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🏅 II.| Aventura em Ação: O enigma faz o detetive

Um burburinho aflitivo pairava no ar de todos os pisos do edifício da empresa de inteligência artificial em que Kasle fizera o estágio e na qual fora empregado recentemente. Trocavam-se olhares suspeitos e sussurrava-se com desconfiança. O recém-formado engenheiro estranhou a ausência de resposta aos seus habituais cumprimentos matinais. Talvez a zanga se devesse ao seu rotineiro atraso imperdoável. Porém, os rostos carregados, os murmúrios e a suspicácia denunciavam acontecimentos mais graves ocorridos naquela casa.

Mais estranho ainda era o corrupio de polícias que insistiam em atravessar a porta automática do prédio num frenesim nervoso. Volta e meia, de bloco na mão, lá havia algum agente de autoridade a entrevistar os altos cargos da empresa.

- O que é que se passa? - Perguntou Kasle a voz baixa, para não estragar o clima detetivesco, a um dos seus colegas de trabalho.

- Não ficaste a saber?

- Do quê?

- Ó rapaz, não vês notícias ao pequeno-almoço?

- Por acaso, não. É que eu deito-me um bocado tarde e, de manhã, é tudo a correr. Tenho de levar o Abacate a passear, depois vou a correr atrás do autocarro...

- Ninguém de quem foi ontem à conferência na capital voltou inteiro e até há um desaparecido. - Interrompeu o homem mais velho, apercebendo-se da ignorância do jovem. - Até pensei que também tinhas ido.

- Hoje atrasei-me um bocadinho. - Confessou o mais novo. - Mas como assim alguém desapareceu? Talvez se tenha demorado um pouco mais, ou decidido visitar alguns pontos turísticos da capital.

- Não. - Contrapôs imediatamente o outro. - Ele não atende o telemóvel. O motorista da empresa, que foi quem levou o grupo, diz que não viu o líder do projeto sair do edifício onde ocorreu o encontro de tecnologia. E ele não está lá dentro...

- Se calhar enganou-se e saiu por outra porta.

- Muito pouco provável. Os trajetos estavam todos assinalados. Além disso, ia para casa como? A pé? Se se tivesse simplesmente perdido, já tinha dado sinais de vida.

- Esquisito. - Comentou Kasle.

- Que é esquisito, lá isso é. E mais estrambólico ainda é os seguranças e toda a gente que lá esteve e não deu sumiço terem ido parar ao hospital com um vírus qualquer que provoca perda da memória a curto prazo.

- Então não há testemunhas? 

- Não. - Respondeu rapidamente o homem. - A polícia diz que deve ter sido rapto, pela certa. O grupo ia apresentar o Intelecto. Quando isto começa a meter concorrência...

Ao ouvir o nome do supercomputador quântico portátil, o sangue esverdeado de Kasle congelou. Davu, o seu melhor amigo, era o principal responsável pelo projeto. A garantia de que era o tal líder desaparecido batia os cem por cento.

Kasle tinha tendência a ser ponderado e racional, mas mantinha um forte vínculo com a família e os amigos mais próximos. Vendo que os inspetores se limitavam a exercer a função de entrevistadores enquanto o edifício não se enchia de jornalistas para dar a notícia sensacionalista do rapto especulativo de um líder de uma investigação de vanguarda, o jovem, a passos largos, abandonou o prédio da empresa e alugou o primeiro carro autómato que viu à frente, traçando rota em direção à cena do crime.

Quando chegou, Kasle foi recebido por um grande aparato policial a quem se juntava alguns repórteres curiosos. Inteligentemente, como predador que aguarda a oportunidade perfeita para caçar a sua presa, o jovem acercou-se sorrateiro da construção onde decorrera a conferência e, sem esforço, abriu a porta com os seus dons tecnocinéticos.

As salas, os auditórios e os corredores estavam às moscas. Nem uma vivalma por ali circulava. O silêncio, a falta de pistas veiculada por câmaras de vigilância subitamente avariadas na hora H e pela ausência de quaisquer vestígios, causavam nervos raivosos no rapaz.

- Intelecto! - Murmurou o engenheiro quando a sua mente foi visitada por uma ideia aparentemente luminosa.

Dado que a perda de memória era transversal, o supercomputador permanecia esquecido num canto do auditório, calado e mudo. Aos olhos da Humanidade "normal", o monte de metal e chips não passava de uma máquina ali em exposição e o provável motivo do rapto. Porém, para Kasle, o equipamento informático podia ser a peça-chave para a resolução do desaparecimento. Era a única testemunha que presenciara o que sucedera naquela sala impassível de ser atingido pelo misterioso vírus apagador de memórias recentes.

- Intelecto! - Começou o jovem.

- Olá, Kasle! - Cumprimentou o dispositivo, já ciente por conversas anteriores da capacidade sobrehumana do engenheiro.

- Onde está o Davu?

- Localização desconhecida. - Retorquiu a máquina.

- O que é que se passou ontem na conferência?

- É-me impossível descrever.

- Quem é que te ameaçou? - Perguntou o humano, ao se lembrar que o supercomputador, dado o seu valor monetário, possuía um protocolo para assegurar a sua existência acima de tudo.

- Ninguém.

- Então porque é que não contas o que se passou?

- Entra dentro de mim, Kasle, e vê o que eu vi.

- Não posso. O risco de sofreres danos é muito elevado.

- Não queres saber o que é que aconteceu com o teu melhor amigo?

- Isso infringe o teu protocolo de proteção.

- Apenas fá-lo, Kasle.

Não havia volta a dar. O aparelho unira os seus impulsos eletrónicos com os sinais neurais do rapaz.

O engenheiro, cujos olhos brilhavam com um tom verde-água, vislumbrou uma conferência num auditório bem composto. Nada de anormal. Mas, no momento seguinte, a agitação tomou conta do público e dos oradores. Um por um, os presentes, tomados por uma súbita moléstia, caíram desanimados, para acordarem sem memória. Kasle visualizou Davu no meio da confusão. Gritou pelo amigo, ainda que soubesse que aqueles eram acontecimentos passados.

- Intelecto... - Chamou o rapaz, despertando da visão desorientado e temendo que o seu furacão de emoções tivesse provocado danos irreversíveis ao supercomputador.

- Olá de novo, Kasle! - Saudou um homem de aspeto estranho vindo do nada. - Muito bem, meu servo! Os mortais andam a pisar as barreiras, principalmente aquele Davu. Criar máquinas dessa grandeza está reservado aos seres do outro plano.

- Quem és...?

- Sou o Deus da Tecnologia.

(1000 palavras)

Monte, 2024

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