Eu perdi alguma coisa?
Um mês se passou depois daquilo, depois daquela noite maravilhosa com Kirishima o mesmo não voltou a procurar a esverdeada, não que ela esperava algo diferente do mesmo, já que era um tanto comum alfas a tratarem assim como uma amizade colorida ou um simples sexo passageiro.
Eles ainda conversavam vagamente caso se encontrassem, mas nada muito íntimo, nem parecia que os dois tinham transado a alguns dias atrás. E como se sua vida amorosa desastrosa não fosse o bastante, precisava lidar com um bando de ômega e beta querendo sua atenção.
Ela só tinha feito algo simples, parecia que todos eles nunca tinham visto um ato de gentileza vindo de um alfa na vida, poderia achar engraçado ver Mina ficar rosnando pra cada ômega que se aproximasse como se, elas tivessem algo. Na realidade, já tinham rumores que ela estava pegando aqueles dois, tudo para ─melhorar─ qualquer chance de arrumar um alfa.
Mas não podia recusar a ajuda dos dois, eram tantos ômegas e betas que não conseguia dizer não para todos. A vida era tão triste, ela só queria um alfa bonito e forte para namorar, mas a vida apenas lhe mandava ômegas e betas aos baldes, como ela queria que seu vizinho tivesse pensado melhor, tinha adorado o jeito do ruivo, mas fazer o que? Vida que segue.
E como a vida é sempre uma caixinha cheia de surpresas negativas, seu cio estava próximo, tudo para ─melhorar─ seu humor. Queria arrumar um alfa, mas não teria coragem de pedir para Kirishima, já que o mesmo não pareceu muito interessado em repetir a dose, não que ela não confiasse em sua performasse no sexo, mas nem todo alfa gostava de se relacionar com outro alfa.
Naquele dia Midoriya teria que levar a papelada sobre seu cio, de como ele durava uma semana, senão ganharia falta e perderia a matéria, ou até mesmo algum trabalho. Nisso, seus dois amigos tinham ido na frente já para pegar uma mesa, enquanto ela passava por momentos maravilhosos naquela secretaria infernal.
Então quando finalmente estava livre daquele lugar, andou o mais rápido possível para o refeitório, estava com fome e não queria perder seu almoço por conta da lerdeza daquela secretaria. Mas como seu dia estava decaindo, viu algo que não esperava.
Um loiro, que conhecia muito bem já que era amigo do seu vizinho, estava intimidando Mina que estava toda pra baixo um tanto trêmula, a roupa do loiro estava bem suja só não sabia do que. A esverdeada rosnou com aquilo, só podia ser brincadeira, aquilo de novo, e pra piorar tinha que ser com alguém do grupo do Kirishima? Via o ruivo e o bicolor mais ao longe e Hitoshi próximo à amiga.
- Sério isso!? - Falou a esverdeada, próxima do grupo vendo o loiro lhe fuzilar, lá estava aquela famosa presença marcante de um alfa. Esse pelo menos era bem mais forte do que aquele outro. - Pelo amor de deus, isso de novo não. Sério, quer competir? Quer cair no braço?
- Escuta aqui, gracinha, acho bom não se meter, minha história é com a ômega aqui. - Se tinha algo que a esverdeada não gostava era apelidos que a diminuíam, sem contar que o loiro estava abusando de sua paciência, que ela não tinha no momento. - Se for pra cair em algum lugar, vai ser você em cima do meu pau. - Disse raivoso com um sorriso de lado deixando sua presença bem marcante, fazendo Mina lacrimejar, aquilo tinha sido seu limite.
- Bakugou... você não fez isso. - Falara Kirishima, colocando a mão no rosto, já esperava o que estava por vim, já viu muitos momentos da esverdeada e sabia que a mesma não levava desaforo pra casa.
- Eu não ouvi isso. -Falou a esverdeada rindo, fazendo sua presença ficar insuportável, ela colocou o limite a que impedia dela perder a razão e pular em cima do loiro. Andou em passos lentos pra cima do mesmo ativando cada vez mais, não se importando se ia ou não pular na garganta dele, foi aí que ele recuou um passo e ela abriu um sorriso de lado. -Olha, você é bonitinho, não ligaria de transar com você, muito menos de cavalgar sobre. Mas sabe loirinho, eu não curto alfas que não aguentam a pressão e recuam com a minha presença.
Hitoshi colocou a mão na boca impedindo que começasse a rir alto naquele lugar, Mina secava as lagrimas e mostrava a língua para o loiro se sentindo vingada. Kirishima olhou para o lado tentando não rir da cara do amigo que estava completamente sem reação, não sabia se fora pela resposta da esverdeada que até toparia transar ou por ter comentado que o mesmo recuo, já que o amigo nunca recuava.
Midoriya começou a andar fazendo um sinal para que os dois acompanhantes a seguisse, ela fez questão de trombar no loiro que lhe olhou um tanto atordoado ainda, ela abriu seu sorriso de lado novamente e falou próximo ao alfa fazendo com que só as pessoas em volta conseguissem escutar.
- Se você não recuar na próxima vez, quem sabe a gente transa. -Falou, dando um tapinha no ombro do loiro e indo embora.
- Eu falei. - Disse o ruivo, dando uma risada leve.
- Eu vou levar essa garota pra cama e vou fazer ela se arrepender disso. -Falou o loiro raivoso, não sabia se ficava com raiva da garota ou raiva por estar excitado.
- Eu deveria ficar surpreso, mas vindo do Bakugou, nada me surpreende. -Comentou o bicolor.
- Cala a boca, Todoroki. -Comentara o loiro, raivoso.
Depois daquele dia nada de diferente aconteceu, claro que talvez a popularidade da esverdeada tenha subido um pouco, ela podia jurar que agora tinha alguns alfas lhe olhando com certo desejo. Tinha que agradecer depois Mina por ter feito aquela cena, tinha lhe ajudado no final das contas.
Só que o dia seguinte talvez não tenha sido lá muito normal, diante de si sentados, sem sua mesa em nenhum tipo de aviso, estava Kirishima e seus amigos, Midoriya passava a mão no rosto e suspirava. Ela tinha saído para pegar um cappuccino, tinha pedido para que os dois amigos não entrassem em nenhuma confusão e não deixassem ninguém sentar na mesa deles, pelo jeito não tinha funcionado muito bem.
Ela se aproximou e sentou no meio dos dois, não deixaria que aqueles alfas sentissem seu cheiro, okay que Kirishima já sabia de seu cheiro já que dormira consigo, mas os outros dois não, então preferia ficar no meio de pessoas conhecidas. Viu Mina um tanto nervosa, mas essa relaxou quando Midoriya sentou ao lado e apoio a cabeça no ombro da esverdeada, fazendo com que o cheiro da mesma viesse até suas narinas.
- O que comprou? -perguntou Hitoshi, curioso para o copo térmico da menor.
- Cappuccino. - Falou calma, vendo a cara de indignados dos dois, ela ficou confusa com aquilo.
- Isso é canibalismo! - Falara Mina, puxando o copo para si, deixado a esverdeada sem reação. - Não pode tomar você mesma! Isso é bizarro.
- Devolve meu copo. - Falou a esverdeada, pegando o copo de volta e bebendo um gole escutando a rosada bufar e reclamar ao seu lado. - E não é canibalismo não tem sentido isso.
- Claro, o poço da cafeína falando que não ta se bebendo. -Comentara Hitoshi, chamando atenção pra si.
- Eu quase pulo em você pra te lamber! Pra ver se tem o gosto também, aí você me vem com essa de se tomar? Que isso!? -Falou Mina chocada, céus Midoriya percebia o quanto seus amigos eram estranhos.
- Você cheira a cappuccino? -Perguntara o bicolor, tinha até se esquecido da presença do mesmo ali, junto com os demais.
- Deixa eu tomaaar - Falou Mina manhosa, fazendo seu cheiro doce aumentar como se tentasse convencer a esverdeada, estava viciada naquela bebida por culpa da mesma. -Você já tem você mesma, não pode ficar tendo mais! Eu já me controlo o suficiente ao seu lado... Izukuuu...
- Não adianta, eu não vou te dar. -Falou calmamente, como se aquilo não tivesse lhe afetando, estava e muito, céus o cio estava próximo e a outra estava lhe jogando feromônios na cara. - Para de fazer essa droga de feromônios meu cio é na semana que vem.
Mina parou quando escutou aquilo, Midoriya se arrependeu tanto por ter dito aquilo agora tinha certeza que o inferno em sua vida iria começar. Sentiu Hitoshi lhe abraçar a cintura, ótimo eles já começariam a lhe provocar e em público pra melhorar sua situação, enquanto Mina se inclinou pra frente, com um sorriso malicioso.
- Nem ousem, vocês dois. - Disse a esverdeada, rosnando para os dois que recuaram um pouco, mas sem desfazer o sorriso malicioso.
- Sem graça, mas no fim sabemos o óbvio. - Falou Hitoshi, pegando o cappuccino e bebendo um pouco, sem se importar com o olhar irritado da esverdeada.
- No fim, tudo se acaba em nudez na sua casa. - Falou Mina, divertida, recebendo um rosnado em resposta. -Já parei.
- Então seu cio está perto? Interessante. - Falou o loiro, encarando a esverdeada com um sorriso malicioso.
Midoriya queria morrer apenas, nem quis olhar para o ruivo para ver uma expressão indiferente aquilo seria o fim do seu dia. Mas como tudo estava beirando ao fim seu celular começou a tocar e quando viu quem era praticamente gemeu frustrada, fazendo com que Mina e Hitoshi olhassem para a tela vendo um '' Mãe '' escrito.
- Não vai atender? -Perguntou Mina, vendo o celular vibrar em cima da mesa.
- Não. - Falou a esverdeada, mas sabia que sua mãe nunca iria parar de ligar até que ela atendesse. Sabia que a mesma queria falar consigo sobre gravidez, netos, casamento ela só ligava para isso.
- Ela não parece que vai desistir tão facilmente. -Comentou Hitoshi, vendo que o celular já voltava a tocar novamente.
- Mas que dia horrível, senhor me dá forças pra continuar. - Falou chorosa a esverdeada, pegando o celular e atendendo. - Quê!?
- Credo, é assim que você fala com sua mãe? - Falou a mulher do outro lado.
- O que a senhora quer? - Falou, ignorando o drama da mulher.
- O que eu sempre quero todos os dias, NETOS, quando vou ganhar? Você vai fazer 25 anos já, minha filha, e não tô vendo nenhuma criança muito menos um anel nesse seu dedo! ARRUMA LOGO A DROGA DE UM MARIDO. - Falou raivosa, era impressão ou a mesma estava colocando sua presença na voz.
- Você tá usando voz de comando pra cima de mim pelo celular? - Falou sem acreditar naquilo, mesmo sendo uma lúpus não podia com sua mãe, até aguentava seu pai, mas não conseguia ir contra a mulher que lhe carregou por 9 meses, era seu ponto fraco. - Mãe, me deixa.
- NÃO, EU QUERO NETOS SUA FILHA MALDITA. - Disse irritada. - Seu cio está próximo eu sei, quero saber se vai te algum homem na sua cama fazendo futuros netinhos. Vou acabar fazendo algum acordo com algum aluno de seu pai, pra ver se funciona.
- Isso é sério? em que séculos estamos mesmo? -Perguntara a esverdeada, sua mãe estava louca, acordo? Quem fazia casamento arranjado hoje em dia, pelo amor de deus! - Vou adotar um cachorro pra senhora chama de neto.
- ESCUTA AQUI, OU VOCÊ ARRUMA UM HOMEM OU EU ARRUMO PRA VOCÊ!!! - Gritara a mãe da esverdeada. - Vou falar com Muscular. Ele aguenta você desde que você entrou na academia, ele vai topar com certeza.
- VOCE NÃO VAI FAZER ISSO, INKO MIDORIYA YAGI. -Gritara de volta desesperada, céus sua mãe não poderia estar falando sério, não podia mesmo. Maldita hora que ela ficou sabendo da troca de favores dos dois, no cio agora seu dia tinha desandado de vez. -Estou próxima do fim da faculdade, não vou parar pra cuidar de filho!
-EU CUIDO, NÃO SEJA POR ISSO. -Gritara novamente.
- ADEUS, MÃE! -Desligara o celular na cara da mãe sem se importar, jogou raivosa o celular na mesa vendo os dois amigos ao seu lado lhe olharem um tanto curiosos, não só eles, mas como o trio a sua frente, por qual motivo eles estavam ali mesmo? - Afinal, vocês tão aqui por...?
- Sei lá, só sentamos. -Comentara Kirishima um tanto sério, a esverdeada não entendeu o motivo daquele olhar sobre si, mas ignorou já que não tinha importância.
- Não esqueci nossa última conversa, garota. - Comentara o loiro, chamando a atenção para si.
- Não perguntei. -Respondera com tedio, vendo o mesmo lhe fuzilar.
- O intervalo acabou, vamos voltar pra aula. -Comentara Hitoshi, chamando atenção das duas garotas que bufaram.
- Eu não quero irrrrr... -Disse Mina chorosa.
- Céus, tem prova. -Falara Midoriya se lembrando fazendo os dois amigos suspirarem tristemente com aquilo. - Enfim, boa tarde. - Falou para os garotos e fez um aceno com a mão, saindo da mesa sendo seguida pelos dois amigos.
Os três olharam o tanto de olhares que a esverdeada atraia, chegava até ser um tanto cômico alguém ser tão popular e simplesmente não se importar. Mas um certo ruivo estava começando a se incomodar com toda aquela atenção, ele só não estava entendendo o motivo de estar assim.
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