aos poucos...

Sarang morreu e eu não estou fazendo nada, Sarang morreu e eu não estou fazendo nada, Sarang morreu e eu não estou fazendo nada... tenho como investigar, tenho como entregar. Mas não estou fazendo nada!.

A escola está de luto, Sarang era alguém com uma certa influência entre as pessoas. Ele a matou... a matou...

Droga Ryujin! Onde você se meteu?!.

⎯ Mas quem será? Aquilo não foi um suicídio. ⎯ Jisu começa a ficar pensativa de novo.

⎯ E quem disse que foi suicídio?. ⎯ Chaeryeong a encara.

⎯ Os policiais.

⎯ Quem!? ⎯ a encaro de uma vez.

⎯ Os policiais, eles interrogaram umas pessoas e disseram que foi suicídio. 

⎯ Aquilo não foi suicídio, Está na cara! Como podem dizer isso?! ⎯ me levanto de uma vez.

⎯ Mas se eles investigaram e chegaram nessa conclusão...

⎯ Não! Não investigaram direito! Está na cara que-... ⎯ paro de uma vez.

⎯ Ryujin... você sabe de alguma coisa?. ⎯ Jisu arqueia uma sobrancelha.

⎯ Não... como saberia, nem os policiais sabem. Eu preciso ir...

⎯ Pra onde?.

⎯ Ver... Beomgyu. ⎯ Falo o nome dele rápido e saio correndo. Ao fundo escutei algumas piadinhas das mesmas.

O procuro pela escola e por sorte recebi a informação de que ele estaria na sala dos professores. O que ele vai fazer lá sendo que está tendo reunião na diretoria e não tem nenhum professor lá.

Abro a porta me dando de cara com Beomgyu ficando com uma garota. Tenho a impressão de que a conheço. Eles estavam quase... ugh!

⎯ Beom... ⎯ Tento falar o seu nome mas travo.

A garota se assusta e me encara. A camisa aberta e a saia levantada. Isso me irritava, sempre me irritou, talvez a nossa proximidade em tantos anos me fez ficar assim, apesar de tudo tínhamos uma amizade quando éramos mais novos. Só nunca tinha percebido que...d-...doía tanto.

Não sei se deixei em aberto mas eu posso ser uma pessoa um tanto que... violenta, sem pensar. Sem pensar sou capaz de fazer qualquer coisa.

E com isso, meu corpo se deslocou do chão indo em direção a garota. A arranquei da mesa em que quase estava deitada e a joguei no chão.

Talvez eu esteja um pouco alterada.

E como não sou de ficar satisfeita com pouco fiz questão de subir em cima da garota e dar um belo tapa, juro, o melhor que eu já dei.

⎯ Ryujin! Ryujin para com isso! ⎯Beomgyu tenta me tirar de cima da garota. ⎯ Ryujin para agora! ⎯ Ele me puxa com força finalmente me afastando dela. ⎯ tá louca?!.

⎯ louca? ⎯ minha visão baixa para a sua calça desabotoada. ⎯ Feche sua calça antes de falar comigo.

⎯ Eu realmente não sei o que se passa na sua cabeça. ⎯ O encaro incrédula.

A razão volta para a minha cabeça, suspiro e saio da sala. Não acredito que fiz isso, por que fiz isso?! Ryujin você é realmente louca!.

Meu celular vibra e quando o olho vejo uma mensagem dele novamente. Droga!.

Ele havia me agradecido por ter deixado os dois sozinhos na sala dos professores e mandou uma foto dos dois conversando.

Droga! Por um impulso desconhecido em meu corpo eu corro, corro o mais rápido que posso. Ao chegar no corredor o vejo, eu o vejo ali, com aquela bendita manta escura entrar na sala dos professores. Me apresso e corro mais rápido ainda, abro a porta querendo relutar mas eu só pensava em uma coisa. Salvar Beomgyu.

Ao abrir a porta de uma vez não vejo nada, não o encontro, nem Beomgyu e aquela garota. O quê...

⎯ Ryujin. ⎯ alguém pega em meu ombro me assustando.

Era Jaewon. Nunca mais o tinha visto.

⎯ Está tudo bem? Você está pálida, suando e tremendo. ⎯ Ele coloca a palma da sua mão em minha testa medindo a minha temperatura.

⎯ Estou... eu só estava correndo. Estou atrás de Beomgyu, o viu?.

⎯ Beomgy... ah, seu namorado né? Olha eu quero me desculpar, eu realmente não sabia que ele era seu namorado, naquele dia eu tratei a cena mal e deu no que deu.

⎯ T-Tudo bem, sei que não fez por mal, se Beomgyu fosse outra pessoa teria me salvado. ⎯ Ele sorri e coça a sobrancelha. Encaro sua mão enfaixada. Flashs alertam em minha cabeça. ⎯ O que aconteceu com sua mão?.

⎯ Foi uma queimadura.

⎯ Posso ver?. ⎯ Ele baixa a mão.

⎯ Por quê? Não é tão sério.

⎯ É sério, me mostre.

⎯ Você está estranha...

⎯ Agora Jaewon!. ⎯ Começo a falar em um tom ameaçador.

⎯ Está bem... se quer tanto... ⎯ Ele vai retirando aos poucos até sua mão estar totalmente livre. Era... realmente uma queimadura.

⎯ E-está bem sério, cuida disso, eu preciso ir. ⎯ Sentindo todo o ar do meu pulmão faltar eu saio. Não acredito que suspeitei dele, ele é uma pessoa tão legal.

Passo o dia todo me escondendo de Beomgyu, não conseguia o encarar e sabia que ele estava a minha procura. Isso é uma tortura total!.

Mas você foi uma burra Ryujin, por que fez aquilo com ela? O que a garota a fez? Parecia até que estava... Ah droga!.

Finalmente chego em casa, abro a porta e quando entro vejo minha mãe, a tia Choi e Beomgyu na sala. Ao me verem eles olham para mim no mesmo momento. Isso não parece ser bom.

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