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Obstáculo carmim

Jungkook 

Mantive grandes expectativas desde que saímos de casa, o hospital não ficava assim tão longe mas mesmo assim senti que o caminho tinha mais de vinte horas de percurso por conta do meu nervosismo, meu corpo havia acordado do coma e isso sem dúvidas era algo que eu não esperava que fosse acontecer tão cedo, mesmo que torcesse por isso.

Hoseok contou que fazia cerca de cinco horas que Yumin havia acordado, minha mãe estava no hospital desde o momento do despertar e continuava até aquele momento, o que significava que a gente não poderia entrar no quarto, pois não éramos família, mas ao menos a mãe de Yumin pode ouvir as enfermeiras conversarem sobre o paciente em coma que havia despertado.

Fiquei feliz em saber que ao menos ela estava conseguindo responder aos estímulos e perguntas que o médico lhe fez, porém ainda parecia bem confusa e não conseguia se lembrar do que aconteceu, talvez nem tivesse entendido ainda que não estava em seu corpo, por isso era importante que estivéssemos lá, antes que ela acabasse falando coisas que deixaria todo mundo confuso.

E bem, o que menos queríamos naquele instante era que ela fosse parar na área psiquiátrica por estar alegando que havia acordado no corpo errado, algo que quase tinha acontecido comigo se eu não tivesse controlado meu desespero, e como ela estava numa situação mais grave devido a confusão mental pós-coma, tinha que ser auxiliada por nós.

Chegamos ao hospital pouco tempo depois e fui direto procurar por minha mãe, já que ela achava que Yumin tinha algum envolvimento comigo depois que me viu visitando meu corpo adormecido mais de uma vez, e tive que ir sozinho atrás dela, já que ela não poderia ver Jimin.

Minha mãe ficou contente em "me" ver, e alegou que "seria bom para Jungkook ter uma amiga por perto" depois que voltasse dos exames que teve que fazer, acabei segurando o riso ao constatar o quanto tudo aquilo era irônico.

Ela não poderia permanecer muito tempo no hospital por conta de um imprevisto em seu trabalho, o que me deixou bem decepcionado, já que nem no dia em que seu filho havia acordado de um coma ela iria largar o serviço, mas me senti um tanto melhor quando ela explicou que apenas daria um pulo na empresa avisando que teria que se ausentar, pediria uma licença ao seu chefe para poder cuidar de seu filho.

Minha mãe me deixou como acompanhante do "Jungkook", avisando as enfermeiras sobre isso e logo se retirando, isso acabou vindo a calhar, já que agora Jimin, Hoseok e eu poderíamos ter um tempo para conversar com Yumin.

Ficamos na sala de espera por um bom tempo, afinal mais um exame tinha que ser realizado para terem certeza de que tudo estava bem e que não haviam sequelas, e mesmo sabendo que era procedimentos padrões, me deixavam nervoso por conta da demora, me fazia pensar que tudo estava dando errado.

Eu me sentia muito preocupado, pois era o meu corpo que estava lá passando por exames, os pensamentos pessimistas me atingiam com tudo, pois foi um acidente grave que deixou meu corpo em coma, isso poderia trazer sequelas graves.

— Ei, fique calmo. — Jimin proferiu pois notou que eu mexia as pernas e batia os dedos no estofado da cadeira sem parar.

— É meio difícil. — Murmurei com meus olhos ainda presos na porta por onde a maca viria.

— Eu sei que sim. — Disse e em seguida senti sua mão segurar a minha, num aperto forte, como se dissesse naquele gesto que estaria ali para me apoiar acontecesse o que fosse.

Eu o encarei por alguns segundos e sorri, sendo rapidamente correspondido, em seguida voltei minha atenção para a sua destra que segurava a minha, mas era estranho ainda, pois aquela não era realmente "a minha" mão, e eu queria estar em meu corpo novamente para ter o verdadeiro contraste das nossas mãos juntas.

Pode parecer algo tão idiota, porém eu desejava fazer algo bobo como medir o tamanho minha mão com a sua, sentir a textura de sua pele contra a minha, a temperatura da mesma, e o fazer rir enquanto comparava os tamanhos de nossos mindinhos, já que o dele era bem menor.

Nunca fui do tipo de cara romântico, mas Jimin me fazia pensar em fazer coisas assim, apenas para o fazer sorrir, e isso me assustava de certa forma, eu havia admitido para mim mesmo que gostava dele há pouco tempo, não tinha me acostumado com todas as sensações ainda.

Mas mesmo que eu estivesse concentrado em divagar sobre minha mão junto com a de Jimin, não pude deixar de notar que ele também estava bem nervoso, sua palma suava e por vezes ele mordia os lábios, olhando para todos os lados com impaciência.

Achava adorável da parte dele estar tentando me acalmar enquanto ele também precisava de calma, então tratei de devolver o amparo que o Park estava me dando, colocando minha outra mão sobre a dele, deixando com que a destra dele fosse o "recheio" entre minhas duas mãos.

Jimin me olhou curioso de início, porém sorriu ao entender o que eu tentava fazer, e seu agradecimento não veio através de palavras, foi apenas assim, no silêncio e numa troca de olhares que eu entendi o que ele queria dizer, e me senti bem por o compreender mesmo sem necessitar de frases completas ou longos textos.

O rosado não era a pessoa complicada que eu antes imaginava que seria, ele tinha sim muitas camadas de personalidade para serem desvendadas, mas isso não o fazia alguém difícil de entender, apenas ainda mais encantador e instigante, eu queria o conhecer ainda mais.

Talvez eu despertasse esse mesmo interesse nele e isso me animava, mas não tive a chance de falar muito sobre o que eu sentia em relação a ele e tudo que descobri nesse tempo que estivemos conversando, acabamos entrando em outros assuntos e quando dei por mim, já estávamos nessas cadeiras de hospital, numa espera interminável.

Eu precisava falar para ele alguma coisa também, afinal havia tido a declaração da parte dele, mas nada vindo de mim, eu precisava agora de um momento de calmaria mais uma vez para lhe contar o que eu sentia, esperava ser bem recebido por ele, ou ao menos compreendido, o que eu creio que seria.

No fim acabei sendo embalado por aqueles pensamentos e pelo toque quentinho da mão de Jimin, que mal notei o tempo passando e finalmente Yumin ser trazida novamente para o quarto.

Me enchi ainda mais de ansiedade, porém a enfermeira avisou que apenas o acompanhante poderia entrar por enquanto, ou seja, apenas eu entraria e teria um tempinho rápido para conversar com ela, a enfermeira reforçou que "Jungkook" estava cansado e ainda confuso, então deveria ser breve.

Senhora Jung acabou tendo que ir embora, alegando que sabia que não iria poder entrar no quarto de qualquer forma, mas nos pediu para lhe manter informada sobre tudo que aconteceria, então sobrou apenas Hoseok e Jimin para me dar olhares de apoio e pedidos de calma enquanto eu entrava no leito.

Andei devagar até estar dentro do local, fiquei tenso rapidamente quando vi meu corpo ali deitado, porém dessa vez de olhos abertos, me encarando com uma certa expectativa, mas não parecia nada surpreso, o que me fez entender que Yumin já tinha entendido o que havia acontecido conosco.

Tirando o breve momento em que fiquei travado no lugar olhando para o meu próprio rosto e sentindo a sensação mais esquisita do mundo que ver seu corpo mas não estar mais vivendo dentro dele, eu caminhei até a lateral da cama, me sentando numa poltrona ao lado e esperando que alguma coisa fosse falada.

— Eu baguncei demais a sua vida? — A voz rouca e baixa me deu um susto, olhei para Yumin surpreso, os olhos ainda estavam opacos e cansados, mas parecia disposta a falar.

— Em partes sim, mas me ajudou em outras coisas. — Respondi dando de ombros.

— Me desculpe, eu só queria... — Começou a falar, mas eu interrompi.

— Tudo bem, eu sei bem o que você queria fazer, ou ao menos acho que sei. 

— O Jimin já sabe sobre tudo? — Perguntou preocupada.

— Sim, eu contei para ele, não faz muito tempo. — Disse, coincidentemente as coisas tinham sido realmente reveladas há pouquíssimo tempo atrás. — Ele pirou de início, não conseguia acreditar, mas quando se deu conta que era verdade, teve outro ataque de nervosismo e saiu correndo me deixando sem ação para trás. — Eu ri soprado e fui acompanhado por ela. — Porém depois veio me procurar, a gente conversou bastante.

— Ele te contou alguma coisa? — Indagou, possivelmente estava falando sobre toda a história que Jimin tinha me revelado.

— Me contou tudo, desde o momento em que conheceu minha mãe, até os dias atuais. — Afirmei e a ouvi suspirar pesado. — Seu irmão e Yoongi também me ajudaram a compreender muitas coisas, até mesmo procuramos por Taehyung para saber mais.

— Fico feliz que Jimin finalmente tenha se aberto e que meus amigos tenham te ajudado a não ficar tão perdido. — Sorriu de lado, parecia bastante sonolenta.

— Por que fez isso? — A pergunta que vinha desde o momento que acordei daquele acidente finalmente foi feita.

— Eu estava cansada de ver o meu amigo criando amarras em si mesmo, ele se fechava e não conseguia arrumar coragem para te contar tudo, então eu resolvi dar uma forcinha. — Proferiu lentamente, sua voz se mantinha rouca e baixa, mas ainda reconhecia que aquela era minha voz. — Jimin não poderia viver a vida toda com medo, e eu sentia que você iria o apoiar.

— E nos trocar de corpo iria realmente ajudar? — Proferiu tentando compreender sua linha de raciocínio.

— Ah, bem... Eu tinha planejado trocar vocês dois de corpos. — Falou o que eu já suspeitava. — Já li e assisti muitas coisas onde havia uma troca de corpos, e os personagens sempre começavam entender o ponto de vista e os problemas do outro quando tinham se colocado dentro da vida dele, criavam mais empatia e se entendiam. 

— Achou que ele não iria mais conseguir se esconder se estivesse trocado de corpo comigo? — Perguntei confuso.

— De início sim. — Franziu a testa. — Mas naquele dia da excursão, quando eu vi ele entrando no ônibus e até se negando a olhar na sua direção mesmo que você tivesse o olhando com tanta admiração como se ele fosse algum cara famoso... — Me senti momentaneamente sem graça por ela ter notado minha forma de olhá-lo, afinal se Yumin tinha visto, outras pessoas também devem ter percebido. — Eu percebi que não iria adiantar ele estar no seu corpo, Jimin ainda não iria ser ele mesmo.

— Então decidiu que me trocaria com você e assim eu seria a melhor amiga dele? — Lhe questionei rindo soprado.

— Não exatamente, mas eu sabia que ele só se soltaria e mostraria sua verdadeira personalidade se estivesse com alguém de muita confiança, como eu por exemplo. — Apontou para si. — Compreendi então que eu na verdade tinha que fazer um ir até o outro, para ganhar confiança, fazer uma amizade e tudo mais, e eu decidi então que me aproximaria de você para os fazer aproximar-se um do outro, comigo sendo o elo de ligação. 

— Mas por que você estava usando o crachá do Jimin? E ele nem notou que estava com o seu? — Indaguei mais como uma afirmação.

— Bem, como eu disse, desisti daquele plano na última hora, acabei ficando com o crachá enfeitiçado e entregando outro para o Jimin. — Disse em seguida. — Percebi que as coisas poderiam dar muito errado, além de toda a bagunça que eu poderia causar para você, havia o fato de que você também não sabia sobre a existência de magia ou a possibilidade de trocar de corpo com alguém, eu não fazia ideia se você era de confiança para o revelar algo sobre a existência de fadas.

— Mas o acidente aconteceu. — Suspirei, começando a compreender o que tinha acontecido.

— Sim, você sofreu uma pancada e desmaiou, já eu cheguei no hospital muito nervosa e tive que ser sedada, nem me lembrei que deveria tirar o crachá na hora. — Bufou, mas logo concluiu. — Nós dois estávamos usando o crachá enquanto adormecemos, então trocamos de corpos.

— Nossa, as coisas realmente acabaram dando errado, mas encontrou o caminho certo. — Sorri de lado. — Jimin se abriu comigo realmente, e foi bom saber o que ele sente de verdade e também tudo que ele passou, me confessar tudo tirou um peso das costas dele.

— O Jimin está bravo comigo? — Perguntou mudando sua expressão, agora se tornando preocupada, até parei alguns segundos para observar aquele rosto, pois era o meu rosto, era bem estranho falar comigo mesmo.

— Eu não sei, melhor que pergunte para ele. — Falei sincero, eu não fazia ideia se ele estava bravo, apenas sabia que Jimin tinha ficado bem chocado quando soube o que ela fez.

— Ele vai me entender, sabe que é quase impossível para uma fada do amor se conter quando vê duas pessoas que se completam tanto assim. — Afirmou e eu a encarei surpreso, ela deve ter percebido que fiquei constrangido. — Mas agora mudando de assunto... O doutor me disse que estou aqui há algumas semanas, então você viveu minha vida nesse tempo?

— Sim, os seus pais e o Hoseok me ajudaram a tentar me comportar como você, foi difícil no início, mas acho não baguncei nada, mesmo tendo entrado em desespero muitas vezes. — Contei e ela riu, o que foi outro momento esquisito, pois era estranho ouvir minha risada saindo "de outra pessoa". — Mantive sua frequência na faculdade e até fiz uma prova. — Ri novamente, sendo acompanhado por ela.

— Nossa, obrigada, você não tinha obrigação alguma e mesmo assim... — Comentou e eu apenas sorri.

— Bem, tenho que ir, a enfermeira avisou que não poderia ficar muito tempo. — Me levantei da poltrona. — Minha mãe vai vir aqui ficar com você, então se pudesse tentar agir como eu para não confundir ela, seria muito bom.

— Claro, como é a relação de vocês? — Questionou rapidamente.

— Não somos muito próximos, eu costumo ser bem direto e reto nas minhas respostas, sou frio mas não grosseiro... Acho que é isso. — Expliquei me sentindo mal por notar o quanto minha relação com ela era distante.

— Tudo bem. — Assentiu ao mesmo tempo que a porta do quarto se abria e minha mãe entrava.

A mesma sequer olhou em minha direção, apenas correu em direção da cama, abraçando aquele "Jungkook", chorando e agradecendo por ter acordado, Yumin me encarava de forma questionadora, mas apenas sorri sem humor e me retirei do local, voltando para a sala de espera.

Realmente queria ter recebido aquele abraço.

{.x.x.x.}

Três dias se passaram até que pudéssemos voltar ao hospital para fazer a troca de nossos corpos, naquele espaço de tempo a mãe de Yumin havia conseguido fazer uma visita a sua filha também, e foi um dia banhado de broncas pela irresponsabilidade e choro por ela estar viva.

O mesmo ocorreu com Hoseok, que não sabia se brigava com a irmão ou chorava de alegria por meu corpo ter despertado, a ligação dos dois irmãos era realmente bonita, sempre fui filho único e não tive ninguém com quem eu dividisse aquele tipo de afeto, mas me sentia tocado mesmo assim.

Com Jimin a conversa foi mais séria, ele estava alegre e emocionado por sua amiga estar acordada, porém havia ficado bravo por ela ter tomado aquela decisão sem falar nada para ele, o rosado não chegou a brigar com ela, mas era claro que Jimin estava irritado, seu tom de voz era sério e suas feições mais ainda.

Eu até diria que senti medo do Park naquele instante enquanto ele mantinha uma cara fechada e maxilar trincado, se não tivesse percebido que Jimin realmente agia diferente na minha presença, e como sua amiga estava agora em meu corpo, em boa parte da conversa ele olhava para qualquer lado, menos para o rosto "dela".

Talvez ninguém tivesse notado isso além de mim, o negócio era que eu reparava demais nele de qualquer forma.

Pois bem, infelizmente meu corpo não se recuperaria tão rápido quanto desejávamos, pois pelo tempo em coma e deitado, minhas pernas precisam de fisioterapia para terem força nos movimentos novamente, sendo assim a nossa troca teria que ser no hospital, mesmo com Yumin insistindo que preferia que trocássemos apenas quando meu corpo se recuperasse e eu conseguisse andar novamente, que ela passaria por aquilo em troca de tudo que eu passei enquanto estive no corpo dela.

Mas não aceitei, eu entendia o ponto de vista dela, porém queria muito resolver logo aquilo e poder acordar sendo eu mesmo novamente.

Porém mesmo que tivéssemos tido esses momentos, não era fácil já que minha mãe estava sempre por perto e ela não sabia de nada e nem poderia ver Jimin conosco, então naquele dia em questão, quando decidimos fazer a troca, tínhamos conseguido tirar ela do quarto, inventando uma desculpa sobre ela estar sendo chamada na recepção do hospital, sendo assim não restava teríamos muito tempo.

— Então é só colocarmos os crachás e esperar? — Perguntei novamente, mesmo que já tivesse sido explicado que a forma de voltar para o meu corpo era enquanto Yumin e eu usássemos aqueles mesmos crachás encantados ao mesmo tempo, e dessa vez ambos deveriam estar acordados.

— Exatamente, apenas isso, apenas feche os olhos e espere. — Yumin respondeu colocando o crachá em volta de seu pescoço.

Fiz a mesma coisa e fechei as pálpebras, esperando que alguma coisa acontecesse, Hoseok ficou encarregado de contar os segundos até que pudéssemos abrir os olhos novamente, e assim ele contou até que cerca de trinta segundos.

— Abram os olhos. — O Jung avisou e assim eu fiz.

Porém aí veio a decepção, já que a primeira coisa que ficou clara era que eu ainda estava no corpo de Yumin.

— Ué, o que deu errado? — Yumin comentou olhando para si mesma e depois para mim.

— Eu não sei, mas acho que não vai ser tão fácil assim para vocês voltarem ao normal. — Hoseok afirmou, nos causando suspiros de frustração.

Claro que ia ser assim tão simples...


~♥~

até :3

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