Capítulo 10 - Katryna - A Imortal
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ FLORA E FAUNA - Ato 36 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
Caminhei por uns 30 minutos sozinha Flora havia percebido que eu precisa de um tempo pra me, só meu para que pudesse analisar toda aquela conversa e pensar. Meus sentimentos as vezes ficavam uma completa bagunça, tinha momentos que me sentia imortal indestrutível; tudo bem eu sei que sou na verdade uma imortal, mais vocês entenderam o que eu quis dizer. Não sei se era por causa de minha imaturidade talvez e em outras eu me voltava e agia com uma criança.
Queria paz em um dia e guerra em outro, tranquilidade e ficar isolada de tudo e de todos para minutos depois buscar atenção nem que seja a força dos outros. Crescer e amadurecer estava se tornando muito complicado para mim esses dias!
Parei de repente pois dei um encontrão em alguém, ao levantar os olhos vi Flora em minha frente, mais como? A deixei lá atrás! Percebi que suas roupas eram diferentes, o penteado também mudou e as flores em seus cabelos eram de outra cor. Virei-me para trás e avistei Flora vindo em minha direção correndo. As duas se posicionaram diante de mim, gêmeas era o que me faltava.
Seus semblantes estavam serenos mais inquietas, Flora mantinha aquele ar de desentendida e empolgação. Enquanto sua irmã gêmea estava séria e mantinha seu olhar de maneira interrogativa.
— Pela maneira que você me olhou a instantes deu para perceber que a desmiolada aqui do meu lado novamente esqueceu de comunicar que tem uma irmã gêmea, não é mesmo Flora? Virando-se para encarar a outra que sorri timidamente.
— Maninha você bem sabe que sou bem atrapalha com certas coisas, fiquei tão animada e empolgada em ser anfitriã que esqueci por completo de comentar este fato. Responde toda atrapalhada.
— Você não tem jeito mesmo? Suspira contrariada. — Peço lhe algo simples e você o faz de maneira toda contraditória, como posso confiar tarefas mais significativas?
As interrompo pigarreando chamando a atenção de volta pra mim. Elas se voltam ainda tentando amenizar o ocorrido. Ainda séria ela me diz: — Peço-lhe mil desculpas pela minha irmã, como já percebeu tem sérios problema de memória! Sou Fauna irmã gêmea de Flora!
— Eu ia explicar tudo só me esqueci e... Fauna a olha com seu olhar duro e frio, calando-a imediatamente fazendo com que abaixe a cabeça envergonha.
— Era para que nós duas fizéssemos as honras e apresentações a você Senhorita Petram, como rege todo o nosso protocolo, mais estava em uma reunião com a Senhora Gaia e deleguei a tarefa mais que simples a minha irmã! Afirmou de modo cortês e muito formal, com uma leve pitada de impaciência na voz.
Voltou-se para Flora de modo interrogatório e autoritário. — Terminou de fazer tudo que Gaia lhe ordenou em relação aos ritos e passagens de nosso evento, assim como mostrou tudo que é necessário à Senhorita Petram?
— Estava terminando nesse exato momento quando você apareceu e... Fauna não a deixou terminar e finalizou rispidamente. — Pois termine pois a Senhora Gaia a aguarda na Abadia Green o mais breve possível! Agora se deem-me licença checarei o restante do que você Flora realizou para passar o relatório a Senhora Gaia, passar bem e foi um prazer conhecê-la Senhorita Petram, com licença. Saiu indo em direção as outras bruxas que ficaram intimidadas mais felizes com sua chegada.
— Nossa sua irmã é sempre assim? Pergunto abismada com tal seriedade. Eram gêmeas na verdade, mais muito diferentes por sinal.
— Minha irmã Fauna é o braço direito de nossa líder Gaia, em seus ombros tem muita responsabilidade o que bem, a deixou muito séria, mais ela é maravilhosa e tem um cuidado especial com cada uma aqui e muito amor por todas! Explica Flora orgulhosa da irmã. — Daqui a pouco você poderá conhecer Gaia assim que terminarmos por aqui, vamos?! Indicou mais a frente.
— Para onde agora? Ansiosa por mais conhecimento.
— Ala individual: Onde as bruxas fazem seus rituais sozinhas e agradecimentos aos Deuses individualmente ou fazem magias para alguma de nós, são conhecidos como os pedidos, demandas. Piscou sorridente caminhando na frente a passos saltitantes cantarolando como se fosse uma menina.
— Com certeza bem diferentes, completamente diferentes como a água e o vinho. Digo em voz um pouco alta demais.
— Você disse alguma coisa? Pergunta se virando para trás me olhando curiosa.
— Não nada! Apenas pensei alto! Vamos disse cortando o assunto. Ela eleva as sobrancelhas em arco sem entender nada e seguimos em frente conversando animadamente.
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ O GUARDIÃO SOLITÁRIO - Ato 37 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
Faziam mais de 24 horas que Katryna dormia um sono profundo! Entrei escondido várias vezes em seu quarto apenas para ficar a observado, sua beleza mexia com meus sentidos e a sensação que eu tinha de protegê-la custe o que custar crescia a cada minuto.
Isso me atormentava e deixava cada vez mais irritado, nem mesmo eu estava conseguindo me suportar naqueles dias. Os empregados da mansão fugiam ao me ver chegar ou passar nos corredores, apenas Nana ainda tinha acesso a mim. Passei mais tempo no alto da mansão como um gárgula raivoso do que dentro da mesma, ela não acordava e isso estava me deixando muito frustrado, queria olhar em seus olhos e poder sentir seu cheiro adocicado de morango fresco. Sei que parece loucura, mais quando penso em vê-la acordada meu coração dispara e logo minha cabeça diz que é bem melhor para todos inclusive pra mim que ela permaneça em sono eterno, aí meu coração fica pequeno e aflito, por isso estou enlouquecendo. Duas vontades Dois desejos e isso machuca demais!
O que não me deixou mais louco ainda foi diversas aparições de licantropos nos quatro cantos do mundo, os caçadores espalhados nestes locais estavam tendo uma certa dificuldade em fazer o controle sem que a humanidade percebesse. Auxiliei o máximo que consegui, mais não pude me afastar por muito tempo da mansão tive medo que eles pudessem atacar enquanto ela dormia, seria um alvo fácil naquelas circunstâncias. Tive que lutar não uma mais várias vezes durante essas horas, a floresta estava repleta deles, os portais abriam a qualquer momento, Bram me auxiliou nisso também mantendo vigilância constante.
Até durante o dia havia ataques! Diversos turistas estavam desaparecendo o que complicava as coisas, usando minhas habilidades salvei alguns, outros infelizmente não cheguei a tempo. As autoridades locais sobre minha influência deram um alerta de animais selvagens na região o que estava no momento evitando demais mortes. Mais sempre havia aqueles imbecis que corriam risco seja pela curiosidade ou uma boa foto para suas redes sociais. Flor de Lis ajudou também pedindo aos insetos e outros animais da floresta que intensificasse os ataques as pessoas que entrasse na floresta, então a incidência de picadas de cobra e abelhas aumentaram cem por cento este ano. Só que agora teríamos que lidar com cientistas e a mídia, mais um dos amigos bruxos de Nora que também atuava na área da pesquisa científica declarou em cadeia nacional a um famoso jornal local que tudo apenas se passava de migração por parte dos animais em geral, que poderiam estar se mudando ou buscando alimento em zonas mais férteis. Por enquanto parecia que bastaria isso, mais não sabemos até quando também.
Nora teve a ideia de fazer uma magia e tornar a floresta um labirinto na tentativa de evitar possíveis mortes de inocentes, seria trabalhoso, mais ela e Flor de Lis estavam correndo contra o tempo agora. Diana também ajudava era uma exímia guerreira como todas as amazonas e aniquilou muitos licantropos, o que a deixou menos entediada nestes dias, resolvemos seguir em direções opostas para cobrir uma área maior! Mentira! Eu não queria a companhia de ninguém e ela trabalhava bem melhor sozinha como eu, foi mais lógico assim ou poderíamos nos matar pois cada um tem a personalidade forte demais.
"Que os Deuses tenham piedade de todos nós se os licantropos atacarem novamente, teremos sérios problemas, pois a raça humana se enfraqueceu demais durante esses séculos, principalmente espiritualmente, eles estão substituindo tudo pelo dinheiro e poder até mesmo os próprios Deuses são afastados por sua ganância desenfreada." Suspiro pensativo e apreensivo.
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ LOBISOMEM (A MALDIÇÃO) - Ato 38 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
Entre todas as peculiaridades do mundo sobrenatural, a lenda do lobisomem é a mais próxima da realidade humana. Este fato é determinado, devido a milhares de menções ou relatos, que foram contados ou passados de geração em geração, através de famílias durante séculos, atrás de séculos.
Com diversas contradições, mitos e lendas ninguém sabe na verdade o que originou tamanho mal. Velozes, fortes, e com sede de sangue, se locomove em aspecto "de pé" por suas duas patas inferiores, utilizando de suas garras das patas superiores para atacar suas presas, destroçando suas vítimas e arrancando suas carnes de seus ossos. São seres sem total controle de suas ações, amaldiçoados pela vontade de matar e se alimentar. Eles não podem controlar seus atos ou sua sede de sangue, atacando até mesmo seu próprio irmão, sua família e até mesmo seu melhor amigo ou sua amada sem a mínima misericórdia.
A questão que nunca deixa nenhum mortal se calar ao perguntar! Mais qual é a origem da maldição dos lobisomens? Quem as criou? Por que motivo ela foi lançada? Tal fato pode ser minuciosamente respondida de maneira que milhões de histórias poderiam ser ligadas para determinar um único "fato". A mais aceita entre todos os mundos é essa: Nossa história começa com os antigos povos Maias. Essa civilização de tamanho poder e sabedoria. A muito comparados aos Egípcios, tanto em seu poder de adoração a várias entidades, como Deuses de diferentes formas, mais também em lendas e mistérios. Tudo se inicia por causa do culto e adoração ao principal Deus dos Maias Gucamatz Deus da criação, sobre o ritual da lua cheia ao ver que seus adoradores, haviam sacrificado crianças, seres puros e inocentes ao seus olhos em massa para seus desejos egoístas e pessoais, lançou sobre seus adoradores e sacerdotes uma maldição, ordenando que os espíritos dos lobos guardiões do submundo, invadissem os corpos dos seus castigados e transformasse em toda lua cheia eles em lobos sanguinários por sangue, para que matassem uns aos outros e seus filhos e família para que aprendessem que o amor e a vida era preciosa e assim também desse fim a sua linhagem. Com a maldição lançada sobre a lua cheia, os sacerdotes e adoradores, amaldiçoados pelo Deus, transformaram-se em lobos atacando todos em sua volta. A maldição, se perpetuou pelos milênios, sendo transmitida por toda a terra. Hoje a maldição do lobisomem se estende na maior parte dos principais países do planeta. Mais toda maldição tem seus benefícios e malefícios, um vírus acabou por se desenvolver entre eles e aí, vocês já conhecem o restante da história, Vírus + mordida = Mais licantropos, isso acontece a quem sobreviver a sua mordida.
Os likans, são uma espécie secundária de lobisomens com uma união maior da raça humana. Nos primórdios e na era das trevas, os lobisomens de puro sangue foram unidos com o acasalamento com humanos, originando uma espécie menos "corrompida", tanto em seus poderes como em sua transmissão da maldição, o likan obtém mais controle de seus atos e pensamentos, diferente dos licantropos. E ainda continuam sua evolução!
Flor de Lis leu o restante e ficou abismada e muito impressionada com o quanto a Nora detinha conhecimento desses seres monstruosos. Ela acabou sua pesquisa afinal e compreendeu que teria de tomar cuidado a ajudá-la no encantamento pois havia a segunda raça irmã que não poderia ser afetada por um erro ou mesmo falta de conhecimento.
— Percebeu agora Flor de Lis por que se faz necessário os estudos e as pesquisas, sem eles poderíamos julgar a todos da mesma forma e não podemos tirar conclusões apressadas, como diziam os antigos "os dedos da mesma mão não são idênticos". Devemos sempre apreender com os erros do passado, devemos agir e sermos diferentes da humanidade que infelizmente tem uma memória curta e sempre comete os mesmos erros! Mais lembre-se sempre, entre os mesmos humanos a suas exceções!
— Obrigada Nora por me aceitar como sua aprendiz, não a decepcionarei eu prometo! Além do mais você é como uma mãe para mim! Afirmou confiante e empolgada.
— Assim espero Flor de Lis, você é uma boa garota! Confirma Nora feliz. — Vamos voltar aos estudos estamos apenas no início ainda. Você ainda precisa colher estas ervas para iniciarmos o encantamento. Entrega-lhe uma lista com todos os materiais e ingredientes necessários. — Pedirei a Nana e a Diana para te ajudar, isso é de extrema urgência!
✼ ҉ ✼ ҉ ✼ MENSAGEM SÚBITA - Ato 39 ✼ ҉ ✼ ҉ ✼
Nora decidiu caminhar um pouco pelo jardim o contado com a natureza sempre a deixou mais relaxada e tranquila, só assim poderia iniciar os trabalhos para colocar seus planos em ação, uma magia de grande porte como aquela exigiria muito de seus poderes, se usa -se um pouco de seus adquiridos poderes anteriormente não lhe causaria dando dano nem aborrecimentos, mais havia jurado jamais os invoca-los, desde aquele dia de Apollonius tirou seu frágil e pequenino Yan de seus braços, jurou jamais utilizar nada que viesse de seu antigo amante.
Ele há havia magoado demais, suas feridas ainda estavam vivas e jamais cicatrizariam, muitos poderiam pensar que ainda amava Apollo, mais esse sentimento estava morto e enterrado. Em um momento de ódio e angustia havia feito o desligamento de almas, mesmo sabendo que poderia jamais amar ou se apaixonar novamente por nenhuma criatura, fora necessário para sobreviver a tamanha dor.
Nora Davos destruirá sua alma feminina, aquela parte onde a maioria das mulheres sejam humanas ou não guardam seus sentimentos e desejos por um amor romântico. Ela se tornara fria e insensível a qualquer sentimento carnal. Só o amor materno e fraterno havia mantido. Por isso não conseguiu mais manter contato com Apollo, seu elo havia sido quebrado eternamente.
Seus pensamentos estavam muito longe dali e nem reparou que Yan a observava de cima do telhado; até que uma grande coruja veio voando e posou diante dela. Era uma mensageira dos 5 anciões e não poderia ser nada de bom. Retirou a mensagem de uma de suas patas e entrou correndo para dentro. Yan se tele transportou em seguida parando em sua frente desconfiado.
— O que aqueles velhotes querem afinal com você e não adianta tentar esconder nada vi quando o mensageiro chegou, qual é a urgência deles agora? Indagou fechando completamente a sua passagem para o andar de baixo.
— Yan agora não. Preciso descer ao subsolo e falar com Flor de Lis! Caso queira me acompanhar será bem - vindo! Não iria esconder nada de ninguém só que há providências mais importantes e urgentes do que falar com você neste exato momento! Responde impaciente. Ele a deixa passar abrindo caminho e a seguiu em silencio pelas escadas subterrâneas. Passaram por diversos corredores e portas fechadas, aquilo era um labirinto bem debaixo da mansão.
Lis estava debruçada em cima de inúmeros livros e parecia muito cansada, mais não perdeu o foco e nem a disposição em nenhum momento. Virou-se percebendo passos em sua direção, Nora chegou com o semblante indescritível e Yan a seguia com sua habitual cara amarrada.
— Lis temos um problema, o encantamento terá que ficar pra mais tarde, os anciões querem que eu me apresente imediatamente em sua cidadela. Você ficará responsável por cuidar de tudo na minha ausência, cuidará de deixar tudo pronto para quando eu voltar! E manterá Katryna em segurança. Pegou algumas coisas e continuou sem se virar para olhá-los. — E você meu filho será o responsável pela segurança de todos até a minha volta.
Ele a olhou por cima de seus ombros e caminhou distraidamente pelo cômodo, como se não a ouvisse, sua atenção foi até alguns portas retratos antigos.
Nora ainda um bebê, uma criança repleta de poderes e bem estranha por sinal. Pegou uma outra foto e a olhou demoradamente, seus pensamentos tentaram vislumbrar um tempo no passado a procura de pistas. Poderia simplesmente perguntar a ela mais não tinha coragem ainda.
Nora jovem uma linda e espetacular mulher, não se admirava de um anjo a tenha cortejado afinal, nascerá dessa união, uma bruxa e um anjo celestial. Será que eles se amaram realmente? Por que havia se separado? Será que ele era a causa? Quantas perguntas se passaram por sua mente naquele instante. Um porta retrato vazio jogando em um canto da mesa empoeirado, com a escrita em latim: Apollonius. Levantou suas sobrancelhas intrigado.
— Mais alguma coisa ou terei que ser babá de mais alguém? Seu coração acelera de repente.
— Cuide pessoalmente de Katryna e do restante de seu treinamento você é o mais indicado neste momento. Termina de arrumar suas coisas. — Não sei quando poderei voltar; quero aproveitar e pedir aos anciões livre aceso a biblioteca proibida e aos dez livros antigos sobre magia.
Lis arregala os olhos e Yan diz: — Pelo que presumo você já tem um plano traçado. Como sempre a fria e insensível Nora Davos tem sempre uma carta na manga. Descruza os braços e sai da sala.
Nora não diz mais nada e abre o portal para cidadela se despedindo de Lis que promete cuidar de tudo afinal era sua aprendiz, Nora sorri e salta para dentro dele acenando.
2936 Palavras
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