CAPÍTULO DOIS
— Ah, qual é Han! Vai demorar ainda aí? 'Tá fazendo milagre por acaso? — Felix gritou da sala de estar pro amigo que ainda estava em seu quarto, se arrumando.
Jisung suspirou, gritando um Já desço!, enquanto pegava um perfume de sua penteadeira e borrifava em si.
Se olhou uma última vez no espelho de corpo inteiro que tinha em seu quarto, analisando a roupa em seu corpo. Não costumava usar roupas assim no seu dia a dia — Não que não fosse estiloso ou algo do tipo, cai entre nós, ele era muito mais estiloso que muita gente — Jisung sempre optava por um estilo mais despojado composto do que achava primeiro em seu guarda-roupa que combinasse.
O moreno usava um outfit all black, uma calça preta meio colada em seu corpo, — que favorecia sua cintura delicada, — e um suéter preto. Em seus pés, seus coturnos favoritos. Nem sempre o Han optava por usar maquiagem, não achava muito necessário, tinha uma autoestima até mesmo razoável, mas hoje havia optado por passar pra destacar mais seu rosto. O mesmo pedira até mesmo o gloss de Felix emprestado, já que nunca foi muito fã disso e não tinha um.
Deu um sorriso para o espelho, se sentindo devidamente arrumado, e saiu do quarto, já esperando o sermão do loiro sardento que estava no andar de baixo.
Felix estava sentado no sofá, mexendo no celular impaciente enquanto esperava o Han. O mesmo usava uma calça colada preta com um cropped soltinho também preto, e nos seus pés tinham seus all stars pretos e surrados favoritos. Quando escutou o barulho de Jisung descendo as escadas, se virou pronto para reclamar, mas parou subitamente.
— O gato comeu sua língua? — Jisung diz enquanto ri, observando o amigo que o analisava com a boca aberta. — Fecha a boca ou entra mosca, panaca.
Felix deu um sorriso ladino, e se aproximou do outro.
— O gato, não. Mas você com certeza podia calar minha boca por mim.
O sorriso de Jisung fraquejou, com o mesmo ficando vermelho.
Pobre Jisung. Felix 1, Han, 0.
— Com um soco né? Porque se for isso eu posso dar com prazer.
— Na verdade, — o Lee segurou a cintura delineada do amigo, chegando bem perto do ouvido do mesmo e sussurrando — Eu preferia outra coisa, o que você me deu lá em cima.
Han empurrou o mais novo, o fazendo soltar uma risada, e bufou.
— Prometemos que isso ia morrer aqui e não íamos mais comentar, Lix.
Revirando os olhos, ainda com o sorriso ladino no rosto, o Lee acenou com a cabeça.
— Só 'tava brincando. Você 'tá gatinho, o Minho vai prestar atenção em você. — Comentou como quem não quer nada, enquanto mexia no celular pedindo um uber.
O Lee ter dito o nome do garoto certo não passou despercebido por Jisung, que resolveu não comentar nada. Talvez Felix soubesse desde sempre, e só quisesse encher o saco do Han.
Mal sabia ele...
Os dois continuaram em silêncio até o carro chegar e ambos entrarem. Felix trocou algumas palavras com o motorista, como a grande borboleta social que sempre fora, e depois agradeceu pela corrida, saindo do carro junto de Jisung.
O som de música alta na casa de Hyunjae era característico, e as luzes fortes vindo de dentro também. Han sempre se perguntou como nunca haviam chamado a polícia pro Lee, dava pra escutar o barulho à quadras de distância, já que o bairro era pacífico e não tão barulhento.
— Olha quem chegou! — Hyunjae apareceu na porta, cumprimentando Felix com um beijo no rosto. — Cara só faltava você. Trouxe o Han?
Jisung acenou pro mesmo, que o puxou pra um abraço.
— Quanto tempo, Han! Nunca mais apareceu por aqui, 'tava quase te amarrando na escola pra te trazer com a gente na próxima festa.
O Han balançou a cabeça rindo. Não era lá o maior fã de festas. Vez ou outra Felix conseguia o arrastar com muita insistência, mas, bom, preferia mil vezes passar a noite zerando algum jogo em seu console.
Hyunjae os convidou para entrar, dizendo para ficarem a vontade, e sumiu na multidão logo depois.
— Manual de sobrevivência pra festas! — Felix disse assim que passaram pela porta. — Você já sabe o que você fazer.
— Não aceitar bebida de ninguém. Não beijar possíveis psicopatas. Te ligar caso queira meter o louco e beber mais do que aguento. — Felix levantou uma sobrancelha, esperando que ele continuasse. — E não transar. Eu sei, Yongbok.
— É sério, cara! A pior experiência que você pode ter é a de comer alguém em uma festa. — Ele deu os ombros, e logo encarou Jisung de lado, sussurrando essa última parte — Se bem que muito provavelmente você que ia ser comido...
O loiro pigarreou, e o outro garoto o encarou confuso, não tendo escutado o que ele dissera.
— Disse alguma coisa?
— Nah. — Balançou a cabeça. — Bom, aproveita a festa, mas não beba muito hoje. Só vou sair por essa porta quando tiver muito louco.
Han Jisung colocou as mãos no bolso da calça assim que o amigo se virou de costas pra ele e saiu. Seus planos de voltar logo pra casa tinham ido por água abaixo. Principalmente depois de ver Lee Minho encostado em uma parede com um copo de bebida em mãos. Afinal, podia ficar mais um pouco, não?
Ah, ele ia sim aproveitar a festa, Felix. Com certeza ia.
(N/A): oi!
o que a lili não pede que eu não faça chorando? /cry
não tenho muito o que dizer aaa
até o próximo!
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