8ºCapítulo
Raquel's Pov
Abro os olhos e arregalo os mesmos em surpresa ao ver quem me estava a acariciar o cabelo. Will!
- O que fazes aqui?- pergunto enquanto me sento na cama.
- Eu... vinha... hum... ver como estavas.- senta-se ao meu lado, coçando a parte de detrás do pescoço, sinal do seu nervosismo.
- Bem, como viste, estava a dormir.
- Pois, desculpa ter-te acordado.
- Não faz mal. Ia ter de acordar mais tarde ou mais cedo. Deve estar quase na hora de jantar.
- Pois.
Aos poucos, e sem eu dar conta, os nossos corpos aproximam-se, assim como os nossos rostos. Os nossos lábios estão a perigosos milímetros de distância. Os nossos lábios estavam quase a ser colados até que...
- Meninos, o jantar está pronto!
- Já vamos, avó!- afasto-me de Will e vejo a minha avó a olhar-nos com um sorriso no rosto.
O quê que eu ia fazer? Ainda bem que a minha avó apareceu.
Saio do meu quarto seguida por Will.
O jantar foi um pouco constrangedor, o Will sentou-se à minha frente e senti o olhar dele em mim durante todo o jantar.
(...)
Mais uma vez não consigo adormecer. Levanto-me e vou à cozinha. Pode ser que um copo de leite me ajude adormecer, pelo menos resultava quando era pequena.
Chego à cozinha e vejo a minha avó, no chão, desmaiada.
- Avó! Avó!- chamo-a, mas ela não reage.- Avó!- grito, abanando o seu corpo de forma desesperada.
Oiço passos nas escadas e corro até lá vendo Will. Era mesmo dele que eu precisava agora.
- Will...- digo a chorar.
- Raquel, eu ouvi os teus gritos. O que aconteceu?- soa preocupado.
- A minha avó... ela... desmaiou e... e...
- Eu chamo a ambulância.- apressa-se a pegar no telemóvel.- Já vêm a caminho. Vai tudo correr bem, eu prometo!- abraça-me.
(...)
Já estamos no hospital há mais de duas horas e ainda ninguém nos disse como está a minha avó. Sempre que pergunto a um médico se sabe de alguma coisa, este diz que tenho de esperar. Mas será que eles não percebem que esta espera está a matar-me? A cada minuto que passa, a dor e o medo de a perder aumenta.
Eu não a posso ficar sem a minha avó. Ela é a única família que eu tenho. Eu não a posso perder.
Sento-me numa cadeira e escondo a minha cara entre as mãos, derramando mais algumas lágrimas.
- Ela vai ficar bem.- diz Will ao meu ouvido, mas não o sinto seguro nas suas palavras.
- Tu não sabes, Will. Ninguém sabe de nada.- bufo irritada.
- Vem aí o médico.- assim que oiço estas palavras, levanto-me da cadeira.
- Então doutor, como está a minha avó?- Will caminha até ao meu lado e coloca o seu braço por cima dos meus ombros.
- Já fizemos imensos exames, mas ainda não conseguimos descobrir o que levou à perda de consciência da sua avó.
- Ela já acordou?
- Ainda não.
- Mas vai acordar, não vai?- as lágrimas nos meus olhos voltam a ameaçar cair.
- Eu gostava muito de lhe poder dizer que sim, mas não posso. Não sabendo o que a sua avó tem, não consigo dizer-lhe se vai ou não acordar. Agora, vá para casa descansar e volte amanhã. Com sorte, já tenho novidades.
- Obrigado doutor.- agradece Will por mim.- Vamos Raquel, vamos para casa.- puxa-me e caminhamos os dois até casa, que não fica muito longe do hospital.
Ainda não consegui dizer uma palavra. A minha avó não acordou e ninguém sabe se ela irá voltar a abrir os olhos.
- Ficas bem?- pergunta-me quando chegamos ao meu quarto. Apenas nego com a cabeça e abraço-me a ele.- Shh... Não chores! Ela vai ficar bem. Temos de pensar positivo.
- Eu não a posso perder, não posso Will!- choramingo contra o seu peito.
- Não vais.- aperta-me mais nos seus braços.
-Will?- ele murmura um "hum" encarando-me.- Ficas comigo esta noite?
Votem e comentem, por favor! Beijinhos e até ao próximo capítulo!
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