Capítulo 38 - Katryna - A Imortal
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ Red Katryna ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
Enfrentei-a, destemida como de costume. Mas minhas espadas não penetrava em sua couraça. Eu estava sem saber o que fazer quando Vinã jogou uma bola de energia azul nas minhas espadas. — Agora, Lady Katryna! Use meu poder! E juntas vamos destruir esse mal que assola este mundo!... Olhei para a lua e meus olhos pegaram fogo, ficando vermelhos e minhas presas surgiram imediatamente.
Um raio surgiu e atingiu as minhas espadas, transformando-as numas armas reluzentes.
Comecei a cortar o monstro em pedaços, e pouco a pouco ele foi desaparecendo. Quando olhei para os lados procurando Vinã e sua companheira, não vi mais ninguém naquela sala. Saí desesperada atrás das duas. Numa das janelas do corredor, avistei meu cavalo, inquieto. Ele espiava algo assustador que acontecia numa das torres mais altas do castelo. Fui correndo ao topo e, quanto mais perto chegava, mas ouvia sons cada vez mais intensos. Era um duelo mágico. Isto tinha de acabar... Foi quando vi a taça no chão e por mais absurdo que pareça o sangue não caia dela. Vinã o deixara cair na fuga ao tentar protegê-lo. Peguei o objeto que elas diziam ser tão especial.
— A taça agora é minha e a usarei para levar você e sua maldita mestra paro inferno, sua bruxa idiota! Gritei. — Não faça isso! Ela brigou. — Sua tola, você não sabe o que esse sangue pode fazer! Ele pode transformá-la em humana novamente ou matá-la! A bruxa negra negociava comigo. Aquelas palavras me deixaram paralisada. Seria verdade que o sangue do meu ancestral era mesmo tão poderoso?
— Beba o sangue, Lady Katryna! Aconselhou Vinã. Não consegui reagir... Estava imaginando a minha forma humana ou mesmo a minha morte eterna dentro daquele líquido escuro e espeço. Vinã olhou para a coruja... Ela voou até meu cavalo. Neste momento, uma luz envolveu os dois animais e ambos se transformaram, a coruja na guerreira de antes e meu cavalo em um jovem alado, ele era um anjo que voou em minha direção. E, sem que eu fizesse nada para impedir, atacaram a bruxa negra.
— Malditos vampiros, bruxas e anjos! Xingou ela enfurecida. — O meu poder... Meu poder! Como pode vocês seres inferiores estarem me derrotando?
— Estamos lutando por um bem em comum, nossas vidas e de nosso povo! Afirmou o jovem anjo.
Vinã criou uma névoa em forma de coruja, que nos carregou para o alto. A bruxa se debateu no chão do castelo desesperada até que, finalmente, explodiu em uma energia negra. A bruxa olhou para mim e sorriu satisfeita. A taça estava em suas mãos...
— Então o cavalo era um anjo? O que mais vocês não me contaram? E o cavalo está bem? Perguntei com ironia.
— Agora todos nos podemos sair deste mundo. Aproximou-se de mim e me entregou a taça.
— Para uma vampira até que você foi bem valente... Apesar de ter excitado naquele momento. Você tem um longo caminho ainda a ser percorrido Katryna filha de Alucard!!! Eu estava gostando da ideia de descobrir tantas coisas sobre mim, afinal era a minha origem. Sorri. Ela, porém, levantou as mãos e fez gestos, pronunciando palavras estranhas.
— Olhe em nossa volta! Disse, zombeteira. Eu me assustei e me afastei, essa foi a oportunidade para que ela abrisse um novo portal através na névoa... Ouvi sua risada. E logo depois estamos nos três em frente da Liz que nos fitou de olhos arregalados.
Vinã e meus novos companheiros realmente gostavam de brincar.
— Agora beba o sangue para que seu corpo se torne completo novamente. Ou está com medo poderosa Katryna. Disse ela me desafiando.
Sem excitar virei a taça, assim que a tomei me senti estranha e zonza caindo de joelhos e um forte dor se alastrando por todo o meu corpo.
— Droga! Vinã por que não disse a ela que assim que ela bebesse do sangue dele, seu corpo atual teria que morrer para se tornar completo novamente.
— Ops! Deslize meu... Foi mal Katryna. Explicou a bruxa branca sorrindo.
Meu grito de dor ecoou por toda floresta, fazendo com que Yan atacasse sem pensar por duas vezes. Ele atingiu Vinã com toda a sua força a fazendo bater em diversas árvores, parando a quilômetros de distância do local onde estávamos.
Yan também estava fraco e muito pálido, sua dor era visível. Mesmo assim ele usando suas últimas forças fez um segundo ataque e deixou também inconsciente a guerreira que se transforma em coruja. Virando em direção ao jovem anjo com o olhar de ódio.
— Calma Yan... Sou eu Nethanael. Lembra de mim irmão?
— Nethanael... Impossível você está morto. Haziel te matou... Impossível!... Gaguejou Yan caminhando devagar na direção do jovem anjo.
Yan cai de joelhos segurando seu próprio corpo, a dor era imensa.
— Yan meu irmão. Corre Nethanael o segurando. — Então é você o companheiro da vampira Katryna. Droga! Meu irmão aguente firme, ela está em transição.
Os gritos de ambos ecoou por toda a floresta antes deles desmaiarem.
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ Os Sentimentos de Katryna e Yan ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
NAS TREVAS TENTEI ENCONTRAR MINHA PAZ. MEU ANJO CAÍDO MEU PROTETOR MINHA ALEGRIA NA ESCURIDÃO ALIVIA MINHA DOR E ME TRAGA A VIDA QUE EU SEMPRE SONHEI!...
De dentro da floresta escura todos observavam o esplendido brilho lunar da senhora prateada sobre o céu noturno perdidos em pensamentos.
Ao seus lado estavam os corpo dos amantes, a dor os faziam contorcer e gritar sem parar... Com a garganta dilacerada de tanto que Katryna se cortava com suas próprias garras, sua força aumentava e sua dor também. Ninguém conseguia segura-la, então decidiram apenas observá-la a um acerta distância, assim como Yan que foi colocado do lado dela.
A vampira sentia hora seu corpo inerte hora em fogo abrasador e Yan mesmo com toda a dor tentava a manter em seus braços, olhava para aqueles olhos que tanto amava e eles já não tinham o mesmo brilho, estavam sem vida, e deixou seus sentimentos fluírem.
— Agora a amo em silêncio... Expresso a dor no meu eu verdadeiro! Hoje, ficamos sozinhos com a nossa dor e desespero... comigo mesmo e com esse desespero surreal jamais te deixaria!
O silêncio da nossa Alma clama por todo esse sacrifício...
— Yan meu querido eu te amo. Como nunca amei em minha vida mortal ou imortal. Disse com dificuldade. Ele apenas sorriu segurando um grito de dor, sua pele parecia que rasgava e todas as suas costelas e coluna davam a sensação de serem arrancadas.
— Você foi minha melhor escolha para trilhar esse caminho imortal e obscuro ao meu lado. Você tinha que saber que o amor pode ser bom. Pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande, mas sozinho ele não consegue se sustentar! O amor não é um sentimento imortal. Ele é frágil como uma bela taça de cristal que ao menor dos impactos pode alcançar seu fim. Você tinha que saber disso Katryna. Se o sentimento que carregava por mim é amor verdadeiro. Aquele amor que lhe faz cometer loucuras e tirar forças de onde não existe. Explicou Yan a olhando nos olhos. — Por que continua fazendo as coisas praticamente sozinha e sempre me deixando fora de seus assuntos. Se me ama tanto assim? Aprenda que devemos dividir tudo... Tudo mesmo!... Assim como essa maldita dor. Grita Yan tentando conter sua dor. — Sinto como se caísse mil vezes dentro do próprio inferno. Espero realmente que essa seja a sua última transição. Inferno, lá vem outra onda. Gritou ele como um animal ferido.
— Tornar o impossível... Possível. E o irreal... Real. Diz Katryna fechando os punhos e mordendo em seus lábios fazendo com que sangrassem.
— O amor é complicado. Ele é como a caixa de Pandora. Você nunca sabe o que realmente pode acontece. Mas agora o sentimento que eu sinto pode estar lhe fazendo mal?... Ao ponto de tentar ou de desejar me matar cravando uma estaca em meu coração. Comenta ela sorrindo e Yan balança a cabeça sorrindo.
— Esse sentimento que você afirma ter por mim, com certeza é amor. O nosso amor sempre será estranho aos olhos dos outros!. Você cantarola juras de amor ao meu ouvido? Agora o faz com todo o ardor de sua alma.
Completa ela relaxando um pouco, pois a dor parecia que estava passando. A vampira com lágrimas rubras em sua face, levantou um pouco o seu corpo e inclinou suas presas no pescoço de seu anjo amado. Observou por alguns segundos, e o mordeu devagar, lançando para uma escuridão livre e excitante seus medos e receios.
— Estou vendo a vida passar depressa demais... O nosso amor está se passando também... E só ficamos com as lembranças amargas por causa dessa maldita disputa... Essa saudade de quem se foi é um vulcão que nos machuca e nos sangra por dentro Yan... Corroendo e nos queimando... Provocando cicatrizes profundas... Quando não morremos junto com alguém que amamos. Que criou asas e voou!... Delirou Katryna enquanto sugava seu sangue. Embriagada pelo excesso de poder que fluía em todo o seu corpo.
— Falando assim, você Katryna hoje despertou um peso no meu coração... Por ter acreditado tanto numa pessoa e essa pessoa esmagou o meu coração... Mesmo me machucando... Suspirou Yan lembrando de sua mãe. — Queria dizer que nunca liguei pela maneira que ela sempre me tratou mas estaria mentindo para mim mesmo. Mas a minha decisão já foi tomada...
— Você é o amor da minha vida... Que amei sozinha e incondicionalmente... Você também me ama?... Perguntou ela abraçada a ele com força.
Yan balançou sua cabeça e apenas permaneceu em silencio olhando as estrelas.
— Apenas estava me enganando e me usando... Não deveria ter acreditado em um seu gesto e em uma só palavra... Eu também tive culpa... De ter acreditado e amado tanto essa pessoa para no final ter que sofrer pela eternidade... Nora também me enganou... Enganou meus pais adotivos e pior planejou a morte de sua própria irmã por ganância e poder. Eu a odeio muito... Confessou Katryna a Yan se sentindo melhor depois de ter sugado o seu sangue.
— Eu te entendo e compreendo meu amor... Sem uma explicação sensata e madura, ela nos abandonou, nos traiu... Acha que eu merecia isso?... Essa atitude!... O meu conceito mudou da água para o vinho... Antes a amava!!!... Mesmo que nunca tenha lhe dito nada. Agora sinto desprezo com a mesma proporção que um dia tive a infelicidade de amá-la... Foi um erro... E um amor tolo e absurdo aos meus olhos!... Minha mãe nunca me amou! Sempre foi e sempre serei apenas um amar para que seus planos sejam concretizados.
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ Decisão Tomada ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
— Vivíamos em uma farsa e um jogo de mentiras! Como fui uma idiota ridícula. Tola de acreditar no amor e amizade daquela mulher e que podia me dar na realidade... E nós sugou e feriu!... Jurei proteger eternamente e jurei com verdade...
— Disse que o amava além do amor que sentia por mim... Yan sorriu e negou com a sua cabeça.
— Engano seu!... Eu te amo mais que você me ama!...
— Agora vamos brigar por isso?
Ele gargalhou antes de grunhir de dor novamente.
— Droga quando isso vai passar? Estamos nisso a mais de seis horas. Disse exausto demais.
— Mas esse amor que um dia jurei sentir... Morreu junto com essa pessoa quando ela derramou o sangue de quem eu amava!... Aquela vampira tonta e que sempre amou com coração acima de tudo e de todos... Não existe mais!...
— Você está falando como uma humana agora. E espero que eu não esteja nesse seu pacote de decisões?!...
— Falo de Nora e não de você!... Estou bem diferente eu sei... Descobri que eu tenho uma parte uma humana, bem pequena... Explico sorrindo e acariciando seus ombros nus. — Isso serviu para eu amadurecer e não acreditar em coisa que não se deve... A decepção vem... Mas vai... Às vezes é bom quando a máscara cai... Para conhecermos a verdadeira face das pessoas... E depois disso sentimos uma leveza na alma. Mesmo que eu não tenha uma... Pois não serei mais escrava de sentimentos mundanos!...
— Não gostei dessa última frase sua. Eu quero com certeza ser o seu dono e seu escravo. Como também desejo que você seja o mesma para comigo!...
— A pior maneira de querer ver a pessoa pagar por tudo, sofrer e devolver a dor... É com a indiferença... Dói e fere muito mais... Pra essa pessoa se tocar do estrago que causou!... Assim como aquela que me causou essa ferida não irá mais residir nesse mundo. Farei do mundo da Nora e de seus comparsas as minhas grandes vítimas. Em noites sem luar... E sem estrelas... É o nosso amor que está anunciando o fim definitivo de uma história maquiada e mascarada!...
— Pelo o que posso ver você acabou de fazer um novo juramento e o selou sobre o nosso amor?!
— Admito que algumas vezes cheguei a fraquejar... E quase me entreguei as dúvidas e incertezas, mas o nosso amor novamente me deu a resposta que eu tanto precisa... Mas as lembranças de todo o nosso passado surge como um grande tsunami destruindo qualquer sentimento que possa querer me lançar ao abismo da tristeza novamente. Não terei mais piedade de sua mãe, sinto ao lhe dizer isso Yan, mais... Há muito tempo... Agora só conheço o ódio e o prazer que o sangue me proporciona. E assim a vampira crava suas presas no jovem rapaz que ouvira sua história tranquilamente. O jovem e apaixonado Yan apenas aceita os fatos como eles são. Não podia reagir, estava sobre os encantos de sua voz hipnótica e da mais linda, fascinante mulher. A sua doce vampira Katryna!...
— Não esperaria outra coisa de você meu amor. Se você não matar Nora, eu mesmo irei fazer isso. E será com as minhas próprias mãos!... Minha mãe a muito tempo que morreu apenas eu que não sabia disso!... Explicou ele a beijando docemente antes dos dois se abraçarem para finalmente descansarem e dormirem.
O efeito da transição estava passando e agora todos poderia respirar com mais tranquilidade e calma. Menos Nora é claro, pois a sua sentença acabará de ser decidida!...
A vampira lhe sorveu o plasma do seu precioso anjo e o jogou contra o solo. O encarou por alguns segundos. Com um sorriso malicioso em sua face a Katryna murmurou algumas palavras para o corpo esplendido sobre a grama verde. — Esse é o único amor... ao qual me entrego de agora em diante...o amor pelo seu sangue, seu corpo e pela morte de minha maior inimiga.
— Talvez futuramente eu possa lhe ensinar novos amores!...
— Talvez sim. Quem sou eu para dizer algo contra isso.
— Vampiros também sofrem por amor, apesar do lentíssimo pulsar de seus corações... Gargalhou Yan fazendo uma piada.
Katryna apenas sorri e se aconchega melhor sobre o corpo do Yan. Já era quase manhã e ela mal pode dormir. Estava fascinada pelo que sentia e, ao mesmo tempo, preocupada.
O dia passou letárgico e quente, úmido; um dia de verão usual daquela região. Katryna tentou fazer as suas coisas como sempre; treinar, organizar, e planejar o próximo passo... A cabeça insistindo em pensar em Yan, o corpo desejando-o...
Conversavam sobre tudo e ela se sentia segura e desejada. Entre olhares, beijos e risos, a noite iniciava ardente e provocante. Reparou no olhar sério dele pouco antes de perguntar-lhe sobre os delírios da noite anterior.
Seu corpo todo queimava e antes que pudesse protestar, ela saltou sobre ele. Beijou-o, mordeu-o, dizendo coisas ininteligíveis, irrepetíveis. Semi nuo e dominado, a cópula foi intensa, dolorosa... Exaurido, ele só pode entrever as presas gotejantes preparando-se para atacá-lo e, não conseguindo escapar e muito menos essa era a sua vontade na verdade, desmaiou exausto. Quando acordou, desnorteado, ela mordia o seu pescoço desnudo e ensanguentado. Ofegante, Yan respirou profundamente o odor ferroso que impregnava o ar. E voltou a beijar a sua insaciável e feroz vampira.
Iriam descansar apenas mais um dia antes de partirem até onde as descendentes das valquírias estavam. E brevemente o treinamento final de Katryna seria concluído!...
2795 Palavras
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