Chegamos à praia e estendemos as nossas toalhas.

- Vou dar um mergulho.- aviso-o.

- Espera, eu vou contigo!- pede, mas eu ignoro-o correndo até ao mar.

- Porquê que não esperaste por mim?

- Desculpa, não te ouvi.- na verdade, não me apetecia nada estar com ele, só quero um pouco de sossego.

- Vou para a toalha.- digo.

- Porquê que estás a fugir?

- Fugir?- pergunto confusa.

- Estás a fugir de mim porquê?- aproxima-se de mim.

- Eu não estou a fugir de ti.- afasto-me dele.

- Não?- nego.- Então porquê que quando me aproximo de ti, tu te afastas?

- Porque... porque... eu vou para a toalha estou a ficar com frio.- corro pelo areal até chegar á minha toalha.

Eu não estou a fugir dele, apenas apetece-me estar sozinha.

Deito-me na toalha fechando os olhos e acho que acabei por adormecer.

- Raquel! Raquel!- sinto alguém a abanar-me, abro os olhos e vejo o Will.- Vamos para casa?

- Sim.

O caminho até casa foi feito em silêncio. Tenho a sensação de dejá vu, talvez o riquinho tenha percebido que não quero conversa com ele.

Quando chego a casa vou logo tomar banho e presumo que Will tenha ido fazer o mesmo.

Como sempre, vários pensamentos invadem a minha mente enquanto tomo banho. Pensamentos que eu só quero que desapareçam, que deixem de me atormentar e que me deixei tomar banho em paz.

Porquê? Porquê que o Will não sai do meu pensamento? Não basta ter de o aturar por três meses, ainda tem de estar sempre na minha mente! "Isso tem um nome, Raquel!" Subconsciente, esta não é boa altura!

Acabo o banho, depois de ouvir a Sra. Clarck a dizer para me despacha umas mil vezes. Visto-me, seco o meu longo cabelo castanho e depois de arrumar a casa de banho, vou ver o que aquela mulher quer.

- Diga Sra. Clarck.

- O quarto dos gémeos está um caos. Vai arrumá-lo!

- Está bem, é tudo ou desejar algo mais?

- Eu vou para o meu quarto relaxar um pouco e às 17.00h em ponto quero que me leves lá um chá.

- Com certeza.- dou um sorriso falso.

Dirijo-me para o quarto de Harry e Richard e parece que passou um furacão por aqui. Quando é que estes miúdos irão aprender a ser organizados e arrumados? Por este andar, nunca!

Depois de arrumar tudo, vou à cozinha e preparo uma sande para comer. Devo ser a única pessoa nesta casa que ainda não almoçou.

- Só vais comer isso?

- Sim.- respondo sem o encarar, não preciso de o fazer para saber que é Will.

- Devias de te alimentar em condições. Deixa, que eu preparo algo para comeres.

- Não, Will, não é preciso. Eu fico bem só com uma sandes.- ele deve saber cozinhar.

- Pode não parecer, mas eu sei cozinhar. Pelo menos, os meus irmãos dizem que sim.- sorri mostrando os seus dentes brancos.

- De qualquer das formas, não é preciso.

- Senta-te! Vou fazer o teu almoço. Espero que gostes!

- Pronto, está bem!- suspiro derrotada e ele sorri vitorioso, começando a preparar o meu almoço.

Vamos lá ver o que sai dali!