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Capítulo 32


Camilla Narrando:

Que raiva me dá do Theo, depois de tudo que aconteceu ele acreditar nela, acreditar que ela mudou. Ela deve ter mudado, mais é de roupa,apartamento, cabelo, tudo menos essa alma suja que ela tem.

Eu paro num acostamento para me acalmar um pouco, pego meu celular e ligo ele. Não demora para cair várias mensagens do Théo. E uma nova mensagem da Lívia que me faz lembrar que temos que conversar, somente aí eu percebo que se eu não me apressar não chegarei a tempo no restaurante então ligo o carro e volto a dirigir.

Chego logo ao restaurante combinado, para numa vaga em frente. Pego minha filha que acordou no meio do caminho e ficou brincando com as mãozinhas, pego a minha bolsa e a bolsa dela e saio do carro, fechando-o logo em seguida. Atravesso a rua e entro no restaurante, vejo Lívia de longe sentada na mesa.

-Boa tarde a senhora deseja uma mesa?- a recepcionista fala bem na entrada.

-A minha amiga está me esperando logo ali.- falo apontando com o dedo.

-Sim senhora, fique a vontade.- ela fala chamando uma moça com com o dedo logo atras de mim.-Leve ela até a mesa 7.

-Vamos, me acompanhe.- a outra moça fala.

Eu a acompanho até a mesa em que está a Lívia,que quando me vê se levanta vindo até a mim.

-Oi Milla. Oi princesa da dinda, que saudades de você.- ela fala brincando com Yasmin no meu colo.

-Oi Lívia,como você está?-eu falo me sentando na cadeira.

-Estou indo. E vc?- ela fala se sentando também.

-Estou bem. Mais me conta, o que você quer conversar?- eu falo aí a Yasmin começa a chorar no meu colo. Eu pego a mamadeira da bolsa com a outra mão e dou pra ela.- Pronto meu amor, você deve estar com fominha princesa da mamãe.- falo com voz de bebê.

-Eu queria te pedir desculpas por tudo que eu falei para você. Eu falei com Bruno e ele falou que você nunca quis nada com ele. Eu fui muito injusta com você. E te chamei aqui pra pedir isso, pra você me desculpar por tudo o que eu disse naquele dia.- ela fala começando a chorar.

-As palavras machucam, mais o que mais me machucou foi eu ter vivido tantos anos de amizade e você por causa de alguém como ele deixasse de acreditar em mim, em nossa amizade. Mesmo se eu te desculpar hoje não será mais a mesma coisa, nossa amizade se desfez naquele momento em que você virou as costas pra mim e deixou de acreditar naquela que te deu ombro quando mais precisou. Saí machucada e muito nesta historia toda.- eu falo balançando Yasmin em meu colo.

-Eu sei, eu também sai...- ela fala mais eu a interrompo.

-Quem mais foi antingida fui eu Lívia, eu fui a vitima. Ele me beijou a força. Eu ia te contar e contar para o Théo. Mais você me julgou, parecia que não me conhecia a anos. Não acreditou em mim.- eu falo chorando.

-Me perdoa Milla por favor.- ela fala enchugando as lagrimas.

-Perdoar é esquecer, e isso não vou esquecer. Posso te desculpar agora, mais não vai ser a mesma coisa. Você continua a sua vida e eu a minha. Quem sabe um dia, um mês ou anos a gente possa se encontrar e recomeçar nossa amizade, mais agora percebi que eu não quero mais. Ainda é muito recente.- eu falo guardando a mamadeira já vazia na bolsa e colocando Yasmin para arrotar.

-Tudo bem Milla. Quero que saiba que nunca imaginei nossa amizade terminar assim dessa forma.- ela fala se levantando.

-Eu também não imaginei. Mais aconteceu. Desejo que você seja feliz tá.- eu falo me levantando também.

-Você também. Desejo toda felicidade para vocês.- ela fala me abraçando e depois dando um beijo na Yasmin.

-Até mais Lívia.- eu pego minha bolsa e saio.

-Até Milla.- ouço a sua voz se despedindo.

Saio e vou em direção a saída a moça abre a porta para mim sair. Então vou para o carro e entro rapidamente colocando a Yasmin na cadeirinha. Ela olha pra e faz cara de choro.

-Calma meu amor, nós já vamos para casa, sei que está cansada do passeio.- eu falo dando um beijo nela e colocando a chupeta na boca dela.

Ligo o carro e vou embora para casa. Chegando no estacionamento eu desço e vou para o elevador. Seguida eu chego ao nosso andar no prédio. Procuro as chaves na bolsa, a Yasmin já dorme novamente. Não consigo encontrar a chave então eu toca a campainha. Não demora dona Júlia abre a porta.

-Oi minha filha, tudo bem?- ela fala preocupada.- Me dê a Yasmin aqui.- ela fala pegando-a do meu braço.

-Obrigado dona Júlia. Eu não estou bem. Vou para o quarto, coloca ela no berço pra mim e ligue a babá pra mim fazendo um favor.- eu falo jogando as bolsas no sofá.

-Sim minha filha. Senhor Théo ligou varias vezes. E pediu pra avisar quando chegar em casa.- ela fala andando logo atras de mim que estou indo para o quarto.

-Se ele ligar fala que já cheguei.- eu falo entrando no quarto.

Entro e fecho a porta, vou até o criado mudo e ligo a babá e me deito na cama e começo a chorar. Coloco para fora tudo que está me afligindo, me machucando. Ouço alguém batendo na porta.

-Quem é?- respondo sem me levantar da cama.

-Sou eu minha filha, tem uma moça chamada Kailla aqui.- quando ouço o nome dela sinto meu corpo arrepiar.

-Mande ela embora imediatamente dona Júlia. Se chame os seguranças pra ela se não ir.- falo gritando.

-Está bem senhora.- ouço ela falar do outro lado.

Pego o telefone na cabiceira da cama e ligo para o porteiro.

-Seu Agenor por favor quando essa mulher que veio até o apartamento aparecer não a deixe subir. E por favor mande os seguranças até aqui.- eu falo irritada.

-Sim senhora Camilla, mil perdoes.- ele fala e eu desligo.

Derrepente me assusto com a porta do quarto se abrindo e eu podendo ver o rosto daquele que eu menos queria ver agora, Kailla.

-Agora você vai ter que escutar.- ela fala entrando no quarto e fechando a porta na chave. Eu ouço dona Júlia gritando do outro lado. Mais não consigo ouvir o que.

-Você só pode estar maluca, saia já daqui do meu quarto, do meu apartamento.-falo gritando e me levantando rapidamente da cama.

-Não até você ouvir tudo o que tenho que falar querida.- ela fala e vejo em seu olhar algo que me dá medo. Meu corpo chega a arrepiar.

-Eu não quero ouvir nada. Você só pode estar louca.- eu falo indo para perto dela.

-Já me falaram isso uma vez e garanto que essa não fala mais.- quando ouço o seu riso diabólico no rosto eu dou um passo para trás.

-O que você quer dizer com isso?- eu falo temendo a resposta.

-Mortos não podem falar querida.- ela fala tirando uma arma da bolsa.- Agora peço que se sente e me ouça com atenção. SENTE-SE AGORA.-ela grita apontando a arma pra mim.

-Ok, eu estou me sentando. Pense bem no que você está fazendo Kailla.- eu falo deixando as lagrimas rolarem de desespero.

-Não precisa ter medo de mim. Não vou fazer nada a não ser que você me obrigue. Então me ouça bem, ninguém ama o Théo como eu amo. E não vai ser você quem vai tomar o meu lugar. Você roubou ele de mim. Mais ele vai voltar pra mim entendeu? Ou você sai da vida dele por bem ou sai por mal.- ela fala apontando a arma se aproximando de mim.

-Está bem Kailla, me perdoa por ter roubado ele de você. Eu vou me afastar dele para vocês serem felizes.- eu falo chorando, eu preciso analizar a situação, ela está doente. Então preciso tratar ela bem. Eu respiro fundo.-Eu vou sair da vida dele, não precisa fazer nenhuma loucura.

-Não sei porque, eu não acredito em você.- ela se aproxima mais de mim e eu me afasto para trás até encostar na cama sem ter mais como dar mais um passo para longe. Sinto que preciso fazer algo ou então ela vai me matar.-Não se preocupe, vou te fazer um favor, vou cuidar muito bem da sua filhinha e do meu Théo.- quando ela fala isso eu tento correr para o banheiro, ouço barulho de um tiro, eu não olho para trás, eu bato a porta e passo a chave. Derrepente ouço ela bater na porta.

-Vai abrir? Ou quer que eu abro.- eu me afasto, ela dá tiros na porta.

Eu entro em desespero, preciso fazer alguma coisa. Então ouço a porta do quarto se arrebentar. Eu me encolho no canto da banheira com a mão na cabeça. Ouço mais um tiro do lado de fora. Mais fico ali com medo, temendo pela minha vida. Então ouço uma voz masculina do lado de fora.

-Senhora Camilla, pode abrir a porta? Está tudo sob controle aqui fora.- ele fala e eu fico imóvel, não consigo nem me mecher.- Eu vou arrombar a porta, não se preocupe sou o segurança do prédio.- então ouço a porta ser quebrada.

O jovem entra e vem até a mim na banheira.

-Está tudo bem, estamos aqui. A senhora está machucada?- ele olha pra mim, eu apenas balanço a cabeça negando.- Vem comigo.- ele fala me tirando da banheira no colo.

Me leva para fora do banheiro onde vejo mais pessoas ali e a Kailla no chão baleada na barriga. Eu olho e ela está inconsiente, então me lembro de minha filha no quarto ao lado.

-Minha filha, minha filha.- me remexo para ele me soltar.

-Fique calma, ela está bem. Está no apartamento ao lado com sua empregada.- ele fala me deixando mais tranquila em saber que ela está bem. Ele sai do quarto e me leva até sala onde vejo alguns vizinhos curiosos,mais a policia e alguns para-médicos. Ele me coloca no sofá.

-Você está bem? Está ferida?- uma mulher que parece uma médica chega em mim para me atende. Eu balanço a cabeça negando.- Venham, tragam a maca. Ela está ferida.- ela chama mais dois socorristas para perto.- Ferimento no ombro direito parece não ter atingido nenhum osso.- ela fala examinando, então sinto a dor e percebo que estou machucada então minha vista se escurece.

Abro meus olhos com dificuldade por causa da claridade,sinto uma mão segura na minha, olho para baixo e posso ver Théo seguro em minha mão e deitado com o rosto por cima de nossas mãos juntas. Eu tento me mecher pra tirar, ele acorda assustado.

-Você acordou minha vida, como você está? Sente dor?- eu balanço a cabeça negando.- Quando soube o que aconteceu peguei o primeiro voo e vim direto pra cá. Queria ficar perto de você. Eu te amo tanto que não sei o que faria se te perdesse.- os teus olhos enchem de lagrimas.

-Eu fiquei com tanto medo.- eu falo, ele me abraça e começo a chorar em seus braços.

-Estou aqui com você minha vida. Eu devia...- eu coloco a mão em sua boca interrompendo o que iria falar.

-Não fala nada. Eu te amo e não existe nada e ninguém que possa impedir isso.- eu falo e ele me beija.

Somos interrompidos por uma enfermeira que entra no quarto.

-Desculpa interromper. Ela já pode ir embora. Está tudo bem com ela. Foi somente o choque do que aconteceu. O médico já deu alta e o seu ombro foi apenas um tiro de raspão.- ela fala entregando um papel para Théo.- Ele receitou esse remédio como calmante para ela.

-Está bem, obrigado.- Théo fala pegando o papel.- Vamos embora minha vida?- ele fala me ajudando a levantar.

-Vamos, e nossa filha? Está bem mesmo?- eu falo me levantando com o apoio dele.

-Ela está sim, eu pedi pra dona Júlia levar ela para um hotel.- ele fala enquanto saímos do quarto, então ele me surpreende e me pega no colo.- Vamos para lá até limparem nosso apartamento.

-Unhum.- me encolho em seus braços me lembrando do que aconteceu.

-Não se preocupe, a Kailla não vai mais machucar você, ela vai ser internada num sanatório. Ela está doente da cabeça.- ele fala enquanto saímos do hospital. Fomos para o carro, então ele me coloca no chão ao lado da porta do carro e abre para mim entrar. Então ele toma seu lado na direção do carro.

-Eu amo você minha vida.- ele fala segurando minha mão e dando um beijo nela e depois um beijo em minha boca.

-Eu te amo muito.

Fomos embora para o hotel ver nossa filha.

Oie, bem gente, espero que tenham gostado do capítulo. Esse foi o penultimo capítulo e a proxima será o final, mais o epílogo logo em seguida. Deixem seus comentarios. Obrigado pela atenção de cada um de vocês. 😍😍 Beijos e até a proxima.

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