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Capítulo 3 - Katryna - A Imortal


✼ ҉ ✼ ҉ ✼ ENERGIA - Ato 8 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼

Por que toda vez o silêncio paira pelo ar, novamente todos ficam paralisados aguardando minha resposta, outra vez sou o centro das atenções isso é tão cansativo, quanto mais tento fugir mais e mais me à próximo do meu destino.

Diana olha e suspira falando para Lis dando de ombros a arrastando até umas árvores próximas. — Baixinha agora te entendo completamente, vai ser difícil sair daqui. Confirma sentando se no chão dando um bocejo.

— Eu não te disse retruca Lis triunfante encarando-a furiosa. — Eu não estava mentindo, a cada passo que damos somos interpeladas por todos os seres desta floresta, imagina quem mais pode surgir ainda? Balançou a cabeça cansada.

— Peça aos corvos que avise a Gaia e que mande ajuda, também não posso bater, massacrar todos que surgirei pelo caminho, minhas ordens são para acompanhá-las até o local da cerimônia e nada mais! Tocou se próprio queixo com as pontas dos dedos e o olhar divertido.

— Mais que isso tudo fica cada vez mais divertido e interessante, isso fica. Diz gargalhando pegando todos de surpresa.

Os murmúrios, sussurros estão por todo lado, cada ser faziam suas próprias perguntas e averiguações, todos tinham suas opiniões e sugestões. Serena eleva sua mão ao alto silenciando à todos.

— Estamos aguardando a sua resposta Katryna Petram, cada vez que mentimos para nós mesmos, mentimos para o universo, para o mundo e ferimos os seres que depositaram confiança em nós! Falou duramente retornando o seu olhar em minha direção.

— Aprenda uma coisa aqui conosco, nem tudo que queremos é o que realmente precisamos! Confie nos Deuses e em você mesma. Sua jornada não será fácil mais você terá grandes alegrias em seu caminho, sua vantagem é que você toma as decisões que todos tem medo de tomar!

Me pus de pé bem em frente das rainhas e disse com voz firme para que todos pudessem ouvir: — Aceito seus pedidos de desculpas e seus presentes e nada mais!

— Garota orgulhosa, gosto dela! Afirmou Diana dando um tapa em Lis que reclamou da força em seu gesto. — Deixa de ser fraca Lis nem pus tanta força assim! Gargalhou.

As rainhas formaram um círculo em minha volta. E outros seres trouxeram seus instrumentos colocando também em círculo. Zoa (Fogo) lado Sul, Ariadne (Ar) lado Leste, Serena (Água) lado Oeste e o sábio Guildo (Terra) lado Norte. Todos iniciaram as palavras ao mesmo tempo, acelerando em ritmo harmônico.

— Em nome da água que a tudo permeia da terra que à tudo dá forma do ar que à tudo clareia do fogo que à tudo transforma." "Terra" "Aqua" "Caeli" "Ignis".

Nas mãos desses seres surgiram uma energia em formato circular de um brilho intenso, senti uma vibração enorme nesse momento, meu corpo ficou pesado e rígido, meus músculos doíam tamanha era a pressão dessas forças ao meu redor tive vontade de sair do círculo, mais não conseguia me mover tamanha era a força que me prendia ao solo. Suas mãos outrora espalmadas se viraram e essas bolas energéticas cresceram de tamanho elas iriam jogar essas bolas flamejantes em mim, será o meu fim?

— Sua massa corpórea é a terra, a temperatura de seu corpo o fogo, sua respiração e sopro o ar, seu sangue e saliva a água, sua mente é a quintessência sagrada, a potencialidade da mudança e transformação.

Com impacto meu corpo todo estremeceu, ondas de energia o agitaram, não senti dor, apenas foi como mergulhar na água em um dia quente de verão. Depois foi só sentir a brisa fresca da manhã me tocar todo o meu corpo. Foi mágico...

— "Em nome do amor e da Magia que eu realizo sem demora o que mais desejo agora. Fogo, Fogo, Fogo...

— "Em nome do amor e da Magia que eu realizo sem demora o que mais desejo agora. Ar, Ar, Ar...

— "Em nome do amor e da Magia que eu realizo sem demora o que mais desejo agora. Água, Água, Água...

— "Em nome do amor e da Magia que eu realizo sem demora o que mais desejo agora. Terra, Terra, Terra...

Apenas este símbolo que estava já em meu corpo brilhou mais intensamente... Caí desacordada sobre a relva. 

✼ ҉ ✼ ҉ ✼ REGRESSO - Ato 9 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼

Katryna não sabe por quanto tempo permaneceu em outro mundo, acordou em sua cama sentiu dores pelo corpo como se tivesse tido uma grande caçada, aos poucos sua mente foi se acalmando e clareando, deitada olhou para o teto e em volta, o corvo continuou a observa-la silenciosamente do canto esquerdo de seu quarto. Levantou meia perdida e foi até o banheiro, lavou o rosto e se olhou no espelho.

— Estou horrível, toda suada, preciso de um banho. Tirou sua roupa jogando no piso do banheiro. Suspirou pensando em todas as cenas que vinham em sua mente. Estive sonhando esse tempo todo, mais meu corpo diz o contrário, minha pele queima e meus sentidos estão aguçados demais, minhas forças também não estão restabelecidas. Preparou a banheira e colocou ervas aromáticas que sua mãe lhe dera, elas a deixariam mais relaxada.

— Estou tensa, meus músculos doem, massageou a nuca. Foi até a pia e escovou os dentes. - Estou faminta. Desde que chegara esquecera de comer, Nora a havia irritado tanto que não teve disposição para se alimentar. Entrou na banheira se corpo estremeceu amava água quente fechando os olhos relaxou por alguns minutos.

Ouviu passos em seu quarto e leves batidas na porta do banheiro. O que será agora? Abre os olhos ficando perplexa ao ver símbolos por seu corpo, eles apareceram por causa da temperatura que seu corpo estava, a água estava muito quente e eles começaram a brilhar intensamente. Saindo da banheira correu para frente do espelho maior do lavabo, havia um símbolo em cada tornozelo e pulsos, como tatuagens.

Seu corpo começou a esfriar e elas começaram a parar de brilhar, Katryna as olhou sem poder acreditar.

— Não foi um sonho, estes são os presentes que elas me deram! As batidas ficaram mais fortes. Tirando ela daquele transe.

— Senhorita está tudo bem? Uma voz feminina pergunta.

— Sim. O que você quer? Responde Katryna pegando um roupão para si.

— Falta 30 minutos para a chegada dos advogados, a senhora Nora pediu para lhe avisar com antecedência da reunião.

— Descerei no horário, obrigada! Responde abrindo a porta.

A criada dá um passo para trás e curva ligeiramente a cabeça, receosa de estar sendo inconveniente. Chega a prender a respiração por alguns segundos.

— Qual seu nome? Pergunta Katryna a analisando.

— Meu nome Senhorita? Pergunta gaguejando ela e estremecendo.

— Sim. Seu nome? Pode responder eu não mordo! Afirmou ela cruzando os braços, saindo do banheiro indo até o closet. Pegando um jeans e blusa com botas. Jogou sobre a cama, voltando em direção ao banheiro.

— Certo. Me chamo Sávia. Levantou os olhos. — Ao seu dispor Senhorita Petram.

— Melhor assim não acha? Pode me chamar de Katryna não gosto dessas formalidades, a menos que eu próprio exija. Sávia, você poderia me trazer um lanche estou faminta?

— Claro senhorit... Perdoei-me, é... Katryna. Alguma preferência?

— Suco de frutas e um sanduíche natural cairia bem, Obrigada.

Katryna começou a se arrumar, estava diferente, se sentia diferente, dentro dela muita coisa havia mudado, penteou seus cabelos e se maquiou suavemente, nada muito chamativo. Vestiu-se e notou que os símbolos ainda estavam em seu corpo, suspirou.

— Bem que vocês poderiam desaparecer, conversou com eles. — Estou ficando doida mesmo até parece. E continuou a se pentear. Notou que os símbolos lentamente desaparecia de seus pulsos. Intrigada olha para seu pulso direito e diz: "Ignis" e para o esquerdo "Caeli" e eles voltaram, se concentrou e eles ficaram invisíveis.

— Comecei a gostar disso tudo. Sorriu divertidamente, como uma criança que acaba de descobrir um novo brinquedo.

Estava pronta se olhou novamente no espelho gostou do que viu. Saindo do banheiro encontra seu lanche sobre a mesa de frente a janela que dava pro jardim e a floresta ao longe que lhe chamou a atenção. Precisava encontrar os portais, ativa-los ao dormir não era suficiente para ela. Comeu com vontade, a fome já a incomodava, tinha alguns minutos antes de descer.


✼ ҉ ✼ ҉ ✼ CASA DOS SONHOS - Ato 10 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼

O diálogo perfeito entre o passado e o presente.

Assim era conhecida a mansão Petram, todos na região sonhavam em entrar e conhecê-la, pouquíssimos tiveram essa honra, seus donos nunca fizeram grandiosas festas e isso essa até frustrantes para todos os habitantes daquela região que nunca entenderam como que um multibilionário poderia viver tão recluso assim.

A família Petram sempre fez parte do imaginário das pessoas, mais mesmo as fofocas não poderão se quer dizer muita coisa sobre eles, apenas aumentavam sua áurea de excentricidade. O sr. Petram fora visto pouquíssimas vezes pela cidade acompanhando por sua esposa que não eram muito dados a conversa, discretos e de poucas palavras afastavam qualquer tentativa de aproximação por parte dos habitantes da região. Alguns até comentavam que não passavam de ricos pedantes e arrogantes por terem dando dinheiro menosprezavam quem não fosse de sua linhagem. Outros apenas acreditavam que eles buscavam apenas paz e sossego para serem felizes longe dos holofotes da sociedade que era na verdade cruéis e implacáveis com todos, rotulando e separando as pessoas como se fosse objetos apenas.

Trata-se de uma propriedade com quase 2.000 m2 que tem, entre outros luxos, 17 quartos, 8 banheiros, dez lugares de estacionamento, piscina e um jardim como nenhum outro nunca visto. Para Katryna aquela casa fazia parte de seus sonhos e fantasias, quando criança outros até lhe disseram que era uma linda gaiola de ouro, riam e comentavam as mais absurdas estórias sobre ela e seus pais, nunca deu ouvidos, ela amava aquele local, as escadas sempre foi seu maior divertimento, inúmeras aventuras, quantos tombos tivera ali, sorrindo desce deslizando as pontas dos dedos nela.

Muitas lembranças boas, felizes e prazerosas. - Sim eu foi feliz e sou feliz a minha maneira! Afirma para si mesma e vai em direção ao escritório.

— Senhorita Petram? Uma senhora de cabelos grisalhos a chama sorrindo. — Aceita um chá? Posso servir no escritório como era de costume de seus pais?

— Claro que sim, Nana. Sorrindo corre em direção a senhora e a abraça fortemente. - Que saudades de você e de seu bolo de laranja com cauda quente! Diz emocionada. — Como você está? Tudo bem?

— Sim minha menina. Tudo bem. Nunca imaginei que voltaria a vê-la de novo, faz tantos anos e você me reconheceu, quer dizer senhorita, desculpe essa velha, que ficou boba e emocionada com a idade. Responde limpando uma lágrima no avental.

— Bobagem você está ótima, cheia de vida! E pode continuar a me chamar de menina, gosto quando você me chama assim, traz ótimas lembranças afinal. e aí, tem chá de Anis com bolo de laranja, quero matar a minha saudade?

— Claro que tem, fiz especialmente pra você, acabei de tirar do forno, esta quentinho do jeito que sempre gostou! Vou trazer agora mesmo. Virando-se em direção cozinha ligeiramente, mais retorna a posição anterior dizendo: — D. Nora pediu que lhe avisa que os advogados chegariam um pouco atrasados, negócios presumo.

— Certo e D. Nora onde está agora? Pergunta Katryna impaciente.

Ela está no jardim ajudando a cuidarem das rosas como sempre menina e repassando as novas ordens para os funcionários, temos alguns novatos este ano.

— Verdade, ela sempre cuidou muito bem das flores do jardim, parece que algumas coisas nunca mudam mesmo. Suspirou indo para o escritório devagar.

— Obrigada Nana pela informação, estarei lá dentro lendo um pouco, leve o chá e mais uma vez obrigada por sua atenção e carinho. Diz isso voltando correndo em direção a velha senhora dando um outro abraço forte nela sorrindo.

— Minha menina como esta crescida e muito bonita também! Afirma Nana afagando seus cabelos com carinho. Katryna ainda sorrindo lhe dá um beijo barulhento na bochecha.


✼ ҉ ✼ ҉ ✼ CANTINHO SECRETO - Ato 11 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼

Entrou devagar e ficou olhando por uns longos minutos, o escritório de seu pai, amado e temido local de longas conversas e eternos sermões, caminhando suavemente pelo cômodo como se assim não quebrasse o encanto do momento, toca com a mente e com a ponta dos dedos cada cantinho sentindo seu cheiro característico de madeira antiga e livros. A estande de livros atrás da escrivaninha é que mais lhe agrada. Perderá a conta de quantas vezes fora castigada por escalar e dar saltos ali, uma criança humana jamais faria tal coisa, não normal, nem natural.

Havia poucas mudanças ali seu pai amava aquele lugar, ele sempre lhe dizia que foi a melhor época de sua vida, memorável por assim dizer. Procurou um livro para se distrair até a chegada dos advogados, poderia navegar pela internet mais estava sem paciência de ficar teclando o tempo todo; amava sentir as folhas de papel sobre os dedos, o cheiro dos livros a fascinava, aprendeu a ama-los desde pequena, para ela não era difícil ficar horas e horas lendo, era um prazer, bem diferente de muitos jovens de sua idade. Amava desvendar os segredos por trás de uma boa história.

Sentou-se na poltrona e colocou os pés em seu descanso, não sabia ao certo quanto tempo iria esperar e então abriu o livro e mergulhou em outro mundo.

Havia passando trinta minutos e nada dos advogados, ela já estava na segunda xícara de chá e partia seu segundo pedaço de bolo, como é gostoso pensou um pouco impaciente, a tarde chegara e ela estava de castigo esperando bem sabe o que... Suspirou voltando os olhos para á à seguinte página do livro.

As portas se abriram e sua tia Nora entra tentando puxar conversa com ela. — Eles estão demorando muito, não acha? Como resposta recebe apenas silêncio.

— Você deveria responder quando as pessoas lhe dirige a palavra ou lhe fazem uma pergunta, seria educado de sua parte.

— Não sou mais criança para que você me chame a atenção e nem que me dê sermões do que poso ou não fazer. Retrucou sem tirar os olhos de sua leitura.

— Então não haja como uma criança! Acabou por dizer parando em sua frente.

Batidas na porta interrompem uma possível discussão. — Com licença D. Nora e Senhorita Petram os advogados acabaram de chegar posso anuncia-los... Pigarreou o mordomo.

— Claro Alfredo, traga-os aqui ou prefere encontrá-los na sala de estar? Pergunta para sua sobrinha.

— Traga-os aqui mesmo e nos sirva mais chá, café e acompanhantes. Disse sem levantar os olhos de seu livro e continuo a beber seu chá.

Sua tia apenas balança a cabeça insatisfeita com seus modos, aquilo não seria fácil, mais ela teria que ter paciência com Katryna, ela estava magoada consigo e ela também teria que conquistar sua confiança de novo.

Um senhor baixinho de óculos com sua reluzente careca entrou meio nervoso, pediu muitas desculpas pelo atraso e foi falando: - Sei que estamos atrasados a quase uma hora, mais estamos correndo contra o tempo, dois jovens de nossa comunidade foram sequestrados e seus familiares pediram a assessoria de nosso escritório, tudo está uma loucura desde essa madrugada.

— Que horror e já houve um acordo entre as partes presumo? Disse Nora.

— De jeito nenhum minha senhora, tudo está muito confuso e estranho nessa história, estamos aguardando o desenrolar dos fatos. Explicou sussurrando.

— E as autoridades locais já foram informadas do ocorrido. Continuou a conversa enquanto toma mais um pouco de café.

— É isso que é estranho cara senhora, os sequestradores exigiram que as autoridades e a mídia fossem informadas imediatamente. Confidenciou ele. — Acreditamos que são amadores em busca de fama, então presumimos que logo tudo terminara.

— Claro, com certeza. Assentiu Tia Nora.

Katryna apenas houve a conversa sem dar opinião, mais enquanto eles falavam sentiu um mal pressentimento sobre tudo aquilo. Ficou inquieta e desconfortável com toda a história. O ambiente desde que aquele senhor chegara estava com o estranho cheiro de biscoito ou era um perfume que ela não conseguia identificar, essa fragrância a deixou elétrica, sentiu calor por toda o corpo, suas mãos suaram, sua boca ficou seca e uma sede incontrolável. Já tinha bebido mais de sete xícaras de chá e não passava.

Mais o cheiro não era desse senhor a sua frente, será que era de seu acompanhante, o outro que não pode ficar pra reunião. Sua tia também não estava ajudando muito naquele momento, ela não tirava os olhos de cima de mim, não perdia nenhum movimento meu, será que tinha percebido meu estranho nervosismo. Acho que não!

— Senhorita Petram esses são os documentos que seus pais querem que assine, aí estão todos os cartões sem limites que eles me pediram para fazer e a doação desta casa em nome ainda em vida.

Eles não haviam me falando nada nesse sentido, nunca imaginei que esta casa já seria minha tão cedo, por que essa decisão, preciso entrar em contato com eles, preciso de respostas. Quando disse que viria pra cá achei que eles não confiavam em mim, por isso, tia Nora havia sido enviada para controlar meus passos, mais agora com isso fica difícil manter essa linha de pensamento. Assinei rapidamente todas as folhas que eram necessário, peguei os documentos que ficaria comigo e claro meus novos cartões.

— Os cuidados da casa, como manutenção e os pagamentos dos funcionários, ou seja, qualquer coisa que seja necessário serão feitos por eles através de sua tia Nora. Terminou de explicar os detalhes, se despediu se desculpando novamente pelo atraso e saiu apressado, dizendo a minha tia se precisássemos de algo mais entrássemos em contato em seu escritório na cidade.


✼ ҉ ✼ ҉ ✼ SÓ PARA GAROTAS - Ato 12 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼

Katryna cansou de escutar os adultos e por muito tempo achou que sendo mais condicente com todos ficaria longe de problemas e dos inúmeros aborrecimentos que a famosa rebeldia juvenil poderia lhe trazer. Subiu as escadas depressa guardou sua documentação, pegou sua bolsa e trocou de roupa, pegou um vestido leve e salto alto, prendeu os cabelos em um coque desalinhado e desceu.

Antes mesmo de sua tia dizer algo chamou o motorista e só avisou que estava indo pra cidade e que não tinha hora pra voltar. Acenou de costas pra todos.

— Pra onde deseja ir senhorita Petram? Algum lugar em mente? Perguntou o motorista saindo da propriedade em direção a cidade, ela ficava a 30 km de distância. Cercada por uma mata que pegava um lado da propriedade e parte do lado esquerdo da cidade. A biodiversidade é inacreditável com o equivalente de 200,000 e poucos km2 de mata original pois o desmatamento tinha sido cruel com ela.

— Bem, quero passear pela cidade; principalmente por suas lojas, vamos ver assim que chegarmos lá! Afirmou confiante.

Sentiu como se uma voz lhe falasse as ouvidos: "Antiquário" "Vá à um Antiquário, estamos te esperando", leva a mão até sua fronte como se sentisse leves pontadas em sua testa. Seria uma dor de cabeça iniciando...

— A senhorita está bem? Prefere voltar para casa? Perguntou a perceber seu ligeiro incomodo.

— Não, está tudo bem! Foi só uma pontada mais já passou, acho que estou ansiosa, só isso. Vamos continuar não sei quando terei nova oportunidade mesmo. Explicou com um sorriso leve.

— Claro, senhorita. Seja como desejar. Se precisar estarei as ordens! Me chamo Gomes. é assim que todos me chamam. Respondeu olhando pelo retrovisor do automóvel.

— Gomes, seu nome é Gomes. Perguntou curiosa e intrigada.

— Antônio Gomes Bandeira, seu criado senhorita! Afirmou orgulhoso.

Ele era um homem maduro de seus 40 e poucos anos, moreno claro e de boa aparência, parecia a ter menos que isso. Alegre, honesto e sempre de bom humor, conquistou o carinho de todos a sua volta. Genro de Nana pelo que me lembro mamãe dizia que ele era também confiável, por isso tantos anos servindo nossa família.

— Quando cheguei o motorista era um bem mais moço, sério e de pouca conversa. Interrogou ela.

— Verdade senhorita! Aquele é meu filho, ele também trabalha na mansão, melhor faz pequenos serviços quando preciso me ausentar, sabe, ele é estudante, mais é um bom rapaz. Esclareceu ele pensativo. — Ele fez algo que desagradou a senhorita por acaso, foi inconveniente? Faltou com respeito? Acabou com aquele moleque se foi isso! Senhorita eu sempre ensinei meu filho a respeitar seus patrões e se pôr em seu lugar... Começou a falar nervoso e gaguejando.

— Calma, não é isso. Ele foi bem, vamos dizer prestativo, essa é palavra. Só achei jovem demais pra ser motorista. Confirmou ele sorrindo.

Suspirou aliviado seu Gomes, só faltava essa Carlos se indispor logo com a filha de seu patrão, bem no momento que mais precisavam de trabalho. Carlos acabara de passar no vestibular e seu sonho era cursar Medicina. Teriam um longo caminho para a sua realização, mais a família estava unida nesse objetivo.

Nossa as pessoas são bem sensíveis, ela teria que tomar cuidado com que dizia. Será que havia feito algo estúpido pensou olhando pela janela. Ouviu novamente aquela voz "Produtos Esotéricos" vá até lá... Ficou mais curiosa em relação a esses dois lugares, o que teriam de tão especial e essa voz quem poderia ser. Por um momento lembrou da floresta encantada e desejou voltar, tinha tantas perguntas. Gaia que não conheceu; a pequena Flor de Lis que falava como um papagaio ambulante e até a Amazonas Diana, será que era uma boa guerreira como nos contos que ouvira de seus pais, gostaria de lutar com ela, poderia aprender algumas coisas ou até ensinar. Continuou sorrindo mergulhada em seus pensamentos sempre observada por Gomes.

Uma jovem estranha, mais muito bonita e misteriosa, nada parecida com seus pais dava pra ver. Divagou Gomes ao fazer mais uma curva, logo chegariam, mais alguns minutos.

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