Capítulo 5 - Katryna - A Imortal
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ A MANSÃO PETRAM - Ato 16 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
Voltando para casa Katryna acabou por voltar no tempo, se lembrou de quando tinha 6 anos e tiveram que ir embora de sua casa, fugiram na verdade, a mansão vivia em constante ataque pelo Clã Sombrio dos licantropos, Seus pais tinham receio por sua vida, como era apenas uma criança apesar de sua força anormal ainda era uma criança e não poderia se defender dos ataques, eles tentaram tréguas e acordos todos quebrados no final das contas.
Seres Híbridos que transita entre o corpo de um lobo e o humano, mais com um diferencial se tratam de seres agressivos, irracionais e amantes da carne humana. Por séculos os licantropos atacarão vilas, cidades ao cair da noite, quando a lua cheia está sob o céu, e fazendo uma carnificina com seus moradores. Aterrorizando muitas gerações. Destruindo todos os outros seres que estavam em seu caminho.
Os vampiros e outros seres percebendo a ameaça que eram se juntaram e ouve uma grande batalha, inicialmente os humanos permaneceram sem saber do ocorrido, aqueles que descobriram a verdade lutaram ao lado dos vampiros para expulsá-los de seus territórios, para segurança da maioria resolveram criar mitos e lentas, claro que alguns fatos da história se modificaram ao longo desses séculos o que colocou outros seres também em perigo e hoje os licantropos estão sendo tratados como seres romantizados e injustiçados, filmes, séries contribuíram para isso.
Como o ser humano também não acredita mais em certas lendas e mitos, tudo virou fantasia fica mais fácil ainda deles circularem em seu meio e fazer atrocidades sem que sejam descobertos. Pelo que ouvira no restaurante tudo indicava que eles haviam voltado, mais porque agora? Seus pais lhe contaram que não verdade eles nunca deixaram de atacar a humanidade, só que esses ataques tinham se tornado raros; os poucos que apareceram foram exterminados pelos caçadores que ainda existiam pelo mundo, apesar de serem poucos na verdade.
A história deles, no entanto, parece não ter ficado apenas na ficção. Alguns casos antigos registrados apresentam ataques que teriam sido provocado por lobisomens. A maioria dos seres humanos acreditam que tudo não passa de estórias para assustar crianças mal-criadas e desobedientes aos pais. Como as bruxas, fadas, Elfos e tantos outros acabaram por essas crenças sendo levados a morte em determinado período da história, mesmo que a prova contra eles não fosse realmente consistentes. Proteger as aldeias e cidades de possíveis ameaças era o objetivo principal dessas pessoas e para isso métodos defensivos também surgiram junto com a crenças e mitos. Algumas mortes infundadas foram realizadas com essa justificativa, enquanto alguns homens usaram da mesma para justificar seus atos abomináveis e cruéis durante séculos e isso a deixava enfurecida.
— Tudo bem senhorita Petram? Pergunta Gomes olhando para ela. Desde que entrou no automóvel seu semblante havia mudado, estava séria e calada, trancada em seus próprios pensamentos.
— Está tudo bem Gomes, só estou um pouco cansada, só isso. Se ajeita na poltrona e o interroga curiosa. — Gomes o que você sabe sobre a floresta perto de casa?
Ele levanta as sobrancelhas e por um momento permanece em silêncio. — Senhorita lhe recomendo manter distância de lá, coisas muitos estranhas acontecem naquela floresta. As pessoas falam, comentam que antigamente ela era assombrada por bruxas e seres monstruosos, até lobisomens, não gosto destas coisas chego a ficar arrepiado quando falo disso. E mais teve assassinatos e pessoas que entram lá por curiosidade e nunca mais foram vistas.
— Não pode ser apenas invenção das pessoas por estarem com medo ou não entenderem certos acontecimentos. Indaga ela continuando a conversa.
— Pode até ser senhorita, mais tem um ditado antigo que respeito pois acredito que seja verdade. "Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia."
— Willian Shakespeare foi quem disse isso, um escritor muito antigo. Explicou ela pensativa.
— Viu senhorita até ele sabia das coisas. Afirmou balando sua cabeça grisalha.
— Pode ser Gomes, realmente pode ser! Completou voltando a olhar pela janela, o sol já havia desaparecido no horizonte. Estavam chegando em casa finalmente e lá ela decidiria o que fazer, teria que fazer tudo com cautela sem se precipitar.
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ AS FACES DE GAIA - Ato 17 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
O ritual transcorreu conforme o esperado, apesar de muitas das bruxas estarem ansiosas pela chegada da jovem Katryna, mais uma vez o destino pregou uma de suas armadilhas e o inevitável aconteceu. Os atrasos contínuo deixaram a maioria apreensivas, Gaia como a Líder e mais antiga bruxa resolveu buscar auxílio através dos oráculos, as três faces de Gaia se reuniram e começaram as invocações; já fazia mais de seis horas que elas estavam tentando descobrir porque tanta desarmonia e desvios durantes esses anos.
Seria a terceira tentativa pois elas só conseguiram vislumbrar uma nebrina densa em volta dos fatos. Gaia havia se retirado para sua meditação em busca de paz e tranquilidade, precisava manter-se calma e serena diante de todos os acontecimentos. Mais desde que houvera os desvios de percursos em seus planos sentia um aperto no coração como se o tempo tivesse se esvaído de suas mãos.
Talvez teria sido precipitada e atropelado os verdadeiros desejos dos Deuses, agirá com uma tempestade incontrolável. Sabia que o tempo estava acabando, mais poderia ter sido mais cautelosa e realizado o encontro com Katryna num dia menos problemático, dia de transmutação de forças e da escolha de caminhos.
Apesar que poucas das bruxas havia resolvido renascer novamente para fazer os resgates das outras a muito perdido no mundo humano. Poucas queriam voltar para se tornarem guias, estava cada vez mais difícil convence-las que era necessário reencarnar novamente. Poucas tinham o privilégio de poderem voltarem sem passarem pelo renascer. Gaia caminhava sobre a relva molhada e sentiu um tremor, nesse instantes Flor de Lis a chamou o oráculo iria falar enfim.
Ao contrário do que se imagina, o oráculo não apresenta um futuro absoluto e nem verdades imutáveis. Mais no momento era a solução mais adequada que elas dispunham nessas circunstâncias.
Gaia, Diana e Flor de Lis e mais algumas estavam aguardando as palavras do oráculo quando uma estranha fumaça saiu de seus lábios, então juntas elas disseram: — A jovem Katryna controla seu próprio destino, sua força é incontrolável. Suas decisões mudaram vidas e mundos. E cada vez mais fumaça saindo de suas bocas enchendo toda a floresta de uma neblina espessa e com cheiro forte de morte. — Ela precisara de ajuda para que os acontecimentos ocorram como devem ser, caso contrário o mal começara a vencer. Uma espada está sobre a cabeça de muitos a sua volta. Se ela cortar os laços de sua humanidade, Katryna estará perdida para nós e para os mundos só restara a completa escuridão. O momento ainda não chegou, o ser de duas raças possui a chave de ambos. Dois corações uma só batida; Dois destinos uma só vida... Duas vidas um só destino!
Todos ficaram em silêncio tentando digerir toda aquela informação, Diana falou finalmente se pondo de pé decidida.
— Então quando partiremos, não podemos perder tempo a marreta necessita de nosso apoio. Todos a olharam espantados e sussurros eclodiram por toda parte. — Vamos logo decidam não temos mais tempo! Reafirmou decidida cruzando seus braços.
— Bateu a cabeça em uma rocha por acaso, você já berrou aos quatros cantos deste planeta que jamais voltaria ao mundo dos humanos, que morreria mil vezes mais nunca mais queria encontrar com eles de novo. Respondeu provocativa Flor de Lis.
— Tenho o direito de mudar de ideia não tenho? Disse Diana com olhar desafiador.
— Mais, mais você é louca, não sabemos o que está acontecendo, pode ser perigoso! Gaguejou a jovem bruxa tremula.
— Está com medo de ser queimada de novo bruxinha dos infernos? Perguntou debochadamente para ela. — Ficou covarde depois desses séculos todos? Não foi você mesma que disse que protegeria a garota Petram, esqueceu de sua promessa? Encarrou ela firmemente.
— Eu não me esqueci e aquela conversa era particular fique sabendo disso. Gritou descontroladamente apertando os punhos.
— Você deveria pensar bem antes de ter pronunciado essas palavras diante dos 4 Elementais, houve um juramente diante dos Deuses. E agora o que pretende fazer? Perguntou esperando a resposta de Lis.
—- Não sou covarde e muito menos mentirosa! Eu cumpro minhas promessas até o fim. Aconteça o que acontecer cumprirei minha promessa. Respondeu levantando seu punho reafirmando seu juramento anterior.
Gaia ouvia tudo em silêncio ponderando e analisando a situação em questão. Até que ouviu Diana triunfante dizer feliz. — Está decidido partiremos o quando antes, Beleza! Mal posso esperar para entrar em uma boa briga, estava me sentido até enferrujada de ficar sem fazer nada aqui.
— O que você me enganou sua Amazona estúpida?!
Diana se vira apenas fazendo o sinal de Paz e Amor deixando todos abismados, até que Gaia se levanta em silêncio e cai na gargalhada, todos riem e depois ficam sérios de novo.
— Vocês iram então, Lis você deve tomar sua forma real e abandonar essa forma de criança, sabe disso não é?
Ela abaixando a cabeça suspira resignadamente dizendo: — Sim eu sei disso, Mestra.
Diana olha para cada uma delas e percebe que escondiam algo dela e isso a deixou furiosa.
— Como? Onde? Por que ... Mais que droga é essa? Interroga-as, elas simplesmente caminham em direção aos oráculos deixando um enorme interrogação no ar.
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ CONEXÃO - Ato 17 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
Katryna sabia que não tinha muito tempo essa noite a lua entraria em sua primeira fase de Lua cheia e com isso a transformação deles seria completa seu lado animalesco estaria no máximo, tinha que agir rápido. Entrou em seu quarto carregando todas as sacolas havia deixado de fingir que estavam pesadas e a velocidade com que as carregou deixou Gomes intrigado, mais acabou passando despercebida, afinal, jovens daquela idade são imprevisíveis. Vivem tendo momentos e explosões de humor e bem estar toda hora mesmo.
Subiu as escadas mais que depressa sem ao menos ouvir direito o que sua tia dizia, Nora deu de ombros acreditando ser mais um de seus caprichos. Colocou as sacolas sobre a cama e examinou de mais perto as luvas, iria usa-las hoje à noite junto com suas novas armas mesmo não tendo muito conhecimento de como usá-las, não seria tão difícil assim, seriam?
Correu e abriu seu note book procurou por vídeos com demonstração de uso dos sais e observou cada movimento repetindo cada passo demostrado nos vídeos. Sorriu com a resposta que eles davam em suas mãos, era estranho mais eles pareciam uma continuação de suas mãos. O corvo permanecia no mesmo canto apenas observando-a até que falou com sua voz estridente.
— Não sei o que pretende mais vai dar merda, criança!
— Você continua ai, não cansa de fingir que está me vigiando? Perguntou girando-os em suas mãos de modo frenético.
— Quem disse que estou fingindo vigiar. Respondeu pousando na cabeceira de sua cama. — Você deveria tomar mais cuidado onde anda velhinhas com gatos não são confiáveis! Comentou e deu um grunhido como se fosse uma raposa.
Ela apenas dirigiu seu olhar inquisidor até ele e ficou em completo silêncio pensando. Talvez daria certo só precisaria convencê-lo, mais como faria isso?
— E tem mais você poderia beber menos vinho, as pessoas poderia ter percebido que bebera uma garrafa de vinho inteira e não ficou bêbeda, quer ser notada afinal? Perguntou triunfante para ela imitando a voz de sua tia.
— Seu espertinho, você era um dos gatos pretos da vendedora. Sentou na cama o olhando mais de perto.
— Ela tem tantos gatos um a mais ou a menos não fez diferença alguma.
— Ah, os passarinhos no restaurante era você também? Mais como?
— A velha arte da transmutação, você deveria saber! Você é ou não é uma bruxa? Olhou direto em seus olhos dourados.
— Não sabia que as bruxas faziam isso, minha mãe nunca me ensinou. Respondeu pensando por qual motivo sua mãe escondera tal fato dela.
— Acredito que ela tinha suas razões para fazê-lo! Respondeu se preparando para voar e ir embora.
— Onde vai? Bicho esperto...
— Vou embora, hora de caçar estou faminto e claro, que você vai se preparar para dormir!
— Não vou tenho outros planos e você acaba de entrar neles, Neguinho lindo.
— Neguinho lindo, que falta de respeito é esse. Sou um corvo e um grande... Engasgou e continuou nervoso. — E não seu bichinho de estimação.
— Não diz isso não, você me magoa. Explicou fazendo cafune em sua cabeça como se ele fosse um papagaio e ele acabou por gostar do afago, estava a ponto de se derreter.
— Droga cai na armadilha! Resmungou e disse: — Do que precisa realmente?
— Quero que você sobrevoe a floresta com sua gangue de pássaros e descubra onde estão os licantropos, hoje à noite eu vou caçar! Afirmou ela. Ele a olhou nos olhos e percebeu que não era uma brincadeira, apesar do humor em suas palavras emanavam uma força sombria e muito forte vindo dela. O ar ficou espesso e pesado, ela era realmente a descendente do Alucard, suas penas se arrepiaram pois seus olhos e tom de voz lembrou-o de seu antigo mestre, seu sangue ferveu de emoção. Apenas assentiu com a cabeça e voou pela janela em direção da floresta.
Katrina sentou-se e concentrou usando os símbolos a pouco adquirido para fazer uma varredura na floresta, inicialmente não sabia se daria certo, mais iria tentar. Canalizou seus poderes e formou uma bola de luz usando os quatro elementos conseguiu ver o local e quantos teria que enfrentar. Ainda não conseguia controlar toda aquela energia mais o tempo a ajudaria com isso.
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ A CABANA - Ato 18 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
Seu novo poder ainda não estava aperfeiçoado e sua concentração não foi suficiente para que Katryna pudesse ver tudo com clareza, viu a mata sendo engolida por um denso nevoeiro, sentiu o frio de gotas em sua pele quente teve calafrios pela espinha, uma cabana abandonada no meio de uma clareira dentro da floresta, noite sem lua visível sem estrelas sem som algum de animais nem mesmos os insetos se pronunciavam: Um cheiro forte de podre! Cheiro de sangue! Cheiro de morte e gritos cortam a noite arrancando-a de seu transe. Algo estava errado mais não conseguiu descobrir o que era, também seria impossível ficar pensando nisso teria que agir o quanto antes, esperaria o Bran voltar de sua incursão pela mata.
Havia se passando mais de trinta minutos e nada do corvo voltar, olhou pela janela de seu quarto a noite chegara fria e escura, céu completamente sem estrelas e carregado de nuvens pesadas e mais escuras ainda, poderia chover a qualquer momento, o vento trouxe pensamentos sombrios a todos.
A mansão estava silenciosa, a maioria dos empregados já haviam se recolhido, Nora estava no escritório lendo e saboreando sua última xícara de chá da noite, os afazeres domésticos a haviam consumido durante do dia e nem teve tempo de conversar com a sobrinha, pelo jeito deitaria bem mais cedo essa noite. No outro dia bem de manhã conversariam sobre os assuntos que deveriam ter sido esclarecidos a muito tempo atrás. Sentiu uma ponta no lado frontal de sua cabeça, seria uma enxaqueca ou um mal pressentimento. Olhou em direção a noite escura e suspirou cansada, estava envelhecendo ou pior ainda amolecendo como dizia Gaia sorrindo, teve saudades e levantou apanhando um comprimido em uma das gavetas.
Depois de um tempo tentando ler para relaxar Nora desiste fechando o livro deixando-o sobre a escrivaninha, toca com as pontas dos dedos a sua têmpora e suspira, não conseguindo lutar mais contra o sono, pelo jeito o remédio começara a fazer efeito, apagando as luzes do andar de baixo sobe as escadas lentamente em direção ao seu quarto. Tomando um banho ligeiro e escovando seus dentes, olha se no espelho pensativa.
Ela se olhou no espelho e viu diante de si mesma, uma mulher linda. Sim, uma mulher linda! Apesar das imperfeições e de todos os seus erros. A beleza está nos detalhes que só ela tem, vai além do seu interior, e as imperfeições não abalam mais seu coração e nem sua alma, porque ela viu que na verdade ser única é incrível, e é incrível ser de verdade. Ela aprendeu que ser linda começa quando se entende que ninguém nesse mundo pode amar mais você, do que você mesma. Teria que contar a verdade para Katryna e mesmo que ela nunca a perdoe seria mais feliz contando lhe toda a verdade e o por que tivera de tomar todas aquelas decisões no passado.
Seu espelho começara a tremular e ela fixou firme os olhos, o ambiente se encheu de uma estranha energia, as luzes piscavam e todo quarto parecia que iria explodir tamanha era a força. De repente um portal se abre diante dos seus olhos e duas jovens aparece diante dela.
— Flor de Lis, Diana o que vocês duas estão fazendo aqui? Pergunta intrigada.
— Saudades mamãe diz Flor de Lis sorrindo. Diana apenas olha e responde: — Desculpe o jeito, mais a marrenta está em apuros e viemos ajudar! E por falar nisso, Lis você errou o quarto vou te esganar.
Lis corre em direção a Nora e a abraça forte e sente seu perfume.
— Viemos ajudar Katryna ela precisa de nós e cá estamos.
— Explique isso pra mim direito. Se afastando e olhando as duas visivelmente irritada.
— Vixi, ferrou geral. Acaba por dizer Diana indo se sentar na poltrona perto da janela.
Lis sorri meio amarela e começa a gaguejar como sempre olhando em direção a Diana implorando ajuda.
— Nem vem isso é coisa de família, Estou fora! Sou só a força bruta que veio para esmagar e cruza os braços desconversando.
— Então mocinha pode começar estou ouvindo. Finaliza Nora firmemente.
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ CRIATURAS DO INFERNO - Ato 19 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
Katryna percebendo uma estranha energia em sua casa resolve se arrumar e sair o quando antes, pressentiu que se ela ficasse por mais um minuto ali não poderia colocar seu plano em ação. Não queria entrar em conflito e muito menos dar explicações para ninguém sobre suas decisões, se sentia livre para tomá-las e também para arcar com as responsabilidades que poderiam acarretar ao tomá-las. Mais que depressa foi em direção da floresta encontraria Bran pelo caminho, sua mente se tornara alerta e a visão das quatro bestas estavam fixas em seus pensamentos.
Falar de uma minoria, de uma ideologia, desses seres hediondos suscitou inúmeros problemas pois os mais antigos sábios dos clãs haviam tomado o que todos julgaram ser o mais correto e sábio naquela época fazer a maldita trégua, um acordo que só trouxe mais dor, desconfiança e mortes para todos afinal. Apenas o clã Alucard foi contra e também se tornou perseguido e odiado por isso, o que nunca incomodou seus ancestrais, até foi divertido contava seu pai com os olhos brilhando de emoção, toda a minha família nunca foi bem como posso dizer, normal mesmo, somos vampiros fazemos nossas próprias regras.
Quando a batalha teve início deram razão a meu clã, mais já era tarde demais, muitos haviam sofrido perdas irreparáveis e a deslealdade e desconfiança reinavam. Os licantropos são verdadeiros demônios; os incorrigíveis perante todos os mundos, seres que tiveram os seus corações completamente dominado pelas trevas, apesar que muitas vezes esse mal assolou até mesmo outros seres, mais com os licantropos era diferente eles decidiram que o mal, as trevas seriam a solução para sua eterna sobrevivência. Essas trevas os tornaram psicopatas, loucos e com uma sede infinita de fazer o mal; seres da pior espécie possível, criaturas vindas do próprio inferno.
Teria que ser rápida e implacável, não poderia falhar, seus ataques teriam de aniquilar o inimigo imediatamente sem dar chance deles revidarem, se por acaso errasse seria seu fim. Suspirou aumentando sua velocidade, parou ao notar Bran vindo em sua direção.
— E aí o que descobriu?
— Temos quatro licantropos, a transformação se iniciou, quando você chegar já será tarde. Temos dois seres dentro da cabana, sinto uma energia vindo dela, não pude me aproximar por causa dessa energia, com certeza um deles é um ser encantado, mais essa mesma energia está se enfraquecendo, eles serão mortos daqui a pouco minutos se você for fazer algo seja rápida e precisa nos ataques. Sinto-me excitada com o perigo e mais ainda emocionada pela luta que terei, meus olhos queimam com tal prazer eminente. Me dirijo com velocidade a frente, Bran volta para mansão.
Era um ataque perfeito, disso ela sabia muito bem. Sua Katana japonesa com a combinação de seus sais de prata, o melhor ataque já feito até aquele momento. Sua espada foi criada para cortar carne e ossos, em ocasiões como aquela. Mas nada a prepararia para tal coisa, ninguém preveria isso. Havia derrubado dois de uma vez arremessando seus sais a uma curta distância, ferindo o terceiro com sua Katana, mais aquele era diferente, mais forte, ágil e seus olhos continha um brilho sanguinário. Ele havia segurando minha espada, seu sangue escorreu por toda ela, segurou firmemente pelo meu pescoço e apertou podia sentir os ossos estralando, o ar me faltava e ele apenas me olhava friamente, meus pés no ar agonizantemente.
— Serei destruída, vou morrer. Enquanto era arremessada contra uma grande árvore. Minhas costa bateu contra seu tronco senti uma imensa dor por todo o meu corpo, tudo ficou embaçado, tossi sangue, caí de joelhos. Não seria vencida facilmente, iria lutar até o fim. Irônico me lembrar de algumas palavras esquecidas bem neste momento, onde estou a poucos passos de uma morte estúpida, memórias relapsas de um tempo passado, oriundas de um período de tempo espaço que eu parecia ter esquecido, Mais irônico ainda e completamente idiota ainda o significado delas.
"Existem homens que podem cortar tudo e, ao mesmo tempo, não cortar nada". Essas eram as palavras ditas pelo meu pai aprendidas com os antigos mestres que o treinaram quando perguntei se poderia cortar qualquer coisa que quisera com aquela Katana.
Só se...
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