Dúvidas preto e branco
Jungkook
Não conseguia esconder a minha frustração ao voltar para o carro sabendo que teria que me manter naquela situação por mais algum tempo, Hoseok também parecia bem estressado com tudo aquilo, mas pudera, tinha a possibilidade de perder sua irmã para sempre e ainda ter que ver o corpo dela sendo habitado por um desconhecido.
Mas não havia uma reversão que pudéssemos fazer no momento, pude aprender ali com aqueles seres que nem mesmo a magia era capaz de fazer qualquer coisa acontecer, existiam regras e também algumas ações que simplesmente exigiam mais do que eles poderiam fazer sozinhos.
Sinceramente, saber que eu poderia ficar para sempre preso naquele corpo cortava completamente minha animação em ter conhecido aquelas criaturas mágicas e ter tido a oportunidade de entrar em seu habitat, mas ainda sim eu sentia a necessidade de saber um pouco mais, porém ainda não tinha encontrado o melhor momento para questionar Hoseok.
E falando no mesmo, ele sugeriu que eu voltasse para casa consigo e me mantivesse fingindo ser Yumin por um tempo, não era o que eu queria fazer, mas sabia que seria o certo e também o melhor naquele momento, minha mãe jamais acreditaria caso eu chegasse em casa falando que agora estou no corpo de uma menina.
A relação com minha mãe nunca foi das melhores, ela sempre deu mais atenção ao seu trabalho do que a mim e isso acabou criando um grande precipício entre a gente, eu sabia que ela apenas se esforçava para que eu tivesse o melhor, porém o seu dever começou a se tornar um vício, e com o tempo eu praticamente crescia sozinho sem a companhia de minha mãe em casa.
Gostaria muito de saber como ela estava naquele momento, como reagiu ao saber que eu estava no hospital em coma, queria muito poder ir lá e tranquilizá-la, entretanto não funcionaria dessa forma, a única coisa que minha mãe veria era o meu corpo adormecido e uma menina maluca dizendo que agora era seu filho, as coisas apenas se tornariam uma bagunça maior.
Mesmo estando com a mente a ponto de explodir, prometi a mim que manteria a sanidade, o que eu menos queria naquele instante era acabar sendo internado por insanidade, e Hoseok me ajudaria nesse ponto de controle, o mesmo também havia afirmado que continuaria ao meu lado para que eu não fizesse nenhuma besteira.
Os pais do Jung também já estavam cientes de tudo que aconteceu, obviamente não ficaram nada calmos ao saber o que Yumin havia feito e ainda pior saber que ela estava preso em meu corpo em coma, porém sabiam que se lamentar naquele momento não ajudaria em nada, precisam de soluções e estavam indo atrás disso.
E era exatamente para saber sobre essas soluções que Hoseok e eu estávamos nos dirigindo para a casa dele, a viagem de volta para a cidade me deixou bem nervoso, pois sabia que a partir dali eu teria que fingir ser uma outra pessoa, adotar um novo comportamento e tentar passar despercebido, isso com certeza não daria certo.
Tive certeza de que a minha ansiedade não ajudaria em nada quando enfim estacionamos na garagem da casa dos Jung's e pude ver Jimin sentado na varanda da casa, aparentemente nos esperando com uma expressão preocupada tomando sua face.
Observei ele se levantando assim que viu o carro chegar me deixando ainda mais apreensivo, pois eu não saberia como fingir na frente dele, afinal Yumin era sua namorada, claro que o Park a conhecia muito bem, como eu poderia tentar imitar uma pessoa que eu sequer tinha contato antes?
E pior, sendo um casal, eles se comportariam como tais e fariam "coisas de namorados", então como eu fugiria caso ele viesse me beijar? Desviar seria muito estranho e beijar ele com certeza estava fora de cogitação para mim, pois além de ser um cara comprometido — tecnicamente agora era comprometido comigo, mas deu pra entender o que quero dizer —, ele também nunca foi dos mais simpáticos comigo, isso criou em mim um grande receio e às vezes aversão a sua presença.
Também tinha o fato que havia acontecido mais cedo, aquilo ainda estava me deixando cismado, ele entregando flores a mim e me tratando de uma forma completamente diferente do que normalmente fazia era bem fora do comum, inesperado, e eu ainda precisava descobrir porquê Jimin estava naquele quarto e falando aquelas coisas, porém não sabia se perguntar diretamente para ele seria uma boa ideia.
— Onde vocês estavam? — Jimin se aproximou indagando assim que saímos do carro. — São oito da manhã, não deviam ter vindo para casa depois da sua alta, Yumin?
— É... Precisávamos dar uma passada em um lugar antes. — Hoseok respondeu por mim, afinal eu sequer conseguia falar.
— Essa hora? — O rosado questionou franzindo o cenho, aquela tinha sido uma péssima desculpa realmente.
— Sim. — Hoseok afirmou, me olhando de esgueira. — Fomos meditar ao nascer do sol.
— Quê? — Jimin nos encarou confuso, Hoseok pelo visto era pior em desculpas do que eu.
— Jimin, não nos julgue, é uma atividade relaxante. — Jung falou sorrindo forçadamente.
— Não estou julgando, só fiquei preocupado, não me avisaram nada nem quando saíram do hospital. — Se explicou ainda mantendo a expressão desconfiada.
— Você também não avisou pra onde iria quando sumiu do nada pelo hospital. — Eu disse, querendo ver sua reação ao citar a sua ida ao quarto "do Jungkook".
— Ah, sobre isso... — Automaticamente pareceu nervoso, agora deixando a mim com o semblante de desconfiança. — Preciso falar com você sobre algo.
— Ok. — Respondi num sopro de voz, sua frase havia me pegado de surpresa.
Seguimos pro lado de dentro da casa, já sendo recebidos por um casal, era notável que se tratavam dos pais de Hoseok e Yumin, e assim que entramos percebi que eles iriam falar alguma coisa conosco, porém ao ver Jimin ali também desviaram o assunto, dizendo que estavam preocupados e coisas típicas de quando alguém passa por uma situação como aquela.
Hoseok avisou que ia conversar com os mais velhos e que Jimin e eu poderíamos ter nosso tempo também, assenti bem constrangido, mas torcendo para que não percebessem o quanto eu me sentia desconfortável naquele ambiente desconhecido, num corpo desconhecido e com pessoas que não era de meu convívio.
Após isso, eu fui guiado pelo rosado até o lugar que imaginei ser o quarto de Yumin, o que me deixou ainda mais nervoso, não queria aquela tal privacidade que normalmente casais desejam ter, principalmente estando com mais gente em casa, entretanto tentei entrar no meu papel, felizmente o Park não parecia estar percebendo o clima estranho da casa, já era um ponto positivo.
O quarto de Yumin era o mais comum possível, tinha uma decoração leve, muitas fotos dela, de amigos e da família num quadro grande, móveis brancos e paredes com pequenos detalhes lilases que deixavam o ambiente com um visual mais doce e calmo, por assim dizer, a única coisa que não se manteve nada calma foi a minha pulsação quando escutei Jimin trancando a porta do quarto.
Automaticamente desviei minha atenção do painel de fotos e me virei de volta para ele, o Park se afastou da porta e andou em minha direção, arregalei os olhos sem saber como reagir ou como fugir de uma possível interação íntima que eu não queria ter com ele, porém antes que meus planos sobre o empurrar se concretizasse, Jimin apenas se jogou sobre mim, me abraçando com força.
Fiquei sem reação de primeiro momento, mas passei meus braços por sua cintura ao perceber que já estava tempo demais sem reagir a aquilo, ele poderia estranhar a falta de retribuição de sua namorada, então tentei meu melhor, mas ainda sentia que parecia que eu estava tentando fugir.
— Acho que eu precisava disso. — Ele sussurrou enquanto se afastava, mas ainda mantendo seus braços em volta do meu tronco.
— Está tudo bem com você? — Perguntei ao notar seus olhos avermelhados e úmidos.
— Não, nem um pouco... — Afirmou desviando o olhar para baixo.
— Então acho que precisa de um pouco mais do meu abraço. — Meu Deus que bosta foi essa que eu falei?
— Tem razão. — Respondeu fazendo eu me dar conta do que havia falado, senti meu rosto esquentar.
E ele ainda por cima sorriu fraco antes de voltar a me agarrar com seus braços, era bem estranho me sentir tão miúdo no abraço com alguém, o corpo de Yumin era bem mais franzino e pequeno que o de Jimin, parecia literalmente um abraço de urso, admito até mesmo que achei confortável, estranhei a aproximação no começo, mas até me deixei levar por um tempo.
Vi que eu estaria perdido em pouco tempo quando meu rosto se aconchegou mais em seu peito, e vergonhosamente enterrei meu nariz em sua jaqueta de moletom, sentindo um cheiro gostoso, seu perfume era maravilhoso e eu estava sendo um idiota, precisava me afastar.
— O Jungkook está em coma, Brownie. — Sua voz saiu rouca e chorosa próxima ao meu ouvido, arregalei os olhos ao ter meu nome citado.
— Ah, m-mesmo? Isso é horrível... — Murmurei tentando o máximo não transparecer meu nervosismo, o que não deu muito certo. — Mas como soube?
— Minha mãe me deixou ir no andar em que ele estava, quando cheguei lá tinha uma enfermeira na porta, eu falei que era um amigo e queria saber como ele estava. — Se afastou do abraço mais uma vez, agora realmente se afastando, tentei fingir para mim mesmo que não senti falta do calorzinho que seu corpo me proporcionou. — Ela falou que eles não tem previsão alguma, talvez ele acorde agora mesmo ou nunca mais acorde.
— Está assim por causa de mi... dele? — Me corrigi rapidamente, ele não percebeu, felizmente.
— É claro, e se ele nunca mais acordar? Eu tinha tanta coisa para dizer. — Afirmou parecendo desacreditado na minha pergunta.
Só espero que não tenha achado que insinuei que ele deveria ser insensível, afinal não seria estranho uma pessoa normal ficar preocupada com um colega de classe que está numa situação tão complicada, mas sim ele estar tão abalado por uma pessoa que sequer era sua amiga e que ele ainda tratava com desinteresse antes, as coisas ainda não se encaixavam para mim.
— O que você diria pra ele? — Perguntei cheio de curiosidade.
— Yumin, isso não é hora para fazer esses exercícios de confiança, ok? — Retrucou enquanto se sentava na cama.
— Exercícios? — Questionei ainda mais curioso, então ele e Yumin treinavam diálogos para aumentar a desenvoltura social deles? Isso era interessante.
— Você tem certeza que está bem? Parece meio avoada. — Jimin murmurou franzindo o cenho enquanto me analisava.
— Estou bem. — Sorri de lado, disfarçando o máximo que podia. — Por que se importa tanto com o Jungkook ao ponto de levar flores?
— Você sabe bem por que eu me importo. — Novamente me encarou com incredulidade. — E como sabe que levei flores?
— Eu não... — Arregalei os olhos ao perceber mais uma besteira que eu havia falado, precisei pensar numa desculpa rápida e convincente. — O Hoseok... E-ele foi no banheiro perto da recepção e viu você entrando com flores, que não foram para mim porque não estou te vendo com flor alguma agora. — Tentei dar uma de namorado ciumenta, talvez colasse.
— Ah, me desculpe, eu esqueci de pegar algo para você, estava tão nervoso na hora, só me lembrava daquela flor que você tinha me mostrado, a zínia, lembra? — Se explicou rapidamente. — Me disse que nasce apenas na zona vermelha, que seria um bom presente para dar para alguém que nasceu lá também.
— Eu te contei isso? — Indaguei surpreso, então eles realmente tinham o costume de falar sobre mim, já que citavam o local em que nasci, mas por que eu era um motivo de assunto para eles?
— Sim. — Assentiu abaixando o olhar, parecia ter lembrado de algo.
— Oh... — Murmurei sem saber muito bem o que falar depois daquilo, porém ainda precisava o soldar mais. — Por que me chama de Brownie?
— É um apelido antigo, da época em que nos conhecemos, não se lembra? — E mais uma vez ele me vinha com aquela carinha entristecida.
— Desculpe, as coisas estão bem confusas na minha mente depois do acidente. — Falei esperando ser compreendido e também desejando que eu não me sentisse afetado por suas expressões tristes.
— Você sempre sentava ao meu lado no banco daquela pracinha em nosso antigo bairro, levava aqueles brownies que sua mãe fazia e se sujava toda enquanto comia, eu achava engraçado, mas você nunca falava nada comigo ou ao menos oferecia seu lanche. — Riu soprado, parecia estar nostálgico. — Eu não sabia o seu nome, então era a "garota do brownie", mas um dia você esqueceu sua mochila, eu te procurei para devolver e começamos a conversar depois disso, não se lembra?
— É... Eu me lembro agora. — Falei sorrindo falsamente, não estava com vontade de saber a história romântica deles.
— Por que está emburrada? — Perguntou levando seus dedos até meus lábios, eu sequer tinha notado que havia feito um bico.
— Eu não estou não... — Desfiz rapidamente a expressão, mas não pude desfazer a sensação estranha que se apoderou de mim ao ouvir ele contar aquela breve história sobre eles. — Então nos conhecemos quando você ainda morava na zona azul, certo?
— Nossa você realmente está com os pensamentos bagunçados. — Riu baixo e logo concluiu. — Sim, mas eu vim fazer o último ano aqui na área neutra, o resto você já sabe.
— É, sei sim. — Naquele momento eu afirmei que precisava saber um pouco mais sobre os Jung's para poder fingir da melhor forma.
— Normalmente é você quem me consola e eu vim aqui procurando por isso, mas vejo que hoje é você que está precisando de reconforto. Me desculpe, sei que sofreu um acidente, eu deveria ter pensado no seu lado nesse momento. — Ele disse de repente, enquanto levava a mão até meu rosto, me fitando seriamente. — Yumin, você está se sentindo bem?
Tentei olhar para qualquer canto que não fosse o seu rosto, me sentia acuado e tímido, era completamente diferente da minha personalidade real, não conseguia compreender bem aquela reação, talvez fosse apenas a presença dele, a forma que nunca imaginei ser tratado por ele e toda aquela situação que com certeza havia me deixado mais sensível.
Eu odiava perceber que talvez Namjoon tivesse razão quando dizia que eu tinha uma queda pelo Park, não havia como negar que ele me atraia de alguma forma, e ter seu rosto assim tão pertinho e o ver me olhando de um jeito carinhoso estava mexendo comigo de muitas formas, me irritava a sensação de vulnerabilidade, mas eu queria que ele se aproximasse mais, mesmo sabendo que não era exatamente para mim, Jungkook, que ele estava olhando.
E sim, me chateava muito o ter me tratando com indiferença por tanto tempo, e agora eu estava ali provando que ele não era daquela forma com todo mundo, com certeza tratava Yumin de um jeito especial e eu me sentia irritado por nunca ter recebido um tratamento assim dele, mesmo tendo tentado tantas vezes ser um amigo.
Antes eu apenas queria entender porque ele me tratava com desdém, porém agora precisava entender porque Jimin na verdade estava se importando tanto comigo ao ponto de me visitar todo sentimental no hospital, ele não parecia o egocêntrico que um dia eu julguei que fosse, mas ainda era cedo para ter uma certeza de sua personalidade.
Droga, em um dia eu tinha passado de um ninguém aos olhos de Jimin para "a sua namorada", e isso era para mexer com a mente de qualquer um, eu não podia cobrar de mim mesmo pensamentos sensatos naquele momento, ainda mais com todas as dúvidas e incertezas que estavam se apoderando de mim.
— Jimin, você tem que ir embora. — Falei repentinamente, me levantando da cama e me afastando o máximo ao sentir que havia me deixado levar. — Eu preciso descansar, entende?
— Tudo bem, eu volto amanhã para irmos pra faculdade. — Falou, ainda parecendo preocupado com a minha forma de agir, mas também não era por menos, Yumin deveria estar bem estranha aos olhos dele.
— Até amanhã. — Disse caminhando até a porta e a abrindo, parecia de certa forma que eu estava querendo o expulsar, e talvez fosse isso mesmo.
— Nos vemos pela manhã. — Avisou parando próximo a mim e deixando um beijo em minha testa antes de sair.
Suspirei frustrado trancando aquela porta e me jogando na cama, estava cansado, havia passado a madrugada acordado e me sentia uma pilha de nervos, precisava dormir e me via ao ponto de desmaiar sobre aquele colchão, entretanto acabei demorando para pegar no sono, meus pensamentos não saiam de tudo que estava acontecendo.
Meus olhos acabaram parando sobre um telefone na mesinha de cabeceira por mais uma vez, eu queria ligar para minha mãe, assegurar a ela que seu filho estava bem, mas não poderia fazer algo assim, e aquilo estava me matando de angústia.
Desejei muito acordar no dia seguinte com tudo resolvido ou simplesmente descobrindo que havia sido apenas um pesadelo, mas as coisas não seriam assim e eu me sentia perdido, molhei aquela fronha de cor rosa com lágrimas de um choro silencioso e cheio de medo até o sono ser mais forte e me derrubar de uma vez.
Despertei cerca de seis horas depois, estranhando todo o cômodo e demorando para me dar conta do que estava acontecendo, não posso fingir que não me senti ainda pior em acordar e me ver ainda num corpo que não era o meu.
Saí do quarto bem inseguro, andando pela casa desconhecida com cuidado até chegar à sala, onde os pais e Hoseok estavam, os três me olhavam assim que cheguei e logo fui chamado para me juntar a "reunião" que estavam tendo, mas não antes da senhora Jung me oferecer o almoço, já que até o momento eu não tinha comido nada, aceitei mais por educação, pois não sentia fome alguma.
Após isso começou uma certa sessão de aprendizado sobre a família e sobre Yumin, primeiramente me contaram que antes moravam na zona azul, assim como Jimin, porém haviam se mudado há dois anos, por causa de uma promoção que o senhor Jung havia recebido no trabalho e a única forma de exercer sua nova função, era mudando para a sede da empresa, que ficava na zona neutra.
Hoseok já morava na área central desde que completou seus vinte anos, atualmente estando com vinte e três, pois sempre desejou frequentar as faculdades conceituadas da zona neutra, assim como Yumin, que havia começado seu curso lá em sua terra natal, porém queria mesmo era seguir os mesmos passos que o irmão, o novo emprego de seu pai ajudou muito nisso.
Entretanto saber um pouco mais da família não me ajudaria a agir como Yumin ou saber de tudo sobre sua personalidade, e isso não era algo que eles iriam poder me ensinar do dia para a noite, sendo assim preferiram que eu tentasse me adaptar aos poucos, principalmente não chamando a atenção e não fazendo nada que comprometesse a imagem de Yumin ou trouxesse desconfianças quanto o seu comportamento.
Por fim dos Jung's haviam me prometido que fariam de um tudo para poder reverter aquela situação, mesmo que a mãe de Hoseok não gostasse de mexer com seus poderes ou com magia, ela sabia que agora era uma situação em que exigia a sua ajuda também, e bem, eu sentia que eles estavam se sentindo culpados por Yumin ter me colocado numa situação como aquela.
Eu não os culpava e tão pouco sentia raiva de Yumin, apenas a situação me enfurecia, não a causadora de tudo em si, pois ainda não sabia seus motivos, e em todo caso eu tinha consciência de que não adiantaria me descabelar, chorar e xingar o mundo, as coisas não se resolveriam assim.
O medo que nunca mais retornar ao meu corpo era enorme, porém estava tentando tirar algum lado positivo em tudo isso, e bem, percebi que sendo Yumin eu poderia estar perto de Jimin e assim poder desvendar todos os enigmas que aquele garoto era para mim.
Saber agir como Yumin seria o mais difícil de tudo, e eu apenas iria descobrir se conseguia me virar estando na pele dela quando fosse para a aula no dia seguinte, se conseguisse enganar nossos colegas de classe, talvez conseguisse disfarçar na frente de qualquer um.
~♥~
E vai ter mais Jungkook tendo gay panic por causa do Jiminzinho? Ah mas é claro rsrs
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