Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

05.


Eu e Jason estávamos deitados nas nossas camas. O toque de recolher já tinha tocado - às 23:00 - e eu havia acabado de desligar o celular, após uma longa ligação com a minha mãe.
- Então... - disse Jason, quebrando o silêncio. - você sabia que as estrelas são um corpo negro?
- Quê? - perguntei. - achei que elas tivessem cor.
- Sim, elas têm. Uma estrela ser um corpo negro quer dizer que ela absorve toda a radiação que bate nela, sacou? Nenhuma luz atravessa ou é refletida por ela.
- Maneiro - respondi.
- É... - ele ficou em silêncio por um ou dois minutos e depois disse finalmente: - aquela é sua ex-namorada?
- É - me virei de bruços e fechei os olhos.
"Acho que nunca vou amar alguém como eu te amo, Joseph" lembrei, com amargura, da Zoey me dizendo isso, semanas antes. Senti meus olhos arderem e os apertei com força.
- Ela parece gostar de você.
Comprimi os lábios e não disse mais nada. Jason pareceu entender o recado, pois não insistiu mais no assunto.
[...]
Era domingo, último dia antes das aulas começarem e, assim que abri os olhos aquela manhã, sabia que não tinha disposição mental para sair da cama.
- Quer dar uma volta? - chamou Jason ao acordar.
- Não, obrigado - respondi com a cara enfiada no travesseiro.
- Não vai levantar nem pra comer?
- Também não.
O quarto ficou em silêncio e, minutos depois, ouço a porta abrir e fechar. Estava sozinho, o que era bom, pois refletia no meu eu interior.
Ouvi a porta abrir mais uma vez e levantei o rosto para ver quem era.
Uma garota de cabelo laranja - não ruivo, mas literalmente laranja - estava parada na porta.
- Cadê o Patrick? - ela perguntou. Sua voz era bastante rouca, quase arranhada.
- Quem é Patrick?
- Meu amigo. Ele costumava dormir aqui ano passado.
Uma veterana.
- Não o conheço.
- Qual o nome do seu colega de quarto? - ela insistiu.
- Se eu disse que não conheço esse tal de Patrick, é porque ele obviamente não é meu colega de quarto - ela ficou me olhando, meio séria, meio avoada .
- Tá, mas qual o nome dele?
- ARGH! - resmunguei e tornei a me virar de bruços. - JASON! O NOME DELE É JASON, OK? - falei com a voz abafada, pois meu rosto estava outra vez enfiado no travesseiro.
- Obrigada - ela agradeceu. - acho que ele realmente não é meu amigo. - e saiu.
Depois de muito tempo reunindo coragem, e sentindo a fome me corroer por dentro, levantei da cama e fui até a janela.
Lá embaixo, muitos alunos pegavam seus carros e saiam, felizes por estarem revendo seus amigos. Eu, pelo contrário, não estava nem feliz e nem revendo meus amigos. HA! Acabei de me lembrar: eu não tinha amigos para rever.
Tomei um banho rápido e sai. Do corredor dava para ouvir a voz rasgada da garota de cabelo laranja vindo de algum dos quartos. Ela ria e falava muito alto, como se não ligasse para as outras pessoas que ainda dormiam.
Sai do prédio e fui até meu carro. Decidi que um passeio seria legal. Não legal legal, mas legal.
- Ei, cara! Me ajuda aqui, por favor - ouvi alguém chamar, assim que entrei no estacionamento.
- Hã?
- Vem aqui! - segui a voz e passei pelos carros, até ver um garoto com o rosto muito próximo à janela de um carro, suas mãos coladas ao lado do rosto.
- Quê? - perguntei ao me aproximar.
- Aconteceu uma merda, cara. Uma merda das grandes!
- Que foi?
- Meu carro travou com as chaves lá dentro.
Pela primeira vez em quase dois dias, eu senti vontade de rir. O outro garoto estava desesperado.
- Como você conseguiu isso?
Ele deu de ombros.
- Me esqueci delas.
- Como alguém...
- Eu as esqueço o tempo todo - ele me interrompeu, respondendo minha pergunta que não tinha sido feita.
- Ah... mas eu não sei como posso te ajudar.
- Me diz o que  fazer. Eu não sei o que fazer.
- Hum... liga pra algum chaveiro.
- Eu também esqueci meu celular lá dentro.
Dei risada e tirei o celular do bolso.
- Pode ligar pelo meu.
- Eu... ah, não, você vai rir de mim.
- O que foi? - perguntei, prendendo a risada.
- Eu não sei o número do chaveiro.
Não consegui me controlar e tornei a rir. Ele comprimiu os lábios.
- Liga pra sua mãe e pede pra ela te passar o número, sei lá.
- Hum... - ele baixou  a cabeça.
Ele não sabia o número da mãe.
- Você sabe onde é a diretoria?
Ele balançou a cabeça negativamente.
- Esqueceu o papel aí dentro?
Ele assentiu.
- Vem, eu posso te levar lá.
- Obrigado, cara. Sério, valeu mesmo.
- Certo.
Chegamos ao prédio da diretoria e eu parei.
- Você não vem? - ele perguntou quando vou que eu não ia entrar com ele.
- Acho que não.
- Ah, qual é, me ajuda aí.
- Ta.
Entramos juntos e eu fiquei esperando enquanto ele ligava para o chaveiro e passava o endereço do Colégio - que ele também havia esquecido, então eu precisei murmurar para ele.
- Você salvou minha vida - ele disse, enquanto a gente observava o chaveiro abrir o carro.
- Salvei?
- Claro! - ele respondeu, animado. Animado até demais, pro meu gosto.
...
Como se já não bastasse ter ajudado ele a solucionar o caso das "chaves dentro do carro", ele pediu minha ajuda para levar suas coisas até o dormitório - que, por acaso, era em frente ao meu.
- O que você ia fazer lá no estacionamento? - ele perguntou, enquanto organizava as coisas dentro da sua cômoda.
O outro lado do quarto já estava muito bem arrumado, como se a pessoa que dormisse ali tivesse tido bastante tempo para decora-lo. Mas não foi a organização que chamou minha atenção.
No carpete branco bem à minha frente, havia um longo fio de cabelo muito comprido. Cabelo laranja.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro