𝙵𝚒𝚟𝚎𝚝𝚎𝚎𝚗♦️𝙺𝚒𝚜𝚜
⎯ Está doendo?. ⎯ Beomgyu pergunta retirando com cuidado os cacos de vidro em minha perna.
Não respondo, não estava sentindo muito coisa naquele momento, meu corpo estava dormente.
⎯ Se não responder farei o mesmo que fez comigo ontem. ⎯ Ele pega o cotonete e me encara.
⎯ Não está doendo.
⎯ Vou passar a pomada e enfaixar, certo? ⎯ somente balanço a cabeça. ⎯ é estranho ver você calada assim, fala alguma coisa.
⎯ O que você quer que eu diga?. ⎯ Ele bufa.
⎯ Se quiser chorar, pode chorar, você sabe que não ligo pra isso. ⎯ Seguro firme mas aquilo já estava me sufocando o bastante então somente deixo ir.
Ele termina de enfaixar a minha perna e senta ao meu lado, esperando que eu me acalmasse.
⎯ Eu estou cansada, não aguento mais. ⎯ Limpo os meus olhos.
⎯ Vamos passar por isso, não se preocupe.
⎯ Quando?! Só quero saber quando!. ⎯ seguro o seu braço.
⎯ Eu não sei, só peço que seja paciente.
⎯ Eu já estou sendo paciente demais Beomgyu! Ele matou a Sarang, ela é inofensiva! O que ela fez além de estar no mesmo local que a gente!? Ela morreu por nossa culpa, minha culpa. ⎯ O peso caia mais e mais sobre minhas costas me fazendo chorar novamente.
⎯ A culpa não foi sua, por favor. ⎯ Ele tenta me abraçar.
⎯ Não... foi sua! ⎯ Bato em seu ombro. ⎯ Por que bateu aquela maldita foto?! Por que não pôde ficar quieto!? ⎯ Continuava batendo nele, sem parar, mas sem forças alguma. Ele não fazia nada, me deixava fazer o que eu quisesse.
Sinto meu corpo cansar cada vez mais e então paro, tentando não chorar alto para que minha mãe não acordasse. Beomgyu havia me ajudado a vir para casa e por sorte minha mãe estava dormindo, ele me trouxe para o quarto para cuidar da ferida.
⎯ Isso, a culpa foi toda minha, tá? Não foi sua. Se eu não fosse tão irracional, você não estaria nessa situação. ⎯ Ele se aproxima, me fazendo deitar em seu ombro. ⎯ Me desculpa tá, me desculpa mesmo.
Ficamos em silêncio por alguns segundos, tentei respirar melhor mas estava difícil.
⎯ E se... tentássemos conversar com o policial Park?. ⎯ Ele me encara de uma vez.
⎯ É sério?.
⎯ Sim.⎯ Ele sorri. ⎯ Mas não agora, quero esperar até a próxima investigação na escola.
⎯ Tudo bem, no seu tempo! Já fico feliz por saber que quer tentar cortar esse mal pela raiz.
⎯ E... obrigada, pelo... beijo.
⎯ Sei que não queria aquilo, seria injusto. E eu não gosto de beijar alguém só por beijar. ⎯ Dou um pequeno sorriso com aquilo. Beomgyu está demonstrando ser alguém tão... diferente.
⎯ Acho melhor você ir pra casa, está ficando muito tarde e se minha mãe levantar do nada e checar se cheguei e nos ver aqui, não vai ser muito bom.
⎯ Ela no máximo vai pensar que estamos namorando também, tá na boca de todos mesmo.
⎯ Desculpa por te meter nisso.
⎯ Tudo bem, isso tirou muitas garotas chatas do meu pé. ⎯ Ele se levanta.
⎯ Como se você não gostasse.
⎯ E eu não gosto.
⎯ Umhum, vou fingir que acredito só pela amizade.
⎯ É sério! Não sou tão galinha assim Ryujin, eu só... me interesso por algumas legais. Mas tem muitas por ai que forçam muito, e isso incomodaria qualquer um.
⎯ Umhum. ⎯ Levo minha atenção a minha coxa enfaixada. Lentamente sinto sua presença sobre mim e suas mãos deslizaram pela cama uma de cada lado do meu corpo.
Levanto minha cabeça e fico cara a cara com o seu rosto, tão perto do meu. Meu corpo entra em colapso e juro sentir meu cérebro parar de funcionar por alguns segundos.
⎯ Se estiver com ciúmes avisa.
⎯ Ciúmes, de você? Tch! Piadas não combina com você Beomgyu.
⎯ Você não tem ciúmes do seu namorado?.
⎯ Deixa de ser dramático! ⎯ o empurro levemente. ⎯ Somos somente namorados de mentira.
⎯ Como você é chata, nem pra entrar no clima. ⎯ reviro os olhos.
⎯ Yeun... disse que ninguém acredita, a gente não agi como namorados.
⎯ De qualquer forma ia ser estranho para todos.
⎯ Deveríamos... tentar algo?.
⎯ Você quer dizer... tentar realmente fingir em público? Encenar?. ⎯ Faço um sim com a cabeça. ⎯ Essa não é a Shin Ryujin que eu conheço.
⎯ Vou fazer umas regras e te mando amanhã.
⎯ Sério isso?!.
⎯ Claro! Jamais irei deixar você fazer o que quiser. ⎯ Ele sorri nasalmente.
⎯ E se mandarem a gente se beijar?.
⎯ Aí a gente... ⎯ Paro de uma vez. Eu realmente não sei.
⎯ "A gente"... ⎯ Ele me incentiva a continuar.
⎯ A gente se beija. ⎯ Ele arregala os olhos.
⎯ Você tem certeza? Tipo, muita muita?.
⎯ Sim.
⎯ Muita?.
⎯ Muita.
⎯ Muita, muita?.
⎯ Choi Beomgyu!.
⎯ Ah é que...
⎯ Mas não será como os beijos que você possa estar pensando.
⎯ E como será? Se você não sabe moranguinho eu só trabalho de uma forma.
⎯ Será beijos simples.
⎯ Como assim?.
⎯ Assim: ⎯ Puxo a gola da sua jaqueta e naturalmente junto nossos lábios. Só quis fazer uma pequena demonstração, não seria muita coisa e não sei de onde arranquei tanta coragem. Só não tinha lembrado com quem eu estava fazendo essa pequena demonstração. Tinha esquecido que estava com Choi Beomgyu.
Sem perceber os lábios de Beomgyu já estavam em rápidos movimentos, tomando os meus por inteiro. Sua mão foi de encontro a minha nuca entre os meus cabelos enquanto a outra o ajudava a se apoiar. Repetia na minha cabeça para parar aquilo mas estava tão viciante que não conseguia parar. Entrelaço meus braços no pescoço de Beomgyu o trazendo para mais contato. Sentia meu corpo pegar fogo e uma sensação absurda de alívio. O som e os movimentos eram frenéticos, me dando cada vez mais vontade de continuar. Um vício sem fim, a boca de Beomgyu era um vício sem fim.
Sinto seu corpo cair aos poucos sobre o meu me fazendo deitar sobre a cama então me levanto de uma vez separando o beijo.
Tento falar algo rápido mas havia esquecido que para sobreviver preciso respirar.
Tomo o ar rapidamente e tento acalmar meus nervos.
⎯ Acho melhor acabar por aqui. ⎯ Beomgyu faz bico, com os lábios vermelhos e inchados e sabia que os meus estavam da mesma forma.
⎯ Você é realmente muito chata.
⎯ E você um aproveitador.
⎯ Foi você quem me beijou ⎯ Abro a boca pra rebater mas ele interrompe.
⎯ E não venha militar pois você continuou o meu beijo e também não queria parar.
⎯ Que seja Beomgyu! Vai logo embora antes que realmente dê merda. ⎯ Ele vai se arrastando até a porta. Ele a abre e gruda nela como chiclete.
⎯ Nem um beijo de despedida?.
⎯ Claro! Um tapa na sua cara, pode ser esse?. ⎯ Ele faz careta e sai.
Deixo meu corpo cair na cama. Não acredito que fiz isso.
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