Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

I - Não estou maluca!

Katie

- Filha, você já está pronta?

Mais um dia! Quem nunca ficou cansado de levantar da cama, não é mesmo? Há dias que a única coisa que precisávamos era de um sono mais longo e profundo. Lembro das histórias que meus pais me contavam sobre os acontecimentos trágicos que essa cidade já enfrentou, anos antes do nascimento deles. A famosa cidadezinha que por muito tempo foi ponto turístico de jornalistas e artistas, tema de documentários, enfim. Sinceramente... Eu espero que ninguém sinta a dor de perder um amigo, de perder perder mesmo, entende? Não falo de brigas e intrigas, pois por mais que tenham se afastado a pessoa está ali. Falo de morte, essa palavra é inevitável, e perder alguém muito próximo de você dói muito! Quando temos amigos que contamos de mais, amigos que são mais próximos que a nossa própria família essa perca só se torna ainda mais maior.

- Estou sim mãe!

- Então desça, eu e seu pai estamos esperando no carro.

Era manhã de Sexta-feira e eu estava me arrumando para o velório de minha amiga de infância, Sarah Bates.

Não acredito que estou preparando-me para o velório de uma das minhas amigas. Quem fez isso com ela? Qual o motivo? Ela era tão doce!

Os meus pensamentos só estavam piorando minha situação mental e emocional, nesses dois dias de estudo do corpo da Sarah, eu fiquei dopada.

- Filha, se preferir não precisa ir!- Essa é a famosa Jessica, sempre atenciosa e amorosa comigo, sua única filha.

- Não, mãe! Eu preciso tomar um ar, sair, encontrar com meus amigos. Desde que aconteceu estou trancada em meu quarto. - E é verdade.

- Entendo-te totalmente filha, mas você sabe que não se trata de um encontro ou passeio, estamos indo para um velório e por sinal de sua melhor amiga. Seus amigos vão estar abalados e quietos, o clima do local não vai ser dos melhores. Então filha tem certeza que você quer ir?

- Jessica, deixe a garota em paz! Caso ela não quisesse ir não havia descido aquelas escadas e não estaria sentada nesse carro. Temos que acordar para realidade Jessica! Não podemos nos trancar no quarto e criar uma distorção da realidade, precisamos encarar os fatos, os acontecimentos bons ou ruins de nossa vida... - Majon, sempre filósofo, é um pai que todos desejariam ter, mas acho que essas palavras assustaram um pouco a minha mãe.

Na última vez que eu me encontrei com minhas amigas elas estavam conversando sobre os garotos da escola e dos velhos tempos, foi uma conversa nostálgica.

- Com quem você ficaria? - pergunta Sarah.

- Meu Deus Sarah, Acabei de completar 16 anos - Risos - Estou focada em conseguir uma boa carta de recomendação para uma boa faculdade. - Não sei se fui totalmente sincera.

- Você combina muito com o Carlos! - Oi?

- O quê? Não estou afim de pegar uma doença sexualmente transmissível. - Apesar do Carlos ser muito meu amigo, essa ideia me aterrorizava, imagina só eu com relação com um dos meninos mais pegadores da cidade. - Você Também deveria estar focada em suas notas e em passar em uma faculdade de jornalismo.

- Quem disse que eu vou fazer alguma faculdade? Acho que serei uma dona de um Cabaré bem Chik!

- Menina para com isso! Que coisa Feia.

Eu conheci Sarah com 3 anos, no parque da praça central, desde esse acontecimento nunca mais paramos de nos encontrar. A nossa amizade é totalmente recíproca. Algo está me incomodando, eu sou a única que sabe que Sarah estava brigada com seu namorado, para mim esse é o principal suspeito do ato. Eu sei que irei encontrar ele nesse velório, esse motivo me encorajou de ir até essa celebração.

- Verdade mãe! Papai está certo, cedo ou tarde eu teria que me deparar com os fatos.

- Nada como um bom pai para seus filhos - Ironizou meu pai - Então vamos lá! Coloquem os cintos não estou afim de levar uma nova multa, aquele segurança não gosta de mim.

Quando chegamos ao velório uma grade faixa estava amarrada entre duas árvores.

"Sarah nós te amamos"

Que frase linda, toda bordada e rosa a cor preferida da Sarah.

O Local estava repleto de pessoas, a família da Sarah é muito conhecida no estado.

Sempre via velórios na televisão, mas essa é a primeira vez de fato que estou em um, pelo menos que eu me lembre, aquele gramado bem aparado, pessoas de preto e com óculos escuros, algumas chorando, outras se encontrando depois de muito tempo. É realmente deprimente que alguns velórios sirvam de união para a família.

-Pai, mãe! Vou procurar meus amigos!

- Pode ir Katie. Vamos procurar os pais da Sarah.

A Sarah nunca gostou dos seus pais, sempre esperei que ela cometesse suicídio e não que fosse assassinada. Afinal, qual adolescente gosta de seus pais? É um período de conquistar espaço, conhecer novas pessoas, nossos pais não aceitam que estamos crescendo.

O local era distante da cidade, repleto de árvores. O chão era plano e repleto de grama verdes e cortadas. O caixão estava no centro ao lado de um grande buraco, cadeiras brancas estavam à direita do caixão. Algumas pessoas com roupas sociais sentavam, enquanto outras estavam de pé conversando. Um pequeno palco foi montado para familiares e amigos falarem sobre Sarah no decorrer da cerimônia. Que vai ser transmitida ao vivo pelo Blogger da Norman, uma das melhores amigas de Katie e Sarah.

Eu estou caminhando, procurando o suspeito número um de sua lista. Mas é surpreendida quando alguém puxa seu braço.

- Amiga! Pensei que nunca iria sair daquele maldito quarto! - Era Norman, uma das meninas mais populares da escola e também uma das mais bonitas. Seus cabelos loiros e seus olhos azuis são vítimas de muita cobiça.

- Isso não foi fácil pra mim! - Respondi.

- Katie precisamos conversar, você está muito diferente, a Sarah não iria querer vê-lá desse jeito tão horrível, solta esses cabelos, coloca uma make e bola pra frente amiga!

- Não é tão fácil assim! - Murmuro triste.

- Odeio respostas curtas, mas vamos lá. Veio Obrigada?

- Não!

- Então algo muito especial te trouxe aqui não é mesmo? Conte tudo pra Norminha aqui! - Um verdadeiro espírito de jornalista.

Peguei no braço de Norman e levei-a para um lugar afastado dali.

- Norman um dia antes do ocorrido a Sarah foi lá pra casa e me contou que ela e o Clark tiveram outra briga. Sei que isso parece bobagem, mas desconfio muito dele.

- Katie entendo que você está muito abalada, mas você tem razão ele era muito violento na relação. Mas veja... - Norman me levou de volta até o local da cerimônia e aponta para um menino que está em pé no palco e com o microfone na mão. - Não acredito que um psicopata assassino iria falar de sua vítima, muito menos para falar bem e abrir uma cerimônia de velório. - Norman percebeu que eu estava chorando e me Abraçou - Katie se ele fosse mesmo um suspeito tão óbvio a polícia já teria prendido ele. Deixa esse trabalho pra quem entende do assunto.

Atenção todos! A cerimônia vai começar innnnnnn

Os últimos ajustes foram dados no microfone e a primeira pessoa foi falar. Clark leu um poema:

Fanatismo

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."

(Livro de Soror Saudade, 1923)

Florbela Espanca

Todos amigos e familiares falaram, e finalmente chegou a minha vez.

- Arrasa Amiga- Falou Norman, segurando a câmera da transmissão ao vivo!

O que devo falar? Meu Deus! Alguém me ajude! Eu estava muito nervosa. Não podia gaguejar, muito menos se esquecer de algo. Vou tentar fazer tudo como ensaiado. - Pensei.

Peguei o microfone e comecei:

Vou ser breve em minhas palavras!
A Sarah foi uma verdadeira amiga para minha pessoa, nossa amizade...

Parei de falar quando os meus olhos se fixam em algo estranho.

O que é aquilo? Um palhaço? Ele está me chamando... O palhaço era estranho, estava com uma faca, aparentemente toda melada de sangue, colocou a faca na boca e lambia. Em sua mão tinha cabelos, aparentemente de alguma mulher, eu travei e a minha única reação era ir atrás daquele palhaço demoníaco...

Saí correndo do palco em direção à saída do cemitério. Todos que estavam ali presentes levantaram-se de suas cadeiras, sem entender o que aconteceu com a filha da Jessica e do Majon. Meus pais saem correndo atrás de mim.

Que palhaço é esse?

Eu estava correndo desesperadamente entre as árvores em busca do palhaço. A adrenalina nesse momento toma conta de nossas ações e sentimos o sangue que corre em nossas veias. Algo me empurra na ladeira de folhas secas, rolo até ser parada por uma árvore.

- Ai ... Eca o que é isso?

Eu estava completamente coberta de sangue, estava deitada em uma poça de sangue... O sangue estava pingando em cima de minha cabeça. Quando me levantei e olhei para cima, um homem com roupas de segurança de trânsito estava morto e pendurado de cabeça para baixo naquela alta árvore. No momento em que iria gritar para pedir ajuda uma mão com luva branca tampa minha boca, coloca um papel em minha mão e me empurra em direção a árvore. Bato a cabeça e desmaio...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro