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- XIV -

Quando Nerail retirou Erdorigantor do corpo do Arquimago, este tombou definitivamente sobre o piso gélido ao lado do corpo do general Zolath.

Alaya estava então em pé sobre uma das cadeiras da sala de reunião. Seu medo existia ainda, mas estava sob controle.

Lembrava-se de Kanda e de suas palavras no jardim de lírios de Kēndapradiz. Naquele momento, sentira-se realmente ligada a deusa da misericórdia e chegara a conclusão de que seria indigno das bênçãos que recebera dela, se simplesmente se encolhesse e esperasse que sua vida fosse tirada.

É certo que haveria de morrer pelas mão daquele monstro que agora a observava com seus tétrico olhos vermelhos. Empunhando uma arma sobre a qual se escrevera estórias e se entoavam canções tão antigas quanto o mundo.

Então quando ele ergueu a espada para desferir um golpe fatal contra a princesa, a arma reluziu como se Seylon acabasse de adentrar o salão, desviando Nerail de seu objetivo.

— Ora! Maldição! — pareceu enfurecido, antes de a luz recuar e assumir a forma física de uma bela ninfa de cabelos longos e brancos.

— Perdoe-me, diwanti! — Disse Nerail fingindo constrangimento e fazendo à deusa uma solene reverência. — Alegro-me por ter chegado a tempo e perdoa-me por esse cenário desolador. Mas este homem — e apontou para o corpo de Zolath — acaba de assassinar o Arquimago Albion. Depois quis me matar também a mando dessa bruxa da Hýbria.

Nada disse Kanda em relação ao relato de Nerail. Mas parecia estar curiosa com a espada em suas mãos.

— Essa espada... Será talvez Erdorigantor? Lembro-me de ter ordenado que Isoutur a destruísse quando recebi o Cetro.

Ao mencioná-lo, Nerail imediatamente reparou nele.

"Maldita Kanda!", pensou. "Será que errei meu prognóstico e Aythila foi derrotada por ela? Isso certamente será um problema".

— Tu estás certa, diwanti. Essa é mesmo Erdorigantor que Isoutur fingiu destruir e que agora entregou nas mão de inimigos de Thalindari, numa conspiração sórdida para pôr fim a tudo que construímos e levar o mundo ao caos. — Com essas palavras tentava lançar seu poder contra a deidade branca, mas por algum motivo tudo o que dizia não era mais do que palavras inócuas. Kanda de alguma maneira era imune ao seu poder.

— E tu, bruxa! — direcionou sua atuação na direção de Alaya, que estava bastante emocionada com a chegada providencial da deusa alva. – Não penses que irá se safar! Não tens nenhum poder para te lançares contra Kanda e a assassinar como fizeste tu e teu lacaio há pouco contra nosso decano.

E nada aconteceu, também Alaya não reagia ao estímulo gerado por seu poder de persuasão. "O que está acontecendo aqui?", pensou consigo mesmo um tanto preocupado.

E ao se voltar para a jovem aslabadiana reparou que os olhos da garota refulgiam e entre as sobrancelhas dela o sigilo de Kanda surgira luminoso. "Então é isso! Elas estão ligadas!"

— Nerail de Thalindari! — anunciou a deusa de branco. — Não admitirei que ofendas minha gentil amiga! Cesse já tuas mentiras e entregue-me esta espada!

Nerail a olhou então com desdém, sem conseguir manter mais sua atuação.

— Ora, diwanti! Como és perspicaz! Demoraste apenas uma era para descobrir o que estava acontecendo em Thalindari! Que pena que seu tempo já acabou, não é mesmo? Poderias fazer tantas coisas para mudar o que aconteceu. Ou talvez não! — ele riu escarninho. — A verdade é que tu não passas de uma inútil, diwanti. E hoje eu perpetrarei um crime que será lembrado até o dia que Aldamā entrar em colapso e se dissolver nas fauces do Abismo: o primeiro deicídio!

E com agilidade, o maghi se lançou na direção de Kanda com Erdorigantor em posição de ataque.

E quando ele estava bem perto dela, a deusa branca interceptou o golpe com seu Cetro, o impacto fez com que uma explosão de fagulhas se espalhasse pelo salão de conferência.

— Não esqueça também – disse-lhe a deusa branca com sua voz serena e cheia de calor — para onde quer que fores que nada difere entre mim em Aythila que não nossos propósitos, mas não duvide da minha habilidade em batalha só porque escolhi o caminho da gentileza.

E Kanda girou a pequena maça que estava em sua mão com grande destreza e, num impulso conseguiu arremessar a espada do adversário nas mãos de Alaya. E no que ele se esquivou, tentando recuar da ofensiva, a jovem princesa arremessou de volta a espada para a deusa que num único gesto segurou a arma e completou-lhe o movimento com um golpe que atingiu em cheio o pescoço do falso Nerail.

Seu corpo inânime, antes mesmo de chegar ao solo se desfez e dele saiu uma sombra que escorreu muito veloz em direção à escuridão e nela se perdeu.

– Então ele era aquela coisa? – disse Alaya, com uma expressão de asco, enquanto se aproximava de Kanda.

A deusa branca gentilmente a abraçou, condoída de todo sofrimento pelo qual a jovem havia passado nas mãos daquela criatura que por muito tempo se passara por Nerail. E a jovem princesa, entre lágrimas e risos, apenas se entregara àquele abraço terno depois de tantas coisas terríveis que tivera de testemunhar naquele dia longo e cheio de augúrios. Mas a verdade era que ainda não havia chegado a hora de comemorarem nada.

– Infelizmente, minha querida, isso é somente parte dele. O Sem Nome é um ser muito diferente de qualquer outra criatura em Aldamā ou nos mundos acima. Ele nem mesmo precisa de um corpo e não pense que deixará de agir ou que nesse mesmo instante não esteja agindo na direção de seus pérfidos interesses.

– Ó diwanti, então o que poderemos fazer para vencê-lo se é tão perigoso assim?

– Eu realmente não sei, Alaya de Aslabad. Suponho que só o Grande Aythir o possa e que, não fosse por ele que age incessantemente gerando a vida em todos os mundos, tudo já teria sido destruído pelo mal.

E depois de um longo instante de silêncio, em que ambas deixaram os pensamentos vagarem como se buscassem uma solução para confrontar aquele terrível inimigo, Kanda continou:

– Por ora, preciso garantir que retornes a Aslabad em segurança, antes que Isoutur chegue a Thalindari e inicie o cerco à cidade. Além disso, devo reunir os maghim rapidamente para escolhermos os novos membros do conselho dos Cinco e iniciarmos já os preparativos para um longo período de sítio.

– Está certo, diwanti! – disse Alaya, se aconchegando no peito de Kanda ainda com lágrimas nos olhos. – Obrigada por tudo! A verdade é que jamais senti tanta falta das escarpas e dos pedregulhos de meu país! Não vejo a hora de voltar a meu lar. Infelizmente, senhora, temo que no caso de uma guerra em que a própria Thalindari esteja envolvida que a semente da beligerância se espalhe por outras terras e que vá bater nas portas de Petropul, capital do meu país. Creio que independentemente de tudo, devo alertar meu pai das coisas que vi na Cidade Lótus e dos poderes que ameaçam emergir das sombras.

*

Nas horas seguintes uma grande agitação correu pelos edifícios e palácios da Cidade Lótus. As flâmulas desceram a meio mastro e as kronas foram tocadas das ameias em sinal de luto pelas mortes de Albion e Nerail, que teve sua honra finalmente restabelecida depois de uma era inteira de desprezo.

Lastimavelmente não houve muito tempo para chorar os que morreram durante a Sedição de Thalindari, pois havia muito o que se fazer nos próximos dias.

No porto, a comitiva de Aslabad foi precipitadamente embarcada e as despedidas solenes abreviadas pela expectativa da chegada a qualquer momento do exército de Isoutur e do início da primeira guerra em Thalindari depois de 3 mil anos de paz.

No entanto, havia uma outra questão que ainda era motivo de preocupação e de esperança por parte de Kanda e dos thalindarianos: O que teria acontecido a Edril e Imeral em Kēndapradiz? Caso esses dois poderosos maghim estivessem vivos, certamente seriam de grande valia para a Cidade Lótus durante a terrível crise que se acercava deles.

Ainda assim os portões, sempre abertos durante o dia, foram fechados e os soldados voltaram a ocupar os postos de vigia, agora que não dispunham da Visão de Edril. Ademais, as poucas armas que restavam empoeiradas nos depósitos do velho arsenal,  por ciclos e mais ciclos do tempo, foram então resgatadas do longo esquecimento.

Curiosamente, entretanto, eram bem poucas. Supunha-se que muitas outras houvessem sido derretidas e o nobre aço dacrônico usado pelas oficinas de Isoutur na fabricação de outros instrumentos mais úteis em tempo de paz. Bem! Assim se supunha, ao menos.

Outras providências couberam ainda à divina Kanda, portadora do Cetro de Aythir e senhora do mundo pelo pacto com os magos de Thalindari, todavia aqui não nos cabe mencionar uma vez que esse livro trata tão só do episódio da famigerada Sedição de Isoutur, que precedeu ao irrompimento da Grande Guerra. Esses foram, portanto, os acontecimentos e feitos nesses dias da segunda era dos homens no mundo de Aldamā. 

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