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III - Acordando do Coma

Carlos

Aquele beijo!

Ei acho que de todas as meninas que eu já fiquei um dia o beijo da Katie nessa noite foi o melhor de todos. Não importa se estamos prestes a invadir uma biblioteca para procurar documentos antigos, não importa se corremos risco de sermos pegos por alguém, eu só queria ficar ali, ao lado desse garota, fazendo coisas que nunca pensaríamos que iriam acontecer.

Depois que invadimos e vimos algumas coisas estranhas, como marcas na parede um velhinho apareceu no lugar, foi aterrorizante ver os livros caírem das estantes, as luzes piscar, a cor do olhar do homem mudar, o tom de voz ficar desconfigurado.

Eu sempre fui cético nessas questões relacionadas a sobrenatural, mesmo sabendo que meu pai mexe com essas coisas, e eu nunca falei isso para ninguém. Tinha medo que as outras pessoas me achassem um babaca ou até ficassem com medo de mim. Quando eu era criança, entrei em quarto que não dorme ninguém em minha casa e eu sempre via meu paia entrando nele quase todos os dias de noite, e o mais intrigante era quando mais amigos deles vinham até a minha casa e entravam juntos naquele quarto. Conforme fui crescendo minha dúvida só ia aumentando. O que meu pai faz Ali dentro?

- Pai, o que você faz no quartinho da bagunça? - Era assim que ele chamava esse quarto.

Ele arregalou os olhos, levantou ambas sobrancelhas e deu um leve riso.

- Você está interessado no que tem atrás daquela porta filho? Acho que já está saindo da infância, né? - Colocou a mão em minha cabeça e bagunçou o meu cabelo.

Meu pai estava preparando o café da manhã. Desligou a cafeteira, pegou as torradas que ficaram prontas e colocou na mesa. Sentou e pediu que eu sentasse.

- Está muito cedo para você saber e entender tudo que se passa nesse mundo, garoto. - Mordeu uma torrada. - Mas, quero que saiba que o seu pai está muito feliz por você ter iniciado a se interessar. Há coisas que fazem medo inicialmente, mas depois nos acostumamos, sabe?

Confesso que eu não estava entendendo nada. Óbvio. Ele estava falando com um menino, nem me recordo que idade eu tinha realmente, só sei que essa minha curiosidade durou por mais alguns anos, até que chegou o momento.

Lembro que eu estava no computador, pesquisando alguma atividade de história geral. Era sobre a idade média. Quando comecei a ler a parte das bruxas meu pai chegou. Ele tinha o costume de entrar em meu quarto sem bater, dá um beijo na minha cabeça e ir para o quarto dele ou para o quartinho. Eu tinha até esquecido que um dia tivemos aquela conversa, até que ele iniciou outra.

- Pesquisando sobre a inquisição meu filho? - Pergunta.

- Sim! Trabalho de história geral. Há muitas contradições, e a versão da igreja é bem interessante, eles não negam que erraram mas refutam com diversos argumentos a base que aprendemos na escola.

- Filho! Não importa se uma pessoa morreu, ou duas, ou mil. O grande problema é a morte das pessoas. É isso! Se uma morreu, houve morte.

- Hum. - Balanço a cabeça.

Ele senta na minha cama e fica em silêncio por uns minutos, ele sempre faz isso quando quer falar algo importante e não consegue, então espero até ele ter coragem.

- Vamos até o quartinho da bagunça?

O que? Ele nunca me deixava entrar lá, e agora quer me mostrar o que finalmente tem no quarto? Para ele ter ficado em silêncio antes de me convidar verdadeiramente, deve ter algo muito importante. Fico sem reação, eu quero, mas tenho medo do que eu possa encontrar lá. E se for um quarto tipo daquele honem de 50 tons de cinza? E se meu pai for colecionador de bonecas? E se ele tem um hobby secreto? A tantas coisas passaram pela minha cabeça.

- E aí? Você quer ver o que tem no quarto?

- Quero. - Minha voz sai mais baixa do que eu pensei.

- Quer ou não? - Ele me dá a oportunidade de mostrar entusiasmo novamente.

- Quero! - Respondo com mais ênfase.

- Vamos.

Ele levanta e vai em direção ao quartinho. Coloca a mão no bolso de sua calça social e retira uma chave. Confesso que o chaveiro é meio estranho. Ao abrir a porta inteiramente percebo que o quarto é escuro, as paredes são pretas, não há luz, apenas velas fixadas na parede por umas estantes de madeira e algumas no chão no canto da parede. O quê é isso? Continuo andando e quando entro totalmente no quarto vejo que a parece que ao dava para ver quando a porta foi aberta é vermelha, no centro há um altar cheio de flores e uma imagem, mas não é uma Imagem típica de igreja, é algo aterrorizante. É um homem, sei lá, com o rosto de um Carneiro. Olho para os meus pés e vejo que estou no centro de uma estrela de 5 pontos, o teto é repleto de coisas penduradas, estão dentro de uns saquinhos de plástico. Em uma das paredes há uma frase pintada na cor branca: " Louvemos as almas queimadas ", o que é isso? Onde eu estou? Atrás de mim tem um monte de túnicas penduradas em um ferrinho de loja de roupa por cabides. Há uma estante com livros estranhos, livros com capas pretas e cor de bege, até parece couro de verdade.

- Pode pegar um para ver!

Eu não pego. E saiu correndo do quarto, não percebo quando esbarro na parede e dou de cara com um quadro de um homem, o quadro cai, o vidro é espalhado por todo o quarto. Continuo correndo, bato a porta do meu quarto e fico lá. Acho que passei uma semana com medo do meu pai, mas depois tudo voltou ao normal, ele nunca mais tocou no assunto, eu nunca mais toquei no assunto e o quartinho continuo sendo de uso dele e de seus amigos.

Quando eu vi os livros na biblioteca, me recordei rapidamente dos livros que eu vi no quarto do meu pai. Sim, eram os mesmos. Os livros que tinham na biblioteca, também tinham em minha casa, me arrepiei no momento, mas não comentei com a Katie. Quando eu vi a palavra seita meu coração ficou acelerado, eu sabia do que o livro estava falando, estava falando da religião do meu pai. O pior foi ver no livro que um dos fundadores da seita foi justamente o homem que estava no quadro que eu quebrei, uma imagem que nunca mais sairá de minha cabeça.

Quando estávamos fugindo daquele local, vimos uma menina, vestida de branco e aparentemente toda queimada. Logo lembrei da frase no quarto do meu pai que mandava louvarmos as almas queimadas. Senhor que pavor. Que Merda do caralho. Meu pai realmente estava envolvido com essas coisas estranhas que estavam ocorrendo e eu não fazia a mínima ideia de como contar isso a Katie. Eu não tinha noção. Quando você descobre algo podre em sua família, fica com muito medo dos outros saberem e te julgar. Principalmente se você está começando a gostar de uma pessoa. E tudo que eu menos queria no momento era espantar a Katie, mas devido que iria conversar com ela e contar tudo, algo me diz que o que estar acontecendo vai além de apenas um assassino.

Quando estamos correndo vejo um carro se aproximar de mim rapidamente, a luz do farol não impede que eu veja que há um palhaço rindo e dirigindo até me acertar, sinto apenas meu corpo voando, e o vento bater em meu rosto.

Abro os olhos e o Billy e meu pais estão me olhando. O Billy está com uma cicatriz na testa, acho que aconteceu algo. Meu pai está de pé ao meu lado, me olha assustado como se eu tivesse voltado da morte, percebo que o Billy fica eufórico, porém meus ouvidos não estão bem, eu estou escutando apenas ruídos e não entendo o que ele está falando. Meu pai sai da sala e volta com um médico e algumas enfermeiros, o médico abre um longo e largo sorriso e me aplica uma injeção.

Não sei o intervalo de tempo de um acontecimento para o outro. Só sei que senti um vento muito forte em meu rosto, abri os olhos e a cortina do hospital balançava, assim como todos os aparelhos que estavam ligados e me auxiliando em minha recuperação. Eu senti minhas pernas e meus braços normalmente, parecia que eu tinha acordado de um sono normal.  Eu não consegui entender nada quando olhei para uma televisão pela janela do meu quarto, ela estava no corredor e no telejornal estava fixada a data do dia, e eu não tinha lembrado de ter passados tantos dias aqui nesse hospital, não mesmo.

Arranco uma mangueirinha de soro que estava injetada em meu braço, tido o aparelho de batimentos cardíacos do meu dedo e me levanto, eu tinha a sensação de estar mais saudável do que nunca, eu não fazia a mínima ideia de como eu me recuperei desse modo. Derrepente a porta da sala que eu estava internado é aberta, uma enfermeira deixa cair uma bandeja de alumínio no chão, fazendo quebrar um frasco de remédios, estourando a bolsa de soro que estava na bandeja também. Ela olha fixamente para mim, parece que ele está muito espantada de me ver em pé e saudável. Ela permanece por um longo momento em silêncio e olhando para mim, como se eu fosse algo extremamente fora do comum. Ela só fala quando percebe que alguém está de aproximando da sala, olha para a pessoa, que até então eu só tinha escutado os passos, e fala.

- Senhor, você tem que ver isso.

Percebo quero é um médico.

- Eu já disse que não é para me chamar de Senhor, fica parecendo que eu tenho uns... - Nesse momento ele também paralisa olhando para mim e admirando a cena.

Eu quebro o silêncio torturante dos dois.

- Eu posso saber o que aconteceu comigo?

_____________

Carlos

A conversa não foi demorada, me falaram das outras mortes, do que estava acontecendo na cidade. Eu tive a certeza que era obras da religião doida do meu pai e precisava contar a Katie, precisávamos juntar conhecimentos e enfrentar essa mazela de uma vez por todas. Eu nunca imaginei que iria acordar de um coma justamente em um clímax de um caso extremamente estranho.

Eu nem espero os médicos terminarem de falar o estado que eu cheguei, só consigo escutar algo sobre milagre. Vou até a cômoda que estava no meu quarto no hospital e pego uma roupa limpa, tomo banho no hospital mesmo e visto.

- Senhor Oliver, você só pode sair daqui com autorização do seu pai e uma alta definitiva.

- Sinto muito, mas tenho que fazer outras milagres por aí. - Falo em tom irônico, eu tenho que aproveitar essa cura precoce.

Sabe... É difícil confessar, mas acho que o que me deu forças para sair do como foi a saudade que eu estava sentindo de ver o sorriso da Katie. Eu precisava ver aquela menina sorrindo novamente, cantando pelos corredores da escola, e isso só seria possível se eu descobrisse por definitivo o que meu pai tanto faz escondido naquele quartinho em nossa casa. Antes de procurar a Katie vou até minha casa, percebo que o meu pai não está lá, vou no meu quarto e minha gaveta de acessórios eletrônicos estão intactos, instalo uma câmera dentro do quarto macabro e não dou uma mexida em nada, não quero levantar suspeitas ou desconfianças, pela câmera irei descobrir tudo.

Eu espero.

Quando estou saindo de casa, me deparo com um costume horrível de meu pai, ele sempre deixava a televisão ligada, e quando estou passando pela sala para ir embora escuto algo no jornal que eu não queria ter escutado. A mãe da Maggie sofreu um grave acidente de carro e foi morta, e o Bispo da cidade foi encontrado morto pela família Wodson's, assassinado de forma brutal na igreja.

Saiu de casa correndo, sei que a Katie está na delegacia. Enquanto eu vou correndo, percebo que na cidade há novas construções, casas que eu sabia até os nomes das pessoas que moravam lá agora estão com placas de vende-se. Parece que eu sou o Capitão América contemporâneo, fui descongelado para salvar o mundo.

Quando estou chegando na delegacia vejo que a Katie está saindo de lá com sua mãe e a mãe do Billy.

Merdaaaaaaaa

O que aconteceu com o Billy? Por um momento eu esqueço do Billy e de todos os meus problemas, quando o olhar da Katie se encontra com o meu, acho que foi o melhor remédio que eu recebi na vida, e tenho um novo propósito, independente do que aconteça com o meu pai: Eu vou tirar a Katie desse sofrimento massacrante.

Me aproximo, dou um abraço forte, sinto o cheiro dela penetrando em meu nariz.

- Precisamos conversar!

Percebo que as duas mães estão me olhando como se eu fosse um fantasma. O silêncio permanece, então prossigo.

- Em particular. - Falo.

Percebo que Katie olha para a mãe e ela faz sinal negativo com a Cabeça.

- Carlos eu estou muito feliz em te ver recuperado, parece até um milagre ter acontecido tão rápido, mas o dia foi cheio, o Billy está desaparecido e já é muito tarde.

O que?

- O Billy está desaparecido? - Meus punhos se fecham, com a raiva que estou do meu pai e seus amiguinhos.

- Sim. Agora acho melhor eu ir. Manda mensagem.

Fico olhando as três entrarem em um carro e foco no farol até desaparecer com a luz no horizonte. Penso em entrar na delegacia, mas se a Katie ainda não falou nada os novos policiais é por algum motivo que ela irá me contar. Vou caminhando lentamente sem rumo.

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