9ºCapítulo
- Tens a certeza?
- Por favor, não consigo ficar sozinha.
- Claro que fico contigo. Vou só vestir o pijama e já volto.- assinto entrando no meu quarto e visto meu pijama.
Não consigo parar de pensar na minha avó. E se descobrem o que ela tem e é algo grave? E se ela piora? E se não tiver cura? E se ela não acordar nunca mais? Só com pensamento de a perder desfaço-me em lágrimas. A minha avó sempre foi o meu pilar, o meu porto de abrigo, eu não posso ficar sem ela.
A porta do meu quarto é aberta e por ela entra Will. Ao ver-me naquele estado, caminha até mim, coloca ambas as mãos nas minhas bochechas de forma a limpar-me as lágrimas, que insistiam em cair, e puxa-me contra o seu peito dando-me o conforto que eu tanto preciso.
- Vamos dormir, tu precisas de descansar! Amanhã quando acordares vamos ao hospital. Ela vai ficar bem.- sussurra-me e beija-me carinhosamente a testa.
Ambos nos deitamos na minha cama e adormecemos... abraçados.
(...)
Acordo e reparo que estou sozinha. O Will já acordou. Decidi tomar banho para depois ir ao hospital. Enquanto tomava banho, tentei ao máximo não pensar no pior, mas é praticamente impossível. Eu nunca tive tanto medo na minha vida. Eu quero tanto que o médico me diga que não é nada de grave, que a minha avó já se encontra bem e que já pode voltar para casa.
Chego à cozinha e vejo Will a preparar o pequeno-almoço.
- Bom dia.- murmuro.
- Bom dia. Fiz-te o pequeno-almoço.
- Obrigada.- comecei a comer e de repente entra a Sra. Clarck aos gritos.
- Raquel, eu quero que arrumes o quarto dos gémeos, do Will, o meu e que laves e passes a ferro as nossas roupas. Depois...
-Mãe! Eu já lhe disse que a D. Maria está no hospital, acha mesmo que a Raquel está com cabeça para lhe fazer as vontades?- grita com a mãe irritado.
- William, eu não te admito!
- Não quero saber! Anda Raquel, vamos embora.- puxa-me pelo braço para fora de casa, deixando a Sra. Clarck a resmungar sozinha.
Apanhamos um táxi e fomos para o hospital. Durante o caminho não trocamos uma única palavra.
Talvez ele não seja tão menino da mamã como eu o julgo. Ele enfrentou-a para me defender.
- Raquel, já chegamos!- avisa-me.
Ambos saímos do táxi, depois de pagar ao taxista, e dirigimo-nos para o interior daquele edifício branco, onde a minha avó está internada.
Na receção peço para chamar o doutor Ramos, médico que está a tratar do processo da minha avó. A senhora mandou-nos esperar um pouco, pois o doutor Ramos encontrava-se a tratar de um paciente.
- Bom dia!- saudou-nos, depois de cinco minutos à sua espera
- Bom dia, doutor! Como está a minha avó?- pergunto.
- A sua avó encontra-se estável, já acordou, mas ainda não descobrimos o que a deixou naquele estado.
- Quando é que ela pode ir para casa?
- Daqui a uma semana. Eu quero que a sua avó fique em observações para tentarmos descobrir o que se passou.
- Podemos vê-la?
- Claro, sigam-me. Eu levo-vos ao seu quarto.- seguimos o médico em silêncio e quando chegamos ao quarto da minha avó, vejo-a deitada, mas acordada.
Uma onda de alívio percorreu o meu corpo. Mesmo não sabendo o que ela tem, ela está consciente, o que já é bom.
- Avó, como é que estás?- agarro na sua mão.
- Estou pronta para outra, minha neta!
- Avó, não digas isso! Não tens noção do susto que me pregaste.
- Já passou, minha querida. Eu estou bem.- o seu olhar desvia-se do meu para olhar para o rapaz loiro, que se encontrava a um canto do quarto a observar-nos enquanto sorria.- Olá Will! Obrigada por teres vindo com a Raquel.
- Não precisa de agradecer. Eu não podia deixá-la vir sozinha. Não numa altura destas.- diz enquanto se aproxima e coloca a sua mão no meu ombro.
A minha avó limita-se a olhar-nos e a sorrir com um brilho nos olhos.
Olaaaaa!!!!
Tudo bem? Espero que sim, ahahah!!!
Digam-me nos comentários se gostaram ou não deste capítulo e se gostaram votem, por favor!!!
Beijinhos e até ao próximo capítulo!!!
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