3ºCapítulo
Vesti uns calções de ganga, uma t-shirt branca e calcei as minhas vans também brancas.
Saí do meu quarto e vi-o já à minha espera na sala.
- Já estás pronta?- pergunta assim que me vê.
- Sim, vamos?- ele assente.
Decidi começar a mostrar-lhe o melhor do Algarve: a praia.
- Só agora reparei que ainda não sei o teu nome.- diz quando nos sentamos na areia da praia, pois ele já estava cansado de andar, fraquinho!
- Também não sei o teu.- contraponho.
- Chamo-me William, mas podes chamar-me Will.- o riquinho tem o mesmo nome que o príncipe, coincidência? Acho que não! Os pais podiam ao menos dar-lhe um nome mais, sei lá... original? Mas não tinha de ser o nome do príncipe. Já um dos irmãos dele se chama Harry. Enfim, gente rica.- Não me vais dizer o teu?
- Raquel.
- Que idade tens?
- 18.
- Temos a mesma idade!
- Que fixe!- sintam a ironia. Já estou um pouco farta de o aturar.
- Porquê que estás a ser assim?- pergunta um pouco irritado, acho eu, pelo menos foi o que pareceu.
- Assim como?- encaro-o pela primeira vez desde que nos sentamos.
- Eu estou aqui a tentar fazer conversa e tentar ser teu amigo, e tu parece que não queres falar, que estás aqui comigo por obrigação. Se não quisesses vir não vinhas!
- Eu sou assim, não gostas, paciência! Pedisses aos teus irmãos para virem contigo, assim já não tinhas de levar comigo.
- Só vieste porque quiseste.
- Estou farta desta conversa, se quiseres dar mais um passeio, vai, mas eu vou para casa.
- Não queres ir dar um mergulho?- aponta para o mar.
- Não trouxe biquíni.
- Ok, então eu vou contigo ou ainda me perco no caminho para casa.- rio-me interiormente. O caminho até casa é sempre em frente, não tem como se perder.
O caminho até casa foi feito em silêncio, quando chegamos, ele foi ter com os irmãos enquanto eu tive de ficar a arrumar o quarto do casal Clarck.
Esta gente desarruma mais o quarto num dia do que eu numa semana. Meus Deus, há necessidade de tirar o armário todo para vestir apenas um vestido? Eu juro que não percebo aquela mulher.
Depois de arrumar aquele quarto, que parecia que tinha passado por lá algum furacão, fui à cozinha ajudar a minha avó com o jantar.
- Avó precisas de ajuda?
- Não minha querida, já está quase pronto e a mesa também já está posta. O William, o filho mais velho dos Clarck, é uma joia de rapaz. Foi ele quem pôs a mesa. É o único daquela família que ajuda em alguma coisa.- ela ri sem graça.
- Não deixa de ser um riquinho mimado como os irmãos e os pais.- encolho os ombros.
- Não sejas assim, Raquel! Ele pode ser um riquinho mimado, como dizes, mas hoje foste passear com ele.- ela sorri.
- Isso foi porque ele me pediu para lhe mostrar a cidade. Fomos até à praia nada mais. Depois ele ficou cansado de tanto andar e viemos para casa.
- Tu podias ter recusado, mas foste com ele.- provoca-me.
- Foi melhor do que se tivesse ficado aqui a aturar os irmãos dele ou os pais. E ele ainda ia fazer queixinhas aos pais a dizer que eu lhe recusei uma visita guiada a Faro.
- Sim, sim, vou fingir que acredito que foi por isso que foste com ele.- ela pisca-me o olho.
Mas o que se está a passar com ela hoje?
- Avó menos, sim? Muito menos!- ela solta algumas gargalhadas e eu apenas reviro os olhos.
- Ai minha neta, eu já tive a tua idade. Sei muito bem o que vai acontecer contigo e com o riquinho daqui a uns tempos!
- Ai sim? E o que é?
- Vão fazer um casal perfeito!- ela ri.
-Avó já chega, sim? Eu nunca vou ter algo ou sentir algo por um Clarck. Odeio aquela família.
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