Capítulo 18 - Katryna - A Imortal
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ The Book Of Abramelin The Mage ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
Escrito no século 15, o Livro de Abramelin o Mago é um dos textos místicos mais importantes de todos os tempos. É o trabalho de Abraham von Worms, um viajante judeu que supostamente encontrou o mago enigmático Abramelin durante uma viagem ao Egito. Em troca de 10 florins e com a promessa de piedade, Abramelin presenteou o judeu com este manuscrito de magia que em seguida o passou para seu filho Lameque.
O ritual de Abramelin chamado como "a operação" é árduo e difícil. É composto de 18 meses de oração e purificação e só é recomendado para os homens de boa saúde entre as idades de 25 e 50. Mulheres em geral são desencorajados de tentar "a operação" por causa de sua "curiosidade e amor pela conversa," embora uma exceção possa ser feita às virgens. Se os princípios da "operação" são cumpridas com rigor e com inabalável devoção, você entrará em contato com seu Anjo Guardião Sagrado , que irá conceder-lhe uma grande variedade de poderes. Estes poderes incluem a necromancia e adivinhação, precognição, o controle do tempo, o conhecimento de segredos, visões do futuro, e a capacidade de abrir portas trancadas.
O livro baseia-se fortemente no poder de quadrados mágicos, palavras únicas dispostas em quebra-cabeças. Como as aduelas islandeses no Galdrabok, estes quadrados contêm propriedades místicas e ocultas quando escrito. A palavra "MILON", por exemplo, revela os segredos do passado e do futuro, quando escrita em pergaminho e colocada sobre a cabeça, enquanto "Sinah" traz guerra. O autor alerta que alguns quadrados mágicos, como "ENCAIXOTADO" são muito sinistros para serem implementados.
Em uma das páginas se encontra a arte de seduzir anjos, arcanjos e de como através da junção carnal roubar parte do poder divino que ele carregam, este com certeza deveria ser um dos motivos de terem retirado do convívio entre os humanos. O mundo entraria em guerra novamente se seres tão poderosos voltassem a habitar entre nos.
Ao terminar seu último exemplar ficou alguns minutos pensativa e preocupada, seus dias e noites fazendo pesquisa dentro da biblioteca proibida no final demostrou uma perda de tempo grandiosa. E agora o que faria, precisava de algo mais para poderem vencer essa nova batalha que iria iniciar. As pistas eram muito poucas e se os anciões descobrissem que fora uma perda de tempo a acusariam de espiã e se por outro lado descobrisse ao de verdade que poderiam mudar a vantagem nessa possível guerra teria o mesmo fim, era um dilema complicado.
Nora estava receosa quando ao seu futuro e nem percebeu uma sombra estranha se movendo a sua volta, e já era tarde e mais para qualquer tipo de ação ou reação. Sentiu mãos fortes e negras apertando sua garganta, não conseguia fugir e nem emitir som algum, sua magia estava bloqueada contra aquele ser das trevas, seus olhos eram de um vermelho intenso e brilhante, única coisa que conseguia ver, junto com um cheiro fortíssimo de enxofre. Não conseguia respirar e sentiu sua garganta estalar, com certeza era seus ossos se partindo por tamanha força daquela criatura.
— Morra maldita traidora! Morra... Ouviu da criatura que apertava mais ainda a sua garganta.
Achando que seria seu fim, elevou seus pensamentos a seu filho e uma lágrima escorregou em sua face pálida. Ao fechar seus olhos devagar, sentiu seu corpo cair sobre o solo, mais não aconteceu. Braços fortes a haviam amparado e uma forte luz iluminou toda a sala. Gritos de horror saiam da criatura que queimava desesperadamente, se transformando em fumaça.
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ Contagem Regressiva ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
— Não importa em que época estejamos vivendo, sempre haverá a falta de originalidade. Suspira Alucard diante de um tabuleiro de xadrez completamente entediado.
— Meu Amor quando você deixará este jogo para trás? Gostaria de saber o que você acha de tão interessante nele? Pergunta sua amada Maria olhando para as peças sem entender muita coisa.
— Minha amada senhora depois de me afastar do mundo real só me restou esse jogo!
— Mas faz milhares de séculos que o joga, qual a graça afinal?
— Simples eu jogo contra mim mesmo e ainda nunca perdi! Afirma pensativo.
Ela o encarra pensativa e volta a tomar sua xícara de chá calmamente.
— Xadrez é muito chato!
Alucard gargalha e anda até ela pegando uma xícara de chá também.
— A beleza está em poder fazer o que quiser com as peças! O meu jogo não tem regras e eu sou um Deus nele...
— Não entendo...?! Não é um jogo de xadrez? Pergunta olhando para ele e depois virando-se para o tabuleiro.
— Sim e não. No meu jogo as peças tem vontade própria, quando eu assim permito e tento apenas observá-las, mas as vezes preciso intervir para que o jogo não perca a graça. Joguei inúmeras vezes com os humanos e eles são tão previsíveis, então agora jogo com minhas criaturas, e os envolvo como eu bem quero, assim ficou mais divertido.
— Mas a pouco parecia tão entediado?
— E ainda estou! Algumas peças descobriram meu jogo, então precisei mudar um pouco as peças e algumas regras, preciso ter cuidado redobrado agora.
— Como assim meu querido?
— Tive que substituir o rei e a rainha por outros de igual valor. E ainda colocar um novo peão no jogo para ficar mais interessante.
— Tem certeza que você realmente está jogando xadrez amor? Pergunta divertida.
— Meu jogo minhas regras! Afirma sentando-se diante do tabuleiro.
— E onde estas suas antigas peças agora?
— Guardadas para meu próximo jogo, elas são insubstituíveis. Terei a oportunidade de usá-las no próximo século com certeza! Elas ficaram adormecidas debaixo deste castelo e nunca mais se lembraram de seu passado...
— O que tais criaturas fizeram?
— Tentaram trapacear... Roubaram meu diário negro. Eles acharam que conseguiria fugir do meu jogo através dele, pobre criaturas, foram tão ingênuos.
— Explique-se melhor meu amor. Responde ela acariciando seus longos cabelos platinados.
— Meu diário só pode ser lido através do meu sangue puro, eu sou a chave. Eles não contaram com isso. Explica satisfeito brincando com as peças no tabuleiro.
— Isso não é cansativo? Pergunta mais uma vez beijando o seu pescoço, preparando para morde-lo sexualmente.
— De jeito nenhum brinco com todas as criaturas a séculos e cada século fica mais divertido. Observo como são essas criaturas com seus amores, ódios e tantos outros sentimentos é fascinante.
— "Nem mesmo o estonteante Alucard pode resistir ao poder do tempo".
— "Até o Senhor das Trevas não pode escapar do tempo". Por isso, jogo para passar mais depressa!
— E esse diário onde está agora?
— Um dos meus peões o encontrou e está trazendo de volta para mim, acredita meu amor que ele estava escondido aonde eu menos havia imaginado. Sorrindo a pega colocando-a sobre o seu colo gentilmente antes de morder o seu pulso.
— "Mas as criaturas vivas não podem ser governadas apenas pelo poder. O sagrado, o honrado, o amado, essas coisas podem governar a humanidade. E seu diário pode ser uma ameaça a seus planos afinal?
— Ele foi apenas mais um meio de eu descobrir quem estava tentando sair do jogo? Meu amor seu sangue é tão doce e saboroso!
— Mestre desculpe-me a interrupção, mas aqui está seu diário negro.
O bravo soldado o coloca diante do trono e se ajoelha diante de seu mestre que nem o olha, continua a acariciar sua rainha amada.
Ela se levanta e pega o livro folheando as páginas e arregala seus olhos, todas as páginas eram negras, apenas escuridão e nada mais.
— Meu valoroso servo, até poderia elogiá-lo mais ainda... Mais você me desobedeceu mais uma vez e não tente me enganar eu sei tudo Apollo...
— Meu senhor e mestre Alucard eu não tive com evitar não poderia deixá-la morrer, não ela!
— E quem disse que ela deveria morrer? Nora é uma das minhas peças favoritas! Mas você revelou sua áurea angelical e seu juramento, será que preciso refrescar a sua memória de que está vivo por minha causa e o nosso trato era que jamais voltasse a revelar a sua real natureza principalmente a ela.
— Perdoa-me meu senhor não tive como evitar. Diz permanecendo de joelhos e cabeça baixa, mas seus punhos fechados demostravam outra coisa. — Mas ela não percebeu nada.
— Tudo bem meu querido servo, sei que ainda a ama e só por isso não o matarei, mas fica avisado dá próxima vez não serei tão misericordioso.
— Meu amor porque você não os deixa viver esse amor, eles são um lindo casal?
— Maria... Minha doce Mary... Você gostaria disso? Pergunta divertido e com um brilho no olhar diferente.
— Adoraria! Você sabe que amo histórias de amor, como a nossa.
— Certo. Meu servo tudo bem. Você está livre para viver o seu amor se conseguir conquistá-la novamente é claro. Responde gargalhando e voltando a andar pelo grandioso castelo.
— Minha doce amada, acho que você me deu uma ideia genial. Farei o meu rei verdadeiramente amar minha rainha, talvez assim eles possam ganhar meu novo jogo e uma nova raça surja daí...
— Amor isso é uma excelente ideia! Afirma Maria feliz.
— Até agora eu estava brincando com os dois, mas agora é hora de mudar totalmente o jogo dessa história. Responde gargalhando pegando uma taça de sangue e a bebendo devagar.
— Servo volte e cuide de minha serva Nora até que ela possa voltar para o jogo e você não poderá sair mais do seu lado, a não ser que morra em batalha.
Como o servo ainda se mantinha de joelho diante de sua presença perguntou: — Algo mais minha criatura?
— Sim mestre. Os livros da biblioteca proibida foram destruídos completamente pela minha áurea.
— Isso é perfeito, esse jogo fica cada vez mais interessante. Os anciões ficaram desesperados. Não fique preocupado, aqueles livros eram cópias baratas e insignificantes, os verdadeiros estão aqui neste castelo, jamais permitiria que meu conhecimento fosse parar em mentes tão simplórias. Responde divertidamente feliz com a reviravolta dos fatos.
O servo sai rapidamente sem olhar para trás voltando para seu esconderijo.
— Na escuridão, ele chora por ela, ou talvez por sua própria alma perdida. Diz baixinho observando mais uma de suas peças entrando no jogo.
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ Peças de um Jogo Apenas ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
— Você é um monstro que escraviza as almas e mentes de todos os seres meu amor.
— E não é isso que todas as religiões fazem? Todos que tem o poder nas mãos o fazem meu amor e como eu detenho o poder máximo em minhas mãos, é justo eu usá-lo também. Responde Alucard perdendo a paciência.
— Você fica tão sex furioso. Gargalha Mary sorrindo mexendo nas peças curiosamente.
— Olhando para o passado, percebo que nenhum de nós tem controle sobre seu destino. Somos apenas folhas sopradas pelo vento. Por isso, porque não posso brincar com todos como eu bem quiser?
— Você bem sabe que quando os seres perdem quem eles querem, eles não se importam em sacrificar tudo o que restam. Responde ela mostrando a rainha e o rei jogados em um canto do tabuleiro.
— Não se preocupe o tempo é o meu aliado e uma eternidade de sangue, são meu destino. Minhas peças principais sempre tem meu sangue, meus filhos nunca me desapontaram ainda!
— Você é quem sabe meu amor! e os anciões o que aconteceram com eles?
— Eles não tem mais serventia para mim! Mas você está com pena deles? Pergunta debochadamente.
— Nunca... Quero que eles desapareceram por completo da face da terra. Eu os odeio... Eles devem pagar com a vida por tentarem nós separar e principalmente por tentar me matar!
— Calma meu amor. Tudo no seu tempo... Tenho planos maravilhosos para eles, será divertido eu prometo. "Sou o instrumento de punição dos céus!"
— Enquanto pudermos matar pessoas e sugar sangue, qualquer coisa vale! Mesmo que para isso tenhamos que jogar com nossos próprios filhos, correto?
— Correto minha doce e amada Mary... Somos vampiros e essa é a nossa natureza!
— E as peças atuais são mais maleáveis?
— Ainda não, mas serão. Só preciso fazer elas caminharem ao meu modo.
— Como vai fazer isso?
— Usando os seus sentimentos mais puros e nobres. Essa geração é diferente da passada!... Mas continua cometendo os mesmos erros de sempre.
— E como consegue se divertir já que são os mesmos problemas e erros afinal?
— Mas isso que é o fascinante, eles cometem os mesmos erros diversas vezes e continuam lutando tentando fazer diferente, seres realmente fascinantes meu amor.
— Isso tudo é tão confuso para mim Alucard...
— Eu sei apenas observe meu amor.
— E sua peça principal agora é a sua filha Katryna? Pergunta ela torcendo seu nariz com ciúmes.
— Minha doce senhora não tenha ciúmes, nossa filha será perfeita para assumir o nosso lugar daqui alguns milhares de séculos.
— Você realmente acredita nisso? E já escolheu seu companheiro presumo, espero que seja alguém digno que carregar nossa grandeza pelos séculos?!
— Sim será a mistura de duas raças, filho de uma bruxa branca com um arcanjo.
— Nosso sangue assim poderá ficar cada vez mais forte e continuaremos a governar todos os seres como sempre fizemos meu amor.
— Com certeza. Esses jogos serve apenas para que minhas marionetes destruam nossos inimigos e antigos amigos. Afirma gargalhando pelo salão luxuosamente enfeitado.
— Meu amor você é um monstro! Confirma com seus olhos brilhantes de amor e paixão.
— Nós dois somos minha doce e querida Mary! Aceita dançar comigo enquanto reorganizo o próximo passo do meu jogo.
— Claro meu amor.
Os dois dançam pelo salão sem se importar com os seres que sofreram ou morreram para que seus planos permaneçam o mesmo, ninguém havia descoberto a verdade e pelo andar dos acontecimentos nunca seria descoberto.
A música alegre bailava sendo levada pelo vento, passando pelas florestas e colinas, enquanto em outro mundo uma mansão queima sonhos e esperanças mais uma vez. Seus servos deixam para trás restos de alguns licantropos, todos precisam acreditar que foram as terríveis bestas que fizeram aquela Carnificina. Os olhos de cada soldado eram frios enquanto deixavam apenas destruição para trás...
Não tão diferente de seu progenitor, Alucard tem muito prazer em assassinar e destruir as pessoas, traço de sua personalidade que aprendeu diretamente de seu pai, para ele tudo é um simples jogo de xadrez e nada mais.
— Alucard é meu nome ou Drácula talvez, Mais se você me encontrar, Sua morte terá de vez. Sussurra ele dançando com sua amada rodopiando por todo o castelo, saboreando os acontecimentos futuros.
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ Lágrima de Sangue ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
"É algo imprevisível mas que, no fim, é certo. Espero que você tenha vivido o momento da sua vida" — trecho da canção que também fala sobre guardar as boas lembranças e aprender as lições da vida.
Despedidas sempre trazem saudade e foi isso que senti ao abraçar Flora, Fauna e Gaia para assim retornar a minha casa e batalhar por um mundo melhor. Ao sair de seus braços calorosos todos me olham assustados.
— Lágrimas de sangue! Grita Flora dando um passo para trás. Passo minha mão em meu rosto e percebo que ela falava de mim.
— Mas o que significa isso? Pergunta Yan fixando o olhar em meus olhos preocupado.
O portal estava diante de nós aberto, eu começo a tremer e mais lágrimas vermelhas saem de meus olhos.
— Meus pais... Aconteceu alguma coisa ruim com eles! Preciso voltar agora!... Me viro em direção ao portal e com um gesto apenas mudo sua cor de lilás para azul intenso. Cada cor representa um caminho diferente... Precisava correr e voltar para o lugar onde eles estavam... Como uma vampira original nos choramos normalmente, igual ao um ser humano. Mas quando as lágrimas são de sangue significa que alguém que amamos está em perigo, um perigo tão mortal que pode até significar a sua completa Extinção.
Passo pelo portal correndo sem dar muitas explicações e sou seguida por Yan e Diana, ao sair me deparo com a cena mais chocante e aterrorizante de toda a minha vida, a casa de meus pais ardia em labaredas gigantes, tudo estava queimando. Havia muita fumaça no local o que deixava a visibilidade difícil, mas usando minhas habilidades especiais fiz uma varredura por todo o local em minutos e nada. Absolutamente nada, eu não conseguia encontrar eles em nenhum lugar, tendo apenas restos mortais de inúmeros licantropos espalhados pelo local e aquele horrível cheiro de morte e sangue.
Caiu de joelhos no solo e grito de dor, uma dor intensa como só a morte pode ser. Yan e Diana permanecem ao meu lado estarrecidos com a cena,
— Pai... Mãe... Grito com todas as forças do meu coração e alma antes de perder a consciência e os braços de Yan me ampararem antes que meu rosto toque o chão.
— Katryna eu estou aqui!... Ouço a sua voz suave perdendo totalmente os sentidos caindo na maior e completa escuridão.
Morte: A própria palavra desperta o medo no coração de qualquer ser que exista neste mundo. Todos consideram a morte tão incompreensível quanto inevitável. Mal conseguimos falar a respeito, perscrutar além da palavra em si e se permitir contemplar suas verdadeiras implicações. Principalmente quando se trata de nos, seres imortais... Sim, podemos ter nossa existência destruída, temos fraquezas e são estas fraquezas que nossos inimigos usam para nos exterminar. Estou a dias trancada em meu quarto, não bebo e não como também. Já tentaram de tudo e não consigo sair dessa escuridão, apenas Yan me traz algum alento, mas até ele tem suas limitações quanto a isso. Esta é uma reação compreensível, pelo fato de que dos os seres pensam sobre a vida como nada mais que um estado no qual o corpo está biologicamente ativo. Mas é hora de nos perguntarmos:
O que acontece após a morte, se é que acontece?
O que a morte realmente significa?
Como aqueles que sobrevivem aos entes queridos devem reagir?
Eu no momento não tenho nenhuma resposta!... O mistério da morte é parte do enigma da alma e da vida em si: entender a morte significa realmente entender a vida? Esta é a pergunta que me faço a cada minuto agora.
Sei que todos estão preocupados comigo, mas no momento não quero pensar no que possa acontecer. Quero apenas olhar e relembrar seus rostos, meu pai havia me dito certa vez que nenhuma substância realmente desaparece, apenas muda de forma. É com isso que estou contando agora!
"Um árvore, por exemplo, pode ser cortada para se fazer uma casa, uma mesa ou uma cadeira. Independentemente da forma que tomar, a madeira permanece sendo madeira. E quando aquela mesma madeira é queimada numa fornalha, mais uma vez muda de forma, tornando-se uma energia que libera calor e gás. A árvore, a cadeira e o fogo são apenas formas diferentes da mesma substância." Péssima comparação Katryna explicou para mim mesma antes de vagar pela minha casa sem destino, agora é assim passo horas apenas andando por toda casa, me faz sentir um pouco melhor.
Caminhando no escuro escuto sons abafados vindo do ginásio, para falar a verdade já havia ouvido os mesmos sons dias atrás, mas estava sem ânimo para investigar. Desço as escadas devagar, praticamente arrastando meu corpo até o local dos sons.
No fim da escada posso ver a grande sala repleta de máquinas e aparelhos para malhação e mais a esquerda um saco de areia sendo brutalmente espancado por Yan. Ele com um short apenas suado da cabeça aos pés, pude ver todo o seu corpo trabalhando e como seus punhos certeiros atingiam o pobre saco. Cada detalhe de seu corpo não passou desapercebido, era realmente um belo espécime de homem.
Seu corpo todo suado e seus músculos trabalhando daquela forma era hipnotizantes para qualquer mulher. Poderia ficar a vida inteira admirando Yan e nunca iria me cansar, sinto arrepios por todo corpo e um imenso calor. Antes que possa sair dali, ele se vira e diz diretamente para mim.
— Até que fim saiu daquele quarto! Venha treine um pouco comigo. Vai lhe fazer bem!
Pelos Deuses o que faço agora?
3335 Palavras
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