Bruno Narrando:

Depois que fico sabendo que a Milla está em coma, fiquei desesperado, mais tive que me segurar para não demonstrar a ninguém o que sinto. Deixo a Lívia na casa dela e volto para o hospital novamente. Vejo Theo saindo com a filha no colo e só então decido sair do carro. Vou para o andar onde está o quarto dela no CTI. Falo com a enfermeira que me deixa entrar por ter me visto hoje mais cedo aqui, falei que sou amigo dela.

Então a enfermeira abre a porta do quarto e fala para eu não demora. Eu chego perto da cama dela e seguro em sua mão.

-Oi Milla, aqui é o Bruno. Acho que você pode estranhar por estar aqui. Mais tenho que conversar com você, não suportaria esperar até amanhã para dizer isso para você. Milla, eu me apaixonei por você, não sei te explicar quando foi, apenas me apaixonei. Tentei tirar esse sentimento impossivel do meu coração, mais não consegui. Agora ver você assim nesta cama está me matando por dentro, porque esse sentimento não é egoísta, quero te ver bem, nem que seja nos braços de outro. Só não quero ver você assim dessa forma. Eu não enganei você e nem sua amiga. Alias, você sabe que nós não temos nada de verdade. Eu queria tanto ter chegado a te conhecer antes. Queria tanto poder te amar sem sentir essa culpa que sinto, de amar alguém que tem outro no coração. Agora estou aqui abrindo o meu coração para você, quem sabe essa seja a unica forma que tenho coragem de confessar isso. Espero que você acorde logo. Eu já vou indo.- eu falo e dou um beijo em sua mão.

Saio do quarto e vou embora para minha casa.

Theo Narrando:

Uma semana depois...

Uma semana já se passou, e ainda estou tentando entrar nesta nova rotina. Ter minha filha por perto tem me ajudado a ter forças para caminhar, eu vou todo dia ver a Milla no hospital.

Passo pelo menos duas vezes por dia lá. Fico conversando com ela sobre a nossa filha, sobre o quanto amo ela e que estou esperando ela acordar. As vezes choro logo após sair do quarto.

Ontem ela saiu do CTI, foi para o quarto, pelo menos ela não está mais tão cheia de aparelhos, ela está somente no oxigênio.

Saí cedinho para ver a Milla no hospital e vim para o trabalho.
A irmã dela chegou hoje cedo para ver ela. A Carla as vezes finge de forte, mais percebi que está muito abalada com toda essa situação.

Ouço um barulho de mensagem em meu celular, e vejo que Carla mandou uma mensagem no meu whatssap.

Mensagem recebida:

Olha só que princesa linda no colo da titia. Tão bela quanto a mãe dela. Vou levar ela na pediatra e já voltamos Theo.

Eu sorrio quando vejo a mensagem e a foto de minha princesa. Logo me entristeço pela Milla não estar vendo ela agora. Eu respondo a mensagem e volto a trabalhar. Meu celular toca e eu atendo.

-Alô.

-Oi Theo, como você está? Aqui é a Laura.- puxo pela memória tentando me lembrar.

-Ahh, doutora Laura?- pergunto.

-Não precisa me chamar de doutora Theo. Como você está?

-Eu prefiro de chamar de doutora. Eu estou bem e você?- falo educadamente.

-Tudo bem, se você prefere assim. Eu estou bem. Você sabe que pode ligar para mim e marcar uma consulta se você não estiver bem. Para a gente conversar profissionalmente.- ela fala.

-Eu estou bem, mesmo assim obrigado doutora. Estou meio ocupado no momento, a gente conversa outra hora.- falo tentando encerrar nossa conversa.

-Tudo bem Theo, até qualquer hora. Beijos.- ela fala.

-Xau doutora.- eu desligo.

Tive a certeza que ela estava dando em cima de mim. Mais não tenho interesse nenhum, espero que ela tenha entendido. Volto a trabalhar e atendo o proximo cliente. Termino de atender ele e saio para ir embora.

-Maria, eu já vou e não volto mais hoje. Tenta reagendar meus compromissos para a proxima semana. Até mais.- falo saindo.

Vou para casa e encontro Carla no elevador chegando com minha filha.

-Oi Carla, oi minha princesinha.- falo pegando a Yasmin no colo.-Como foi na pediatra?

-Foi tranquilo, ela tomou as vacinas. Toma cuidado com o bracinho dela e a perninha. Ela vai ficar meio enjoadinha. Já comprei o remedio para dar para ela.- ela fala apertando o botão do andar do apartamento.

-Ohh meu amorzinho. Papai vai cuidar de você.- eu falo balançando ela no colo.

-Não vai trabalhar mais hoje?- ela fala e nosso elevador para e vamos saindo.

-Não, vou voltar somente na semana que vem. Quero poder ficar pertinho de minha filha e no hospital com a Milla.- eu falo.- Abre a porta para mim Carla.

-Pode deixar.- ela fala abrindo a porta.- Vou tomar um banho e vou para o hospital ver a minha irmã.

-Eu vou mais tarde, quero ver com a médica se posso levar a Yasmin comigo.- eu falo me sentando no sofá.

-Meu filho você chegou cedo hoje.- dona Júlia fala vindo a cozinha.- Oi minha filha, você não demorou no médico.- ela fala para Carla.

-Foi rapido lá dona Júlia, agora vou tomar um banho.- Carla fala indo para o quarto.

-Eu decidi tirar o resto do dia de folga e vou voltar a trabalhar somente na semana que vem. Quero ficar um pouco com minha princesa e com a Milla no hospital.- eu falo.

-Que bom, quer comer alguma coisa antes do almoço?- dona Júlia fala.

-Não quero não, vou levar minha filha para o quarto. Prepara uma mamadeira para ela.- falo me levantando e indo para o quartinho dela.

Coloco ela no berço e percebo que ela está meio quentinha. Troco a frauda dela e dona Júlia entra logo em seguida.

-Ela está meio quentinha dona Júlia.- eu falo colocando um macacão nela.

-Deve ser da vacina que tomou meu filho. Já deu o remédio para ela?

-Não, a Carla falou que comprou, daqui a pouco ela vem aqui e pergunto para ela.- falo pegando Yasmin no colo e sento na poltrona.

-Toma a mamadeira meu filho.- dona Júlia fala saindo.

-Você deve estar com fome neh minha princesinha.- falo colocando a mamadeira na boca dela. Ela mama me olhando. Seus olhos me lembra a Milla. Como queria que ela tivesse aqui.

Assim que ela termina eu a faço arrotar e começo a balançar ela para dormir, mais ela começa a chorar.

-Theo aqui o remédio, ela deve estar sentindo dor.- Carla fala entrando no quarto.

-Ela está quente Carla.- eu falo tentando acalmar ela.

-É normal isso, toma aqui, segura ela que dou esses gotinhas na boca dela.- ela fala e eu seguro ela no colo e Carla pinga o remédio na boca da Yasmin.

-Mais tarde eu passo no hospital. Você vai almoçar em casa?- falo balançando Yasmin que começa a ficar mais calma.

-Não vou almoçar não. Qualquer coisa me liga tá. Xau linda da titia.- ela fala dando um beijo na Yasmin e saindo do quarto.

Fico ali balançando minha pequena até ela dormir, coloquei ela no berço, liguei a babá eletronica e fui para o meu quarto.

Deitei um pouco e ainda pude sentir o perfume da Milla no travesseiro. Dei um pequeno cochilo, mais logo acordo com Yasmin chorando no quarto. Me levanto e vou vê-la. Pega ela e balança no colo até acalma-la.

-Vem almoçar meu filho, eu cuido dela.- dona Júlia fala entrando no quarto.

-Não precisa, eu almoço depois, vou ficar com minha filha agora.- eu falo.

-Tudo bem, qualquer coisa é só me chamar.- ela fala e ouço a campainha tocando.- Vou lá atender.- ela sai do quero.

Fico observando minha filha em meu colo e percebo que ela chupa a mãozinha e logo vejo não adianta o que nós dois decidimos antes dela nascer, que nao chuparia chupeta, ela já decidiu chupar a mão. Dou risada olhando. Quando vejo a porta abrir.

-Toc, toc. Posso entrar para ver a princesa mais linda da dinda?- Lívia fala entrando.

-Ela está meio enjoada Lívia.- falo para ela que pega Yasmin no colo.- Cuidado com a perninha dela ela tomou vacina, está dolorida.

-Ok, papai, não vou machuca-la. Vou somente morder essa buchechinha gostosa olha só.- ela fala brincando, mais Yasmin começa a chorar de novo.- Não vou morder, não vou morder, não chora princesa.- ela fala balançando.

-Falei que ela está enjoada Lívia, vem cá com o papai.- falei pegando ela no colo e colocando ela de barriguinha para baixo na palma da mão. Ela vai parando de chorar.

-Colo de papai tem doce neh Yasmin, papai tem taticas.- ela fala rindo.

-Lógico que tive que aprender como acalmar ela, tive altas aulas, consegui até diploma.- falo rindo.

Fiz a Yasmin dormir, conversei um pouco com Lívia e fui para o quarto tomar banho, me vesti e já estava saindo do quarto quando ouço Carla conversando com a Lívia na sala.

-Eu vou lá para o hospital, vocês cuidam da Yasmin para mim, eu volto mais tarde.-eu falo.

-Pode ir tranquilo Theo, vou cuidar bem de minha subrinha.- Carla fala me tranquilizando, eu sei que ela vai cuidar bem de minha filha pois ela também é mãe.

-Obrigado Carla, qualquer coisa me liga.- falo saindo do apartamento e indo para o hospital. No caminho passo em uma floricultura e compro flores. Sempre levo para o hospital. Não demora já estou no hospital afinal eu moro perto.

Entro no quarto da Milla e me sento ao seu lado.

-Oi minha vida, eu trouxe flores para você, não são tão linda quanto a sua beleza mais você vai gostar.- dou um beijo na sua testa.- Hoje nossa filha foi a pediatra, ela tomou vacina, está meio enjoada. Sua irmã ja veio te ver neh, ela veio passar uns dias aqui, nãp sei se demora, pois ela deixou os filhos com o pai. Sinto sua falta meu amor. Eu acredito que você está lutando para acordar logo. Por favor não desiste da gente, lute. Continue lutando para poder sair dessa. Eu estarei aqui te esperando com nossa filha.- eu me levanto e deito ao seu lado num pequeno espaço e fico passando a mão em seu cabelo. Fico ali por algumas horas, saio do quarto para comer algo e volto para lá novamente. Assim fico com ela até ter voltar para casa pois preciso ficar com minha filha. Me despeço dela e vou.

Chego em casa tarde da noite, vou para o quarto da Yasmin e percebo que ela está dormindo tranquila. Então pego a babá eletronica e levo para meu quarto. Durmo por alguns minutos até acordar com o choro dela, eu levando preparo uma mamadeira e dou para ela que dorme novamente. Eu volto para o quarto e durmo.

"-Ela é linda, parece com você.- eu falo colocando a Yasmin no colo da Milla.
-Oi meu amor, como eu queria poder estar com você no colo antes, mais a mamãe estava dormindo sonhando com vocês, agora estou aqui de volta.- ela fala passando a mão no rosto de Yasmin e me dando um beijo."

Acordo chorando com o esse sonho, parecia tão real. A dor da saudade aperta em meu peito, como nossa vida mudou tanto em menos de um ano. No momento de nossa maior felicidade ela fica naquela cama. Mais eu a amo tanto, sei que ela está lutando para logo acordar e estar com a gente novamente e enfim podermos nos casar.

Oie gente, fiz esse capitulo chorando pois não está sendo fácil escrever sem a personagem principal. Obrigado pelos comentarios. Eu me emociono e vivo cada cena desse livro. Agora me surpreendi com o Bruno tendo uma paixão pela nossa Milla. O que vocês acharam da filhinha deles, é muito fofa neh. 😍😍 Até o proximo capitulo. Beijos 😘😘😘