⎯ Então quer dizer que vocês estão namorando?. ⎯ minha mãe tenta compreender.

Encaro Beomgyu que me encara também... como isso foi acontecer?!.

⎯ Err... ⎯ Tento falar mas nada saia.

⎯ Por que não nos contaram?. ⎯ A tia Choi parecia desapontada. ⎯ Estavam com medo de contar para a gente?.

⎯ Não tia, é que foi tão repetindo que a gente achou melhor não contar agora. ⎯ Tinha que tentar parecer o mais convincente possível.

⎯ Como realmente tudo aconteceu?. ⎯ minha mãe cruzou as pernas e se aconchegou mais no sofá. Ah não... isso não é um bom sinal.

Encaro Beomgyu atrás de ajuda mas ele somente ignorava meu olhar. Tá pra ser mais maduro numa situação dessas Beomgyu! Pare de pensar no que eu fiz hoje mais cedo!.

⎯ É que...

⎯ Fui eu quem propus. ⎯ Ele se levanta e eu sinto um alívio tomar meu corpo. ⎯ Eu sempre fui apaixonado por Ryujin, desde a infância e não podia deixar isso trancado para sempre então tentei arriscar, por sorte não fui rejeitado, estávamos realmente tentando arranjar uma forma de contar as duas. Me desculpem pela demora, prometo que não iremos esconder mais nada. Por favor nos aceitem.

Sinto minha garganta seca e uma enorme vontade de chorar, por algum motivo desconhecido. As vezes meu corpo parecia sem controle algum.

⎯ Vocês já são gradinhos o bastante, sabem o que fazem e tem total consciência nos seus atos, espero que saibam bem o que estão fazendo. A gente aprova, aliás, sabemos quem são muito bem e nos conhecemos a tempos, ficamos feliz e a gente já sabia que todo aquele odio era falso. ⎯ involuntariamente dou um sorriso.

⎯ Obrigado tia Shin, agora se nos dão licença preciso conversar com Ryujin. ⎯ As duas balançam a cabeça e Beomgyu pega em minha mão me puxando para o andar de cima.

Ao entrar no meu quarto ele finalmente fala.

⎯ O que está acontecendo com você?. ⎯ Respiro fundo e tento me manter calma.

⎯ Eu não sei eu só... de qualquer forma você também é o errado! Você foi maluco em ficar com aquela menina naquela situação na sala dos professores, aliás, na cabeça de todos principalmente daquela menina a gente tá namorando você não pode simplesmente-...

⎯ Olha, só porquê nos beijamos ontém não quer dizer que estamos em um relacionamento de verdade. Eu não vou me prender a essa mentira. ⎯ Meu corpo trava. Minha respiração fica difícil.

⎯ É... eu sei, eu realmente sei. Não precisa me avisar que tudo é uma farsa e não quero que se prenda a nada, e sobre aquele beijo eu quero o esquecer tanto como. Era para ser somente um teste, você que o piorou. ⎯ Beomgyu tinha um talento sobre mim, saber sempre quando eu estava magoada. E eu também tinha um talento sobre ele, saber quando ele percebia que eu estava magoada com base em seus olhos. Eles baixam e mantinham uma compreensão detectável e uma pontada de dor.

⎯ Desculpa, não deveria ter falado dessa forma.

⎯ Sai, vai embora.

⎯ Ryu...

⎯ Beomgyu vai embora, eu estou cansada. ⎯ Ele tenta falar mas simplesmente se cala e vai embora.

Vou para a minha cama e me deito. O que está acontecendo comigo?!.

Olho o horário em meu relógio impaciente. Quando ele vai aparecer? Está passando do horário marcado.

Escuto passos lentos então agradeço por finalmente chegar.

Quando a iluminação bate em seu rosto tenho a certeza de que é ele.

⎯ Está a 16 minutos atrasado. ⎯ Ele sorri. Aquele sorriso típico de galã de filme.

⎯ Foi mal, o departamento estava movimentado hoje. O que quer garoto? Marcando um encontro secreto desses?. ⎯ Ele coloca as mãos nos dois bolsos, relaxado.

⎯ Eu quero que não pare de investigar a morte do professor Park e a de Sarang. ⎯ seu rosto se torna sério e ele tira as mãos dos bolsos.

⎯ Está dizendo que os dois casos tem ligação?.

⎯ Sim, foram feitos pela mesma pessoal, não foi suicídio.

⎯ Do que você realmente sabe garoto?!.

⎯ Desculpe, não posso dizer, tenho ordens claras para isso. Mas por favor tire essa história a limpo. ⎯ Me afasto dele e vou embora. 

Me desculpa Ryujin mas eu tinha que fazer algo, sinto que posso confiar no policial Park.